RANKING DA UEFA
Publicada por LF à(s) 26.2.08 6 comentários
HEGEMONIA CLARA, OU NÃO TANTO ASSIM ?
Publicada por LF à(s) 26.2.08 8 comentários
...NEM BOM VENTO NEM BOM CASAMENTO
Publicada por LF à(s) 26.2.08 0 comentários
CLASSIFICAÇÃO "REAL"
No Dragão, a legalidade do primeiro golo portista deixa dúvidas, se bem que não pude ver ainda todas as repetições. Suponho não terem existido mais casos.
Na Luz, numa disputa de bola, Luisão terá atingido o corpo de um adversário dentro da área, enquanto que Mantorras pode ter sido tocado na área bracarense já nos últimos minutos. No estádio nem me apercebi da primeira, e a segunda – talvez fruto da ansiedade de mais um empate - pareceu-me claramente penálti. Vendo na TV, nenhuma das situações se me afigura afinal passível da marcação de grande penalidade, o que não significa que a arbitragem tenha sido boa, bem pelo contrário.
No Bonfim há um golo mal anulado ao Sporting logo no início, mas ainda na primeira parte há uma grande penalidade cometida por Grimi. Uma situação anula a outra, pelo que nada há a corrigir em termos classificativos.
Eis a actualização:
F.C.PORTO 48
Benfica 42
Sporting 33
Publicada por LF à(s) 26.2.08 3 comentários
LUZ APAGADA
Nesta óptica o Sporting tem ganho a “dianteira”, pois enquanto o Benfica empata em casa (5º empate caseiro), os leões perdem fora (5ª derrota). Ponto a ponto a equipa de Camacho vai cimentando o segundo lugar (caso vença em Alvalade quase que o garante), o que, diga-se, de justo tem muito pouco face ao futebol desenvolvido pelos encarnados ao longo desta época. Na verdade nem uma nem outra das equipas de segunda circular, juntas na mediocridade, mereceria integrar a elite da Champions League.
Curiosamente o jogo de ontem na Luz até teve bons momentos, designadamente na segunda parte, e pode dizer-se que o empate acaba (desta vez) por saber a injustiça. Não houve muitas oportunidades, mas houve lances bem desenhados e muito pouca sorte, fazendo até lembrar, nalguns momentos, a infelicidade que, frequentemente, na época passada comprometeu a carreira de Fernando Santos no clube. Antes, na primeira parte, o mesmo futebol directo (?!?) e maçador a que o onze de Camacho já nos habituou, sobretudo nos jogos em casa. Casa que aliás parece transformada num verdadeiro Inferno, mas para o próprio Benfica.
A aposta de Camacho voltou a ser num esquema com apenas um homem na frente, se bem que desta vez, com Makukula e Nuno Gomes lesionados (e Mantorras limitado), as alternativas não abundassem. Rui Costa voltou a ser o homem em maior evidência, enquanto que Petit (irreconhecível desde há semanas a esta parte) e Di Maria foram os menos felizes. O Sp.Braga mostrou muito pouco, para além de um ou outro salpico de classe de Matheus, uma defesa acertada e afortunada, e um guarda-redes seguro.
O árbitro, sem interferir directamente no resultado – nos dois lances reclamados nas duas áreas não parece haver motivo para penálti -, teve uma prestação negativa, marcando faltas ao contrário, transformando cantos em pontapés de baliza e vice-versa, e denotando bastante incoerência na gestão disciplinar, com maior prejuízo para o Benfica. Com Jorge Sousa já lá vão sete pontos (!!) perdidos pelo Benfica em três jogos deste campeonato, o que para um “benfiquista” – conforme constou por aí, pelos vistos com consequências - até nem está nada mal...
Publicada por LF à(s) 26.2.08 0 comentários
SORRISO AMARELO
A euforia final – ultrapassar uma eliminatória europeia no último minuto é sempre saboroso - e a eliminatória passada não podem apagar o mar de equívocos em que laborou a prestação benfiquista nesta partida, na qual se pôs a jeito de uma eliminação, senão humilhante, pelo menos inesperada, diante de uma equipa do fundo da tabela da Bundesliga.
A sorte sorriu aos encarnados, que até aos 89 minutos pouco ou nada fizeram para se manter na Uefa, a começar no treinador (como se deixa Cardozo no banco numa partida como esta ?), e a terminar em quase todos os jogadores. O segundo golo alemão é digno de figurar nos apanhados do ano, tal a displicência com que toda a defesa benfiquista abordou o lance.
Ou me engano muito ou o Benfica será pelo terceiro ano consecutivo eliminado das provas internacionais por uma equipa espanhola. Nas últimas três épocas, em três jogos na Luz com Villarreal, Barcelona e Espanyol, nem um golinho a águia festejou. Este ano, pelo que têm sido as dificuldades do Benfica para marcar em sua casa, está-se a ver o desfecho deste enfrentamento com o Getafe – equipa da primeira metade da tabela da Liga Espanhola. Esperemos ao menos que a arbitragem não assuma o protagonismo que assumiu frente a ambos os rivais da cidade condal.
Publicada por LF à(s) 25.2.08 0 comentários
ATÉ JÁ !
Publicada por LF à(s) 20.2.08 2 comentários
TERRA MALDITA
Em termos de golos, o panorama é arrasador. Foi naquele país que o Benfica sofreu algumas das maiores goleadas da sua história europeia, nomeadamente em confrontos com o Bayern de Munique (13 golos sofridos em três jogos !!!), mas também com o Borússia de Dortmund (0-5) em plena fase Eusébio. A única vez que o Benfica festejou uma eliminatória na Alemanha foi em 1993-94, no inesquecível jogo com o Bayer Leverkusen (empate 4-4), partida que aliás poderá ser revista na íntegra amanhã à noite na RTP-Memória.
Outra particularidade muito pouco tranquilizadora para a partida de amanhã é que em oito dos quinze jogos disputados em território alemão (mais de metade), o Benfica sofreu sempre três ou mais golos.
Resta pois acreditar que a história não entre em campo, e deixe a equipa de Camacho ultrapassar esta eliminatória. Mesmo que não ganhe o jogo…
Publicada por LF à(s) 20.2.08 0 comentários
TUDO EM ABERTO
O Schalke não é um adversário dócil. Aliás, já ficara provado na passada semana – com a visita do Nuremberga à Luz – que o campeonato alemão está ainda uns bons furos acima do português. Se o penúltimo classificado da Bundesliga se bateu – e em certos momentos até se superiorizou – ao segundo da Liga Portuguesa em casa deste, por maioria de razão, um dos candidatos ao título germânico, jogando perante o seu público, seria sempre um opositor de monta até mesmo para o campeão português.
O F.C.Porto pode agradecer aos deuses não ter saído para intervalo com dois ou mesmo três golos de desvantagem, tal a superioridade evidenciada pela equipa da casa nesse período. Uma exibição para esquecer de Fucile deixou aberta uma verdadeira avenida no lado esquerdo da defesa portista, deveras convidativa às subidas do lateral Rafinha, às entradas dos médios e frequentemente também do possante avançado germano-brasileiro Kuranyi, que foram criando sucessivos lances de perigo para a baliza de Helton. Poucas foram as vezes em que o F.C.Porto se libertou no ataque, não se entendendo muito bem a troca posicional de Lucho e Raul Meireles, que além de em nada auxiliar a tarefa de Fucile, também perturbou fortemente a dinâmica do meio-campo portista, sobretudo ao longo deste penoso primeiro tempo.Na segunda parte o F.C.Porto equilibrou as coisas, conseguiu ter mais bola no meio-campo contrário, e criou até uma flagrante ocasião para marcar, e assim dar uma tonalidade bem mais simpática ao placar. Lisandro falhou aquilo que não costuma falhar, e a ocasião gorou-se. Os contra-ataques do Schalke foram sempre bastante perigosos, mas um imperial Pedro Emanuel – melhor portista em campo e curiosamente, único sobrevivente da brilhante jornada de 2004 – e um acertado Helton foram resolvendo os problemas.
O resultado é mau, mas deixa em aberto a possibilidade de o corrigir na segunda mão. Conforme dissera aqui na semana passada a propósito do Benfica, 1-0 nas provas europeias entre equipas razoavelmente equilibradas, é hoje em dia uma vantagem extraordinária. Se o Schalke marcar no Dragão, o F.C.Porto terá de fazer três golos para seguir em frente, o que nuns oitavos-de-final da Champions é tarefa um tanto ingrata. Mas um grande F.C.Porto, com 2-0 ou 3-1, tem condições para discutir e passar esta eliminatória.
Nos restantes jogos da ronda, a única semi-surpresa veio de Anfield Road, onde um Liverpool recém-eliminado em casa da Taça de Inglaterra por um conjunto da segunda divisão, alcançou diante do Inter de Milão um resultado que o deixa com um pé na fase seguinte. Os dois golos foram marcados nos últimos cinco minutos, por Kuyt e Gerrard, mas a vitória inglesa foi justíssima face ao que se havia passado até aí, para mais levando em conta que Materazzi foi expulso ainda bem cedo, obrigando o Inter a jogar com menos uma unidade. Confirmou-se pois, por um lado a predilecção dos “Reds” pela Liga dos Campeões, e por outro a tradicional pouca sorte do Inter na prova.
Chelsea e Real Madrid – mais aquele do que este – conseguiram, diante de Olympiakos (0-0) e Roma (1-2) respectivamente, resultados que mantêm intacto o seu favoritismo. O jogo de Atenas foi fraco e sem muito que contar, o de Roma foi o único da ronda que não vi na íntegra, numa noite de futebol que me fez passar mais de 260 minutos – entre o golo do Schalke e o primeiro do Liverpool - em frente do televisor sem assistir a qualquer golo…
Hoje disputam-se mais quatro jogos, dos quais sobressai claramente o Arsenal-Milan. Para ver em directo no serviço “Multijogos” da Sport TV, ou então em diferido num dos seus canais a partir das 22.00 h. Esperemos que não acabe a zero, mas o realismo reinante nestas primeiras mãos não augura muitos golos.
Publicada por LF à(s) 20.2.08 0 comentários
AINDA A CLASSIFICAÇÃO "REAL"
Assim, nesta edição da Liga, falando de erros que objectivamente valeram ou retiraram pontos, temos o seguinte panorama:
F.C.PORTO
– Prejudicado em 1 ponto na Choupana, em virtude de penálti por assinalar a seu favor (resultado 0-1, árbitro: Pedro Henriques de Lisboa)
– Beneficiado em 2 pontos frente ao Sporting no Dragão, por golo resultante de livre inexistente (resultado 1-0, árbitro: Pedro Proença de Lisboa)
- Beneficiado em 1 ponto frente ao Belenenses no Dragão, por golo obtido em fora-de-jogo (resultado 1-1, árbitro: Paulo Baptista de Portalegre)
PONTOS NA LIGA: 47 (+1-2-1) = PONTOS REAIS: 45
BENFICA
- Prejudicado em 2 pontos no Bessa frente ao Leixões, devido a penálti por assinalar cometido sobre Nuno Assis (resultado 1-1, árbitro: Jorge Sousa do Porto)
- Prejudicado em 2 pontos na Luz com o Leixões, devido a golo mal invalidado a Nuno Gomes, e a penáltis sobre Léo e Cardozo por assinalar (resultado 0-0, árbitro: Paulo Costa do Porto)
PONTOS NA LIGA: 37 (+4) = PONTOS REAIS: 41
SPORTING
- Prejudicado em 1 ponto no Dragão, por golo resultante de livre inexistente (resultado 0-1, árbitro: Pedro Proença de Lisboa)
- Beneficiado em 1 ponto em casa diante do V.Setúbal, por penálti sobre Matheus não assinalado (resultado 2-2, árbitro: Paulo Baptista de Portalegre)
PONTOS NA LIGA: 33 (+1-1) = PONTOS REAIS: 33
Publicada por LF à(s) 19.2.08 2 comentários
O F.C.PORTO NA TAÇA/LIGA DOS CAMPEÕES
Q1: Athletic Bilbao (ESP), 1-2 & 2-3*
1959/60
Q1: Inter Bratislava (SVK), 1-2* & 0-2
1978/79
R1: AEK Athens (GRE), 1-6* & 4-1
1979/80
R1: AC Milan (ITA), 0-0 & 1-0*
R2: Real Madrid (ESP), 2-1 & 0-1*
1985/86
R1: Ajax Amsterdam (NED), 2-0 & 0-0*
R2: FC Barcelona (ESP), 0-2* & 3-1
1986/87
R1: Rabat Ajax (MLT), 9-0 & 1-0*
R2: TJ Vitkovice (CZE), 0-1* & 3-0
QF: Brøndby IF (DEN), 1-0 & 1-1*
SF: Dynamo Kiev (UKR), 2-1 & 2-1*
FL: Bayern Munich (GER), 2-1**
1987/88
R1: Vardar Skopje (FRM), 3-0 & 3-0*
R2: Real Madrid (ESP), 1-2* & 1-2
1988/89
R1: HJK Helsinki (FIN), 3-0 & 0-2*
R2: PSV Eindhoven (NED), 0-5* & 2-0
1990/91
R1: Portadown FC (NIR), 5-0 & 8-1*
R2: Dynamo Bucharest (ROM), 0-0* & 4-0
QF: Bayern Munich (GER), 1-1* & 0-2
1992/93
R1: US Luxemburg (LUX), 4-1* & 5-0
R2: FC Sion (SUI), 2-2* & 4-0
SF (Grp B): PSV Eindhoven (NED), 2-2 & 1-0*
SF (Grp B): AC Milan (ITA), 0-1 & 0-1*
SF (Grp B): IFK Göteborg (SWE), 0-1* & 2-0
1993/94
R1: Floriana FC (MLT), 2-0 & 0-0*
R2: Feyenoord Rotterdam (NED), 1-0 & 0-0*
QF (Grp B): Anderlecht Brussels (BEL), 0-1* & 2-0
QF (Grp B): Werder Bremen (GER), 3-2 & 5-0*
QF (Grp B): AC Milan (ITA), 0-3* & 0-0
SF: FC Barcelona (ESP), 0-3*
1995/96
R1 (Grp A): Panathinaikos Athens (GRE), 0-1 & 0-0*
R1 (Grp A): FC Nantes-Atlantique (FRA), 0-0* & 2-2
R1 (Grp A): AaB Aalborg (DEN), 2-0 & 2-2*
1996/97
R1 (Grp D): Rosenborg Trondheim (NOR), 1-0* & 3-0
R1 (Grp D): AC Milan (ITA), 3-2* & 1-1
R1 (Grp D): IFK Göteborg (SWE), 2-1 & 1-0*
QF: Manchester United (ENG), 0-4* & 0-0
1997/98
R1 (Grp D): Rosenborg Trondheim (NOR), 0-2* & 1-1
R1 (Grp D): Real Madrid (ESP), 0-2 & 0-4*
R1 (Grp D): Olympiakos Piraeus (GRE), 0-1* & 2-1
1998/99
R1 (Grp A): Olympiakos Piraeus (GRE), 2-2 & 1-2*
R1 (Grp A): Dynamo Zagreb (CRO), 3-0 & 1-3*
R1 (Grp A): Ajax Amsterdam (NED), 1-2* & 3-0
1999/00
R1 (Grp E): Molde FK (NOR), 1-0* & 3-1
R1 (Grp E): Olympiakos Piraeus (GRE), 2-0 & 0-1*
R1 (Grp E): Real Madrid (ESP), 1-3* & 2-1
R2 (Grp A): Sparta Prague (CZE), 2-0* & 2-2
R2 (Grp A): Hertha Berlin (GER), 1-0 & 1-0*
R2 (Grp A): FC Barcelona (ESP), 2-4* & 0-2
QF: Bayern Munich (GER), 1-1 & 1-2*
2000/01
Q3: Anderlecht Brussels (BEL), 0-1* & 0-0
2001/02
Q2: Barry Town (WAL), 8-0 & 1-3*
Q3: Grasshoppers Zurich (SUI), 2-2 & 2-0*
R1 (Grp E): Glasgow Celtic (SCO), 0-1* & 3-0
R1 (Grp E): Rosenborg Trondheim (NOR), 2-1* & 1-0
R1 (Grp E): Juventus Torino (ITA), 0-0 & 1-3*
R2 (Grp C): Real Madrid (ESP), 0-1* & 1-2
R2 (Grp C): Sparta Prague (CZE), 0-1 & 0-2*
R2 (Grp C): Panathinaikos Athens (GRE), 0-0* & 2-1
2003/04
R1 (Grp F): Partizan Belgrade (SRB), 1-1* & 2-1
R1 (Grp F): Olympique Marseille (FRA), 3-2* & 1-0
R1 (Grp F): Real Madrid (ESP), 1-3 & 1-1*
R2: Manchester United (ENG), 2-1 & 1-1*
QF: Olympique Lyon (FRA), 2-0 & 2-2*
SF: Deportivo La Coruna (ESP), 0-0 & 1-0*
FL: AS Monaco (FRA), 3-0**
2004/05
R1 (Grp H): CSKA Moscow (RUS), 0-0 & 1-0*
R1 (Grp H): Chelsea London (ENG), 1-3* & 2-1
R1 (Grp H): Paris St. Germain (FRA), 0-2* & 0-0
R2: Internazionale Milan (ITA), 1-1 & 1-3*
2005/06
R1 (Grp H): Internazionale Milan (ITA), 2-0 & 1-2*
R1 (Grp H): Artmedia Bratislava (SVK), 2-3 & 0-0*
R1 (Grp H): Glasgow Rangers (SCO), 2-3* & 1-1
2006/07
R1 (Grp G): Arsenal London (ENG), 0-2* & 0-0
R1 (Grp G): CSKA Moscow (RUS), 0-0 & 2-0*
R1 (Grp G): SV Hamburg (GER), 4-1 & 3-1*
R2: Chelsea London (ENG), 1-1 & 1-2*
2007/08
R1 (Grp): Liverpool (ENG), 1-1 & 1-4
R1 (Grp): O.Marseille (FRA), 2-1 & 1-1
R1 (Grp): Besiktas Istambul (TUR) 2-0 & 1-0
R2: Schalke 04 (GER)
Publicada por LF à(s) 19.2.08 0 comentários
CLASSIFICAÇÃO "REAL"
No Funchal ficou por marcar uma grande penalidade a favorecer o F.C.Porto, e ficou por mostrar um cartão vermelho a um verdadeiro golpe de Karaté de Lisandro Lopez sobre um maritimista.
Em Alvalade o penálti – falhado por Polga, mas do qual resultou a expulsão do guarda redes Nelson – não existiu. Já a primeira expulsão resultara de um primeiro cartão amarelo francamente exagerado.
Na Figueira, para além de um festival de apito de todo injustificado face à correcção com que decorreu o jogo, terá ficado eventualmente por assinalar um penálti cometido por Luís Filipe nos instantes finais do jogo. É um lance difícil de avaliar, e muito semelhante ao de Rodriguez na semana anterior com o Paços para a Taça. Aceitar-se-ia que fosse assinalado.
Nota francamente negativa para o fiscal de linha que acompanhou o ataque do Benfica no segundo período, o qual cortou indevidamente pelo menos três lances em que jogadores do Benfica ficariam isolados e com muitas hipóteses de fazer golo. Por muito menos fez José Mota o barulho que fez…
Finalmente importa referir que os lançamentos de Binya são executados há já muito tempo daquela forma, muitos outros jogadores, nomeadamente nos países britânicos, os fazem do mesmo modo, e nunca vi ninguém protestar. Foi necessário um comentador de televisão lembrar-se de os pôr em causa para agora todo o coro do costume gritar “aqui d’el rei”, que o Benfica está a ser “levado ao colo”. Enfim….
Com vitórias por mais do que um golo, nenhum dos jogos sofre qualquer alteração pontual nesta classificação.
Publicada por LF à(s) 18.2.08 6 comentários
VEDETA DA JORNADA
Publicada por LF à(s) 18.2.08 0 comentários
NA FRENTE NADA DE NOVO
Jogando privado de alguns elementos, o Benfica tinha no Naval - entalado a meio de uma complicada eliminatória europeia - um adversário bem capaz de fazer mossa, sabendo-se da dificuldade que a equipa de Camacho tem sistematicamente sentido diante de opositores retraídos e rigorosos, como são normalmente as equipas comandadas por Ulisses Morais. Foi preciso recuperar a fúria e as ganas que se escondiam desde há meses, para que o Benfica conseguisse alcançar uma importante vitória face ao objectivo que ainda persegue – a qualificação para a Champions.
Foi um jogo fraco, com pouco futebol e muita arbitragem. A vitória benfiquista ajusta-se, se bem que um empate também não fosse inaceitável. Individualmente o destaque vai para Binya, Luisão e Nuno Assis, os melhores ao longo dos noventa minutos.
A arbitragem fica para a “classificação real”.
Publicada por LF à(s) 18.2.08 0 comentários
UM GOLO COM ASAS, UMA VITÓRIA FELIZ, UMA ELIMINATÓRIA EM ABERTO.
Em primeiro lugar há que dizer que o resultado foi claramente melhor que a exibição. O Benfica repetiu problemas e insuficiências já vistas e revistas nesta época, e pode dar-se por muito feliz em partir para a Alemanha com uma vantagem que, sem ser robusta, nem mesmo confortável, é ainda assim interessante, sobretudo devido ao facto de não ter sofrido qualquer golo.
A primeira parte foi medíocre. O Nurembrega mostrou-se bem mais organizado do que seria de esperar numa equipa que ocupa os últimos lugares da tabela classificativa do seu país – ainda assim uma potência do futebol -, e talvez fruto da recente substituição de treinador, surgiu na Luz claramente empenhado em dar um safanão na crise e alegrar o espírito dos seus impressionantes adeptos que encheram o topo norte do estádio e não se calaram um minuto - devendo com isso causar alguma inveja aos envergonhados benfiquistas presentes e, sobretudo, aos ausentes.
O Benfica nunca se entendeu com as ferozes marcações dos germânicos, sendo uma vez mais obrigado a utilizar um jogo directo que está nos antípodas das características dos seus principais jogadores. O Nuremberga era então uma equipa coesa, com um bloco muito unido, enquanto o Benfica ficava partido entre os que defendiam – onde, diga-se, Luisão se destacou com uma bela exibição - e aqueles que lá na frente esperavam, sem sucesso, a bola para poderem atacar.
O golo caiu do céu, ou melhor, das mãos de um infeliz Blasek que deixou passar por baixo do seu corpo um remate fraco e defensável de Makukula.
Na segunda parte o jogo animou um pouco, pois o Nurembrega abriu ligeiramente as suas linhas, e permitiu ao Benfica, quase desde os pés de Rui Costa, alguns contra-ataques que todavia, por deficiência ou infelicidade no último passe, não se chegaram a traduzir em ocasiões de golo, as quais, diga-se, quase não existiram junto da baliza alemã.
O público assobiou a substituição de Cardozo por Di Maria, mas a verdade é que o Benfica melhorou com ela. O jovem argentino deu profundidade e imaginação ao jogo da equipa, permitindo uma maior ligação entre o meio-campo e o ataque. Foram todavia os forasteiros que terminaram o jogo a tentar mais persistentemente o golo, e então a sorte voltou a bafejar a equipa de Camacho.
O 1-0 é hoje em dia nas provas europeias, entre equipas equilibradas, um bom resultado. 2-0 seria melhor, como diria La Palisse, mas convenhamos que, para aquilo que o Benfica mostrou, esta vitória até soa a lisonjeira. Na Alemanha os encarnados terão uma noite de sofrimento, mas vamos acreditar que a equipa que lá veremos não será a da primeira parte deste jogo, e sim a de Guimarães, Donetsk ou Copenhaga, capaz de comer a relva, de deixar a pele em campo, e trazer, por entre suor e lágrimas, uma eliminatória que, pelo seu palmarés, pelo seu prestígio, e pela qualidade individual dos seus jogadores, tem obrigação de conquistar.
Publicada por LF à(s) 17.2.08 2 comentários
COMUNICADO
Publicada por LF à(s) 13.2.08 0 comentários
A HORA DA EUROPA
Deve dizer-se que, para todos estes três clubes (grandes incluídos), dado o seu momento actual, a Taça Uefa é a competição adequada. Há dois anos que Sporting e Benfica entram juntos na Champions League, e há dois anos que saem logo na primeira fase, após alguns floreados, mas manifestamente sem estofo para ir mais além. Numa prova com adversários de segunda linha europeia (embora nem todos, é certo) as hipóteses de êxito sobem claramente, e sabe-se como são importantes os pontos obtidos, quer para o ranking nacional, quer para o posicionamento dos próprios clubes nos sorteios das temporadas seguintes.
Enquanto ao Sp.Braga ninguém exigirá muito mais do que já fez, já de Benfica e Sporting se espera que possam ir um pouco mais longe. A fasquia deve ser posta, na minha perspectiva, nos quartos-de-final, isto é, caso passem duas eliminatórias poder-se-á falar de uma prestação positiva, caso não o consigam ficará um travo a desilusão. Estando ambos objectivamente afastados da luta pelo título nacional, esta competição pode e deve ser encarada para ambos como uma excelente oportunidade de dar algumas alegrias aos seus apaniguados, e poder reforçar o prestígio internacional dos seus emblemas.
Se o sorteio aparentemente bafejou mais o Sporting – o futebol suíço não é o futebol alemão -, num olhar mais profundo, perspectivando já a eliminatória seguinte, o Benfica terá mais motivos para sorrir. Enquanto leões poderão ter pela frente nos oitavos-de-final Bolton ou Atlético de Madrid, Benfica, caso ultrapasse o Nuremberga, terá que se haver com AEK ou Getafe, manifestamente mais acessíveis.
Quanto ao sonho de um triunfo final, esse parece neste ano bastante difícil de realizar. Caso cheguem aos oitavos-de-final, os rivais lisboetas poderão encontrar no sorteio equipas como Bayern de Munique, Fiorentina, Everton, Tottenham, Villarreal ou PSV, lote digno de uma Champions League. Isso não os deve desmobilizar face a esta prova, pois cada eliminatória passada faz e fará parte do seu historial internacional, dar-lhes-á pontos, prestígio e dinheiro, além de um sorriso nos lábios dos seus ora tão entristecidos associados e adeptos.
Para já, nesta eliminatória, Sporting e Benfica são claramente favoritos.
Vamos pois atacar a Taça Uefa.
Publicada por LF à(s) 13.2.08 0 comentários
QUEM FALA DEMAIS...
Acontece que as pessoas que falam ou escrevem sem saber o que dizem, sem dados objectivos, baseados apenas em estados de alma, obviamente, muito pouco isentos, correm o risco de se enganar, ou mesmo caír no ridículo.
Publicada por LF à(s) 13.2.08 2 comentários
UM SORTEIO À MEDIDA DOS GRANDES
Publicada por LF à(s) 12.2.08 0 comentários
FICARÃO ELES IMPUNES ? IRÃO ELES CONTINUAR A RIR-SE DE NÓS ?
Publicada por LF à(s) 12.2.08 0 comentários
PARA ALIVIAR A CRISE...
No único jogo que vi por inteiro, o Benfica justificou na segunda parte uma vitória que chegou a parecer difícil de alcançar ao longo da primeira, na qual a equipa, depois de se ver precocemente em desvantagem, repetiu os erros e as insuficiências dos seus últimos jogos em casa para a Liga.
Dois penáltis, muito bem convertidos por Óscar Cardozo, acabaram por virar o jogo, a com a equipa pacense reduzida a dez jogadores, o Benfica pôde enfim praticar um futebol um pouco mais condizente com o seu estatuto. Sem brilhantismos, mas com atitude e com Rui Costa e Nuno Assis em bom plano a pautarem o jogo a meio campo, e a marcarem mais dois golos de uma vitória que acabou por se revelar mais tranquila do que seria de supor.
As declarações de José Mota no final, atirando para o árbitro a responsabilidade pelo resultado, não fazem qualquer sentido. Entende-se a frustração de ver desmoronar um sonho que durante quarenta minutos pareceu realizável, mas a arbitragem de Augusto Duarte, com um ou outro erro, esteve muito longe de ser escandalosa. O segundo penálti e respectiva expulsão não oferecem quaisquer dúvidas, e quanto ao primeiro, nenhuma das repetições mostradas pela TV prova cabalmente a sua não existência. Parece haver um toque no pé de Rodriguez, que o jogador naturalmente aproveita para fazer render. Ficam muito mais dúvidas do que certezas, aceitando-se a decisão do juiz.
Coisa bem diferente é a polémica em torno da nomeação deste árbitro para um jogo no Estádio da Luz. Recorde-se que se trata do árbitro acusado de ter estado na casa de Pinto da Costa em vésperas de um jogo importante do F.C.Porto, a comer chocolates e a beber café, saindo depois com um envelope cheio de notas. É um dos principais arguidos do Apito Dourado, e personagem importante do livro de Carolina Salgado.
Num contexto destes, qualquer erro a favor ou contra o Benfica seria – como está a ser - naturalmente explorado até aos limites. Pouca prudência, para não dizer irresponsabilidade, de quem nomeia, escolhê-lo perante tantas opções disponíveis. Lembremos que nem sequer havia jogos das primeiras e segundas ligas, pelo que o número de nomeáveis era alargado.
Publicada por LF à(s) 11.2.08 6 comentários
CAN PARA O EGIPTO
O triunfo dos “faraós” ajustou-se ao desenrolar da competição, pois revelaram-se efectivamente a equipa colectivamente mais madura e rigorosa. Abu Terika voltou a brilhar, anotando o golo que pôs o país das pirâmides em festa. Recorde-se que já na fase de grupos o Egipto tinha derrotado os Camarões, então por 4-2, o que deixa poucas dúvidas acerca da sua superioridade.
Binya entrou ainda na primeira parte para o lugar de Alexander Song, e realizou (mais) uma boa exibição. Não foi suficiente para regressar a Lisboa como campeão africano, mas toda a sua prestação na CAN valorizou-o substancialmente.
Publicada por LF à(s) 11.2.08 0 comentários
O CARNAVAL DA LUZ
A juntar a este caso, a renovação de Léo parece irremediável e inexplicavelmente comprometida, Rui Costa já se sabe que terminará a carreira no final da temporada, Nuno Gomes também parece encontrar grandes dificuldades em satisfazer a vontade de terminar a sua na Luz, e Luisão é apontado como vendável no próximo defeso. Cinco titulares, cinco jogadores com provas dadas, cinco internacionais A, cinco elementos importantíssimos dentro e fora do terreno de jogo, aprestam-se, por diferentes motivos, para deixar de jogar no Benfica.
Se o caso de Rui Costa é, fruto do impiedoso correr do tempo, insanável, já nos restantes a direcção encarnada tem responsabilidades directas que tem de assumir. Como se deixa chegar a este ponto casos como o de Léo, que se arrasta há mais de um ano? Como se desperdiça a possibilidade de adquirir Rodriguez por quatro milhões de euros, para depois ter de o recusar por sete, ou pior, vê-lo partir para o principal rival? Como se empurra porta fora o capitão de equipa, ponta-de-lança titular da selecção nacional, um dos melhores goleadores da história do clube, e que, mesmo com baixo rendimento nos últimos meses, não deixa de constituir opção importantíssima para o ataque da equipa? Como se pensa vender um dos melhores centrais do clube na última década, titular da selecção brasileira, identificado com a camisola e com a sua mística e praticamente insubstituível na sua posição, sem qualquer alternativa no plantel ao mesmo nível?
Veja-se o que tem feito o F.C.Porto, renovando em tempo útil os contratos com os seus principais jogadores, motivando-os, valorizando-os e, simultaneamente, segurando-os ao clube até existirem alternativas (que na rectaguarda vão sendo trabalhadas). Veja-se pelo contrário o que faz o Benfica, arrastando e enlameando os processos de renovação, contratando no dia 31 de Janeiro jogadores que poderia ter contratado em Dezembro (talvez Makukula tivesse valido quatro pontos caso tivesse chegado quando devia), e reconstruindo plantéis de forma arbitrária, amadora, precipitada e em desespero, ano após ano, confundindo depois os sócios com declarações imbecis carregadas de mentira e demagogia. Nem nos piores tempos de Manuel Damásio...
Se estes cinco casos tiverem o desfecho que se anuncia, se estes cinco jogadores (ou mesmo três ou quatro deles) abandonarem o Benfica neste verão, para além dos óbvios sinais de incompetência que há muito se notam, começarei a desconfiar também da seriedade de quem comanda os destinos do clube, e a suspeitar fundadamente de sabotagem desportiva em favor sabe-se lá (ou sabe-se bem?) de quem.
Cada vez mais me parece ser altura de dar um murro na mesa, e gritar bem alto que o rei vai nu. O fim desta época é o limite. Será, no meu ponto de vista, a última oportunidade que esta direcção e este presidente têm para mostrar se querem efectivamente que seja o Benfica a conquistar títulos, ou trabalham antes para as vitórias de outros clubes, a que também estão, estranha e mal explicadamente, associados.
Como se lia numa tarja, muito bem posta, à saida do centro de estágio do Seixal, "Chega de Palhassada" !
PS: E se a intenção é despedir Camacho, espero que não seja concretizada só após a primeira jornada da temporada 2008-2009...
Publicada por LF à(s) 8.2.08 7 comentários
A FESTA AFRICANA
As meias-finais culminaram no afastamento, de certa forma surpreendente, daqueles que eram porventura os dois principais favoritos à vitória final: o anfitrião Gana de Essien e Muntari, e a poderosa Costa do Marfim de Drogba, Touré, Keita, Kalou e Kone.
No primeiro jogo, a maior experiência dos Camarões sobrepôs-se a um Gana empenhado, alegre, mas pouco eficaz. A selecção ganesa tem um meio-campo fortíssimo mas falta-lhe alguma profundidade ofensiva, enquanto os camaroneses dispõem, por exemplo, de Samuel Eto’o, que acabou por fazer o (fabuloso) passe para o golo solitário. Na segunda meia-final o Egipto deu uma verdadeira lição de contra-ataque, frieza e eficácia, ao golear por 4-1 uma Costa do Marfim que dispôs de muito maior posse de bola e de inúmeras oportunidades não concretizadas, fruto da noite infeliz de Didier Drogba, mas sobretudo da espantosa exibição do guardião egípcio El-Haddari. Zaki, autor de dois golos, e o chefe de orquestra Abou-Terika foram outras das figuras de uma partida de enorme espectacularidade.
A final está marcada para domingo às 20.30h, sensivelmente à hora do Benfica-Paços de Ferreira. A qualidade dos jogos desta CAN faz antever mais um bom jogo, e portanto vale bem uma gravação em vídeo.
As duas equipas já se defrontaram na primeira fase, com vitória do Egipto por 4-2, o que confere à selecção norte-africana algum favoritismo. Mas os Camarões, mesmo sem o central Bikey - estupidamente expulso por agressão a um maqueiro -, têm uma palavra a dizer e já mostraram que são capazes de surpreender.
Publicada por LF à(s) 8.2.08 0 comentários
TAÇA DE PORTUGAL: UMA COISA SÉRIA
Mal amada por uns, esta é no entanto uma competição bastante apreciada por outros, entre os quais me incluo, não só pelas possibilidades que abre aos clubes mais modestos de desfrutarem do seu dia de fama, mas também, e sobretudo, pelo sumptuoso momento da final, disputada num dos mais belos palcos da Europa.
A Taça representa também, para os principais clubes, uma excelente oportunidade de fechar a temporada em festa, e em muitos casos esquecer eventuais frustrações decorrentes de vários meses menos conseguidos. Nesta época em particular, com o título nacional praticamente decidido, Benfica e Sporting têm na Taça de Portugal uma oportunidade para a qual devem olhar com toda a sua atenção e ambição - sobretudo os encarnados que, ao contrário dos leões, não conquistaram a Supertaça, nem estão na final da recém-nascida Taça da Liga.
Até pelo momento interno dos dois rivais lisboetas, os jogos de Alvalade e da Luz assumem pois significado acrescido. Benfica e Sporting vêm-se obrigados a vencer, e tendo pela frente equipas do principal escalão, não podem nem devem esperar facilidades, para mais numa prova que, conferindo apuramento para a Taça Uefa, constituirá seguramente um firme objectivo para clubes como Marítimo e Paços de Ferreira.
É verdade que a meio da semana se joga para a Taça Uefa, mas, sejamos lúcidos, as possibilidades de conquistar um troféu europeu, quer para este Benfica, quer para este Sporting, são pouco menos que remotas, pelo que, não desprezando o prestígio e a pontuação que oferece uma Taça Uefa bem conseguida - uns quartos-de-final, por exemplo -, ela não deve, de modo algum, perturbar aquele que me parece ser neste momento o objectivo principal de ambos – sobretudo do Benfica -, que é a conquista de um troféu. Todos sabemos que o segundo lugar é importante em termos financeiros, mas na verdade também o terceiro permite chegar à Champions, e entre um difuso segundo lugar, pouco ou nada comemorado, ou terminar a época numa tarde de festa no Jamor com um troféu nas mãos, a escolha afigura-se-me óbvia.
Por tudo isto, os jogos da Taça parecem-me, a partir deste momento, absolutamente primordiais, e até me arrepio quando oiço falar em poupanças de jogadores e de esforços, trocas de guarda-redes, menor aplicação ou coisas afins. Se é para poupar, que se poupe no campeonato, que está decidido.
Por muito que o dinheiro comande a vida moderna, no meu ponto de vista a força do futebol continua a ser medida por troféus. E para o Benfica, objectivamente, resta apenas um.
BENFICA NA TAÇA DE PORTUGAL
460 jogos, 346 vitórias, 39 empates e 75 derrotas. 1513 golos marcados e 474 golos sofridos.
VITÓRIAS NA COMPETIÇÃO (inclui antigo Campeonato de Portugal):
BENFICA 26, Sporting 18, F.C.Porto 17, Belenenses 6, Boavista 5, V.Setúbal 3, Sp.Braga, Académica, E.Amadora, Leixões, Marítimo, Beira-Mar, Atlético e Olhanense 1.
JOGOS DESTA ELIMINATÓRIA:
Sporting-Marítimo
V.Setúbal-V.Guimarães
Benfica-P.Ferreira
Naval-Rio Ave
Gil Vicente-Leixões
Valdevez-Moreirense
Isento-E.Amadora
Publicada por LF à(s) 7.2.08 0 comentários
TRADIÇÃO IMPLACÁVEL
É de facto impressionante a dificuldade que o futebol português, de selecção e de clubes, tem sempre que defronta adversários transalpinos. Trata-se de um interessante exercício analítico perceber porque é que isso invariavelmente acontece, até para expor e entender algumas fragilidades do nosso futebol e assim procurar contrariá-las, nomeadamente a nível de formação. Grosso modo, o jogador português é espontâneo, criativo, intuitivo, mas não consegue ser rigoroso, calculista nem friamente eficaz como seria necessário diante deste tipo de adversário. Não adianta pensar que isto advém das características genéricas dos portugueses enquanto povo, pois se há povo com idiossincrasia semelhante à nossa esse é justamente o italiano.
Como seria e que força teria o futebol português que conseguisse aliar frieza e eficácia a toda a sua fantasia, aplicando em doses cirúrgicas uma e outra receita de acordo com os adversários ? Certamente imparável, e ainda mais forte candidato a títulos mundiais e europeus do que de certo modo já é.
Talvez fosse altura de reflectir sobre isso e actuar sobre os nossos jovens no sentido de os dotar daquilo que tantas derrotas nos poderia evitar, quer diante de italianos, quer de outras equipas.
Passando à selecção e ao jogo, parece-me que, além de um teste útil para perceber fragilidades, foi também ocasião para começar a desenhar a equipa. Por muito mediatismo que exista em redor de Makukula, não me parece ser, para já, e pelo seu perfil, jogador para assegurar o ataque da equipa nacional frente a equipas com a força defensiva dos campeões do mundo. Um ponta de lança mais móvel, com capacidade de recuar e abrir espaço à entrada de Deco e, sobretudo, Cristiano Ronaldo, afigura-se-me claramente mais aconselhável, podendo quer Nuno Gomes, quer Hélder Postiga desempenhar esse papel, por maior que seja a crise de forma que de momento atravessem – na verdade é o que temos… Por outro lado, resultou evidente que, na ausência de Jorge Andrade, Pepe é indispensável ao centro da defesa nacional, sobretudo pela capacidade que lhe confere a nível de jogo aéreo.
No meio campo não parece haver grandes alterações a fazer, a menos que Miguel Veloso ressurja com a força e a qualidade que evidenciou no início desta temporada, podendo nesse caso tomar o lugar de um Petit em momento de forma irreconhecível, e com menor capacidade de transição ofensiva. Resta-nos esperar também que Maniche e Deco possam aparecer em Junho bem melhor do que têm estado nos últimos meses, e a avaliar pela experiência das últimas grandes competições internacionais, temos motivos para acreditar que sim.
Ontem, em face da luta por um lugar no onze, Quaresma e Nani ganharam pontos, enquanto Bruno Alves, Caneira, Makukula, Petit e Maniche perderam-nos.
De resto não envergonha ninguém perder por 3-1 com os campeões do mundo, num jogo em que durante largos períodos Portugal até pareceu a melhor equipa no terreno – já se sabe que com italianos isso quase sempre acontece… -, embora a dificuldade de entrosamento que a nossa selecção aparenta, quando apenas faltam dois jogos de preparação antes do Europeu, deixe no ar alguma apreensão. Recordemos todavia o percurso da equipa de Scolari na antecâmara do Euro 2004, carregado de exibições e resultados decepcionantes, que não impediram a realização de uma grande campanha.E eu compraria desde já a presença em nova final, mesmo perdendo-a…
Nota positiva da jornada internacional de ontem foi que nenhum dos nossos adversários directos venceu. A Suiça perdeu em Wembley por 2-1, a Turquia empatou a zero em casa com a Suécia, e a República Checa fez ainda pior, sendo derrotada em casa por uma nossa bem conhecida Polónia por 0-2. Os checos passam por uma transição entre os tempos de Nedved, Koller (que ontem falhou um penálti), Poborsky etc, e uma nova geração vice-campeã do mundo de sub-20. Talvez seja uma boa altura para os defrontar, sabendo-se que, tal como frente a italianos, também não temos, nas últimas décadas, um historial muito feliz com eles.
Publicada por LF à(s) 7.2.08 0 comentários
PARTICULAR...OU TALVEZ NÃO
Sendo um jogo particular - e estes jogos de preparação para as grandes competições são normalmente bem a sério -, não deixa todavia de ser importante garantir um bom resultado, quer como forma de preservar o prestígio alcançado enquanto vice-campeão europeu e quarto classificado no último Mundial, quer sobretudo para afastar os fantasmas causados por uma qualificação difícil e acidentada, facto com o qual já estávamos pouco habituados a lidar. Diga-se que uma selecção como a Itália é a adversária ideal para isso.
Nesta fase importa também afinar estratégias, ganhar coesão, e começar a fazer escolhas. Neste último aspecto será pacífico esperar que todos os 19 convocados para este jogo possam ter boas hipóteses de fazer parte da lista final, tal como um lote de ausentes onde eu englobaria os lesionados Pepe, Simão Sabrosa e Nuno Gomes, e ainda Miguel, Tiago, João Moutinho e Miguel Veloso. Resumindo, teremos então um conjunto de 26 jogadores de onde deverá muito provavelmente sair a lista final de 23.
Na expectativa, embora com menores chances de fazer parte da escolha final estão nomes como os guarda-redes Eduardo, Paulo Santos, Beto, Daniel Fernandes, Ricardo Baptista e Hilário, os defesas Tonel, Abel, Nelson, Ricardo Rocha, Manuel da Costa, Nuno Valente e Antunes, para além do gravemente lesionado Jorge Andrade, os médios Manuel Fernandes, Pedro Mendes, Carlos Martins, Hugo Viana e Pele e os avançados Duda, João Paulo, João Tomás, Boa Morte, Vaz Tê e Hélder Postiga, este vítima do acréscimo de opções resultante do aparecimento de Makukula ao mais alto nível. Temos portanto um total de mais de meia centena de jogadores com capacidades para entrar na selecção, o que tem de nos deixar tranquilos quanto ao presente e quanto ao futuro.
Quanto ao sistema de jogo a apresentar, hoje e no Europeu, ele obviamente não deverá fugir do 4-2-3-1 que Scolari sempre tem utilizado, praticamente desde que chegou a Portugal. Com extremos como Cristiano Ronaldo, Quaresma, Simão e Nani, e com poucas alternativas para a posição de ponta-de-lança, nem poderia ser de outro modo.
Muito embora a opção táctica esteja definida, bem se pode dizer que na equipa titular para Junho próximo apenas Ricardo, Ricardo Carvalho, Deco e Cristiano Ronaldo têm, para já, lugar garantido. Isto se – que o diabo seja cego… – nenhum deles se lesionar até lá. A grande esperança dos portugueses reside precisamente na possibilidade de Ronaldo (indiscutivelmente o melhor jogador europeu da actualidade) manter a super-forma que tem evidenciado no seu clube, e se assim for, tudo se pode esperar de Portugal. Até mesmo um título!
Recordemos que no caminho para a final, a equipa nacional não terá que enfrentar França, Itália, Holanda ou Espanha, selecções que constam de outro alinhamento, sendo a Alemanha o nosso mais perigoso adversário até às meias-finais.
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MEIA CENTENA !!
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OBSERVAÇÃO
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VEDETA DA JORNADA
Publicada por LF à(s) 4.2.08 0 comentários
CLASSIFICAÇÃO "REAL"
Publicada por LF à(s) 4.2.08 0 comentários
DESENHOS ANIMADOS
Faz pena ver um conjunto de onze futebolistas - uns razoáveis outros mais para o fraco - correrem e lutarem sem qualquer critério, sem qualquer organização, sem qualquer sentido colectivo, lutando contra as suas próprias limitações e acabando em completo desespero à procura de um milagre que não aparece.
Ao Benfica faltou tudo. No início faltou velocidade (e vontade ?), no final faltou clarividência, e a falta de classe foi uma constante ao longo dos tristes noventa minutos. O que se passa com jogadores como Luisão, Petit ou Nuno Gomes ?
Tenho defendido Camacho, hoje não o posso fazer. Não consigo perceber as suas estapafúrdias substituições, e creio que, mesmo com estes jogadores, o Benfica estaria obrigado a apresentar nesta fase da época bastante mais coesão, bastante mais fio de jogo. Os encarnados não foram mais que uma amálgama de onze jogadores em campo, e não fizeram emergir um único lance com princípio, meio e fim. O desaproveitamento das bolas paradas foi uma vez mais gritante.
Do naufrágio da Luz quase ninguém se salvou. Talvez apenas Quim, mais pelo pouco trabalho que teve do que por qualquer intervenção decisiva.
O título é uma miragem. O segundo lugar, continuando a jogar assim, irá voar em breve. Quo Vadis Benfica ?
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FRUTA DO TEMPO
Publicada por LF à(s) 3.2.08 2 comentários