BERREM MAIS!

O futebol português está a tornar-se um lugar irrespirável.
Tudo começou com o alimentar de uma guerra norte-sul que só servia as ambições de poder de alguns. Depois veio o Apito Dourado, quando para ganhar valia tudo, desde receber árbitros em casa nas vésperas de jogos, até espancar jornalistas não-alinhados.
Quando as coisas pareciam acalmar, chegou à presidência do nosso rival lisboeta um guerrilheiro lunático e mimado, para quem o caminho do sucesso passa por insultar o Benfica e os benfiquistas. Sucesso não alcançou, mas o resto não tem faltado.
Como se não bastasse, apareceu um sinistro diretor de comunicação mais a norte, com uma antiga e irrefreável azia anti-benfiquista, a atacar-nos por todos os meios - mesmo se criminosos, como a sistemática divulgação de correspondência privada, roubada sabe-se lá por quem.
Tudo isto encontrou um caldo mediático no qual as televisões se digladiam por uma migalha de audiência, perdendo o rigor e a compostura; e um caldo de justiça em que o Ministério Público investiga com inusitado zelo tudo o que aparece nos jornais, como o inqualificável “caso” Centeno evidenciou.
Não tenho grandes esperanças de que as coisas venham a melhorar, sobretudo enquanto o Benfica continuar a vencer. Título a título, tem sido uma tradição (Estoril, túnel, colinho, vouchers e agora mails). Quatro títulos seguidos, o barulho aumenta.
Pouco importa. O que nos seduz e apaixona passa-se dentro do campo. Aí, ganhámos 0-2, estamos a dois pontos da liderança, e só dependemos de nós para chegar ao “Penta”.

De resto, podem continuar a berrar que nós já nem ouvimos.

E IGNORÁ-LO?

É assim, a lembrar constantemente uma morte, e a atribuir culpas pela mesma, que se combate a violência?
Segundo o maior incendiário do futebol português, parece que sim.
Na verdade, combater a violência passa, antes de mais, por ignorá-lo, e ignorar tudo o que ele diz. 


COM ALMA

Num terreno difícil (para quando o fim de campos destes na 1º liga?), e perante um adversário arreganhado, o Benfica realizou uma excelente exibição. O resultado peca por escasso. Só à conta de Rafa ficaram duas bolas nos ferros, e uma perdida isolado.
Mais uma final ultrapassada. Faltam 7, todas na zona de Lisboa.

AS FINAIS


...E O MUNDO MUDOU


PS: Será que Sérgio Conceição se recorda do Benfica-V.Guimarães de 2015-16, a três jornadas do fim, e do anti-jogo que fez na Luz?

SERENIDADE

Qualquer novidade relativa a este, ou a outro caso, que envolva o Benfica, é, e será, sempre aproveitada pelos rivais, e pelos seus pontas-de-lança na comunicação social, para fazer ruído, misturar coisas, e embrulhá-las de forma a parecer aquilo que não são.
O que temos é um funcionário do Benfica (com responsabilidades, é certo, mas profissional, ex-Porto, ex-Boavista, sem nunca ter pertencido aos órgãos sociais do clube da Luz), e que já era o único arguido do caso dos e-mails, agora detido por suspeitas de corromper funcionários judiciais a troco de informações sobre o processo (eventualmente com o propósito de se defender).
A suspeita é grave, e a confirmar-se impediria, obviamente, que Paulo Gonçalves continuasse a exercer funções no clube. Mas antes é preciso que a suspeita se confirme, e dela se faça prova. Até lá, há que manter a presunção de inocência, que quando toca aos outros não tem interesse nenhum, mas quando nos toca já é importante.
É importante também salientar que estamos a falar de suspeitas que nada têm a ver com a regulamentação desportiva, nem vejo como possam ser nela enquadradas. Mesmo supondo que Paulo Gonçalves era de facto culpado daquilo que se diz, dificilmente se poderia envolver de forma directa o Sport Lisboa e Benfica nessa culpabilidade. Era o que faltava, se um de nós cometesse um crime no local de trabalho, e o empregador tivesse automaticamente de pagar por ele. Aliás, há bem pouco tempo Paulo Pereira Cristóvão (que até nem era um simples funcionário, mas um vice-presidente) depositou um cheque na conta de um árbitro, e nem por isso o Sporting sofreu consequências.
Eu prefiro, obviamente, que Paulo Gonçalves esteja inocente. E até se provar o contrário, acho que o Benfica faz bem em defendê-lo. Mas se, porventura, vier a ser condenado, então o clube só tem de o afastar, e demarcar-se firmemente dessa suposta actuação, e desses supostos métodos. Neste momento resta aguardar pelo desenvolvimento da justiça.
Inferir outra coisa qualquer, será má fé ou ingenuidade. Em qualquer dos casos, um erro.
Independentemente do que diz a comunicação social, ou por proximidade aos rivais, ou por pretender audiências, os benfiquistas deverão manter-se serenos, evitar deixar-se levar pelo tsunami mediático, e aguardar que a justiça resolva aquilo que tiver de resolver. Sempre com uma firme certeza: o Benfica é superior a todos os que o servem, ou aos que nele trabalham. É o maior clube português, e, aconteça o que acontecer, continuará a sê-lo.
Viva o Benfica!

NÚMERO QUE METE DÓ