CONCENTRAÇÃO E UNIÃO

O folclore mediático a que temos assistido no outro lado da Segunda Circular, serve para nos divertirmos, mas não pode desviar-nos daquilo que é essencial.
Importa lembrar que o Benfica não tem dez pontos de avanço. Tem apenas quatro, sobre um adversário que parece estar em crescendo, tanto em futebol jogado, como em ajudas dos árbitros – os últimos jogos têm evidenciado, quer uma, quer outra coisa.
O Campeonato é muito longo. Faltam 16 jornadas, que serão 16 difíceis finais.
Temos dirigentes, estrutura, treinador, jogadores, sócios, adeptos e confiança mais do que suficientes para alcançar os nossos objectivos. Mas só com absoluta concentração lá chegaremos. Qualquer deslize pode ser fatal. Basta lembrar 2013, para se perceber o pouco que valem quatro pontos. Na altura, faltavam apenas três jogos…
É tentador olhar para o lado, e ver um circo de espalhafato, incompetência, irresponsabilidade, gritaria, vazio e fracasso, da parte de quem tanto fez para nos abater. Quase sabe a justiça divina. Têm o que merecem, e julgo que a vida lhes irá correr ainda pior nos próximos tempos.
Devemos, porém, olhar por nós, e para nós. E olhar para a frente, não para os lados.
Nesta caminhada rumo ao “Tetra”, além do FC Porto, o triunfalismo pode ser o mais perigoso adversário do Benfica. Se o deixarmos entrar, estaremos a permitir que o rival nortenho se aproxime com ele.
Não nos inebriemos, pois, com os males de quem ficou lá para trás. Esqueçamo-los. Ignoremo-los. Estão onde, afinal de contas, sempre nos temos habituado a vê-los.
A nossa luta é outra, e vai ser muito dura. Ninguém duvide disso.

CONSELHO A JESUS

Em nome do pouco, ou quase nada, que resta de gratidão pela sua participação, enquanto funcionário do clube, na conquista de títulos do Benfica entre 2009 e 2015, permita-me que lhe dê um avisado conselho: 
Doravante, tenha cuidado com os nós da gravata, com o uso dos guardanapos e talheres em Alcochete, pois neste momento, qualquer pastilha elástica deixada ao abandono pode significar despedimento por justa causa, o que implicaria apenas vir a receber os vários milhões (do seu...leonino contrato) daqui a vários calendários.

MATADOR


9 golos em 8 jogos, sendo que em alguns deles apenas jogou parcialmente.
É o regresso do Diabo Vermelho!

NOTA: Talvez o regresso de Jonas (5 golos em 4 jogos) não seja alheio a estes números.

...SÃO OS ÁRBITROS

Contratações de Bruno Carvalho (2013-2016):

ALAN RUIZ
ANDRÉ
AQUILANI
BARCOS
BRUNO PAULISTA
CAMPBELL
CASTAIGNOS
CISSE
DOUGLAS
DRAMÉ
ELIAS
EWERTON
GAULD
HELDON
JOÃO PEREIRA
JONATHAN
JUG
MAGRÃO
MARKOVIC
MELI
NALDO
PETROVIC
PIRIS
RABIA
ROSELL
SACKO
SARR
SHIKABALA
SLAVCHEV
SPALVIS
TANAKA
VÍTOR
WELDINHO
ZEEGELAAR

CALENDÁRIO DE COMPETIÇÕES - uma ideia

Para concretizar aquilo de que falei no artigo anterior, segue uma proposta de calendário de competições futebolísticas, considerando a temporada 2017-18.
Este exercício demonstra como seria viável um campeonato nacional com 8 equipas a 4 voltas (dois jogos ao sábado, e dois ao domingo, sempre às 16.00 e às 19.00), uma taça de Portugal com os grandes a entrarem desde o início, sempre a uma volta e com sorteio puro, e as competições de selecções no mês de Julho (com uma única convocatória, e muito mais tempo de preparação conjunta). 
O mercado estaria aberto apenas em Junho e Julho. E os meses de Dezembro e Janeiro eram dedicados às taças. 
Era isto que eu um dia gostaria de ver. 
Clique para aumentar

O CRIME COMPENSA?

É provável que três golos irregulares, em pouco mais de dez minutos, constituam recorde na história da arbitragem.
Errar é próprio do homem. Eu acrescentaria que ceder, quando se é avassaladoramente pressionado, ameaçado e intimidado, também faz parte do incontável conjunto das fraquezas humanas. Temia-se, por isso, que a gritaria dos últimos tempos tivesse consequências. Ei-las: em duas jornadas, dois pontos oferecidos ao Sporting, um ponto regalado ao FC Porto, dois pontos subtraídos ao Benfica. Era isto, e não tanto a Taça da Liga, que eles queriam.
Mas o que mais me agastou no sábado passado foi voltar a ver uma equipa a tentar jogar, e a outra a… não deixar que se jogasse.
Não falo de tácticas. Aceito um 10-0-0 como a mesma legitimidade de um qualquer 4-3-3. É futebol, e até nem foi o caso do Boavista durante a primeira parte.
Falo, sim, de uma chico-espertice saloia - tão tipicamente lusitana -, que no nosso campeonato se traduz em constantes simulações, quebras de ritmo, provocações a adversários e ao público, teatralidade nas substituições, comum à maioria das equipas que nos visitam, e que conta sempre com a complacência dos juízes.

O lugar desta gente era, obviamente, na segunda divisão. Mas o corporativismo dos agentes futebolísticos do país impede aquilo que, a meu ver, resolveria o problema: uma Liga com oito clubes, que agregasse os melhores jogadores, treinadores e árbitros, bem como, redobradas audiências e patrocínios. Muitos ficariam sem emprego, mas nós adeptos, que directa ou indirectamente lhes pagamos a todos, ficávamos com espectáculos de maior dignidade.

ATÉ À MORTE!



Bandeiras bailam com o vento,
Em longas bancadas sem fim.
Cúmplice, a relva chama o olhar.
E recebe os soldados no momento,
De uma guerra sem mártires que assim,
Em vez de fazer morrer faz amar.

As faces enchem-se de ansiedade.
As almas, de uma fé contagiante.
As vozes condensam num só grito,
Os ecos de uma indómita vontade,
E de um delírio deveras contrastante,
Com quem nos roga conflito.

Um tórrido calor no coração.
Nas mãos, a humidade agreste.
Mais do que a vida, mais do que a morte.
Tal a força desta paixão,
Ou da glória que a angústia veste.
Rasga-se o fado, e reza-se a sorte.

Começa o jogo. Há um apito.
Não. Não é jogo, que isto é dança!
Cor de sangue, cor de luta, cor de gente,
Guiado por uma sede de infinito,
Sobre o tapete verde da esperança,
Um vermelho vivo e ardente.

E quando a rede balança, rendida,
Quando o povo perde a lucidez,
Será golo, será poema, será mito?
Abraça-se a família reunida,
Querendo repetir mais uma vez,
O sabor deste prato favorito.

Hora e meia voa, terminada.
Após louca e cega comoção,
Foi-se o sofrimento que flagela.
E com orgulho na grandeza legada,
Devolvidos ao mundo da razão.
Ganhámos! A vida é bela.

Ninguém tolhe este sentimento vespertino.
Este lacrimejar doce e brilhante,
Que não deixa contentar-nos de contentes,
Que nos prende por escolha a um destino,
Forte, firme, nobre e vibrante.
O de servirmos a ti, que sempre vences.

Sem ostentação fútil de vaidade,
Depois de ter a lua, somos gente.
Gente bem mais densa e bem mais forte.
Voltaremos, muitas vezes, na verdade,
A amar-te assim perdidamente,
Sempre, e sempre, e sempre, até à morte.     

LF                                             

GRITEM MAIS ALTO!

A história repete-se. Benfica na frente do Campeonato é sinónimo de desespero, e consequente espernear dos rivais. Os pretextos variam: foi o Estoril, o Túnel, o Colinho, os Vauchers, quase sempre as arbitragens.
Os objectivos são claros: iludir fracassos próprios, subtrair méritos alheios, e condicionar os juízes para o que se segue. Se o Benfica conquistar o Tetra, como esperamos, no dia seguinte calam-se todos, como também tem sido hábito.
Os vizinhos da 2ª circular, por exemplo, mesmo com dois penáltis perdoados a Coates nas últimas duas partidas, não deixam de fazer barulho. Além de uma proverbial azia, têm eleições para breve. Que se enganem entre eles, pois a nós, não só não enganam nem comovem, como reforçam a união e a motivação rumo ao grande desígnio da temporada. E, francamente, cá de cima, já há dificuldade em ouvi-los. Terão, talvez, de gritar mais alto…
O que temo é que os próprios árbitros não tenham coragem para resistir a tamanha pressão. É um desafio que se lhes coloca, e ao qual estaremos atentos.
Há que manter vigilância também sobre outras questões, tais como quem empresta jogadores a quem, quem treina quem, ou quem estabelece parcerias com quem, em face de alguns jogos do Campeonato e da Taça a ocorrer no próximo mês e meio.
Na época passada assistimos a algumas situações esquisitas (Sporting-U.Madeira, Benfica-V.Guimarães, etc). Sabemos que, neste momento, nos confrontamos com gente sem escrúpulos, capaz de tudo, e que quer, à força, ganhar fora do campo o que há muito não consegue dentro dele.

O Benfica está destacado no 1º lugar, mas não está a dormir. 

A GRITARIA JÁ RENDE

Parece que a gritaria já está a render :
Em Paços penalti perdoado ao FCPorto.
Em Alvalade golo fora de jogo e mais um penalti de Coates não assinalado.

UM DESAFIO À CORAGEM DOS ÁRBITROS

Não tenho dúvidas de que os violentíssimos ataques, esses sim orquestrados, das duas facções do segundo maior clube de Portugal, o Anti-Benfica, apenas vão reforçar a união e a força do maior clube de Portugal, o Sport Lisboa e Benfica.
O que já não tenho certeza é de que os árbitros tenham a coragem e a força mental (nalguns casos, até a vontade) necessárias para resistirem a tamanha pressão.
A próxima jornada é pois um desafio à coragem dos árbitros. À coragem de não se deixarem perturbar por quem tão violentamente os pressiona, os ataca, os ameaça, e os intimida.
Que sejam Homens! 

...E O PENÁLTI SOBRE ZIVKOVIC?

Não é por se gritar muito que se passa a ter razão.
A barulheira que se ouviu nesta jornada da Taça da Liga assume contornos surrealistas, e não pode ficar sem resposta. O silêncio seria cúmplice. 
Percebe-se o objectivo: condicionar as próximas arbitragens do Campeonato, nomeadamente a do V.Guimarães-Benfica.
Mas os factos são o que são. Vamos por partes:

BENFICA-VIZELA
Ficou um penálti claro por marcar, na primeira parte, numa falta sobre Zivkovic que o árbitro transformou em livre fora da área.
Os encarnados meteram quatro golos. Ninguém se queixou.

MOREIRENSE-FC PORTO
Lances de possível penálti como o de André André e Pedro Rebocho existem às dezenas, em todos os estádios europeus, e raramente são marcados. Houve um igual no Marítimo-Benfica, sobre Salvio, de que pouco se falou. Por acaso, no FC Porto-SC Braga, foi assinalado um sobre André Silva, em lance semelhante (que também deixou muitas dúvidas). 
São decisões extremamente difíceis de tomar para um árbitro no campo, por vezes longe, por vezes coberto, e levantam incerteza mesmo depois de várias repetições televisivas. Podia ser, podia não ser. Está longe de se tratar de um erro grosseiro, e nem sei mesmo se terá sido um erro. Concedo.
A expulsão de Danilo compreende-se perfeitamente, e só por má fé se poderá ridicularizar algo que, numa análise mais serena, se torna óbvio. Em primeiro lugar, o cartão foi amarelo (só resulta em expulsão porque o jogador já tinha visto outro). Em segundo lugar, o encosto começa efectivamente no movimento do árbitro, mas a forma como o médio portista reage ao mesmo tem muito pouco de inocente. Não se ouvem as palavras, mas percebe-se que elas existem, e o gesto também é claro (um "chega para lá" ostensivo, muito pouco desportivo, e nada respeitador), agravado pela reacção após a exibição do cartão. Recordemos que, nesse mesmo instante, toda a equipa portista estava a reclamar um atraso ao guarda-redes adversário (reclamação, também ela, sem fundamento, mas que ajuda a perceber o contexto do caso).
O FC Porto ficou em último lugar do grupo, e só marcou um golo em três jogos (dois deles em casa). Terá sido por causa das arbitragens que não se apurou?

V.SETÚBAL-SPORTING
Ninguém fala do penálti por assinalar aos 71 minutos, cometido por Coates na área sportinguista (conforme documenta a imagem acima). Porquê? Não sei.
Quanto ao último lance da partida, também ele é muito difícil de analisar em campo. Em tempo real não parece, de facto, haver falta. Mas pelas repetições televisivas nota-se um duplo contacto (perna direita e braço nas costas). Edinho aproveitou para forçar a queda? Claro. Quem não o faria?
Seja como for, o contacto existe, e aceita-se perfeitamente a decisão do árbitro.
Custa perder aos 92 minutos? Os benfiquistas que o digam.
Mas com avançados como Castaignos e André Felipe fica-se à mercê de qualquer circunstância de jogo menos favorável.
A Jorge Jesus interessa desresponsabilizar-se por mais um fracasso (o segundo nesta temporada, o oitavo desde que está em Alvalade: campeonato, taça, taça da liga, champions e liga europa em 2015-16, mais champions, liga europa e taça da liga em 2016-17), e manter a aura que lhe permite auferir vários milhões de euros todos os anos. Percebo-o.
A Bruno Carvalho interessa desviar atenções, e unir as tropas face a um inimigo imaginado, em ambiente pré-eleitoral. Também o entendo bem.
O universo sportinguista já nos habituou a este tipo de encenações, exorbitando situações de possível prejuízo, e ignorando as de possível benefício. Pela mesma bitola, todos os clubes, da Liga dos Campeões aos Distritais, teriam vastos motivos para se sentir perseguidos, pois os erros acontecem sempre, e fazem parte do futebol. Se apenas contabilizarmos o que nos interessa...
Ainda assim, confesso que ver Beto a reclamar de arbitragens e de penáltis me provoca algumas náuseas.
E temo é que toda esta gritaria venha a ter as consequências que pretendem aqueles que a promovem.

TODOS PELO TETRA

Tetra. Tetra. Tetra. Tetra!
Diga-se quatro vezes, ou as que forem necessárias, para que fique bem vincada a mãe de todas as prioridades do Benfica no ano que agora se inicia.
É verdade: queremos também outras coisas.
Queremos voltar ao Jamor, e erguer a Taça de Portugal. Queremos mais uma Taça da Liga. Queremos, depois, a Supertaça.
Queremos, se possível, repetir a brilhante participação da última Champions, ou inclusive (quem sabe?) melhorá-la.
Queremos, pelo menos, três Campeonatos nacionais nas cinco modalidades de pavilhão. E mais alguns troféus para acrescentar. Queremos, até, uma final europeia numa delas (Hóquei? Voleibol?), ou mesmo um título.
Queremos ver o Passivo reduzido - um dos desígnios da reconduzida Direcção, e uma necessidade face aos tempos que se avizinham.
Queremos potenciar ainda mais os frutos que a árvore do Seixal vai brotando. Queremos valorizar o nosso plantel, e aproveitar as boas oportunidades de mercado, mantendo a elevadíssima qualidade da equipa.
Queremos encher o Estádio a cada jornada, e queremos que mais sócios se juntem a esta grande família.
Tudo isto é muito. Mas tudo isto será pouco se, em Maio, não estivermos no Marquês. Até porque, se não formos nós a festejar, outros o irão fazer.
Será então, nessa noite de Primavera, que se avaliará, em larga medida, o 2017 do nosso Clube. E até lá, é em 19 jogos, 1710 minutos de futebol, e muitas horas de treino, que se define tudo.
Tetra. Repetimos uma vez mais. Repetiremos sempre. Todos os dias. Todas as horas. Todos os momentos. Até lá chegarmos.

É de História que se trata. E vamos certamente escrevê-la.

MAIS VERDE OU MAIS VERMELHO

Clique para aumentar

Eis o pecúlio de cada um dos presidentes do SCP neste milénio.
Nem tudo o que parece, é. E aquilo que Bruno Carvalho trouxe para o Sporting foi essencialmente gritaria e propaganda, além de campeonatos para o...Benfica. À luz dos factos, o resto é um mito.
Repare-se no palmarés de Dias da Cunha (o último campeão), ou mesmo de Soares Franco (que nunca ficou abaixo do 2º lugar, com muito menos meios, ganhando duas taças e duas supertaças). É verdade que 2012-13 foi uma época catastrófica. Mas...
Enfim. Enquanto benfiquista, por mim está bem assim.
Enquanto adepto do futebol, e de um desporto limpo desta conflitualidade permanente, gostaria de ver do outro lado alguém cuja voz se notasse mais dentro das quatro linhas, e menos nos jornais e nos facebooks - mesmo correndo o risco de ver o Benfica ganhar menos vezes.