ESTE PLANTEL MERECIA UM TREINADOR

Mais uma vez o futebol do Benfica ficou à mercê da sorte. É a chamada táctica "esperar-que-o-bryan-ruiz-atire-por-cima-da-barra"...
Há qualidade individual, há vontade de ganhar, há espírito de luta. Mas quanto a controlo táctico dos jogos, este Benfica chega a ser confrangedor.
Mal empregado plantel de luxo em mãos tão escorregadias...

ESPANTOSO

O jornal "A Bola" conta-nos o fundamento da rescisão por justa causa com Bilal Ould Chikh. Leia-se:
"Na argumentação e factos apresentados na FIFA, os encarnados lembram que Ould Chikh foi expulso dos sub-19 holandeses por mau comportamento, que envolveu, segundo a acusação, barulho, raparigas e outras pessoas num hotel à noite. Ainda nesse mês, lembrou o Benfica, o jogador foi apanhado a conduzir sem carta de condução em França a 230 quilómetros por hora. Segundo A BOLA, os maiores problemas surgiram, porém, na época 2016/17, para a qual Ould-Chikh se apresentou, a 30 de junho de 2016, com excesso de peso e continuou a acumular quilos apesar de um regime de treino especial. O holandês, a 28 de julho, queixou-se, segundo o Benfica, de uma dor nas costas, mas não quis ser consultado pela equipa médica e insistiu em treinar-se. Dois dias depois abandonou um treino durante 25 minutos e recusou, no final da sessão, a pesar-se. Entre as várias acusações dos encarnados, nota para insultos no treino de dia 2 de agosto, no qual ridicularizou, com Adel Taarabt, alguns exercícios e referiu-se a Portugal como «país de m…» e aos portugueses como «pessoas de m…». No dia seguinte, alega o Benfica, chegou 25 minutos atrasados ao treino e não integrou a sessão e, daquela vez, no centro médico, referiu-se ao Benfica como «clube de m…» e ao fisioterapeuta David Amaro como «fisioterapeuta de m…» Pediu, de acordo com o Benfica, a David Amaro uma massagem e para ser «tratado como um rei». A 5 de agosto, depois de ter chegado 25 minutos atrasado, foi impedido de treinar-se e recusou pesar-se. Nesse dia o Benfica abriu um procedimento disciplinar. O extremo não se treinou a 6 de agosto porque o carro dele se incendiou, três dias depois não apareceu nem apresentou justificações. A 10 de agosto, segundo o Benfica,  insultou o fisioterapeuta Hugo Zagalo, chamando-lhe «filho da p…», «paneleiro» e dizendo-lhe «deixas o trabalho às 20 horas e não ganhas nada», «sou rico e só trabalho duas horas por dia», «vou f… a tua mulher e a tua mãe». Também se recusou a ser pesado. Nos dias seguintes, faltou a treinos sem autorização do Benfica. E os encarnados, na argumentação apresentada à FIFA e que será reencaminhada ao TAS, acusam o jogador de estar envolvido numa rixa, a 21 de novembro, numa discoteca em Lisboa, na qual um amigo foi ferido. Segundo as águias, Ould-Chikh levou o amigo ao hospital, pagou a conta e recusou ser assistido pelos ferimentos que sofreu."
Se tudo isto é verdade, quem deveria pagar os três milhões era ele ao Benfica.
Gente desta? Distância!

4 MOMENTOS

2004-05 golo ao Sporting

 2005-06 golo ao Liverpool

2009-10 golo ao Braga

 2016-17 Tetra-Campeão

O TEMPO EM QUE OS ANIMAIS NÃO FALAVAM....

Mais do que 15 minutos, este cromo já teve os seus 15 dias de fama. Era altura de se calar, e deixar de dizer disparates. Que saudades do tempo em que os animais não falavam...
A pergunta que se impõe é: como foi possível a um indivíduo como este chegar ao cargo que desempenhava?

OBRIGADO!

Pelos vinte títulos, pelos mais de 500 jogos, pelo profissionalismo, pelo carisma, e muito especialmente pelo momento mais eufórico que alguma vez vivi num estádio de futebol - no dia 14 de Maio de 2005. 

MACACOS DE M....

A cor da pele é indiferente. Há macacos de m... brancos e macacos de m... pretos. Eis dois exemplares, um de cada cor:

CLUBES PORTUGUESES NA CHAMPIONS - última década

FG: Fase de Grupos
OF: Oitavos de Final
QF: Quatros de Final

BENFICA EUROPEU - últimas 10 temporadas


107 JOGOS
50 VITÓRIAS
24 EMPATES
33 DERROTAS

NADA A FAZER

Uma equipa substancialmente superior ao Benfica ganhou na Luz com naturalidade. Quem tem Ribery, Lewandowski e Robben na frente de ataque, servidos por um Renato Sanches cada vez mais perto do seu melhor, está num nível a que os encarnados não conseguem chegar, por mais que lutem - e lutaram...
Para além do valor do adversário, o Benfica foi também vítima de uma entrada em falso, com quinze minutos muito intranquilos, ao longo dos quais a ansiedade foi notória. E os bávaros aproveitaram, de imediato, para se colocar na frente do marcador.
Na segunda parte, num dos melhores momentos da equipa de Rui Vitória, um contra-ataque conduzido pelo jovem das tranças formado no Seixal matou o jogo.
Até ao fim o Benfica procurou o golo de honra, num assomo de grande dignidade, mas a montanha era muito alta.
Destaque para o momento do golo de Renato, que obteve uma enorme ovação neste regresso ao estádio onde se afirmou como jogador profissional. Foi bonito e merecido. É um orgulho fazer parte de um clube com adeptos como estes.
Agora...há que ganhar ao AEK. Em Atenas começará verdadeiramente a Champions para o Benfica.

TEM POUCO QUE SABER


AS MÁSCARAS VÃO CAINDO

Talvez por esta eles não esperassem, mas as pontas começam a colar-se, a mentira não dura para sempre, e tudo começa finalmente a fazer sentido. Deus tarda mas não falha!
Saúdo todos os benfiquistas - a esmagadora maioria - que se têm mantido firmes no apoio ao clube. Um dia vamos orgulhar-nos desse apoio tão incondicional e tão precioso, num momento tão difícil.
Lamento os poucos que (talvez por ingenuidade ou candura) manifestaram as suas dúvidas na praça pública, contribuindo para o que eles pretendiam: tentar desunir-nos, o que manifestamente não conseguiram, nem vão conseguir jamais.
Olhem bem para as caras que, afinal de contas, e pelo que se vai ouvindo, parecem estar por detrás do roubo e divulgação dos mails (...e o que dizem os mails, que eu já nem me lembro?). Inspirem-se nelas, e nesse verdadeiro polvo, para apoiar o Benfica ainda com mais fervor e paixão.
Unidos! Rumo à reconquista!

OS CASOS DO BENFICA DE UM A DEZ

Gosto de futebol e gosto do Benfica. Gosto de falar de futebol e de escrever sobre futebol. Sobre jogadores, treinadores, tácticas, e, quando se exige, sobre arbitragens. Preferia evitar falar sobre temas paralelos, que cansam, desgastam, incomodam e fazem com que me vá habituando a desligar a televisão logo que o árbitro dá o ultimo apito de cada jogo.
Deixei de ver programas televisivos de debate “desportivo”. A maioria já não via. Desde a temporada passada cortei todos, assim como os jornais desportivos. O futebol que me interessa não é aquele de que se fala constantemente. Nem quero dar dinheiro a ganhar àqueles que se servem dele.
O Benfica é a minha paixão. O amor de uma vida. E continuo a ir ao estádio com o mesmo, ou ainda mais, fervor.
Sinto que o Benfica está a ser injustiçado. Digo-o com toda a honestidade. Está a ser vítima de uma campanha mediática que começou num roubo criminoso e continuou no sensacionalismo da comunicação social, no ódio dos rivais e num certo excesso de zelo (digamos assim) deste Ministério Público. Estou seguro de que terminará em nada, mas até lá haverá muito para sofrer, e muito para resistir. Acredito no fundo da alma que há clubes e instituições com práticas muito piores do que aquelas de que o Benfica é acusado, mas simplesmente…ninguém exibiu a sua correspondência na praça pública.
É esse sentimento de injustiça que mais me revolta. Mas há aspectos positivos a considerar, e um deles é certamente a UNIÃO que a generalidade dos benfiquistas tem demonstrado face ao bombardeamento mediático a que têm sido sujeitos. Se esperavam enfraquecer o Benfica com este ataque sem precedentes, pois talvez se enganem. O Benfica é demasiado grande e demasiado forte.
Este texto procura expor a minha opinião sobre cada um dos “casos” em que o Benfica se tem visto envolvido (dez no total), procurando um olhar o mais equilibrado possível sobre cada um deles. Pretende apenas ser um texto honesto, de alguém que já viu e já conhece alguma coisa da vida e do mundo.

1)      VOUCHERS
É um não caso. Foi analisado por várias instâncias desportivas, e em todas elas foi arquivado. Não fossem os casos que se lhe seguiram, e hoje já ninguém falaria de Vouchers – prática bastante razoável de cortesia na recepção a agentes desportivos que visitam qualquer clube. Serviu apenas como sound byte mediático, e como mecanismo de afirmação de um pouco saudoso dirigente desportivo de um clube rival.
2)      PORTA 18
E um caso de alegado tráfico de droga envolvendo um ex-funcionário do Benfica, que já nada tem a ver com o clube. Não sei se foi condenado ou não. Nem me interessa.
Nenhuma instituição está a salvo de se equivocar na escolha de um profissional para os seus quadros.
3)      E-MAILS
Um pirata informático, já conhecido das autoridades judiciais e do grande público, roubou correspondência privada do SL Benfica e fê-la chegar ao FC Porto (restando ainda saber como, e por que quantia ou contrapartida). Esse é o primeiro dos crimes. Outro crime foi a sua reiterada divulgação pelo director de comunicação dos dragões nos programas do Porto Canal.
Independentemente de tudo o resto, dada a sua origem criminosa, não creio que alguma vez o conteúdo desses e-mails possa ser utilizado como prova do que quer que seja em tribunal.
Mas vamos então ao conteúdo. Afinal, o que lá está? No meu ponto de vista, e com toda a honestidade, apenas o modus operandi expectável e natural numa grande instituição, que, obviamente, tenta conseguir a máxima influência nos bastidores do seu métier. Estou plenamente convencido de que qualquer empresa multinacional actua do mesmo modo face, por exemplo, às entidades reguladoras do respectivo sector de actividade. E tenho a certeza de que o FC Porto tenta obter o mesmo tipo de influência nos meandros do futebol, e o Sporting só não o faz se não o conseguir. Não sejamos, pois, anjinhos.
Não se falasse aqui de futebol, e de ferozes rivalidades, e o caso resumir-se-ia a uma mão cheia de quase nada. A uma instituição que faz contactos mais ou menos oficiosos para conseguir alguma influência. Apenas isso.
Basta imaginar o que aconteceria no caso de toda a correspondência privada de um dos principais partidos políticos (fosse ele qual fosse) cair na Internet. Ou de um membro deste ou de outro qualquer Governo. Ou da Presidência da República, com este ou outro qualquer presidente. Ou de um banco. Ou das Finanças. Ou de um grande Hospital.  Enfim, se formos por esta linha de raciocínio percebemos mais facilmente o que está em causa.
Além de que, a maioria das conversas conhecidas neste caso decorrem entre figuras absolutamente menores como Pedro Guerra, Adão Mendes e outros. E, vamos ser sérios, a maior parte delas totalmente inócua. Algumas mesmo ridículas (como, por exemplo, o misterioso aparecimento do bruxo Nhaga).
Aliás, ultimamente pouca gente se tem focado, de facto, no conteúdo dos e-mails. Fala-se em escândalo, em corrupção, e em palavras fortes e feias, mas os mails em si têm sido postos a um canto, pois todos sabem (e à cabeça, os que os deram a conhecer) que o seu conteúdo é bastante frágil – sobretudo para uma instituição com a dimensão e a importância do Benfica, num mundo como é o do futebol profissional.
É caso para dizer: se, após bytes e bytes de informação privada revelada na praça pública apenas existe “aquilo”, então há que confiar na hombridade dos dirigentes do Benfica.
É preciso também dizer que, durante anos, e na sequência do processo Apito Dourado, muitos adeptos e sócios do Benfica exigiam que Luís Filipe Vieira alterasse a correlação de forças nos bastidores do futebol português. Eu próprio o exigia e terei escrito sobre isso. O que os mails também demonstram em última análise, digo-o sem ironia, é que foi feito algum trabalho nesse plano. Não se pode querer sol na eira e chuva no nabal. Há práticas menos éticas no meio de tudo isto? Talvez, como, diria mesmo, se exige num mundo do futebol recheado de gente pouco recomendável, onde abundam off-shores, empresários sul-americanos de má fama, máfias de leste, jogadores gananciosos, entre muitos outros agentes, havendo que sobreviver-lhes. Crimes graves? Não, e muito menos com influência nos resultados desportivos. Eu vi os jogos. Vi as arbitragens.
4)      OPERAÇÃO LEX
Aqui existe o primeiro caso verdadeiramente grave de toda esta temática. Porém, não só o mesmo não tem nada a ver com desporto, como não tem nada a ver com o Benfica em si – a não ser o facto de os protagonistas lhe estarem directa ou indirectamente ligados.
A serem verdadeiras as suspeitas conhecidas, o juiz Rui Rangel parece ficar em maus lençóis. É um juiz, de quem se espera isenção e escrupuloso cumprimento das leis. Há suspeitas de tal não ter acontecido. Veremos.
Quanto a Luís Filipe Vieira, diria que, a ser verdade o que se lê, também tem razões para temer uma eventual condenação, ainda que substancialmente menor. Mas digo mais, e isto para mim é importante: se um filho meu estivesse com problemas judiciais, e um juiz amigo me viesse oferecer a sua disponibilidade para ajudar, eu não recusaria. Se me quiserem prender por isso, aqui estou.
Se foi isso que efectivamente “passou-se” (perdoem-me a ironia), então, independentemente do que os tribunais vierem a decidir, eu absolvo desde já o presidente do Benfica. E nem os imperativos categóricos da ética Kantiana me vergariam a outra conclusão.
5)      CASO CENTENO
Um caso ridículo, que só serviu para desmascarar a ligeireza com que o Ministério Público tem vindo a actuar nos últimos anos. Buscas completamente infundadas, a partir de notícias de jornal, quase custaram ao país um importante cargo internacional – aprecie-se mais ou menos o desempenho do ministro em causa.
Este caso fez-me luz: este Ministério Público procura sistematicamente o Show- Off, e não é de confiança. Perdeu a credibilidade. E quando se prede a credibilidade jamais se recupera. A menos que se mude de figuras.
6)      ALICIAMENTO DE JOGADORES
Aqui sim, haveria algo de muito grave. Digo haveria, pois não acredito que tenha acontecido, e muito menos que se venha a provar em sede de julgamento. Se é tão fácil corromper um jogador para facilitar num jogo, mais fácil será pagar-lhe para ir à televisão afirmar que o fez, ou que foi assediado para o fazer. Assim, não atribuo qualquer credibilidade à entrevista da SIC com uma figura desfocada que era, ou dizia ser, jogador do Marítimo.
Também as denúncias anónimas em torno de um Rio Ave-Benfica estão muito longe de merecer qualquer credibilidade. Recordo que dois dos nomes visados nem estavam já na equipa vila-condense, e outro até foi considerado pelos jornais como o melhor em campo na partida em causa.
E se formos pelas aparências, eu desconfiaria bem mais do Portimonense-FC Porto e da segunda parte do Estoril-FC Porto, ambos da temporada passada (para não ir a tempos mais remotos, e a prestações dúbias de atletas que acabariam contratados pelo clube azul e branco poucos anos mais tarde), do que de partidas que o Benfica venceu com elevadíssimo grau de dificuldade. Lembro-me bem do que sofri com aquela vitória em Vila do Conde, obtida a poucos minutos do fim, com um cabeceamento do Jimenez.
Mas, voltando à primeira linha, reafirmo que, se um dia se provar que o Benfica esteve envolvido em algo do género, então sim, sentir-me-ei profundamente envergonhado, e retirarei imediatamente o apoio a quem tenha promovido esse tipo de prática.
Porém…faltam os factos.
7)      MALA CIAO
Pagar a alguém para ganhar a equipas concorrentes já é outra questão. Não sei se aconteceu, mas até acredito que tenha acontecido (não só com o Benfica, mas com todos os outros). Em Portugal é crime, mas em Espanha, por exemplo, não é.
Se aconteceu, e o clube for multado por isso, pois paciência. Preferia que não acontecesse, mas eticamente não me parece nada de muito grave.
Uma nota para o nome dado à operação de investigação, retirado de um slogan portista alusivo à perda do campeonato pelo Benfica. Se queriam ser isentos, poderiam escolher melhor o nome das operações.
8)      E-TOUPEIRA
Tem sido o caso mais falado, pois foi o único a merecer uma acusação formal por parte do Ministério Público, na pessoa do procurador Valter Alves – ao que se diz, portista confesso, aspecto que não deveria sequer ser tido em conta, mas infelizmente tem de ser mencionado.
Obviamente que, em termos globais, o caso tem contornos bastante graves. Desde logo o comportamento de funcionários judiciais que, alegadamente, violaram o seu dever profissional de forma reiterada, e que, a comprovar-se o que está no despacho de acusação, dificilmente evitarão uma condenação final. Em todo o caso, não fica mal uma palavra de aceno benfiquista para quem tanto se prejudicou pelo clube do coração – partindo do princípio de que em troca apenas recebeu camisolas e selfies com os jogadores. Sei que é politicamente incorrecto, mas envio-lhes daqui um abraço solidário, sobretudo ao José Augusto Silva, que se mantém detido. Errar é humano, e errar por paixão mais humano é. Se foi o caso, um abraço!
Partindo sempre do princípio de que aquilo que consta da acusação é verdade, também Paulo Gonçalves estará em maus lençóis. Terá tentado agir em benefício do Benfica, é certo, mas ultrapassou as suas competências, e os limites da lei. Eticamente pergunta-se? O que faria cada um de nós no seu lugar, sendo jurista numa instituição alvo de investigações, e tendo possibilidade de aceder a elas por via de funcionários judiciais cúmplices? Responda cada um de nós, se puder.
Paulo Gonçalves está na porta de saída do Benfica. Dado o desenrolar do caso, dado o mediatismo do mesmo, penso que todos ficam a ganhar com esta saída. Se um dia provar a sua inocência, poderá voltar, e seguramente será bem recebido.
Quanto à acusação à SAD, o caso é diferente. Primeiro porque nenhum dos seus administradores chegou a ser constituído arguido. Depois porque não se vislumbra, no despacho, qualquer facto concreto que nos indique, nem que a SAD tinha conhecimento do crime, muito menos que o crime tenha partido dela, nem mesmo que benefício prático possa ela ter retirado dele. Luís Filipe Vieira assina diariamente centenas de papéis, com origem nas mais variadas áreas do clube. Até pode ter assinado os convites aos corrompidos, ou constado do c/c dos mails (que provavelmente nem chegou a ler). Mas, como saberia ele (ou como se poderá provar que sabia) o que era facultado em troca? Será extremamente complicado provar em tribunal qualquer envolvimento da SAD. Será totalmente impossível transportar o assunto para o plano desportivo, como parece pretender, à viva força, o Procurador Valter Alves.
De qualquer modo, ninguém matou ninguém. Estaria o sistema penal (e nós todos) na paz dos anjos, se todos os crimes do país fossem estes. O mediatismo é totalmente desproporcionado àquilo que está em causa. Um jurista em nome de uma entidade, ou trabalhando nela, terá tentado saber pela porta do cavalo algumas informações sobre processos judiciais, servindo-se de funcionários pouco profissionais. É disto, e apenas disto, que falamos no E-Toupeira.
A pergunta que também se impõe é: então e os outros casos de violação do segredo de justiça? Quase diariamente lemos nos jornais notícias que partem de violações de segredo de justiça, e certamente essa documentação não entra a voar pela janela das redacções. Haverá alguém que paga por ela, e alguém que é pago para a facultar. Mas nunca vi tamanho zelo dos investigadores nessas situações como neste E-Toupeira.
9)      IPDJ / NN
Já noutro âmbito, o castigo de um jogo à porta fechada imposto pelo IPDJ é totalmente absurdo. Primeiro porque a própria lei é absurda e ambígua, não caracterizando suficientemente o que são grupos organizados ou grupos não organizados de adeptos. Depois porque a aplicação da mesma tem sérias limitações – qual o rácio de membros registados das principais claques de Sporting e FC Porto face ao número total de membros? E ainda porque o castigo surgiu a reboque da pressão dos clubes rivais, designadamente dos seus directores de comunicação.
O (ainda?) presidente do IPDJ e ex-atleta do Sporting já tinha pouca credibilidade. As entrevistas que tem dado, na sequência da sua substituição no cargo, têm reforçado a ideia de um homem faccioso, rancoroso, incompetente e irresponsável. O ódio anti-benfiquista nota-se a léguas.
Espero que o recurso interposto pelo Benfica seja analisado com maior isenção, e que este castigo não passe do papel.
10)   CD LIGA / ESTORIL
Noutro sentido, e mesmo contrariando o que diz o clube, entendo e aceito o castigo aplicado pelo Conselho de Disciplina da Liga. A atitude de alguns adeptos do Benfica no Estoril, na temporada passada, foi absolutamente estúpida – até porque, se bem me lembro, as tochas surgiram após o golo do empate, e a equipa não podia perder tempo.
O problema que se põe é a igualdade de tratamento face a situações idênticas protagonizadas por outros adeptos, noutros estádios.
De qualquer modo, mandasse eu no Benfica e teria aproveitado a partida da Taça da Liga com o Rio Ave para resolver este problema, não deixando de clamar por idêntico tratamento para com situações semelhantes ocorridas com outros protagonistas.

CONCLUSÃO: No meio de tudo o que ficou dito, há coisas graves e coisas de âmbito desportivo. Acontece que as graves não são de âmbito desportivo, e as de âmbito desportivo não são graves.
Dificilmente o Benfica sofrerá qualquer condenação desportiva, pelo menos daquelas que os adversários esperam (descida de divisão (!?!), inibição de competir, perda de pontos, etc). No único caso em que está formalmente acusado, não creio existir qualquer prova de culpabilidade, nem possibilidade de a obter.
Para além disso, mesmo na hipótese académica de todas as acusações, e suspeitas, serem fundamentadas, nenhum, mas mesmo nenhum dos casos pressupõe, da parte dos dirigentes do Benfica, e/ou do seu presidente, qualquer acção que visasse prejudicar o clube – como, lembremos, já aconteceu no passado com outras figuras do Benfica. É importante que os adeptos reflictam também sobre isto.
Os títulos conquistados pelos encarnados, nomeadamente os do “Tetra”, deveram-se a grandes equipas, recheadas de jogadores que hoje actuam nos principais clubes do mundo. Em nenhum desses anos houve em Portugal equipas melhores que as do Benfica. E quando as houve –na época passada – o campeonato escapou-lhe. Vimos neste período arbitragens más, boas e assim-assim. O Benfica foi beneficiado e foi prejudicado indiscriminadamente, tal como FC Porto e Sporting. Eu vi os jogos todos do Benfica, e a acção dos árbitros está à vista de quem a quiser ver com isenção.
Como disse, há um aspecto que me poderia preocupar: o aliciamento de jogadores adversários para facilitarem resultados (isso sim, seria difícil de perceber em campo). Não acredito que tenha sucedido. Se alguma vez sucedesse, então sim, haveria matéria para reequacionar tudo no que diz respeito ao Benfica e aos seus dirigentes.
Até lá, não contem comigo para alimentar o folclore que se criou em torno de tudo isto, com intenções claras (por um lado os rivais, por outro uma comunicação social sensacionalista e ávida de sangue), e partindo de bases criminosos. O número inusitado de casos, ao contrário do que alguns pretenderão, reforça a ideia de uma sanha persecutória. Aproveitou-se uma formiga para, com muito fumo, fazê-la parecer um elefante. A reunião que pretendiam secreta entre os directores de comunicação de FC Porto e Sporting (este, felizmente, cada vez mais longe do futebol) antecedeu a divulgação dos primeiros e-mails. Essa história está por contar. Talvez nunca venhamos a saber o que foi tratado naquele dia no Altis. Mas podemos desconfiar. “Eu faço fogo daqui, tu fazes dali, o meu amigo A no jornal X ajuda-me, o teu amigo B na televisão Y ajuda-te a ti, e tudo isto tem de ser feito de forma incessante e impiedosa para descredibilizar, desestabilizar e, sobretudo, desunir” (esta última não conseguiram). Um Ministério Público demasiado interessado em mostrar serviço encarregou-se do resto.
A principal preocupação que tenho com estes casos é o efeito nefasto que possam ter em termos de imagem externa, designadamente junto de patrocinadores ou entidades oficiais do futebol europeu. A proverbial lentidão da justiça em Portugal fará com que tudo se arraste durante anos, situação que será aproveitada pelos Jota Marques deste mundo, e pela comunicação social, para escarafunchar na ferida sempre que lhes for oportuno. Se o Benfica ganhar cinco jogos seguidos, lá teremos mais uma notícia a pingar (o Paulo Gonçalves jantou com A, o presidente passou na mesma rua que B, ou outra picuinhisse qualquer para encher ecrãs e primeiras páginas). Não fosse isto, e dormiria absolutamente descansado com toda a nuvem de fumo que criaram em redor do Benfica.
Espero, e exijo, que os principais responsáveis do Benfica deixem o assunto com os advogados, e se dediquem aquilo que mais nos interessa, ou seja, voltar a ganhar o campeonato, e voltar a fazer boa figura na Liga dos Campeões.
Quanto aos adeptos, devo regozijar-me com a atitude de grande coragem manifestada pela esmagadora maioria (e que, de algum modo, até me tem surpreendido). O estádio continua a encher, foi batido o recorde de venda de cativos, e toda a gente com quem falo é unânime na defesa do clube e dos seus responsáveis face a tudo aquilo que é público.
Lamento, em sentido contrário, que o meu estimado amigo Ricardo Araújo Pereira e seus companheiros no programa “Governo Sombra”, todos confessos adeptos do clube da Luz, sejam a excepção a esta regra, tenham outro entendimento, e tenham adoptado uma atitude porventura politicamente mais correcta junto de algumas franjas de telespectadores, mas menos rigorosa, e certamente menos benfiquista. Num momento em que o Benfica luta, sobretudo, por manter a sua imagem impoluta, tudo o que não precisa é que sejam os seus próprios adeptos (mormente os de maior visibilidade) a colocar-se do outro lado, do lado dos que julgam na praça pública e condenam sem provas nem critérios.
Mas isso é um pormenor. O Benfica está unido, forte e no caminho do 37.

Viva o Benfica!

UM SUPER-PLANTEL

É verdade que nem todas as posições têm alternativas ao mesmo nível. Mas globalmente podemos dizer que este é um super-plantel, ao nível do que de melhor teve o futebol português nos últimos anos (talvez só encontrando paralelo no de 2013-14, que conseguiu o Triplete nacional e chegou a final europeia).
Assim haja mãos para conduzir este Ferrari...

O FIO DA MEADA

De Gaia ao Altis. Acredito que em breve saberemos como, a soldo de quem, e por quanto, foi roubada a correspondência privada do Benfica.
Deus tarda mas não falha.

JUNTOS E INDESTRUTÍVEIS

Parece que querem que eu fale da acusação no caso e-toupeira.
Confesso que tenho pouco para dizer. É um caso de alegada violação do segredo de justiça, como acontece centenas de vezes no nosso país - até agora sempre sem consequências.
Agora, alguém quer acabar com o Benfica (e, por arrasto, com o futebol português, ou pensam que não?) por causa disto, como se estivéssemos perante o maior crime da história do país.
Vão responder: "É também corrupção!". Ora, todo a violação do segredo de justiça pressupõe que houve alguém corrompido e alguém corruptor. Ou as fugas que aparecem nos jornais e nas televisões são obtidas e fornecidas de forma graciosa? Vão proibir estações televisivas de emitir? Vão retirar jornais de circulação?
Como já escrevi, haveria, entre todas, uma situação que, a provar-se, me faria retirar o apoio a esta direcção e a estes dirigentes: o suborno de atletas de equipas adversárias.
Todas as restantes suspeitas (e agora acusações), ou não são de âmbito desportivo, ou (a julgar pelo que se sabe) são "peanuts".
Como já escrevi também, não acredito na isenção do Ministério Público. O caso Centeno fez-me cair a ficha, e perceber que há por lá gente capaz das coisas mais absurdas. E acho que a Justiça se transformou num espectáculo mediático constante, para gáudio da comunicação social. 
Seja o Benfica culpado ou inocente, vai ver o seu nome arrastar-se nos media durante anos, até o processo estar concluído. E sazonalmente, de acordo com as circunstâncias e os interesses, vão surgir notícias (novas ou nem tanto) que visam desgastar e descredibilizar o clube.
Quando tal acontecer, resta-me, resta-nos, mudar de canal.
Benfica Até Morrer!

EMBIRRAÇÃO

É verdade que está em fim de contrato, e nisso, por desconhecimento de causa, não me meto.
Mas futebolísticamente não vejo qualquer motivo para o ostracismo a que tem sido remetido Andreas Samaris.
Tenho ainda dúvidas de que Alfa Semedo venha um dia a ser superior ao internacional grego (oxalá me engane), e tenho ainda mais dúvidas sobre o brasileiro Gabriel - que nem sempre era titular do modesto Leganés. Para mim, Samaris era a opção óbvia como alternativa a Fejsa.
Tem 135 jogos oficiais feitos pelo Benfica, e 32 pela sua selecção. Parece ser bom profissional, mostrou sempre interesse pelo clube e pelo país, aprendendo rapidamente a falar português. Não é uma estrela, mas para suplente de Fejsa parece-me mais do que adequado.
Nem consta da lista para a Champions. Um capricho de Rui Vitória?

ORQUESTRA AFINADA

Em mais uma excelente partida, o Benfica demonstrou que é, claramente, a melhor equipa portuguesa da actualidade. 
O plantel é soberbo, e as opções permitem manter a saga triunfante mesmo sem Jonas - o melhor jogador e marcador da equipa.
Vlachodimos é aposta ganha. Excelente entre os postes, com bons reflexos e boa saída, precisa apenas de melhorar um pouco o jogo aéreo e com os pés para ser um digníssimo sucessor de Oblak, Júlio César ou Ederson. André Almeida assegura o corredor direito, combinando cada vez melhor com Salvio (em super forma), e dando liberdade a este para explanar o seu melhor futebol. No lado oposto, Grimaldo e Cervi fazem uma dupla perfeita, quase se confundindo entre eles tantas são as trocas posicionais, e tal é a semelhança morfológica. No eixo da defesa, Jardel e Ruben Dias dominam o jogo aéreo, e são rápidos nas coberturas. Fejsa é...Fejsa. Gedson está feito um homem, corre desalmadamente, e joga com maturidade de gente grande. Pizzi está num dos melhores momentos desde que chegou à Luz. Falta Jonas na frente para completar um onze de luxo, mas até Seferovic parece na disposição de se auto-recuperar como opção credível para a posição.
Restam Zivkovic, Alfa, Samaris, Rafa, Ferreyra, Castillo, João Félix, o recém contratado Gabriel, o prestes a recuperar Krovinovic, os centrais argentinos, etc, etc. Enfim, um luxo.
Se Rui Vitória tiver unhas para esta guitarra, teremos música ao longo da época.