A MINHA PROPOSTA PARA RAFA
Contrato até 2026 a 2,5M net por ano.
Custo total: aproximadamente 12 ou 13M (dependendo do salário actual, que desconheço). Ou seja, manter o melhor jogador do Benfica por mais duas épocas, ao preço de um Schjelderupzito.
Os valores de que se fala na imprensa implicam um custo anual de 7M (salário mais impostos) por quatro anos. Até a mim, que sou quase o líder do clube de fãs do Rafa, me parece exagerado. Mas acho que faz sentido fazer um esforço, e esse é, mais ou menos, aquilo que apresento (desconhecendo até que ponto a proposta do Benfica se aproxima ou não de tal).
Publicada por LF à(s) 28.6.23 3 comentários
DÁ QUE PENSAR
Na Luz apregoa-se que se ganha #pelobenfica.
Posso estar enganado, mas isto, sobretudo nos confrontos directos, tem o seu peso. E os resultados, nos confrontos directos, sobretudo no Estádio da Luz, estão à vista.
Se o Benfica não quiser continuar a perder em casa com o FC Porto, ano após ano, mesmo com equipas tecnicamente muito superiores e muito mais caras, terá de repensar as suas estratégias de motivação.
O próximo Benfica-FC Porto tem de ser anotado no calendário, e lembrado semanalmente.
E se eu fosse ao Lourenço Pereira Coelho, mandava decorar os balneários, não com as vitórias do Benfica, mas com as comemorações do FC Porto na Luz, por exemplo em 2012 e em 2022. Para todos se lembrarem que isso tem mesmo de acabar.
Publicada por LF à(s) 28.6.23 0 comentários
O ONZE DA LIGA - agora a sério
DIOGO COSTA
PEPÊ
ANTÓNIO SILVA
OTAMENDI
GRIMALDO
UGARTE
JOÃO MÁRIO
AURSNES
RAFA
TAREMI
GONÇALO RAMOS
Publicada por LF à(s) 27.6.23 1 comentários
VERGONHOSAMENTE SÓS
Está previsto, espero que para breve, serem impedidos de participar na Champions clubes que não tenham equipa feminina (como já sucede com o futebol-formação). Aí, a bem ou a mal, o clube de Pinto da Costa terá de deixar de olhar para as mulheres como meras anfitriãs do "Calor da Noite".
Publicada por LF à(s) 27.6.23 4 comentários
NÃO SEI SE ESTÃO TODOS. MAS SÃO MUITOS.
Estão ainda por disputar, até final do mês, pelo menos:
HÓQUEI JUNIORES MASCULINOS (02/07)
HÓQUEI INFANTIS MASCULINOS (09/07)
Publicada por LF à(s) 26.6.23 0 comentários
CONTAS FINAIS
Que venha outro ano igual a este.
Publicada por LF à(s) 22.6.23 6 comentários
LINDO
Publicada por LF à(s) 19.6.23 2 comentários
UM DOS NOSSOS? NÃO, UM DOS TEUS!
Publicada por LF à(s) 18.6.23 17 comentários
PATÉTICO
Desta vez, que se saiba, não foi detido pela polícia. Foi apenas parvo, promovendo uma conferência de imprensa ridícula, que mais não visa do que pressionar e condicionar as arbitragens para os dérbis que se seguem (ainda no Hóquei e também no Futsal).
Quem não tenha visto o jogo pode imaginar o que quiser. Acontece que eu vi.
Ao intervalo, o Sporting ganhava 0-1 graças a um cartão azul mal mostrado. Houvera também uma agressão clara, com uma stickada na cabeça, de um hoquista do Sporting a um do Benfica, que ficou impune. Devo dizer que até estranhava a passividade do pavilhão face ao que se estava a passar, e que era escandaloso.
Na segunda parte o Benfica virou o resultado, e o senhor Afonso ficou aziado. É verdade que a arbitragem continuou a cometer erros, metendo os pés pelas mãos, aí para ambos os lados.
Na cultura do Sporting, quando há erros a favor e contra, ignoram-se os primeiros, e faz-se um barulho inacreditável com os segundos. É assim há muitos anos. Se qualquer clube seguisse a mesma lógica de raciocínio, desde o Manchester City até ao Juventude de Évora, todos eram roubados, todos eram perseguidos, e todos faziam conferências de imprensa ridículas, lutos e por aí fora.
Publicada por LF à(s) 15.6.23 6 comentários
RAFA? RENOVAR PARA ONTEM!
Sem um único penálti, marcou mais de águia ao peito do que nomes como Chalana, Simões, Aimar, Valdo, Rui Costa, Di Maria, Poborsky, Gaitán, Alves ou Paneira, e mesmo pontas-de-lança como Saviola, Mitroglou, Lima, Isaías, Filipovic, Miccoli, Mantorras, Jimenez, Darwin, Yuran, César Brito ou Vata.
É o oitavo goleador de sempre do Benfica nas provas europeias, só atrás de Eusébio, Nené, Cardozo, José Augusto, Águas, Torres e Nuno Gomes. Se considerarmos apenas a Champions League, ultrapassa Nuno Gomes e passa o sétimo de sempre. Leu bem: sétimo goleador da história do Benfica na Champions!!
Publicada por LF à(s) 14.6.23 12 comentários
UM PEDAÇO DE JUSTIÇA
O que se passou em 2018 foi um crime grave. Um crime de roubo, truncagem e divulgação de correspondência privada, visando destruir a maior instituição do país. Um crime de terrorismo comunicacional, jamais imaginado, e que só mentes doentes, obcecadas, cheias de ódios recalcados e complexos de inferioridade provincianos poderiam ter levado a cabo.
Não me esqueço de como tudo foi feito, nem de quem, além obviamente dos criminosos, pelas televisões e jornais do país, foi explorando e potenciando o caso - ora para conquista de audiências, ora embarcando no tiro ao Benfica, para o atingir, para o matar. Alguns jornalistas ficaram gravados na minha memória para todo o sempre.
E o Benfica também não pode, nem deve, esquecer o que lhe fizeram, ou tentaram fazer. Nem quem o fez, nem quem embarcou no folclore criado. Importa também lembrar aqui que os processos envolvendo o anterior presidente Luís Filipe Vieira não foram expostos por aquela gente, mas sim resultado de investigações policiais, nada têm a ver com corrupção desportiva, e em alguns deles, se se provarem as alegações, o Benfica é vítima e não culpado.
Rui Pinto foi preso e está a ser julgado (espero que acabe com uma punição exemplar e de acordo com o perigo que hoje representa o cibercrime, talvez o crime do século XXI), Marques foi condenado a pena de prisão, Faria foi condenado a pena de prisão. Falta aquele indivíduo baixo e gordo, com cara de boi charolês, que também participava no programa. E faltam mais alguns agentes (Saraiva, lembram-se? também foi visto em Budapeste) que directa ou indirectamente estiveram envolvidos nisto. Era importante esclarecer também quem pagou a Cássio, Marcelo e Edgar Costa (que bem que fica este delinquente na segunda divisão...) para fazerem afirmações caluniosas visando prejudicar o Benfica. Sem falar em quem, do alto da sua cadeira, patrocinou tudo. Há, aliás, ainda muito por esclarecer, mas com o tempo acredito que a verdade se saberá, e a justiça será, ainda que parcialmente, ainda que tardiamente, reposta. E a FPF, como a Liga, não podem assobiar para o lado como se nada tivessem a ver com o assunto.
E já agora, e isto é, por exemplo, para o jornal "A Bola" (que ainda respeito), porque não deixarem de reproduzir tudo o que um criminoso, condenado a pena de prisão, já com anteriores condenações por outros casos (um delinquente, portanto), com uma mente doente, obcecada e odienta, escreve nas redes sociais? Também vale tudo para obter visualizações?
Publicada por LF à(s) 14.6.23 3 comentários
KOKÇU E O MERCADO
Publicada por LF à(s) 13.6.23 6 comentários
PELO BENFICA...MAS NÃO SÓ
Por isso, aplaudo Rui Costa e a forma como soube ganhar. É um presidente cuja postura orgulha os benfiquistas, e isso faz parte da grandeza de um clube. Também Luís Filipe Vieira, com todos os defeitos que tinha e/ou lhe quiserem pôr, e decerto com notórias lacunas de benfiquismo, nunca hostilizou ou provocou os rivais – ao contrário do que fizeram connosco, sempre a norte, e durante um certo período também a sul.
Ganhar pelo Benfica é já um lema, que entrou no vocabulário e na cultura da casa. Escreve-se em cachecóis. Usa-se no marketing. É bonito, faz bem ao futebol e ao desporto em geral.
Dito isto, e da minha parte enquanto adepto, sinto-me livre para pensar de outro modo. Não me esqueço, por exemplo, da campanha que a dada altura da temporada a TVI/CNN (que desde que foi adquirida pelo tipo do norte que foi ao Espaço perdeu quase toda a credibilidade, no desporto e não só) lançou sobre o clube da Luz, como também não esqueço o javardo “diretor de comunicação” do FC Porto (cujas baboseiras incendiárias publicadas nas redes sociais continuam a ser estranhamente reproduzidas em jornais respeitáveis), e de tantos outros, que, fora do campo, sempre destilaram ódio ao Benfica, e tudo fizeram para dividir e destruir o clube.
Lamento, mas a minha vitória, enquanto sócio e benfiquista, não é apenas pelo Benfica. É também contra toda essa gente.
O Benfica é uma instituição democrática, e já o era antes do país o ser. Aqui, cada um sente as alegrias como quer. Não haveria nenhum problema nisso, não fosse o caso de também me parecer que a assimilação daquele lema pelo clube o faz perder jogos – designadamente quando enfrenta os rivais, sobretudo o FC Porto. Nos últimos 22 jogos com o seu adversário directo na Luz, o Benfica apenas venceu quatro, e perdeu dez. Há razões físicas e tácticas (também de algum modo relacionadas com uma cultura benfiquista ainda muito agarrada ao futebol bonito dos anos sessenta, quando tudo era diferente) que ajudam a explicar esse registo. Mas esperar que uma identidade candidamente desportivista vença em campo o ódio, o rancor, a faca nos dentes e o sangue nos olhos (afinal de contas o "contra tudo e contra todos") parece-me demasiado romântico no contexto do desporto português, e insuficiente para o combate que temos de travar. Deixa-nos em desvantagem óbvia, pois se para nós um duelo com os rivais é apenas um jogo (pelo Benfica), para eles é o jogo (contra o Benfica). Em alguns anos dá para ser campeão (como agora). Porventura menos do que aqueles em que podíamos e devíamos ser, até porque assim, para triunfarmos, a superioridade técnica tem de ser muito mais acentuada (como neste caso foi), e os custos provavelmente também.
O tema não é fácil. Mas só partindo da premissa de que temos do outro lado quem nos quer destruir podemos definir como queremos, de facto, actuar e/ou sentir.
Obviamente tudo isto tem a ver com mentalidade. Jamais com qualquer tipo de violência física ou mesmo verbal. Temos de querer ganhar pelo Benfica, mas também temos de querer ver os rivais sofrer – desportivamente, claro. Fazê-los pagar, em campo, pelo ódio que nos destinam. E todas as nossas equipas, no futebol e nas modalidades, têm de entrar nos campos, no pavilhões ou nas pistas, com esse tónico adicional. O "ódio" aos rivais é um poderoso suplemento anímico que, no triste contexto do desporto português, infelizmente não podemos dispensar
Ganhar pelo Benfica e contra os outros. Em campo. Depois, nas festividades, então sim poderemos ser simpáticos com toda a gente (como fomos).
Publicada por LF à(s) 2.6.23 3 comentários
RADIOGRAFIA AOS CAMPEÕES
ODYSSEAS VLACHODIMOS – Creio que já terá feito temporadas melhores, talvez por então ter estado mais exposto. Todavia foi, uma vez mais, titular indiscutível, quer no Campeonato, quer na Champions, e esteve sempre à altura das exigências. Não é Ederson nem Oblak, mas guarda-redes desse nível não estão, hoje, ao alcance do clube. É o seu segundo título, tendo já mais de duzentos jogos como titular do Benfica. Que continue por cá.
SAMUEL SOARES – Teve o seu minuto
de glória no jogo do título. Ainda não foi posto à prova, pelo que ficaria mais
tranquilo se o Benfica contratasse um suplente mais experiente, ficando Samu
como terceiro guarda-redes e titular na equipa B. Terá o seu tempo, que ainda
não é o presente.
ALENXANDER BAH – Apesar de se tratar de um
internacional com provas dadas, durante meses deixou-me algo reticente,
chegando a considerá-lo o pior jogador do onze titular. A verdade é que se
lesionou no Benfica-FC Porto, quando o Benfica ganhava por 1-0 e estava
virtualmente com treze pontos de vantagem. E depois, sem ele, foi o que se viu
- até porque Gilberto, que começara bem a temporada entrou em queda livre de
rendimento, obrigando à adaptação de Aursnes. Bah é muto bom a atacar, mas
continuo a achar que carece de alguma solidez defensiva, embora dê a mão à
palmatória quanto à sua importância na equipa.
NICOLAS OTAMENDI – Valeu pela
experiência, pelo enquadramento de António Silva, pela voz de comando e
liderança no balneário. É um jogador duro, dos poucos do plantel com músculo e
fibra de combatente. Dito isto, também é verdade que cometeu alguns erros comprometedores,
sendo o caso mais flagrante o jogo de Chaves. Com o salário que tem, não me
choca que saia, desde que António Silva fique mais uma temporada.
ANTÓNIO SILVA – Este sim, foi
cinco estrelas quase toda a época. É sem dúvida a grande revelação do
campeonato, tendo em conta que começou como quarta ou quinta opção, e acabou
como jogador de selecção e titular indiscutível. Pena o jogo de Alvalade, em
que não foi feliz, mas isso faz parte do caminho que outros (lembro-me de Ruben
Dias) percorreram até ao topo do mundo.
ALEJANDRO GRIMALDO – Fez a melhor temporada
da carreira, mostrando-se peça chave da equipa campeã. Atacou como sabe, fez
assistências e golos, e disfarçou melhor do que nunca as insuficiências
defensivas. Acaba por sair pela porta grande, com vários troféus conquistados e
uma imagem lavada.
GILBERTO – Arrancou como titular,
e a sua fibra e empenho manteve-o nos primeiros jogos da época, pese a
concorrência de Bah. Quando saiu do onze, talvez não o merecesse. A verdade é
que depois, sempre que foi chamado, teve dificuldades em responder à altura –
só ele saberá porquê. Perdeu espaço e sai do clube como campeão, título que lhe
assenta bem.
MORATO – Não fora uma inoportuna
lesão, e provavelmente não tinha havido António Silva. Morato estabelecera-se
como titular ao lado de Otamendi, estava bem, e só perdeu o lugar por problemas
físicos. A afirmação do jovem português impediu o regresso do brasileiro ao
onze. Quando, esporadicamente, o teve de fazer, cumpriu.
LUCAS VERÍSSIMO – Prevalece a dúvida
acerca da sua real condição física depois da longa paragem. Nos poucos momentos
que esteve em campo, confesso que não gostei do que vi. Sei que era capaz de
melhor. Não sei se voltará a ser. Disso (e de uma eventual transferência de
António Silva) depende a necessidade do Benfica ir ou não ao mercado por um
central.
MIHAILO RISTIC – Deste até gostei do que
vi, não percebendo porque motivo não deu mais descanso a Grimaldo ao longo da
época. Não vejo os treinos, mas em campo pareceu-me uma opção bastante válida,
com doses suficientes de talento, força e intensidade.E até marcou um belo golo
ao Estoril. Espero que possa ficar como segunda opção ao novo titular (Kerkez?).
JOHN BROOKS – Foi contratado num
momento muito específico, e por motivos muito específicos, quando havia três
centrais lesionados. A estrepitosa afirmação de António Silva tornou-o
desnecessário. Não tem culpa. Merece um agradecimento.
JAN VERTONGHEN – Ainda é campeão, com
toda a justiça, depois de ter jogado alguns minutos num dos primeiros jogos do
campeonato. Um senhor dentro e fora do campo, ainda que já sem fôlego para mais
do que aquilo que deu. Tudo de bom para ele.
JULIAN WEIGL – Quase as mesmas palavras
de simpatia do que para Vertonghen, embora um esteja manifestamente em final de
carreira, e o outro não tenha simplesmente tido perfil para jogar neste
Benfica. Justa ou injustamente, fica ligado a um dos piores períodos da equipa
encarnada neste século: entrou com o Benfica campeão e com sete pontos de
vantagem no início de 2020, e sai no início da época de recuperação. A culpa
não foi dele, mas também não terá sido totalmente por acaso.
FLORENTINO LUÍS – Quando era suplente
de Tchouameni no Mónaco, dizia-se que “nem no Mónaco jogava”. O futuro explicou
porquê. Só não percebo porque se apagou em 2020, e porque Jorge Jesus nunca o
aproveitou. Foi titular na maior parte da época, e é opção válida para os
próximos anos.
CHIQUINHO – Teve um papel
fundamental no pós-Enzo, em que assumiu o lugar, senão com brilhantismo, pelo
menos com competência. Foi muito importante para ultrapassar esse período,
embora na parte final do campeonato acabasse por se apagar um pouco. Fez a
melhor temporada da carreira, e a verdade é que só Roger Schmidt percebeu o seu
potencial. Termina com um estatuto bem diferente daquele com que se apresentou há
um ano.
ENZO FERNANDEZ – Nunca se saberá
o que podia o Benfica ter feito, nomeadamente na Champions, se o argentino não
tivesse saído em Janeiro. Até então foi claramente a estrela da companhia,
esbanjando classe pelos relvados do país e da Europa. Forçou a saída, mas a
verdade é que deixou muito, mesmo muito dinheiro. Decisivo na entrada de
rompante no Campeonato, cuja pontuação até ao Mundial acabou por ser
determinante para definir o vencedor.
FREDRIK AURSNES – Foi a surpresa do
Campeonato, e argumentavelmente o melhor jogador da temporada. Serviu para
tudo, até para queimar a imagem jogando como lateral-direito na ausência de Bah.
Mas foi como médio que soltou todo o seu dinamismo, e toda a sua velocidade e
inteligência táctica. Foi o pulmão da equipa, e até marcou golos importantes.
Espero que seja possível mantê-lo por cá, mas temo que não seja fácil. Os grandes
clubes raramente se enganam e sabem observar.
JOÃO NEVES – Só perde para
António Silva como revelação da época porque o defesa jogou sempre, e o jovem
médio só apareceu na ponta final. Apareceu, diga-se, num momento delicado,
sendo titular pela primeira vez frente ao Estoril, justamente no pós-semana
negra. A verdade é que se fixou de pedra e cal, sendo bastante importante para
refrescar e equilibrar o meio-campo naquela fase. O golo em Alvalade foi um dos
momentos do título. Acaba como a grande promessa para 2023-24, e se tudo lhe
correr bem essa será a sua última em Portugal.
JOÃO MÁRIO – Outro que realizou a
melhor temporada de sempre, sobretudo na primeira metade, em que mostrou também
uma veia goleadora nunca vista – mesmo se descontarmos os penáltis que
converteu. Foi titular em todos os jogos, excepto em Famalicão, depois a
expulsão com o Vizela, por tirar a camisola após um golo obtido no último lance
do jogo. Na fase derradeira da temporada apagou-se bastante, tal como outros. Podia
ter sido mais poupado, mas isso não foi culpa dele.
RAFA SILVA – Para mim Rafa é…Rafa. Quem
me lê sabe o quanto admiro o extremo/avançado benfiquista, que, desde Jonas, e
com uma pequena intermitência de Darwin, considero o melhor jogador do Benfica.
Por vezes faz-me lembrar Chalana, e isso não é para qualquer um. Em 2022-23 foi
autor daquela que creio ter sido a melhor exibição individual de um jogador
encarnado, designadamente na Luz frente à Juventus. Foram dele também os dois
mais importantes golos na corrida ao título: Dragão e em casa com o Braga. Marcou
também na festa final. Esteve lesionado no início da segunda volta, falhando
alguns jogos. Demorou a recuperar a forma. Mas ainda chegou a tempo de voltar a
ser brilhante e decisivo. Merece a camisola dez de Chalana, Valdo, Rui Costa e
Aimar. E gostei de o ver cantar “eu amo o Benfica” no dia do título. Não
conheço pessoalmente, mas, para além do talento, trata-se de uma personalidade
que me desperta bastante curiosidade.
DAVID NERES – Foi o fantasista, o
criativo, o abre-latas de serviço. Entrou como titular indiscutível e peça determinante
no primeiro ciclo de vitórias. Com a afirmação de Aursnes numa ala, perdeu
algum espaço no onze titular, não deixando de entrar quase sempre em campo (só
não participou em três jogos), e muitas vezes para decidir. A dada altura
parecia triste com a sua condição. E foi quando o Benfica passou pelo pior
momento que Neres voltou a emergir para dar o toque de imprevisibilidade que
parecia faltar à equipa. Um craque, que espero ver mais alguns anos de Manto
Sagrado.
ANDREAS SCHJELDERUP – Tem dezoito anos, e
isso (a menos que se trate de João Neves) diz quase tudo. Em todo o caso, a
expectativa criada com a sua contratação foi, para já, defraudada. Vindo de
paragem competitiva, demorou a aparecer. E depois, no pouco que apareceu, falo
também da Equipa B, ficou longe de convencer. Não ficou provado que a troca de
Diogo Gonçalves tenha sido benéfica para o plantel – que, no seu pior momento,
careceu de opções de banco credíveis.
DIOGO GONÇALVES – Ainda participou
em dez jogos, chegando a ser titular em dois. Schmidt até parecia gostar dele.
Nunca foi um jogador brilhante, mas, pelo que disse atrás, talvez a sua
dispensa tenha sido precipitada. Schjelderup nada acrescentou ao que Diogo
poderia dar. Pelo contrário.
JULIAN DRAXLER – O grande flop do
Benfica e porventura de toda a Liga. Era craque acima de suspeita, e vinha para
fazer a diferença, mas as sucessivas lesões tiraram-lhe todo e qualquer
protagonismo. Ainda jogou dez jogos, quatro como titular, mas o mais intrigante
é que também nessa fase deixou uma imagem triste, pesada e sem cor. De bom,
apenas as palavras de despedida, em que pediu desculpa aos benfiquistas por não
ter ajudado mais. Que seja feliz e consiga recuperar pelo menos parte daquilo
que já foi.
GONÇALO GUEDES – As semelhanças
com Draxler são que veio emprestado, trazia grande expectativa, e sucessivas
lesões tiraram-lhe protagonismo. A diferença é que ainda conseguiu ser
importante, designadamente no início da segunda volta, quando suportou as
ausências, quase simultâneas, de Ramos e Rafa. Além disso é um jovem da casa, o
que facilitou a integração. Ao contrário de Draxler, pareceu sempre bastante
feliz por estar cá, e se a sua condição física for debelável, espero que possa
continuar.
CHER NDOUR – Fui surpreendido pela
notícia de que estaria de saída, recusando-se definitivamente a renovar com o
Benfica. Jogou uns minutos na Madeira, mas esteve no banco na maioria dos jogos
da ponta final do campeonato. Schmidt parecia gostar dele, e o meio-campo
precisa de alguém possante. Estranho estas opções de jovens que ainda não
amadureceram e acham-se já muito melhores do que talvez um dia venham a ser.
Como é possível um jovem recusar renovar pelo clube onde começava a ter
oportunidades, que vai estar na montra milionária no próximo ano, e que tem
sido um trampolim para a carreira de tantos craques portugueses e estrangeiros?
É algo que me intriga. O mesmo é válido para Diego Moreira, que não jogou no
campeonato, mas teve uns minutos das pré-eliminatórias da Champions.
GONÇALO RAMOS – Foi uma das
estrelas do Benfica e do Campeonato, sendo neste momento o jogador com maior valor
de mercado do plantel (o que faz com que dificilmente fique por cá). Demorou a
convencer-me, e na fase final da época também se apagou ao ponto de muita gente
(eu incluído) pôr em causa a sua titularidade. No meio realizou grandes jogos,
marcando golos de todas as formas e feitios. Fosse responsável pelas grandes
penalidades do Benfica e terminaria com cerca de trinta golos, só atrás de
Haaland nas estatísticas dos principais campeonatos europeus. Acresce um
Mundial extremamente afirmativo, e que lhe valeu grande notoriedade – ainda mais
por estar directamente ligado à substituição de Ronaldo. É ainda muito jovem, e
tem enorme margem para crescer, nomeadamente em termos atléticos, o que o
dotará de maior resistência e capacidade de choque. Prevejo qualquer coisa como
80 milhões, e isso diz tudo.
PETAR MUSA – Chegou sem grande alarido,
e a verdade é que foi uma bela surpresa. Está por saber o que valeria se fosse
titular (e há jogadores que só rendem saídos do banco, lembram-se de Raul
Jimenez?). A verdade é que sempre que entrou deixou a sua marca, com golos,
assistências, bolas ganhas em duelos aéreos, e algumas coisas que nem Gonçalo
Ramos conseguia dar aos jogos. Foi muito empenhado e importante, e talvez
merecesse ainda maior utilização. Deixa grande expectativa para a próxima
época.
CASPER TENGSTEDT – Quase diria o mesmo
que disse de Schjelderup, com a diferença (importante) de que já não tem 18
anos. Sendo jogador feito, esperava-se muito mais. Acabou por não fazer muita
falta, pois Ramos e Musa deram conta do recado. Mas cheira demasiado a flop.
Oxalá esteja enganado e na próxima temporada justifique o dinheiro que custou –
e também não foi pouco.
HENRIQUE ARAÚJO – Tal como Diogo
Gonçalves por Schjelderup, também a substituição mo Inverno de Henrique por
Tengstedt não provou trazer qualquer mais valia. O jovem madeirense ainda marcou
na Dinamarca e em Israel. Mas também é verdade que não teve qualquer sucesso no
seu empréstimo ao Watford, não sendo sequer titular na segunda divisão inglesa.
Algo que me deixa desapontado, pois confesso que até acreditava mais nele do
que em Gonçalo Ramos. Ainda não perdi a esperança, mas a próxima temporada pode
dar a resposta definitiva sobre o futuro de Henrique Araújo – que está num
momento chave da carreira, que tanto pode acabar no Real Madrid como no
Odivelas.
RODRIGO PINHO – Entrou em quatro
partidas, duas delas frente ao PSG. Muito marcado pelas lesões, nunca deixou
perceber o que realmente valia. Acredito que, noutro contexto, pudesse ser uma
espécie de Musa, embora com características totalmente diferentes. Deixa boa
imagem, mas pouca utilidade para o clube.
ROMAN YAREMCHUK – Por diversas razões,
algumas extra-desportivas, Roman Yaremchuk foi um jogador bastante simpático aos
benfiquistas. Prova disso, a ovação dispensada aquando do Benfica-Brugge. Em
campo, porém, e talvez fruto de circunstâncias, lá está, fora do âmbito do
futebol, nunca provou ser o ponta-de-lança de que a equipa precisava. Na
primeira época havia marcado uns golitos importantes. Nesta ainda participou
nos dois primeiros jogos, e depois, sem espaço no plantel, porventura demasiado
pesado na folha salarial, partiu para a Bélgica. As maiores felicidades para
ele e sua família.
Treinaram com a equipa, e/ou estiveram no banco sem utilização no Campeonato ainda os seguintes jogadores: André Gomes, Helton Leite, João Tomé, André Almeida, João Victor, Gil Dias, Rafael Rodrigues, Paulo Bernardo, Martim Neto, Hugo Félix e Diego Moreira.
Publicada por LF à(s) 1.6.23 4 comentários
O GRITO QUE FICOU ATRAVESSADO
Escrevinhei por aqui o que pude, e como pude. Agora já estou bem.
Enfim... Trágico seria perder o Campeonato. Isso não aconteceu, mas sinto-me desde já credor de um 39 em grande para, daqui por um ano, festejar duplamente.
Assim que possível farei um pequeno balanço daquilo que foi a época do Benfica. Por agora fica esta justificação aos leitores para o facto de ter sido tão lacónico num momento que se queria tão empolgante.
Publicada por LF à(s) 1.6.23 8 comentários