UM GOLO, TRÊS PONTOS
Vamos ser simpáticos: Arthur Cabral, Marcos Leonardo e Casper Tengstedt até podem nem ser maus jogadores de todo. Digamos que qualquer um deles poderá fazer o seu vídeo. Acontece que nenhum deles está talhado para o perfil de jogo deste Benfica, como estava, na época passada, Gonçalo Ramos. Nenhum deles se sente confortável sozinho no ataque, a ter de morder os calcanhares dos laterais contrários. E para ser justo na análise, gostava de os ver um dia, noutro contexto, num esquema de 4-4-2, com um parceiro ao lado.
Cardozo teve Saviola, Lima e Rodrigo. Mitroglou e Raul Jimenez tiveram Jonas. Seferovic tinha Félix. E só Darwin se sentia bem sozinho na frente, pois era veloz, intenso, físico e finalizador.
Tivesse Cardozo sido obrigado a jogar sozinho na frente, neste esquema táctico, e decerto não marcaria quase 200 golos como marcou.
Dir-me-ão: então porque não se muda o sistema? A resposta é fácil: para já não há Saviola, nem Jonas, nem Félix, e mesmo os restantes jogadores não estariam vocacionados para essa mudança. Rafa tinha de ir para uma ala, o meio-campo ficava mais exposto (sem um Fejsa, um Matic ou um Javi Garcia), e o rendimento de João Neves talvez não fosse o mesmo. Além de ter sido este o sistema com que Schmidt foi campeão, sendo lícito que insista em tentar, até para lá dos limites, adaptar um dos seus pontas-de-lança à função. Até agora sem grande sucesso. Veremos o que falta, e que ainda é muito.
Ou seja, o Benfica 2023-24 é um puzzle difícil de montar, que vai ganhando aos soluços, graças a inspirações individuais - quase sempre de Rafa ou Di Maria, neste caso do improvável Cabral.
A história do jogo passa por aqui. Um Benfica a chegar perto da área com alguma facilidade, mas sem peso, nem presença dentro dela. Uma história tantas vezes repetida, e que já custou alguns pontos. Os suficientes para não estar na liderança, e ver um Sporting (esse sim, com um grande avançado, que encaixa como uma luva na equipa) sem vacilar, nem dar mostras de enfraquecimento.
Enfim, agora vem mais uma estúpida paragem para jogos amigáveis da selecção. Na época passada as consequências
Uma coisa é certa: está tudo em aberto.
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PARA KOKCU, ANTES TAARABT
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A MELHOR LIGA EUROPA DE SEMPRE
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RECORDAR É VIVER
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UM BOM SORTEIO, MAS...
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SEMÁFORO EUROPEU
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IMPRESSIONANTE
GOLEADORES DO BENFICA NAS PROVAS INTERNACIONAIS:
2º Cardozo 35
3º Nené 28
4º José Augusto 25
5º Nuno Gomes 23
6º José Torres 20
7º José Águas 18
8º Rafa 17
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UMA VIRTUDE
Entre os muitos defeitos que têm sido apontados a Roger Schmidt e à sua equipa técnica - alguns, também por mim -, creio que há uma virtude que é justo destacar. Fica-me a sensação que a maior parte dos adversários se cansa quase sempre primeiro. Nos jogos com o Sporting, por exemplo, isso foi bastante evidente. Na Escócia, voltou a ficar-me essa ideia. Talvez assim se percebam as substituições do alemão: não tácticas, mas sim fisiológicas, com dados que só ele tem. Enfim, hoje é dia de ver o copo meio cheio...
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...ATÉ PODIA TER SIDO MAIS FÁCIL
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ONZE PARA A PASSAGEM
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ESCRETE, PARA QUE TE QUERO
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PRESENÇAS NOS QUARTOS-DE-FINAL DA CHAMPIONS
BENFICA 20 (61,62,63,65,66,68,69,72,76,78,84,88,90,92,95,06,12,16,22,23)
Porto 10 (87,91,93,97,00,04,09,15,19,21)
Sporting 1 (83)
BENFICA 4 (12,16,22,23)
Porto 3 (15,19,21)
Sporting 0
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UMA DÚVIDA
É lateral-esquerdo titularíssimo da equipa B, é capitão de equipa, foi campeão da Youth League, como António Silva, Tomás Araújo, João Neves e Henrique Araújo. Ainda não teve qualquer oportunidade no plantel principal.
Ora no Benfica não abundam laterais-esquerdos de qualidade e/ou consistência. Já foram testados Jurasek, Bernat, Morato, Carreras, Aursnes, e nenhuma das hipóteses correu bem. Porque não tentar este jovem?
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SINAIS DE RETOMA
Ainda assim viram-se bons momentos. Viu-se, sobretudo, uma vitória justa e sem espinhas, perante um opositor que, embora lute para não descer, havia vencido no Dragão.
O Benfica ganhou 3-1, e podia ter goleado. De resto, há um penálti claríssimo sobre Marcos Leonardo, que o VAR não quis mostrar devidamente, e o árbitro também não quis ver.
Por falar em Marcos Leonardo, o jovem brasileiro parece-me, ainda assim, o único ponta-de-lança do plantel com alguma veia goleadora, e que, se estiver disposto a trabalhar tudo aquilo que lhe falta, pode vir a ser opção válida e de futuro.
Agora há que concentrar energias na Liga Europa. Por ser o próximo jogo, e por ser uma competição onde - particularmente este ano - os encarnados podem dar um ar de sua graça. O Rangers é ultrapassável, e é certo que continuarão por lá mais alguns adversários ao alcance do Benfica. Com uma grande exibição em Glasgow, e alguma sorte no sorteio, esta temporada internacional pode vir a tornar-se interessante.
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UMA LENDA
Para lá da qualidade técnica e da garra com que actuava, Pietra transportava com ele a "Mística" do clube, dentro e fora do campo. Era uma das grandes bandeiras do Benfica.
Despertei para o futebol no ano em que ele se transferiu do Belenenses para Luz. Acabou a carreira, já eu era adolescente. Minervino José Lopes Pietra (na altura decorava os nomes completos de todos os jogadores) foi pois, é pois, uma grande figura da minha infância - ao longo da qual todos os onzes do Benfica começavam por Bento, Pietra, Humberto...
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ESFORÇO INGLÓRIO
Publicada por LF à(s) 8.3.24 2 comentários
UM GRANDE BENFIQUISTA
Leitor assíduo, foi precisamente António-Pedro Vasconcelos o primeiro divulgador público, digamos assim, deste blogue, mencionando-o no programa "Trio de Ataque" da RTP, em cujo painel representava então o Benfica - com fervor, acutilância e elevado grau de exigência.
Cheguei a pedir-lhe que fizesse um filme sobre Vitor Baptista. Provavelmente já não teve tempo, vontade ou oportunidade de o fazer.
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REFLEXÕES PÓS-TRAUMÁTICAS
De um lado, os adeptos mais impacientes, que naturalmente querem ganhar sempre e já, e confundem exigência com irrealismo ou fantasia. Do outro, rivais empedernidos, que inundam o espaço mediático com farpas mais ou menos intencionais para, desde fora, desestabilizar tanto quanto possível. No meio de todo o ruído, ficam os resistentes, os mais frios e racionais (não menos apaixonados), que percebem que identificar um problema não significa necessariamente obter uma boa solução, e que os ciclos destrutivos por vezes se alimentam a si próprios.
Frequentemente não o consigo, mas esforço-me por fazer parte deste último grupo. Até porque amo demasiado o clube para deixar cair a prudência, com ele e com tudo o que lhe diga respeito.
Despedir Schmidt, que ainda há meses foi campeão? Nesta altura da temporada? Para contratar quem? Guardiola? Pagar mais de 20M de indemnização?
São questões que coloco a mim próprio antes de defender uma solução drástica, cuja eficácia imediata me deixaria mais dúvidas do que certezas. Mesmo tendo sido dos primeiros a chamar a atenção para algumas insuficiências deste treinador, quando ele ainda era adulado pela imprensa.
O alemão não é um bom estratega, isso é um facto. E também uma limitação, sobretudo num campeonato inundado de técnicos que fazem da “esperteza” (táctica e não só) o seu modo de vida, e no qual Amorim e Conceição são os exemplos mais acabados. Mas tem qualidades. Por exemplo, no plano da resistência física, o Benfica parece-me muito bem preparado (percebeu-se nos jogos com o Sporting). E em termos de fluidez de jogo já vi, já vimos, com Schmidt no banco, exibições maravilhosas – sobretudo na primeira metade da época passada.
Como aqui escrevi diversas vezes, as contratações dos últimos três mercados foram, digamos, um equívoco. O Benfica ficou sem Grimaldo, Enzo e Ramos (e em grande parte dos jogos, sem Bah e Neres, por lesão), e não encontrou substitutos à altura. Jurasek (como Carreras, ou Bernat), Kokçu e Cabral não corresponderam ao que se exigia (nem têm o perfil de que a equipa precisava), e o próprio Di Maria – que é inegavelmente um extraordinário futebolista, e tem feito tantas vezes a diferença, disfarçando debilidades do colectivo -, pelas suas características e idade, acaba por condicionar tacticamente a equipa no momento da perda da bola, o que se agrava bastante na ausência de um lateral forte nas transições e compensações. Globalmente esta é, pois, uma equipa pior que a da época passada., e o plantel “de luxo” não passa de um mito – a menos que falemos de orçamentos.
Enquanto isso, o Sporting sim, está muito melhor, precisamente devido ao acerto nas contratações – feitas a pensar no perfil de jogo da equipa, e com encaixe total na estratégia do seu treinador.
Desconheço o grau de responsabilidade de Schmidt nas aquisições do Benfica, e isso condiciona a minha opinião sobre ele, impedindo-me ter certezas definitivas. Tanto ele como Rui Costa (num assomo de solidariedade que registo e aplaudo) apontam para responsabilidades conjuntas. Gostava, ainda assim, de saber quem sugeriu primeiro Jurasek. Quem achou primeiro que Arthur Cabral era o substituto ideal para Gonçalo Ramos. Quem entendeu primeiro que Kokçu valia 30 milhões e justificava ser o jogador mais caro da história do futebol português. Quem... Carreras, Rollheiser, Prestianni, Schjelderup, Tengstedt, Leonardo, enfim... Foi Braz? Foi Schmidt? Foi Rui Costa? Foi o Scouting? Foi Lourenço? Gostava mesmo se saber. Não para apontar o dedo. Apenas para fundamentar o que escrevo (e inocentar quem não tem culpas).
O que me parece é que toda a temporada do Benfica tem sido marcada por um esforço inglório em busca de formas de esbater os desequilíbrios que o mercado deixou (nomeadamente nas laterais e na frente de ataque). Daí a instabilidade táctica, que por sua vez conduziu à dificuldade em criar rotinas, quebrando a confiança individual e colectiva. Daí as constantes mudanças no onze, quase sempre sem sucesso.
No jogo do Dragão, até elementos que normalmente têm dado boa resposta, falharam redondamente. António Silva terá feito o seu pior jogo enquanto profissional. Trubin teve culpas óbvias em, pelo menos, dois dos golos (aliás, já em Alvalade não estivera propriamente bem, e se fosse grego teria ficado com as orelhas a arder). Rafa não existiu. Otamendi perdeu a cabeça.
É preciso dizer também que o Benfica viu um golo anulado em Alvalade numa situação muito parecida com a do primeiro golo portista. Num caso, o fora-de-jogo posicional foi assinalado pelo VAR. No outro, não. E se não faz sentido falar de arbitragem quando se perde 5-0, quando se perde 2-1…
Neste momento, nada do que aqui foi escrito tem solução imediata. E o melhor que os benfiquistas podem fazer é deixar as críticas destrutivas e a contestação mais vigorosa para os rivais, ou para uma comunicação social ávida de sangue. Devemos, isso sim, unir-nos em torno daquilo que temos, e procurar salvar o que ainda é possível – que é muito.
É importante lembrar que o Benfica tem mais seis pontos do que o FC Porto. E está apenas a um da liderança (que podem ser quatro, mas também podem voltar a um, com uma eventual vitória em Alvalade). Está nos Oitavos-de-Final da Liga Europa, onde tem pela frente um adversário difícil, mas de forma alguma insuperável. E está a um golo da Final do Jamor. Tudo ainda pode acontecer. E haverá mais hipóteses de acontecer alguma coisa se a equipa sentir em seu redor o carinho dos adeptos – ou pelo menos não sentir a descrença, e muito menos a hostilidade, que, essa sim, é um factor adicional e desnecessário de perturbação.
Ninguém trabalha melhor com um chicote em cima. E ainda menos uma equipa de futebol, exposta como está, com o mediatismo que tem, com a confiança de que necessita
Enchamos o Estádio da Luz no apoio ao Benfica. A equipa é esta, e neste momento não pode ser outra. O treinador é este, e dificilmente outro, entrando agora, faria milagres. O presidente é alguém que sofre pelo clube, e está a tentar fazer o seu melhor – tratando-se de um homem inteligente, irá com certeza aprender com os erros.
O Benfica é o mesmo de sempre. O de Berna e Amesterdão, e também o de Vigo e Basileia.
A canção de Sério Godinho diz que hoje é o primeiro dia do resto da tua vida. Aplica-se ao futebol. Aplica-se na perfeição a este Benfica.
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SERENIDADE
Agora seria fácil ir buscar esses apontamentos, e colocar todos os dedos em todas as feridas. Mas entendo que quem gosta do Benfica, quem ama verdadeiramente o clube (e apenas aqui está devido a esse amor incondicional e eterno), não o deve fazer neste momento.
Não é o tempo apropriado para, desde fora, apontar culpas a quem quer que seja. Nem a jogadores, nem a treinador, nem a dirigentes. Somos uma família, e quando as coisas correm mal numa família, o passo indicado é reforçar a união dos seus membros. Só assim os problemas poderão resolver-se. Só assim se poderá tirar alguma coisa desta época. E ainda há muito para poder tirar.
Internamente haverá, tem de haver, uma reflexão sobre o jogo do Dragão, mas também sobre os jogos de Alvalade, de Toulouse, de San Sebastian, de Milão e muitos outros, sobre as contratações falhadas, sobre as insuficiências de um plantel caro mas desequilibrado, sobre as teimosias do treinador. Desde fora tem de haver, mais do que nunca, apoio, união e paixão - e diga-se que os adeptos presentes no estádio tiveram, a esse nível, um comportamento notável, sendo essa, de resto, a única nota positiva da noite.
Na quinta-feira lá estarei, na bancada, a apoiar o meu clube. O clube cujo primeiro jogo de que me recordo foi uma derrota em Munique por 5-1, e o segundo, nova derrota, dessa vez em Alvalade por 3-0. O clube que em 1986 perdeu por 7-1, também em Alvalade, e depois conquistou a "dobradinha". O clube do qual me fiz sócio um dia depois de chorar baba e ranho a eliminação europeia aos pés do Dukla de Praga. O clube que perdeu 7-0 em Vigo no dia do meu aniversário.
Publicada por LF à(s) 4.3.24 21 comentários
3-3-3 EQUILÍBRIO TOTAL
Últimos nove anos de "Cássico" no Dragão, com equilíbrio total. 3 vitórias, 3 empates e 3 derrotas, 10-10 em golos. Quem desempata este ciclo de uma década?
Publicada por LF à(s) 1.3.24 0 comentários
E A VERDADE É ESTA:
Campeões que saíram:
Com tudo isto, o Sporting apresenta hoje uma equipa coesa e equilibrada entre todos os sectores. Vai ganhando jogos e confiança. Já o Benfica tem passado meses a procurar, sem sucesso, disfarçar a falta de um lateral-esquerdo e de um ponta-de-lança, o que necessariamente traz instabilidade táctica, múltiplos desequilíbrios e défices de confiança.
Se foi Schmidt quem indicou as contratações (e já agora algumas das dispensas, excepto naturalmente Grimaldo, Enzo e Ramos), a culpa é toda dele, e no fim da época a sua continuidade terá de ser ponderada.
Não quero crucificar ninguém, nem envio recados. E até acho que globalmente a direcção do Benfica está a fazer um bom trabalho. Ou pelo menos a tentar. Honestamente não sei quem tomou ou pressionou algumas destas opções (Jurasek e Arthur Cabral são os casos mais gritantes). O que é certo é que as coisas não estão bem e poderiam estar - com tanto dinheiro consumido direi mesmo que deveriam estar.
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UMA EQUIPA NOJENTA, OUTRA MEDÍOCRE, E... DOIS FÁBIOS
Publicada por LF à(s) 1.3.24 7 comentários
UMA NOTA DE OPTIMISMO
Roger Schmidt em "Clássicos":
Publicada por LF à(s) 29.2.24 0 comentários
ONZE PARA ALVALADE
Publicada por LF à(s) 29.2.24 3 comentários
INQUALIFICÁVEL! RIDÍCULO!
Nos tempos que correm, vale tudo.
O Famalicão-Sporting ainda não tem data, nem se sabe quando poderá vir a ter - por mim, nem se disputava...
Infelizmente, ninguém quer perceber o que se passa. E o que se passa é uma sobrecarga imensa de jogos e competições, que não favorece, nem os intervenientes, nem os espectadores, nem o próprio espectáculo. Apenas os operadores televisivos.
Por vezes dou por mim farto de futebol. Não me deixam desligar no Natal, nem nas férias de Agosto, e agora nem o dia das eleições legislativas se salva. Um dia, ainda matam a galinha dos ovos de ouro.
A agravar, o Benfica jogará às 20.30h. Ao menos não podia ser à tarde? Num momento em que o país estará parado perante um importante momento político, servem-nos um jogo do campeonato como se necessitássemos de nos distrair.
Reduza-se o campeonato para 10 ou 12 clubes, jogue-se a Taça ao fim-de-semana, e deixe-se estas datas para outros aspectos da vida pública.
Publicada por LF à(s) 29.2.24 4 comentários
120 ANOS, 120 NOMES
Publicada por LF à(s) 28.2.24 10 comentários
BILHETES, PARA QUE VOS QUERO...
Em poucos meses, Portimonense-Benfica e Sporting-Benfica na época passada; Estoril-Benfica e Sporting-Benfica na corrente. Não me parece normal, até porque muitas mais pessoas se queixam deste problema, e depois, nas bancadas, aparecem sempre os mesmos - e eu cortaria uma orelha em como grande parte deles nem sequer passou pela App, se é que são sócios.
Não, não falo de convidados, patrocinadores, ou ex-jogadores. Até porque esses nem vão para aqueles sectores. Falo, muito directamente, da alegada "claque", que formalmente não existe, mas serve para punir o clube com multas e situações vergonhosas (Milão, San Sebastian...), e para caçar todos os bilhetes disponíveis para todos os jogos. Quem compactua com isto? Acho que sei, mas não o vou aqui dizer.
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MATAR UM BORREGO
Publicada por LF à(s) 28.2.24 0 comentários
MISSÃO CUMPRIDA
Nos primeiros 45 minutos viu-se uma autêntica partida de Andebol. As linhas do Portimonense a fecharem a sua área, e os jogadores do Benfica a trocarem a bola diante delas, à procura de um espaço em aberto, mas sem conseguir penetrar. Ainda assim, em três ocasiões, o golo podia mesmo ter aparecido. Neres, Otamendi e Rafa não lograram obtê-lo.
Notava-se a falta de um ponta-de-lança. A verdade é que, se ele lá estivesse, sabendo-se quem, a falta continuaria a notar-se...
Na segunda parte, aqueles três minutos definiram o resultado. Três excelentes golos, em que as individualidades do Benfica mostraram que podem marcar sem ter ninguém fixo na área - o que pode ser um bom sinal para os "clássicos" que se avizinham. O plano do Portimonense, que se resumia a manter o nulo até que lhe fosse possível, esfumou-se.
Depois, foi gerir até final, havendo tempo para mais um bom golo, e para dar descanso a algumas das unidades mais sacrificadas..
Era proibido perder pontos. A equipa de Schmidt cumpriu o seu dever, e viu-se premiada com os empates dos rivais. Resultados muito importantes, sobretudo pelo FC Porto-Benfica que se segue, e em que, deste modo, talvez um ponto não seja de desperdiçar, mantendo assim os encarnados a dependerem apenas de si próprios para revalidar o título.
Publicada por LF à(s) 26.2.24 2 comentários
F...., QUE MERCADO(S)!
LATERAL-ESQUERDO: Investimento acumulado de 24 milhões de euros
Publicada por LF à(s) 24.2.24 8 comentários
PODIA TER SIDO PIOR...
Publicada por LF à(s) 23.2.24 2 comentários
JÁ SINTO SAUDADES ATÉ DESTE TIPO...
Publicada por LF à(s) 23.2.24 3 comentários
E FOI PRECISO UM MILAGRE
Publicada por LF à(s) 23.2.24 10 comentários
QUE DESCANSE EM PAZ
Mas manda o rigor separar o seu percurso em três fases. E na primeira, enquanto jogador, foi ponta-de-lança titular e goleador de um dos melhores Benficas de sempre, ao lado de Eusébio, marcando mais de 100 golos de águia ao peito (18º melhor de todos os tempos), conquistando quatro campeonatos e duas taças em seis temporadas. É esse Artur Jorge que quero guardar, não tanto na memória, porque não me lembro dessas épocas, mas no lugar que ele merece na história do clube e do futebol.
É preciso dizer também que, enquanto treinador do FC Porto, sempre se distinguiu pela cordialidade, e pela elevação moral e intelectual. Não tenho presente nenhuma declaração desrespeitosa para com os adversários, e isso permitiu-lhe, também, chegar mais tarde ao comando técnico dos encarnados.
Publicada por LF à(s) 22.2.24 6 comentários
O BENFICA EM FRANÇA
Publicada por LF à(s) 21.2.24 0 comentários
FORÇA MIÚDO!
Muita força e coragem, miúdo, para enfrentar esta finta do destino. E que no exercício da tua profissão, em cada treino, em cada jogo, possas sentir que está alguém em algum lado a olhar por ti, e a orgulhar-se do teu esforço e do teu trabalho.
Publicada por LF à(s) 19.2.24 3 comentários
MEIA DOSE DE REQUINTE
Nos primeiros 45 minutos, o Benfica apareceu de cara lavada, e com a frescura física decorrente da revolução levada a cabo por Schmidt (que mexeu em 7 posições). Marcou cinco golos, mais um invalidado por centímetros, e uma ou duas oportunidades desperdiçadas. Não vou tão longe como o técnico alemão, e não direi que foi a melhor exibição da temporada. Parece-me que houve bastante demérito do adversário - que está em último lugar e caminha alegremente para a segunda divisão. De facto, o Vizela foi tão frágil que não deixa perceber até que ponto esta exibição vistosa do Benfica poderá ser catalogada como "a melhor".
Na segunda parte a equipa encarnada meteu folga, limitando-se a deixar o tempo correr. Sofreu um golo, Trubin defendeu um penálti, mas a história do jogo estava escrita. Houve ainda ocasião para Marcos Leonardo picar o ponto, mostrando que é o avançado do Benfica com maior instinto matador.
O destaque individual vai todo para David Neres. Dois golos, duas assistências, e mais alguns detalhes de classe. Muito boa notícia para o Benfica, que bem precisa do craque brasileiro para o que falta de temporada.
Mas também gostei da exibição de Tengstedt, que mostrou como um ponta-de-lança pode ser útil mesmo sem marcar. Ao contrário do que acontece com Arthur Cabral, o nórdico sabe movimentar-se, criar desequilíbrios, e auxiliar a equipa, pese embora as limitações técnicas que tem com a bola nos pés. Finalizasse ele como Marcos Leonardo, e seria claramente titular desta equipa.
Publicada por LF à(s) 19.2.24 2 comentários
PERDOEM-LHE, POIS NÃO SABE O QUE DIZ
Pode invocar os números que quiser, e colocar flores à volta. A verdade é que a Liga Portuguesa é miserável, vive de quatro clubes e meio, e se os retirarmos da equação lá se vão todas as estatísticas. Eu diria mais: se tirarmos o Benfica, não sobra quase nada, pelo menos em termos de assistências e de mediatismo.
Benfica, Sporting, Porto, Braga e Guimarães. São estes os únicos clubes de futebol em Portugal. Tudo o resto é lixo. Emblemas sem carisma, sem massa adepta, sem representatividade regional (todos encavalitados nas mesmas regiões, quase parecendo um torneio das aldeias do Minho), com relvados horríveis, estádios franciscanos, sempre às moscas - excepto quando recebem o Benfica, ou quando o "Continente" oferece os bilhetes -, e que nem sequer servem para dar emprego aos jovens jogadores portugueses, pois estão recheados de estrangeiros de 7º ou 8º nível. São, aliás, grande parte deles, SAD representantes de capital estrangeiro, oriundo não se sabe de onde, nem porquê, nem para quê. E orientados em campo por treinadores espertalhões, especializados apenas em não deixar os adversários jogar futebol. Para completar o ramalhete, temos árbitros tendenciosos e permeáveis ao ruído, e vídeo-árbitros ensonados e distraídos. Nem falo já dos horários tardios, ou das calendarizações em cima do joelho. É esta a verdade da nossa triste Liga
Não me conformo com a decisão de avançar para a centralização de direitos televisivos, que só servirá para tirar dinheiro dos verdadeiros adeptos, e encher os bolsos desses "investidores" - retirando, também, competividade internacional àqueles que verdadeiramente alimentam o ranking do país, vendem audiências e enchem alguns estádios.
Centralizar? Apenas com uma drástica redução do número de clubes na 1ª Liga. Dez já eram demais. Não podem ser os adeptos do Benfica (ou do Porto ou do Sporting) a financiar um Casa Pia-Moreirense qualquer, que nenhum espectador do mundo quererá perder tempo a ver, e que só mobiliza as famílias dos jogadores.
Publicada por LF à(s) 16.2.24 4 comentários
DESCUBRA AS DIFERENÇAS
Eu sei que este exercício é penoso. Mas deve ser feito. Infelizmente, é isto que pode vir a definir a temporada.
Entre Rollheisers, Prestiannis e Schelderups, o Benfica talvez ainda não tenha percebido qual é o seu problema. Com todo o dinheiro que gastou (e até agora só Di Maria e Trubin justificaram o investimento), podia ter comprado Santiago Gimenez, Pavlidis ou...Gyokeres (aqui, com a vantagem de o subtrair ao rival). Não o fez. Agora resta chorar e esperar por milagres todas as semanas.
Publicada por LF à(s) 16.2.24 6 comentários
UM PONTA-DE-LANÇA, POR FAVOR!
Já não peço um Jonas, um Cardozo ou um Darwin. Não há muitos anos, o Benfica chegou a ter no mesmo plantel Jonas, Raul Jimenez, Mitroglou, Jovic e Talisca. Teve Lima, Rodrigo, Saviola. No ano passado ainda tinha Gonçalo Ramos e Musa. Não é preciso, nem agradável, lembrar que o Sporting tem Gyokeres.
Já estou por tudo. Um Raul Jimenez ficava a matar, mas podia ser um Seferovic ou um Vata. Até mesmo um RDT podia servir. Um ponta-de-lança qualquer, que seja capaz de ganhar um duelo, de dar linhas de passe, de marcar e de se desmarcar, de dar dimensão ofensiva ao futebol da equipa.
Fala-se de Schmidt (e há quem se admire de ele por vezes querer jogar sem ponta-de-lança), fala-se dos laterais, fala-se (eu também) de Kokçu, mas o verdadeiro problema do Benfica é que deitou o dinheiro de Gonçalo Ramos ao mar com avançados que se vê facilmente que não servem para o clube. Com mais de 50M investidos apenas nessa posição, a verdade é que não vejo quem me dê garantias de marcar o raio de um golo ao Vizela.
Publicada por LF à(s) 16.2.24 2 comentários
SÓ MESMO DI PENÁLTI
O jogo parecia da liga portuguesa. E o Toulouse também. Com um treinador espanhol com ar de espertalhão, a equipa francesa colocou o autocarro diante da baliza, e começou a queimar tempo logo aos 10 minutos. Roger Schmidt já devia estar habituado, mas por vezes não parece.
Os encarnados dominavam a bola e o meio-campo, mas, à entrada da área, faltava sempre qualquer coisa. Eu diria, um ponta-de-lança de qualidade, capaz de abrir espaços, dar linhas de passe, tabelar e desmarcar-se, de forma a transformar a posse de bola em lances perigosos. Infelizmente, Arthur Cabral, pese embora os golos que tem marcado ultimamente, está sempre fora do sítio, aparece sempre fora do tempo, raramente ganha uma bola dividida, nunca ganha uma bola em velocidade, e deixa um enorme buraco na frente ofensiva da equipa.
Ao longo da segunda parte parecia óbvio que a equipa encarnada necessitava de um segundo avançado, para baralhar as marcações, e abrir os espaços que a cortina defensiva francesa cobria. Schmidt resistiu, resistiu, resistiu, e só meteu Marcos Leonardo em campo aos 87 minutos, e em troca de...Arthur Cabral. Enfim, já sem tempo para mudar o perfil do jogo, mas ainda a tempo de conseguir um penálti salvador.
Não quero acreditar que o Benfica seja eliminado. E talvez o jogo de França se venha a tornar mais fácil do que este. Mas há muita coisa a rever na equipa, caso queira chegar longe nesta prova. Já no campeonato, a diferença para o Sporting - que é, afinal de contas, a diferença entre Gyokeres e Arthur Cabral - começa a ser preocupante. Não tanto na tabela classificativa, mas pelo que se vê em campo.
Individualmente não há como não destacar Di Maria, autor dos dois golos, ainda que de grande penalidade. Não desgostei de Kokçu, embora continue a achar que (ainda?) não vale o preço que custou. Já António Silva manchou uma boa exibição com a abordagem ao lance do golo francês.
Pela negativa, já falei de Arthur Cabral. Também João Mário, completamente fora de forma e longe do nível da época passada, não está a justificar a titularidade. E Carreras não explicou porque motivo "remeteu" Morato para o banco.
Publicada por LF à(s) 16.2.24 2 comentários
DO MAL O MENOS
Publicada por LF à(s) 12.2.24 12 comentários