NÃO ESTÁ NADA MAL


É claro que o futebol masculino é o mais importante, mas mesmo aí não podemos esquecer a excelente temporada na Champions League.
Depois, no futebol formação, há que considerar a inédita Youth League, além do Nacional de Juniores.
E no que toca a conquistas internacionais, a fantástica e ainda mais inédita European League de Andebol, bem como a Golden Cup de Hóquei - que reuniu as melhores equipas da Europa.
Falta acrescentar 5 Supertaças, 1 Taça da Liga e 3 ou 4 Taças de Portugal (a de Hóquei Feminino ainda decorre). E, quem sabe, o Atletismo (agendado para Julho).
Total de títulos até agora: 37

ALGO COMO ISTO?

 

Grimaldo, Weigl, Pizzi, Taarabt e Seferovic acabarão por sair. Talvez também João Mário. Talvez ainda André Almeida.
Não sei o que valem Bah e Ristic, mas gostaria de ter um outro lateral, pelo menos para o lado esquerdo. Talvez também mais um central, dado que a lesão de Lucas Veríssimo está para durar.
Não sei se Florentino fica no plantel. Se não ficar precisa-se de alguém para o lugar, de preferências um "armário".
Estou a partir de um 4-4-2, mas não sei que esquema vai adoptar Schmidt. E se precisar de extremos puros, penso que será necessário mais uma alternativa de segundo plano: alguma coisa entre Rafa e Neres e os jovens Tiago Gouveia e Diego Moreira. Com um 4-3-3 Ricardo Horta talvez chegue.
Gostava ainda de substituir Yaremchuk por outro ponta-de-lança, mais eficaz do que o ucraniano.

A POUCO E POUCO...VERDADE E JUSTIÇA

A Justiça é lenta, muito lenta. Mas mesmo a passo de caracol, acaba por de algum modo funcionar.
As notícias dão conta do risco de prisão em que incorre o diretor de comunicação do FC Porto por roubo, truncagem e divulgação indevida da correspondência do Benfica. Que vai a julgamento, juntamente com os seus comparsas, isso é certo, e era algo que não lhe passaria pela cabeça em 2018.
Na verdade, Marques nunca pensou que o hacker seria localizado e detido na Hungria. A partir desse momento todo o esquema ficou à mostra: Rui Pinto, o amigo, o contacto, o programa do Porto Canal, e uma forma criminosa e macabra de desestabilizar o Benfica e descredibilizar as suas, então, muitas conquistas. Recordemos que nas primeiras divulgações tentaram também passar a ideia de que a documentação era fornecida por alguém de dentro do clube da Luz - e assim promover uma espécie de caça às bruxas.
Ficou patente que, quem é capaz disto (provavelmente com algum problema mental), é capaz de tudo. E esses são, não só Jota Marques, mas também toda a estrutura de comunicação do FC Porto que, daí a cima, vai até ao presidente - ou alguém acredita que o esquema não teve o seu beneplácito? E já agora também o Sporting daquela altura (com os Brunos e os Saraivas), que felizmente já não existe.
É preciso lembrar ainda que os casos que posteriormente envolveram Luís Filipe Vieira, nomeadamente a operação Cartão Vermelho, nada tiveram a ver com os mails divulgados pelo FC Porto. E que o caso E-Toupeira teve a ver exclusivamente com quebra de segredo de justiça (grave para os funcionários que a cometeram, mas incólume e irrelevante para o Benfica), o qual também não foi denunciado pelo Porto Canal. Aí, o que se tentou foi passar a ideia de corrupção desportiva, nomeadamente com a arbitragem. Mas não há nada, para além daquilo que foi inventado ou recriado (padres, missas e figurantes), que coloque em causa as vitórias desportivas do Benfica.
Ou seja, de tudo isto, o que sobra são os crimes cometidos no âmbito de uma estratégia de terrorismo comunicacional, que acabou por correr mal. E se o FC Porto quisesse, pelo menos, fingir que nada teve a ver com o assunto, tinha aqui um excelente momento para despedir aquele que, na altura, foi agraciado como funcionário do ano.

OBRIGADO, DARWIN!

Era inevitável.
Golos na Champions League a Barcelona (2), Bayern (1), Ajax (1) e Liverpool (2), acompanhados de exibições fulgurantes, melhor jogador e melhor marcador do campeonato, tornaram Darwin Nuñez jogador a mais para o futebol português.
Há três anos valeria (pelo menos) tanto quanto João Félix. Devido à pandemia, o mercado  mudou. E hoje 75+25 é um bom negócio. Talvez só o PSG pudesse dar mais, mas com a renovação de Mbappe desistiu do uruguaio. 
Deixa saudades. Para mim, depois de Jonas, terá sido o melhor jogador que vestiu a camisola do Benfica no Século XXI. E é, de longe, o melhor de sempre dos que não venceram qualquer titulo.
Boa sorte rapaz! E até sempre!

À BENFICA!

"Exigia-se mais, mas vou dar-lhe o benefício da dúvida e voltarei a falar no final da próxima temporada. Espero vir a dar os parabéns pela dobradinha e por uma campanha europeia à Benfica. O senhor presidente é desde a noite das eleições o nosso presidente." FRANCISCO BENITEZ

"Tem aqui, por isso, uma nova oportunidade de romper definitivamente com o passado. Com toda a legitimidade democrática de uma esmagadora maioria dos sócios que o escolheram há 8 meses. Nas boas e nas más horas conte connosco, nós esperamos contar consigo." NORONHA LOPES

As intervenções dos dois rostos mais visíveis da oposição nos últimos tempos, juntamente, diga-se, com a dupla entrevista de Vieira, marcam um novo tempo no Benfica. Um tempo que rompe com o passado. Um tempo de união em torno daquilo que mais interessa: ganhar.
Cada benfiquista terá as suas ideias. Eu também tenho as minhas. Mas presidente há só um e é ele que tem de decidir. O balanço faz-se no fim.
A Assembleia-Geral foi à Benfica (com um ou outro excesso sempre natural em algo que mexe tanto com as nossas emoções), e revela claramente que todo o ruído que se lê nas redes sociais nada tem a ver com os verdadeiros benfiquistas, e muito menos com os sócios do clube. É antes uma estratégia de terrorismo comunicacional alimentada a trolls criados noutras origens. Quem rouba e-mails, é capaz de tudo - até daquilo que é bastante fácil de fazer.
Por isso, cabe aos benfiquistas ser inteligentes, saber ignorar esse ruído criado artificialmente desde o exterior, e unir-se em torno do clube e do seu presidente.
O passado já lá vai. Agora só falta ganhar.

SOBRE A ENTREVISTA

Vi por curiosidade. Não mais do que isso.
Como já aqui escrevi, só quando a Justiça tirar as suas conclusões definitivas se poderá fazer um balanço honesto sobre a presidência de Vieira na sua globalidade. Na coluna do Haver terá de figurar a obra e os títulos. Na coluna do Deve está um último mandato desastroso e o mais que vier a ser apurado nos tribunais - e que, para já, ainda não está provado.
Mas seja qual for o balanço final, e como o próprio afirmou nesta entrevista, Vieira pertence irremediavelmente ao passado. 
Sendo assim, percebendo e tolerando que, em sua defesa, queira deixar ao público a sua versão dos factos, não entenderei que Vieira volte a falar do Benfica nos tempos mais próximos. Sim, dos seus negócios, da sua vida empresarial, das justificações que entenda dar para a sua dívida (assuntos que não me dizem respeito, e sobre os quais apenas faço votos para que seja bem sucedido). Não do clube, sob pena de estragar definitivamente os restos da imagem da sua longa presidência, e dar razão aos que sempre afirmaram que, para ele, o Benfica não era um desígnio mas sim um instrumento.
Calando-se, pode ser que a história um dia lhe destine alguma compreensão. Cada nova entrevista a falar do Benfica, com disparos sobre este e aquele, ajustes de contas e lavagens de roupa suja, será mais um prego no caixão da memória que os adeptos têm dele.

 

25 TÍTULOS ...até ao momento

 FUTEBOL FEMININO

   Campeonato Nacional

   Campeonato Nacional Sub 19

FUTEBOL FORMAÇÃO

   UEFA Youth League

   Campeonato Nacional Sub 19

HÓQUEI EM PATINS MASCULINO

   European Golden Cup

HÓQUEI EM PATINS FEMININO

   Supertaça

BASQUETEBOL FEMININO

   Campeonato Nacional

   Taça de Portugal

   Taça da Liga

   Supertaça

FUTSAL FEMININO

   Supertaça

   Campeonato Nacional Sub 19

FUTSAL FORMAÇÃO

   Campeonato Nacional Sub 17

   Campeonato Nacional Sub 15

ANDEBOL MASCULINO

   EHF European League

ANDEBOL FEMININO

   Campeonato Nacional

VOLEIBOL MASCULINO

   Campeonato Nacional

   Taça de Portugal

   Supertaça

VOLEIBOL FEMININO

   Campeonato Nacional Sub 17

ATLETISMO MASCULINO

   Campeonato Nacional Pista Coberta

   Campeonato Nacional Corta Mato

   Campeonato Nacional Cross Curto

POLO AQUÁTICO FEMININO

   Campeonato Nacional

   Supertaça


Estão ainda em curso diversas competições, como por exemplo os Campeonatos de Basquetebol, Futsal e Hóquei, a Taça de Portugal de Andebol, também os Campeonatos de Hóquei e Futsal Feminino, bem como as Taças de Hóquei, Andebol e Polo Feminino, os Campeonatos de Juvenis e Iniciados em Futebol, toda a Formação do Hóquei, os Juniores de Futsal, os Juvenis de Andebol e falta realizar os Campeonatos de Atletismo ao Ar Livre. Pelo menos mais 19 títulos ainda podem ser conquistados.
De sublinhar a conquista de três competições europeias (64 vitórias em jogos internacionais), o que é inédito numa só época.

COM OTÁVIO? NÃO, OBRIGADO!

Quem frequenta este espaço há mais tempo sabe que, para além de português, sou adepto da Selecção Nacional, e que em alguns momentos cheguei a senti-la quase como se do Benfica se tratasse.
Sobretudo no final da época clubística – como é o caso – consigo, e consegui muitas vezes, engolir alguns sapos em nome do patriotismo. E desde criança sofri com as derrotas (então bastante frequentes) e vibrei com as vitórias, quer em fases de apuramento, quer, sobretudo, em fases finais. Além das histórias que o meu Pai me contava de Eusébio, no Benfica, mas também no Mundial 66, e com as quais despertou a minha paixão pelo futebol.
Um dos jogos da minha vida foi o Portugal-Inglaterra, do Euro 2004, a que assisti na Luz, e durante o qual dei comigo a gritar por Ricardo, por Deco ou por Postiga. Lembro-me igualmente da batalha de Nuremberga, dois anos depois, e de roer as unhas em frente ao televisor durante nova série de penáltis ante os ingleses. Muitos anos mais tarde fui para a rua festejar a vitória no Europeu de França.
Isto tudo para dizer que a Equipa das Quinas está longe de me ser indiferente.
Porém, há limites. Ver “macacos” na bancada financiados pela FPF para viajar à conta e assistir aos jogos é um deles. A convocatória de Otávio ultrapassa-os.
Não vou alongar-me sobre a questão dos naturalizados, que dava pano para mangas, e onde encontramos casos de verdadeiros refugiados que precisam do nosso país (Pichardo ou, para falar de outros clubes, Obikwelu), dão-nos mais do que recebem, e contam com o meu apoio incondicional (à semelhança de tantos milhares de imigrantes anónimos que chegam cá para poder ter a vida digna que pelos mais diversos motivos não encontram nos seus países de origem, e com os quais estarei sempre solidário), e outros casos, como Deco ou este Otávio, profissionais de futebol pagos a peso de ouro, em que, independentemente dos direitos de cidadania, a naturalização é meramente instrumental com vista ao aumento da cotação dos respectivos passes no mercado europeu. Deco, como é óbvio, depois de fazer carreira como jogador comunitário nas ligas espanhola e inglesa, partiu para aquele que sempre foi o seu país: o Brasil. Com Otávio acontecerá o mesmo.
Mas se Deco, enfim, além de ser um jogador diferenciado, teve também um comportamento profissional genericamente dentro do aceitável, já Otávio, sendo um jogador mediano, é um indivíduo ordinário, que grava vídeos a insultar clubes rivais, e que dentro do campo passa o tempo a simular faltas, a provocar adversários, não tendo um mínimo de estatura moral para representar o país. A agravar, tem um processo disciplinar a decorrer contra si justamente por questões de comportamento ético-desportivo, razão mais do que suficiente para Fernando Santos evitar a sua convocatória, pelo menos neste momento.
O Engenheiro diz que para ele não há clubes na Selecção. Percebo-o, e se estivesse no seu lugar diria, e faria, o mesmo. Mas aqui não é uma questão de clubismo. Não é por Otávio ser jogador o FC Porto que se torna um problema (colocado, de resto, pelos jornalistas, e não por acaso). Já houve muitos jogadores do FC Porto na Selecção, e isso, obviamente, nunca pôs em causa o meu apoio. É pelo seu perfil, pelo seu comportamento, pela sua manifesta falta de condições éticas para representar um país que nem é, e nunca será, o dele.
Volto ao princípio: é precisamente por ser adepto da Selecção que isto me dói mais. Mas com Otávio na equipa, não contem comigo.
Nem perderei tempo a ver o jogo de uma equipa que, com Otávio, deixa de me representar.

CHAPEAU VARANDAS!

Se há coisa a que tenho de tirar o meu chapéu é à coragem de Frederico Varandas.
Já o havia demonstrado na difícil relação com as suas claques. Demonstra-o agora ao dizer, em voz alta, aquilo que todos sabemos e que muitos calam: Pinto da Costa é uma nódoa que custará a extrair do desporto português.
Não. Isto não é uma crítica a Rui Costa. Cada dirigente tem o seu estilo, e não é certamente um aperto de mão que altera a percepção que o “Maestro” tem do presidente do FC Porto – e que é, com toda a certeza, coincidente com a minha, e com a de quem veja tudo isto com os olhos abertos.
Falo, isso sim, dos jornalistas e comentadores pseudo-independentes, que se apressaram a relativizar as práticas de ganhar contra tudo e contra todos a qualquer preço, e puseram de imediato o ónus no presidente do Sporting, acusando-o que atear um fogo.
Ora eu penso justamente o contrário: foi a passividade com que esse universo de comentadores e jornalistas sempre tolerou os atropelos de Pinto da Costa e da sua trupe que permitiu chegar a esta situação de guerrilha constante, e que só terminará quando outra pessoa se sentar na cadeira da presidência portista. Tudo em nome de uma hipotética isenção, que não faz qualquer sentido quando não se trata de condenar clubes ou clubismos, mas sim comportamentos.
Quando Pinto da Costa, do alto das suas "finas ironias", insultava e provocava tudo e todos, falavam de “dirigentes” no plural, como se lhes fosse proibido falar "daquele" dirigente. Quando o FC Porto conspurcava a verdade desportiva falavam de “clubes” no plural, como se lhes fosse proibido falar "daquele" clube. Quando uma claque amestrada e miliciana, amedrontava, provocava, intimidava, agredia e até matava, falavam em “claques” no plural, esquecendo que os outros são condenados e presos (Alcochete, atropelamento de italiano, etc) e aqueles andam por aí, e até são patrocinados pela FPF.
Seria fastidioso trazer para aqui todas as provocações dirigidas por Pinto da Costa aos rivais (sobretudo, diga-se, ao Benfica). Seria fastidioso descrever novamente aquilo que todos escutámos nas gravações do processo "Apito Dourado" e que, inacreditavelmente, acabou por não dar em nada. Seria fastidioso mencionar todos os escândalos de arbitragem que envolvem sucessivamente as modalidades onde o FC Porto marca presença (só esta semana foi o Sporting a queixar-se no Basquetebol e o Barcelos no Hóquei em Patins), e que não se verificam quando aquele clube não participa (Futsal ou Voleibol, por exemplo). Seria fastidioso recordar todas as pressões e intimidações em jogos decisivos nos estádios das Antas e do Dragão, desde os produtos tóxicos no balneário em 1991, passando por apedrejamentos em viadutos, foguetes à porta de hotéis, até ao último FC Porto-Sporting, onde vimos seguranças a agredir jogadores leoninos. Isto sem falar nas visitas a centros de treino de árbitros, ou pior ainda, a estabelecimentos comerciais de familiares de árbitros, ou ainda nas agressões e intimidações aos próprios jornalistas - que vão acontecendo desde os anos oitenta do século passado.
Na verdade, a fantasiosa guerra norte-sul (criada por Pinto da Costa para seu proveito), e o ganhar "contra tudo e contra todos", não significam outra coisa que não seja vencer a qualquer preço – por cima e por baixo da mesa, à frente e atrás das cortinas, dentro e fora da lei, sempre com um nível máximo de agressividade, hostilidade, ódio e provocação – que se estende naturalmente para os adeptos, e até para os atletas, como se viu no recente e triste caso de Fábio Cardoso. Enfim, tudo o que do desporto e o futebol não precisavam, mas a cujos tais jornalistas e comentadores sempre viraram as costas com olímpica naturalidade.
Quem tem e premeia um diretor(?) de comunicação que adopta e alimenta uma prática de autêntico terrorismo comunicacional, como se viu no caso dos e-mails roubados, como se vê pelas redes sociais onde comunica directamente (sempre a atacar algo ou alguém, nunca a enaltecer as vitórias do seu clube) e de forma oculta (enchendo de “trolls” fóruns de opinião, caixas de comentários e blogues para desestabilizar os rivais), torna-se simplesmente ridículo ao acusar outros de atear fogos. E torna igualmente ridículo quem segue essa cartilha (aí sim, uma verdadeira cartilha) em nome da tal "isenção".
Era tudo isto que esperava ler o ouvir de comentadores e jornalistas. Mas ao que parece vão querer continuar a fazer parte deste jogo sujo e enjoativo, onde cada polémica, cada caso, cada conflito, se traduzem em audiências. O desporto que se lixe.