ORGULHO
Gabriel Garcia Márquez dizia que a vida
é uma contínua sucessão de oportunidades para sobreviver.
Colocados perante um dos maiores
desafios deste século, eu diria que temos pela frente uma boa oportunidade para
sobreviver, e de olharmos para o país com um olhar diferente daquele que nos é
mais habitual – porventura demasiado céptico, porventura demasiado cáustico.
Numa fase tão delicada, nunca seria
excessivo destacar o orgulho que sentimos nos incansáveis e corajosos profissionais
de saúde, verdadeiros soldados deste combate, que arriscam a própria vida para
salvar outras vidas.
Mas devemos orgulhar-nos também dos
nossos políticos – e a importância de ter bons políticos mede-se nestas alturas
-, quer dos que estão no governo e em cenários de tremenda
incerteza dia e
noite trabalham para tomar as melhores decisões, quer dos que estão na oposição
e dão mostras de um sentido de estado assinalável, enterrando os machados de
guerra e colaborando na duríssima empreitada que é de todos.
A comunicação social, tantas vezes
criticada e criticável, tem dado lições de rigor jornalístico e de serviço ao
público que evidenciam o quanto é imprescindível a qualquer sociedade moderna.
Merece, também ela, o nosso orgulhoso aplauso.
Temos motivos para nos orgulhar
igualmente de trabalhadores de muitas outras áreas, que se mantêm firmes no seu
posto, exercendo funções determinantes para a comunidade, tais como caixas de
supermercado, farmacêuticos, serviços de limpeza e de recolha de lixo, entre
outros, e por aqui se percebe quem é verdadeiramente importante.
Devemos, por fim, orgulhar-nos dos
nossos concidadãos, que de uma forma generalizada têm sabido interpretar a
importância do momento, e cumprir com as determinações que visam proteger
vidas. As excepções apenas confirmam a regra.
Um dia isto há de
terminar. O orgulho e a gratidão serão eternos.
Publicada por LF à(s) 2.4.20 5 comentários
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