AO RUBRO
A jornada deste fim-de-semana pode dizer muito acerca do futuro do Campeonato. Estamos na frente, e os dois principais perseguidores jogam entre si em Alvalade. Pelo menos um deles perderá pontos, mas isso só nos trará benefícios se vencermos a difícil batalha da Choupana. Difícil por várias razões: - Antes de mais, pelo valor do adversário, que é, indiscutivelmente, uma das melhores equipas da Liga, orientada por um técnico que, desde há largos anos, mantém uma certa rivalidade com o nosso; - A deslocação envolve uma sempre desgastante viagem de avião, tão só algumas horas depois de uma outra; - O estádio do Nacional é tradicionalmente difícil, quer pelas dimensões, quer pela altitude, quer pelo clima, e ainda na temporada passada lá deixámos dois pontos; - Não contaremos com Fejsa, elemento chave no meio-campo encarnado; - O jogo surge entalado a meio de uma muito exigente eliminatória europeia, e sabemos bem o quanto isso normalmente pesa nas pernas… e na cabeça, de alguns jogadores; - A vantagem pontual obtida nas anteriores jornadas é susceptível de causar algum deslumbramento; - Last but not least, veremos quem é, e como se comporta, o árbitro de uma tão importante partida. Se conseguirmos ultrapassar todos estes circunstancialismos, vencermos o Nacional, e, paralelamente, tivermos boas notícias de Alvalade (um empate?), não ficando o Campeonato desde logo resolvido, as contas do mesmo ficarão muito bem encaminhadas, e a vantagem pontual permitirá até algum risco, com vista a uma aposta forte nas outras provas que ainda disputamos. Ao invés, um resultado negativo na Choupana pode deixar-nos novamente à mercê do segundo classificado, sabendo-se que ainda temos deslocações a Braga e ao Porto, entre outros difíceis compromissos. Os dramas do ano passado ainda estão bem presentes na nossa memória. Só com o pássaro na mão poderemos cantar vitória. Mas é de jornadas com esta que a decisão final se alimenta. E isso terá de estar na mente de todos aqueles que entrarem em campo.