ALGUMAS NOTAS SOBRE RUI PINTO


1) Não pertencia a qualquer organização que denunciou, pelo que jamais poderia ser considerado um “whistleblower”;
2) Roubou correspondência privada por dinheiro, e vivia disso, com identidade falsa (Artem Lobuzov, John, etc) e longe do país (onde, de resto, o foi visitar um comentador do Porto Canal) ;
3) Tentou extorquir organizações, como a Doyen e outras;
4) Chegou a desviar dinheiro de bancos;
5) Andou a gozar com as autoridades., “catch me if you can”, lembram-se?;
6) Não mostrou nada de relevante sobre o Benfica – o caso E-Toupeira (único com substância judicial) é posterior, e não foi ele que o deu a conhecer;
7) Não mostrou nada de relevante de Isabel dos Santos quanto à origem da sua riqueza (apenas sobre umas transferências de quando ela já era multi-milionária);
8) Até o “Football Leaks” – e li o livro inteirinho – é um conjunto de banalidades sobre coisas que toda a gente sabia existirem, como fuga ao fisco e uso de paraísos fiscais em transferências e contratos de jogadores, muito bem embalado por jornalistas que também têm de ganhar a vida;
9) Tem uma estrutura mediática poderosa (EIC, que lhe pagou o material roubado) a lavar-lhe a imagem, e a compor as suas “descobertas” de forma a exponenciar audiências;
10) Tem todo o universo anti-benfiquista a devotar-lhe simpatia, e a pretender fazer dele um herói – o que é sabiamente aproveitado pelos advogados de defesa - e só isso evita a conclusão óbvia.

Qual a dúvida sobre ser ou não um criminoso?
Aliás, o tipo de crimes que cometeu, e a história do século XXI irá demonstrá-lo, é muito mais perigoso do que parece. Talvez mais perigoso, mesmo, do que a própria corrupção.

NÚMEROS IMPRESSIONANTES

O Benfica de Bruno Lage está esmagador.
À 18ª jornada, em termos de vitórias e pontos, só é ultrapassado por Jimmy Hagan em 1972-73 (e por mais nenhuma equipa de nenhum clube em nenhuma temporada). Então, o Benfica só tinha vitórias, vindo a terminar o campeonato com apenas dois empates e zero derrotas.
Quanto a golos marcados, os tempos antigos são incomparáveis: 79 golos em 1944-45, a uma média impressionante de 4.39 golos por jogo. E nesse ponto, até houve quem fizesse ainda melhor: o Sporting de Peyroteo, em 1947, marcou 87 golos nos mesmos 18 jogos (média de 4,83).
Já quanto a golos sofridos, este Benfica, aí sim, iguala os melhores de sempre (77-78 e 88-89), com seis golos sofridos. O recorde absoluto é do FC Porto, que em duas ocasiões, sofreu apenas dois golos nos primeiros 18 jogos (83-84 e 91-92).
Se somarmos a sequência trazida da época anterior (18 vitórias e um empate em 19 jornadas), as médias são estratosféricas. E aí nem Jully Hagan resiste. Obviamente que Bruno Lage é, de longe, o mais ganhador treinador do Benfica nos campeonatos, com 95% de vitórias.
A saga continua...


POR LINHAS TORTAS

Não me convencem. Este lance é limpo, e na imagem acima a bola até parece já ter ligeiramente saído do pé de Rafa. Não há linha que possa assegurar um fora-de-jogo de quatro centímetros com os jogadores em movimento, e em caso de dúvida há que favorecer quem ataca - não sou eu que digo, é a FIFA.
O VAR está a tornar-se mais num problema do que numa solução. Não diminui a polémica, e, pelo contrário, torna a crítica ainda mais implacável. Só neste jogo, houve quem visse um penálti a favor do Paços, e houve também quem visse um a favor do Benfica. Eu não vi nenhum, mas qualquer dos lances daria discussão para uma semana caso o resultado tivesse sido outro (0-0 ou 0-1).
Em jornadas anteriores houve penáltis claros por marcar a favor do Benfica, e o VAR ignorou.
Mas o pior de tudo isto é que a festa do golo está estragada. Comemora-se a prestações, em função de uma decisão por vezes arbitrária (como se percebe) de quem está longe do estádio.
Quem gosta verdadeiramente de futebol não pode estar de acordo com isto. 
Por mim o VAR acabava já hoje.

E VÃO 17

17 vitórias em 18 jogos. 1º lugar, 10 pontos de avanço (à condição), melhor ataque, melhor defesa (não consegui confirmar, mas penso que se trata da melhor média de golos sofridos de sempre)), melhor marcador, segundo melhor marcador. São estes os números avassaladores do Benfica de Lage, que já só encontra paralelo nos tempos de... Jimmy Hagan.
Para além dos números, pode dizer-se que, depois de uma sequência de jogos menos conseguidos, a equipa encarnada encontrou a melhor forma. E também, porventura, o melhor onze - com Rafa livre para espalhar a sua magia.
Em Paços deu espectáculo, marcou quatro (só valeram dois), e obrigou o guarda-redes adversário a tornar-se num dos melhores em campo.
Embora se sinta que já há algo no ar, a verdade é que faltam 16 jornadas. Mas se o Benfica jogar sempre assim, dificilmente não será campeão. É de longe, a melhor equipa; tem, de longe, o melhor plantel; e está a jogar, de longe, o melhor futebol.
Sobre o VAR falarei noutra oportunidade. Apenas digo que a linha de fora-de-jogo que anulou o golo a Pizzi não me convence nada. E mesmo que fosse rigorosa, acho patético anular um golo por 4 cm. Aliás, acho patético o VAR, e aquilo em que o futebol se está a tornar. Mas isso, como disse, fica para outro dia.

O MEU MERCADO

Empréstimos de Morato e Florentino, ou vendas de Jardel e Samaris, e três contratações:
- Segundo avançado, para ser titular indiscutível (podia talvez ser Bruno Guimarães, terá de ser outro), ficando Chiquinho como alternativa;
- Guarda-redes suplente (pode ser Helton Leite);
- Defesa-central para ser titular (pode ser Koch), eventualmente em rotação com Ferro, precavendo também a provável saída de Ruben Dias no verão.
Uma semana para resolver estes dossiers, ficar com um plantel curto (23 jogadores), equilibrado, ultra-competitivo, e atacar Campeonato, Taça e Liga Europa.

A MINHA GESTÃO


A ESTRADA DA BEIRA E A BEIRA DA ESTRADA

Lê-se, ouve-se, e não se acredita.
Então não é que agora há quem queira comparar o caso Isabel dos Santos com os mails do Benfica?
Ouvi um idiota qualquer dizer isto na TV, e agora vejo reproduzido por aí. E mesmo que o assunto nem mereça estas linhas, não posso deixar de observar duas diferenças fundamentais entre os casos, uma de menor relevo, outra que faz toda a diferença:
1    1  Não será muito relevante, mas a correspondência do Benfica foi roubada por um pirata informático e vendida a um clube rival, que a truncou e enfeitou para obter o maior efeito possível, enquanto a documentação relativa às transferências da angolana foi obtida, ao que parece, na sequência de investigações jornalísticas, e já com processos judiciais a decorrer na justiça angolana. Aliás, quem achava que o dinheiro da filha do presidente era absolutamente limpo, ou era completamente infantil, ou estava a gozar connosco.  Nem percebo o escândalo, como se isto (alguns documentos incriminadores que agora vieram a público) fosse uma surpresa para alguém. Como se não fosse óbvio, ainda que tacitamente aceite em nome dos interesses económicos portugueses (o que, com alguma boa vontade, até se percebia). Mas esta não é a maior das diferenças;
2   2   Sobretudo, o que está em causa com Isabel dos Santos são desvios de milhares de milhões de dólares do estado angolano (então governado a bel-prazer pelo seu pai), lavados um pouco por todo o mundo, e também em Portugal, onde, entre outras coisas, comprou bancos, indústrias, empresas de telecomunicações e comunicação social perante a passividade dos reguladores e dos poderes políticos. O que está em causa com o Benfica são apenas conversas estéreis de Pedro Guerra com Adão Mendes, uns comentários sobre arbitragens, e coisas afins. O mais grave, nos e-mails do Benfica, é mesmo o seu roubo.

De uma vez por todas, há que deixar de se fingir que os mails do Benfica demonstram algum crime cometido a partir da Luz.  Não mostram nada, a não ser matéria para especulação mediática, e para desviar atenções de fracassos de FC Porto e Sporting (os timings em que o tema regressa à agenda, de resto, são admiráveis). Na verdade, já poucos se lembram do verdadeiro conteúdo dos mails, o que importa é falar repetidamente em “escândalo” em “vergonha” e outras palavras fortes e feias que sirvam para atacar o clube. E lembrar o caso quando mais convém.
A tónica não é, nem nunca foi, se os mails são verdadeiros ou não. Percebe-se a intenção, mas não cola. A tónica é que o seu conteúdo é irrisório face à polémica que se gerou - só possível fruto das rivalidades e ódios que o maior clube português desperta em muita gente.
Comparar isto com Isabel dos Santos demonstra total má-fé, e uma mal disfarçada tentativa de desviar atenções daquilo que se passa em campo. Já agora, se a família Dos Santos tem relação com algum clube em Portugal, esse é o FC Porto.

IMPRESSIONANTE!

Trajecto de Bruno Lage em jogos do Campeonato:


VERMELHÃO

Últimos anos de dérbis no campeonato:
11 vitórias, 8 empates e 2 derrotas.
De recordar que a derrota de 2011-12 teve dedo de Soares Dias, bem como, diga-se, o empate de 2016-17.

TRÊS PONTOS


A vitória do Benfica em Alvalade foi justa. E de certa forma natural.
Os golos apareceram na medida exacta, quando tinham de aparecer. O Sporting deu a luta que seria de esperar em quem tanto investe física e emocionalmente nos dérbis. Mas a superior qualidade dos jogadores encarnados fez a diferença.
Destes jogadores realça-se Rafa. É o melhor do Benfica, e para mim, o melhor do campeonato português. Reapareceu em grande, e o dérbi foi dele.
Agora há que refrear euforias, sobretudo no interior do grupo de trabalho – aos adeptos é sempre permitido serem felizes... Faltam 17 jogos, e tendo o Benfica de jogar no Dragão, as contas que o FC Porto faz somam apenas 4 pontos. Ou seja, dois empates. Curto para triunfalismos.

AÍ É QUE ESTÁS BEM

Faltam é os outros...

ABRAÇO


Ninguém merece perder uma filha. Quando se luta com uma doença grave, ainda pior.
Fernando Gomes foi um grande desportista, e embora em campos adversários sempre mereceu o meu respeito e admiração.
Um abraço para ele neste momento de grande infortúnio.

AQUI HÁ DERBY

A minha proposta é a seguinte:


Recorde também o que aconteceu na época passada:

Pode também recordar imagens de outras temporadas, aqui.


Carece de actualização, mas aqui vai outra vez o texto "Os meus Derbys" - uma viagem ao passado pelas minhas memórias de jogos com o Sporting.

A SOLUÇÃO ESTAVA NO BANCO

Foi preciso ir ao banco.
Na verdade, durante uma hora de jogo, o Benfica sentiu grandes dificuldades perante uma equipa audaz, que por duas vezes se colocou em vantagem.
Seferovic entrou e salvou a eliminatória, com dois golos plenos de oportunidade. Ganhou pontos quanto à titularidade na frente de ataque, agora que Vinicius parece perder algum gás.
Destaque também para Cervi e Taarabt. Bem como para o regresso de Rafa - para já apenas na estatística do jogo.
A nota mais negativa  vai para Soares Dias, e, sobretudo, Tiago Martins. O lance que dá origem ao segundo golo do Rio Ave nasce de um penálti, que pelo menos o videoárbitro tinha obrigação de ter visto. E se o Benfica tivesse sido eliminado, esse lance teria sido determinante.
É a segunda vez, em menos de uma semana, que o Benfica vê o VAR fazer vista grossa a lances de grande penalidade evidente. Dois jogos que se tornaram particularmente difíceis também por isso.
Com esta tendência, temo o que possa acontecer em Alvalade.
E já que falo em Alvalade, como é possível jogar uma partida crucial para este campeonato com tão pouca margem de recuperação física? Quem tem responsabilidades? Liga? FPF?
Ninguém de bom senso percebe porque motivo entre Setembro e Dezembro apenas se jogaram 4 jornadas, e agora aparecem jogos e competições encavalitados uns nos outros. Veremos com que consequências.

ATÉ SEMPRE SPEEDY!

Foi com os olhos a humedecer que soube da triste notícia do falecimento de Paulo Gonçalves.
Sou seguidor do Dakar há muitos anos, e o piloto de Esposende, até por durante algum tempo ter sido patrocinado pelo Benfica, era o meu favorito - aquele que eu procurava saber sempre em que lugar estava, e se tinha, ou não, hipóteses de vencer.
Conseguiu um segundo lugar em 2015, e recordo-me bem da sua volta olímpica em pleno Estádio da Luz no intervalo de um jogo. Foi a oportunidade que tive de o aplaudir.
Há poucos dias chegou a estar fora da competição devido ao tempo perdido com uma avaria no motor. Mais valia que assim tivesse sido...Na vida, nunca se sabe quando estamos a ter sorte ou azar.
O que é certo é que Paulo partiu. Deixa o seu nome gravado a bold na história do motociclismo português e internacional. E onde quer que esteja, estará certamente a torcer pelo Benfica.
Até sempre Campeão!


COM ALMA


Tivesse o Benfica concretizado um quarto das oportunidades flagrantes de golo que criou, e estaríamos agora a falar de uma partida fácil diante do último classificado da Liga.
Foi o desperdício que causou o equilíbrio no resultado, pois quem remata 34 vezes, consegue quase duas dezenas de cantos, e obriga o guarda-redes contrário a várias intervenções de monta, só tem de ganhar, e por muitos.
Esta foi também a prova de que não há jogos fáceis. E que há, e ainda pode haver, dias em que a bola, por caprichos insondáveis, se recusa a entrar.
Destaque para a estreia de Weigl (discreto), e para a preciosa participação de Carlos Vinicius, com uma assistência e um penálti – que acabaram por ditar a vitória. Acima de todos, André Almeida regressou a gritar bem alto que o lugar é seu.
Jota, pelo contrário, desperdiçou mais uma oportunidade para mostrar valor. É um caso a trabalhar, pois parece pouco confiante e sobretudo muito intranquilo – sentindo, a cada lance, necessidade de mostrar habilidades individuais que comprometem lances colectivos. Quer mostrar que também é Félix, sem ser Félix (o qual, diga-se, cedo aprendeu a jogar ao primeiro toque), e o contributo para a equipa acaba por ser negativo. O problema não está pois nos pés, mas sim na cabeça.
O que mais interessa é que o Benfica somou mais três pontos, e já leva 15 vitórias em 16 jogos. 33 em 35 se quisermos somar toda a era Bruno Lage.

PONTO DE SITUAÇÃO


DESFECHO ESPERADO

Raul de Tomás não se adaptou ao Benfica.
Via-se que tinha qualidades, mas por vários motivos acabou por não corresponder, em números, ao que dele se esperava. E o que se espera de um ponta-de-lança são golos.
A pré-época até prometia, mas quando começou a competição oficial - e recordemos que começou com duas goleadas de 5-0 - o espanhol ficou em branco, por vezes com alguma infelicidade. A ansiedade cresceu, os golos não havia meio de aparecerem, e por efeito bola de neve foi ficando cada vez mais longe do sucesso. O lugar foi tomado por Carlos Vinicius, que de pronto começou a render. Seferovic passou a segunda opção, e numa equipa que joga apenas com um avançado, RDT ficou sem espaço. Por fim não escondia a tristeza, e quando no treino aberto o vi a passo, sem esboçar sorriso, distante e desmotivado, convenci-me de que o seu tempo no clube chegara ao fim.
Talvez o peso dos 20 milhões se tenha feito sentir. Talvez o estigma de ter de substituir Félix e Jonas, cujas características eram bem diferentes das dele, e das que consequentemente se lhe exigiram. Talvez o peso da camisola para quem vinha do Rayo Vallecano. A verdade é que Raul de Tomás foi sempre um jogador intranquilo, inquieto, e por vezes quase desesperado.
Fica o respeito de um profissional que certamente se empenhou em fazer o melhor que podia. Fica uma Supertaça histórica em que foi titular. Fica também um ou outro lance que não engana (ai aquele chapéu em Leipzig...).
Que doravante seja feliz.

A FERRO E FOGO

Uma exibição desinspirada, aliada ao inegável mérito do adversário, fez do jogo de Guimarães um dos mais difíceis do campeonato até ao momento.
Valeu o golo solitário de Cervi, a inspiração de Vlachodimos, e a ineficácia dos avançados vimaranenses. No fim, três pontos saborosos, e mais um obstáculo ultrapassado na caminhada para o Bi-Campeonato. Também a certeza de que ainda há muito para melhorar.
Venha o Aves. Venha a 15ª vitória em 16 jogos.

BEM VINDO

É uma contratação inesperada. 
Titular de uma das melhores equipas alemãs - e que por sinal ainda está na Champions League e na luta pelo título doméstico -, internacional pela "Mannschaft", e com apenas 24 anos feitos em Setembro, Julian Weigl seria, à partida, um jogador completamente inacessível ao futebol português.
E mesmo os 20 milhões, de acordo com os valores em que o mercado anda, não são nada de especial face a um jogador com este perfil.
Não sei como foi possível trazer Weigl para o Benfica, e tendo sido, nem vale a pena questionar a pertinência da contratação em termos tácticos, num plantel que já tem Florentino, Samaris, Fejsa, Taarabt, Gabriel e Gedson para o meio-campo. O alemão será, sem dúvida valor acrescentado, e com ele o Benfica ficará mais forte.
Doravante, será Weigl e mais dez. Quem sai? Logo se vê (Gedson ou Florentino pelo valor do passe, ou Samaris ou Fejsa, ou ambos, pelo valor do salário).