SEM MEDO
Publicada por LF à(s) 28.9.23 13 comentários
EMBARAÇOSO
Como benfiquista, confesso que tenho vergonha destes números.
Houve, neste período, jogos com clara influência das arbitragens. Mas é preciso reconhecer que, sobretudo na Luz, o Benfica tem também muitas razões de queixa de si próprio.
Destaco três aspetos que sempre condicionaram estas partidas:
1) Maior capacidade física e atlética do FC Porto, que nos confrontos diretos faz dano (sobretudo, lá está, se a agressividade mais extrema for tolerada pelos árbitros);
2) Grande rigor tático e defensivo do FC Porto, por contraponto com um jogo mais aberto do Benfica, que o expõe sistematicamente ao cinismo do rival - algo que, desde o Brasil-Itália de 1982, acontece em todo o mundo, em todos os campeonatos, e, gostemos ou não, define o futebol moderno;
3) Mentalidade guerrilheira do FC Porto, face ao cândido #pelobenfica da equipa encarnada.
O problema 1) é difícil de resolver com o atual plantel do Benfica, onde, por exemplo, o único "6" é Florentino, faltando músculo e altura em muitas posições, sobrando arte e os correspondentes salários noutras.
O problema 2) é difícil de resolver com Roger Schmidt, adepto de um futebol ofensivo, algo romântico, e muito exposto ao risco...e ao erro.
No imediato é preciso, pois, trabalhar o ponto 3), sobretudo dentro das paredes do balneário, sobretudo dentro da cabeça dos jogadores.
Com a mentalidade certa, com uma arbitragem isenta, com alguma dose de sorte e com a maior capacidade técnica dos seus jogadores, talvez o Benfica possa inverter, por uma vez, a tendência. Talvez possa fazer um bom resultado. Mas terá de se mentalizar de que, primeiro, tem de lutar contra si próprio.
Publicada por LF à(s) 27.9.23 9 comentários
CONFIANÇA REPOSTA
Dois golos bastante cedo, pareciam ditar desde logo a distribuição de pontos. E se Rafa tivesse convertido uma das duas soberanas ocasiões de que dispôs até ao intervalo, a segunda parte podia ter sido um passeio. Não foi.
Dois minutos de desconcentração, e os algarvios quase podiam ter chegado ao empate. Valeu Trubin, reencontrado consigo próprio depois da desastrada exibição europeia. Defendeu o penálti (foi muito mal marcado, mas...foi defendido, o que pode ser extremamente importante para a confiança do jovem ucraniano e para a solução do problema que Schmidt criou na baliza), manteve o Benfica na frente do resultado, manteve o Portimonense aberto, e permitiu a Neres resolver de vez a partida.
Se o FC Porto continuar sucessivamente a marcar golos depois dos noventa minutos, vai acabar por fazer 90 pontos, e não dará hipóteses à concorrência. Como acredito que esta sequência não passe de uma infeliz coincidência, talvez um dia chegue a hora de perder pontos. Já na sexta-feira? Veremos.
Nem tudo era muito mau após a derrota com o Salzburgo. Nem todos os problemas estão resolvidos após a vitória em Portimão. Este Benfica tem alguns equívocos de base, que terá de resolver, ou pelo menos disfarçar. Já na sexta-feira!
Publicada por LF à(s) 25.9.23 2 comentários
O MESMO ONZE!
Publicada por LF à(s) 22.9.23 1 comentários
NÃO! OS ASSOBIOS NÃO ERAM PARA TRUBIN!
Foi cruel para um jovem lançado (desnecessariamente) às feras, que, aos 22 anos, se estreava em casa do seu novo clube, num novo país e numa partida da Champions.
Acredito, porém, que os assobios não eram para ele. Eram, sim, para quem, sem necessidade, queimou e despediu em público um guarda-redes campeão - e que seria o escudo onde a carreira imediata de Trubin se podia ancorar. Os assobios eram, pois, para Roger Schmidt, que andou a brincar aos guarda-redes neste início de época, com consequências que, temo, venham a ser devastadoras.
Publicada por LF à(s) 21.9.23 10 comentários
NOITE DE BRUXAS
Publicada por LF à(s) 21.9.23 4 comentários
ENTÃO...VAMOS DAR O DINHEIRO AOS OUTROS
Publicada por LF à(s) 19.9.23 10 comentários
SIGA
Fui acompanhando o resultado com sofrimento, sofrimento esse que percebi, ao ver mais tarde um resumo, não ter grandes motivos que o justificassem: a superioridade encarnada terá sido clara, e os números podiam ter sido outros. A verdade é que a vantagem era tangencial e o jogo nunca mais acabava. No futebol português o tempo de descontos parece cumprir um padrão: até o FC Porto marcar, e/ou até o Benfica sofrer.
O livre de Di Maria foi magistral. Gostei de ver Musa anotar mais um golo (e se um ponta-de-lança vale pelos números, a titularidade é sua). E Trubin terá tido uma estreia tranquila, sofrendo apenas de penálti.
Não poderei alongar-me muito mais sobre um jogo que não vi, lamentando apenas que os adversários não tenham perdido pontos. A propósito, o único golo do FC Porto na Amadora, sancionado pelo VAR Fábio Melo (um nosso velho conhecido) - e isso vi -, deixa-me bastante inquieto quanto às próximas jornadas.
Publicada por LF à(s) 18.9.23 1 comentários
MULHERES COM GARRA
O futebol feminino continua à espera do FC Porto, que é o único clube da Champions League que apenas tem equipa masculina. Ao que parece, na Torre das Antas, o pensamento predominante é que o lugar das mulheres é nos bares de alterne.
Publicada por LF à(s) 14.9.23 11 comentários
OS SCHJELDERUPS DA VIDA
Vi-o jogar algumas vezes na equipa B, e pouquíssimos minutos na equipa principal. Sempre me pareceu um...júnior. Com talento, sim, mas sem capacidade atlética, nem maturidade, nem discernimento para assumir responsabilidades numa equipa como a do Benfica. A precisar de muito trabalho, e a espalhar mais incerteza do que magia.
Foi emprestado, e bem, para ganhar tudo aquilo que lhe falta, e poder eventualmente voltar por outra porta. Mas em vez de agradecido, já começou a falar demais. Enfim, é um jovem. Enfim, é imaturo, como se percebeu em campo. Espero que, pelo menos, seja melhor aconselhado.
Diego Moreira, por exemplo. Até se chama Diego, o apelido começa por M (acabam ai as semelhanças com o astro argentino), e talvez por isso não tenha aceitado uma boa proposta para renovar pelo Benfica - que lhe acompanharia a carreira, que o protegeria durante anos, até fazer coincidir o talento natural com tudo o resto que falta para se ser profissional de futebol de alto nível. Foi para o Chelsea ganhar mais dinheiro. Quase me disponho a cortar uma orelha se alguma vez chegar a titular do clube londrino. Já foi emprestado, assim vai continuar, provavelmente em sentido descendente e até acabar o contrato. Aos 27 anos (numa qualquer liga turca, romena ou cipriota) irá estar a auferir um salário menor do que se tivesse ficado cá, e saído apenas aos 22 ou 23, depois de passar pela equipa principal, se afirmar, e, ai sim, se fazer à vida.
Cher Ndour, outro exemplo. Também não aceitou renovar pelo Benfica. Enfim, não se chama Diego e tem um pouco mais de cabedal. Mas...
Mas... há mais. Até Renato Sanches ou João Félix (vamos ver Gonçalo Ramos...), são exemplos de como saídas prematuras para contextos diferentes e mal escolhidos, com responsabilidades enormes, com o peso dos milhões às costas, e onde não são apaparicados como no Seixal, podem comprometer carreiras que podiam, e deviam, ter outras dimensões. Nem vou falar de Rodericks, de Nélsons Oliveiras ou de Josés Gomes, que infelizmente nem sei por onde andam. Recordo, a propósito, que Nélson Oliveira chegou a ser considerado o melhor jogador de um Mundial Sub-20.
Em sentido contrário, Ruben Dias. Fez três épocas como titular do Benfica, ganhou maturidade, e só depois, quando era quase capitão de equipa, fez as malas para a Premier League. Saiu com experiência, com títulos, também com fracassos, com vários jogos na Champions e titular da Selecção. Enfim: maduro. Chegou a Inglaterra e pegou de estaca, sendo considerado o jogador do ano. Acaba de ganhar a Champions, e se não tiver lesões fará uma carreira notável. Ganha, e continuará a ganhar até depois dos trinta, além de títulos, rios de dinheiro. Merece-o. Tomou as decisões certas, no momento certo.
Volto a Schjelderup. Ainda acredito que cresça e apareça. Um bom princípio será trabalhar mais e falar menos.
Publicada por LF à(s) 13.9.23 7 comentários
BASTOU TIRAR O MONO E....9-0!
Em campo, o óbvio. Sem um ponta-de-lança acabado e a arrastar-se, que exige que todos joguem para os seus registos pessoais e não aceita sequer ser substituído, a "Equipa das Quinas" solta o seu talento é é capaz de esmagar qualquer um. Bem... "qualquer um" será liberdade de linguagem, mas que Portugal liberto de amarras vence e convence, e assim seria candidato a tudo, isso ninguém poderá negar.
Martinez foi contratado para manter em campo uma galinha, que ainda dá ovos de ouro, mas já não dá futebol nem golos - excepto no meio de árabes medíocres, a quem qualquer Alverca dá luta, e a quem um Benfica a meio gás é capaz de golear. Se um dia a retirar da equipa, o mais certo é ser despedido como todos os outros que afrontaram o seu círculo de poder. Aliás, assim de repente não me recordo de um único seleccionador com quem a antiga estrela do Real Madrid não se tenha, a dada altura, incompatibilizado.
Publicada por LF à(s) 12.9.23 2 comentários
A RAFA O QUE É DE RAFA
E, ou me engano muito ou voltará a sê-lo nesta temporada.
Acaba contrato em Junho, e a cada semana que passa (a menos que se lesione, o que ninguém deseja), tornar-se-á mais difícil convencê-lo a ficar.
Ofereça-se pois ao homem tudo aquilo que ele pedir (10, 12, 15...), e ainda mais umas botas novas. Se há jogador que justifica uma loucura é este: um craque, que decide jogos e campeonatos, e vale cada euro que ganha.
Publicada por LF à(s) 6.9.23 5 comentários
DEPOIS DAS EXPLICAÇÕES
VLACHODIMOS por TRUBIN: Já falei abundantemente de Vlachodimos, e percebo que Rui Costa não queira alongar-se sobre o assunto. Mas, até por uma questão de princípio, não pode ser o treinador, unilateralmente, a decidir quem fica ou quem sai do plantel. Recordo-me de Artur Jorge (que decidiu dispensar todo um plantel campeão para contratar quilos de mediocridade, o que resultou, pouco depois, no seu próprio despedimento, e em onze anos de sucessivos fracassos), ou, em sentido contrário, do caso Cardozo/Jesus, que culminou com a permanência dos dois, e um "Triplete" de títulos. Se Trubin vai ser dos melhores da Europa (oxalá que sim), então que seja rapidamente titular. Cá estarei para o aplaudir;
GILBERTO por JOÃO VICTOR: Naturalmente Gilberto pretendeu sair, o que se compreende. Do que vi de João Victor à direita, até nem desgostei. Mas ainda temo que uma ausência de Bah em jogos de Champions ou nos "Clássicos" possa ser complicada de gerir, e, com um Galeno qualquer pela frente, ter efeitos devastadores. Enfim, resta Aursnes. Mas confesso que gostava que o Benfica, à semelhança do critério seguido noutras posições, tivesse contratado um competidor para a titularidade do dinamarquês;
LUCAS VERÍSSIMO por TOMÁS ARAÚJO: Todos sabemos o que aconteceu a Lucas Veríssimo, e nesse sentido percebe-se que deva sair, para jogar com regularidade, e eventualmente voltar na próxima época (fim de carreira de Otamendi?, venda de António ou de Morato?);
GRIMALDO por BERNAT: Se Grimaldo queria mesmo sair, pois não havia muito a fazer. Cheguei a assustar-me com a posição, mas penso que Bernat, em princípio, dá garantias. Aliás, há que dizer que o Grimaldo da última temporada não foi o das anteriores - em que mostrava, reiteradamente, bastante permeabilidade defensiva;
RISTIC por JURASEK: Sempre que vi Ristic jogar, gostei. Mas haverá razões que a razão desconhece, ou que apenas Schmidt conhece. Quanto a Jurasek, a única coisa que questiono é o preço de luxo pago por um presumível suplente - pois pelo que já se viu, não dará, pelo menos no imediato, para muito mais do que isso;
ENZO FERNANDEZ por KOKÇU: Na verdade Enzo já tinha saído, e por um valor irrecusável. Nesse sentido, jogador por jogador, parecia-me uma substituição criteriosa. Acontece que entretanto "nasceu" João Neves. Enfim, vamos ver como corre a interacção entre ambos, e se a ausência de Florentino (ou o tal gorila que eu preferia ver no plantel) nas costas dos criativos não será um problema em jogos de maior pressão;
SCHJELDERUP por TIAGO GOUVEIA; Gostei da explicação, sobretudo na parte em que se percebe que o empréstimo abateu o preço do jovem nórdico. Do que vi, Schjelderup pareceu-me sempre um...júnior. Com talento, sim, mas jamais uma opção imediata. Gouveia terá pouco espaço, e talvez devesse rodar mais um ano, mas percebo e saúdo a vontade de ficar;
DRAXLER por DI MARIA: Draxler, infelizmente, não contou, pelos motivos conhecidos. Gostei de saber como Di Maria chegou, e as exigências que (não) fez. Não há dúvidas de que, neste caso, se trata de um imenso upgrade;
GONÇALO RAMOS por ARTHUR CABRAL; Pelo contrário, na importantíssima posição de ponta-de-lança, não me parece que o Benfica tenha colmatado a (esperada e inevitável) venda de Ramos. Até ver, Arthur Cabral não me convenceu, tal como o seu relativamente modesto currículo já evidenciava. Ainda espero uma agradável surpresa. A acontecer, será isso mesmo: uma surpresa.
+
RENOVAÇÃO DE OTAMENDI: Continuo a achar que era evitável, e preferia, cem vezes, renovar com Rafa. Não sei qual o salário do central argentino, mas suponho que esteja no topo do plantel. Não vai para novo, comprometeu em vários jogos, está a tapar a evolução de Morato, mas, enfim, talvez tenha uma importância no balneário que o torne imprescindível neste momento (embora, se era só para o balneário, já chegasse...Luisão).
RAFA: Gostava de perceber se o Benfica pretende mesmo abrir os cordões à bolsa por aquele que é, de há alguns anos para cá, o seu melhor jogador. Dar-lhe 10 milhões, quando se pagaram 14 por Jurasek e 20 por Cabral, parece-me uma pechincha. Avancem lá já com a renovação antes que seja tarde, dando ao homem tudo aquilo que ele quiser, pois merece-o;
CUSTO DO PLANTEL: Gostei de saber que não fica mais caro que o do ano anterior. Gostava também de ter a certeza de que não há demasiados desequilíbrios salariais. Obviamente que Di Maria não pode ganhar o mesmo que Tiago Gouveia. Mas há situações e situações.
Publicada por LF à(s) 6.9.23 2 comentários
O QUE MUDOU:
VLACHODIMOS por TRUBIN
GILBERTO por JOÃO VICTOR
LUCAS VERÍSSIMO por TOMÁS ARAÚJO
GRIMALDO por BERNAT
RISTIC por JURASEK
ENZO FERNANDEZ por KOKÇU
SCHJELDERUP por TIAGO GOUVEIA
DRAXLER por DI MARIA
GONÇALO RAMOS por ARTHUR CABRAL
Ficou melhor? Ficou pior?
Publicada por LF à(s) 5.9.23 4 comentários
OBRIGADO ODY
Uma parte, na qual me incluo, sempre o achou um excelente guarda-redes, que pagou o preço de suceder a Oblak e Ederson (ambos do top 5 mundial), como se o Benfica tivesses jogadores de top 5 mundial em todas as posições, ou tivesse tido sempre na sua baliza guarda-redes desse nível (só me recordo de mais um: Michel Preud'Homme, se descontar um Júlio César já em final de carreira).
Para a outra parte, foi sempre um mal-amado. Queixavam-se de não agarrar as bolas aéreas (como se algum guarda-redes hoje em dia o fizesse, como se tal não fosse, por vezes, um enorme e desnecessário risco), e de não ser bom com os pés. Ora eu pertenço à velha escola segundo a qual um guarda-redes tem de ser, antes de mais, bom com as mãos - coisa que, por exemplo, o da Selecção Nacional não mostrou no último Mundial, arrastando a "equipa das quinas" para uma eliminação escusada diante de Marrocos, já depois de um erro ridículo no jogo com o Gana. E até me arrepio quando vejo trocas de bola entre centrais e guardiões, por vezes dentro da pequena área, sob intensa pressão de adversários, e cuja utilidade não entendo senão à luz do exibicionismo táctico de alguns treinadores. Se é para isso que interessa jogar assim tão bem com os pés, acho que se deveria antes começar por pontapear alguns treinadores para fora dos bancos - e aqui não falo de Roger Schmidt, mas de coisas que vejo, até em ligas de escalões inferiores.
Não sei o que se passou no balneário do Seixal entre o grego e Roger Schmidt, cidadãos que não conheço pessoalmente. Pode haver questões que me escapem, nomeadamente de carácter ou falta de respeito. Falo apenas do que vejo, e Vlachodimos foi sempre titular na época passada, a do 38 (como, de resto, na do 37), ganhando a Supertaça já na corrente. E não gostei, não gosto, e não quero ver mais, um treinador do Benfica destruir publicamente um seu pupilo numa conferência de imprensa. A velha máxima, elogios públicos/criticas privadas, é uma das bases para uma liderança sólida, respeitada e respeitável. Se havia algo a apontar (e, naquele caso, admito que houvesse, e eu próprio aqui o escrevi), tal tinha de ser feito dentro das paredes do balneário - a partir daí, o treinador tomava as opções que queria, mas pelo menos não desvalorizava o jogador. Se o critério era o dos erros cometidos, ou o da responsabilidade numa derrota, Otamendi não mais vestiria o Manto Sagrado depois do último Chaves-Benfica. Mas, como disse, só falo do que vejo, e poderá haver situações que desconheço.
Enquanto fã do grego, resta-me a consolação de o ver partir para um clube e uma cidade que me dizem muito no plano pessoal e familiar, e defender as balizas do City Ground, onde ainda há pouco mais de um mês andei a passear em pleno relvado.
Publicada por LF à(s) 5.9.23 4 comentários
DESCONTOS? SÃO NO DRAGÃO
1) Em quatro jornadas, os jogos do FC Porto tiveram 78 (!?!?!?!) minutos de tempo adicional acumulado;
2) Na 2ª jornada, o resultado do FC Porto-Farense aos noventa minutos era 1-1, na 3ª o Rio Ave-FC Porto estava 1-0 (com Eustáquio em campo), e na 4ª, o FC Porto-Arouca 0-1. Ou seja, em nenhuma das últimas três rondas, no fim do chamado tempo regulamentar, o FC Porto se encontrava em vantagem (o que explica o ponto 1);
4) O FC Porto-Arouca teve mais de 22 minutos de descontos, apenas na segunda parte. Recordo que, no futebol, cada parte tem 45 minutos. Não houve nenhuma invasão de campo, a tempestade foi em Madrid, e felizmente Christian Eriksen está vivo;
Publicada por LF à(s) 4.9.23 3 comentários
BEM DISPOSTO
O mais importante era ganhar, mas além de o fazer com estilo, e de goleada, o Benfica deu vários sinais que me tranquilizaram - pelo menos para já.
Desde logo, a adaptação de Aursnes (o melhor em campo) ao lado esquerdo da defesa, mostrou, primeiro que o norueguês é de facto pau para toda a obra e uma das melhores contratações do Benfica dos últimos anos, depois que Roger Schmidt não é parvo de todo, e vê, nos treinos, algumas coisas que nós não vemos, e - faço um "mea culpa" - por vezes me intrigam e me levam a desabafar por aqui, mesmo correndo o risco de escrever disparates sem conhecimento de causa - como ninguém me paga por isto, faço e digo o que quero, e tenciono continuar a fazê-lo e a dizê-lo.
Mas, voltando ao jogo, gostei também, pela primeira vez, da dupla João Neves-Kokçu, que à partida, e até agora, me parecia uma sobreposição de talentos a carecer de alguém nas costas. O jovem algarvio é um craque da cabeça aos pés, e encarrega-se de cobrir as costas de si próprio, do colega do lado, e de quem mais for preciso, sobrando-lhe tempo para soltar um talento que muito estranho ainda não ter sido alvo de apetites milionários. Gostei igualmente da titularidade de Musa, que, mesmo não marcando, mesmo não sendo um Haaland, realizou um excelente jogo, deixando claro que, neste momento, não há melhor na casa.
Depois...existem Rafa e Di Maria. E se o argentino é consensualmente tido como um dos melhores jogadores do mundo, em quem só as condições físicas, no decorrer de uma longa época, podem deixar saltar alguma dúvida, o português parece não ser ainda devidamente valorizado (nem pela SAD, nem, diga-se, no coração de alguns benfiquistas). Por mim, dava já os tais dez milhões ao homem, pois não há, no mercado, por esse preço, um jogador tão bom, tão importante e tão decisivo como ele tem sido, parecendo empenhado em voltar a sê-lo.
É claro que toda esta análise não pode deixar de parte o facto de tudo ter começado com um auto-golo e uma expulsão, que facilitaram sobremaneira a tarefa dos encarnados.
De qualquer forma, termino como começo: gostei e fiquei bem disposto.
Publicada por LF à(s) 4.9.23 1 comentários
ES LO QUE HAY...
Desde logo, não queria outra vez o Inter, de tão má e tão recente memória (mas no pote 2, de facto, não havia grandes alternativas). O Salzburgo foi sem dúvida o melhor pote que calhou ao Benfica, embora houvesse escolhas ainda mais apelativas (Copenhaga, por exemplo). Agora a Real Sociedad...francamente não! Pior? Só mesmo o Newcastle.
O Benfica terá pela frente dois adversários (Inter e Real Sociedad) justamente do perfil táctico com o qual tem maiores dificuldades em lidar: equipas muito rigorosas defensivamente, fortes fisicamente, e cínicas na abordagem aos jogos. Na época passada viu-se. E a agravar, nem sequer pode puxar pelos preços dos bilhetes, sob pena de não encher o estádio, pois o único nome apelativo seria o Inter, não fosse o caso de....
Enfim, é o que temos. Trata-se de um grupo que pode dar para tudo. Não vejo o Salzburgo vencer na Luz, nem o Benfica em San Siro. De resto, todos os resultados são possíveis. E todas as classificações também - do primeiro ao quarto lugar.
Quanto ao FC Porto, que dizer? É um clube que nasceu com o dito cujo virado para a lua, ou então tem grandes cunhas junto do divino. Shakhtar e Antuérpia, partindo de um pote 2, é absolutamente pornográfico (a agravar, nenhum dos três adversários jogará no seu estádio...). O Braga fará o que pode, sendo realista apontar ao terceiro lugar.
Publicada por LF à(s) 1.9.23 6 comentários