RENOVAR CONTRATO E AUMENTAR SALÁRIO, PARA ONTEM !

Só por absurdo se poderia imaginar que fosse a publicação do contrato de um jogador a levar à insatisfação de outro. Não acredito que num balneário, num clube, numa empresa, não acabe por se saber quanto ganha quem está ao lado a fazer exactamente o mesmo trabalho. Sobretudo se a diferença for injustificada.
Com ou sem publicação, com ou sem pirataria informática, Jonas viria, mais tarde ou mais cedo, a conhecer o vencimento de Ferreyra e de Castillo. Já agora, com ou sem pirataria, Herrera não deixaria de ser feliz com aquele pontapé, pelo que os efeitos de terem sido lançados a público outros dados privados do Benfica se ficaram, e vão ficar, pela perda de tempo, pelos custos jurídicos e pela revolta.
Dito isto, indo ao essencial, e partindo do princípio que Ferreyra aufere efectivamente mais do que Jonas (2,3M para 1,5M por ano, segundo se pode ler na imprensa), parece-me que o brasileiro tem toda a razão para exigir igual salário.
Jonas é o melhor goleador do Benfica, e o melhor jogador do Benfica deste século. Foi Tri-Campeão na Luz, e a década de sucessos dos encarnados terá sempre a sua marca, como a de 60 teve de Eusébio e a de 80 teve de Chalana ou Nené. No rácio de golos por época, é o terceiro melhor da história do clube, só atrás do Pantera Negra e de José Águas.
Ferreyra é apenas uma aposta, que pode ser bem-sucedida ou não. Entende-se que seja bem pago, pois não fica barato trazer para Portugal o melhor marcador do campeonato ucraniano. Desportivamente, percebe-se a tentativa de trocar dois avançados de concretização, eu diria moderada como Jimenez, ou baixa como Seferovic, por goleadores capazes de acompanhar os registos de Jonas e complementar o seu futebol requintado com eficácia. Podem vir a sê-lo ou não, mas o objectivo é esse, e é louvável.
Os pontas-de-lança são caros. Muito mais caros que outro tipo de jogadores, pois não abundam no mercado e são eles que decidem jogos e títulos. Seguramente Bas Dost, Doumbia, Aboubakar ou Marega também ganham bom dinheiro. Mitroglou também ganharia bem na Luz, e, ao que se diz, foi para Marselha ganhar ainda mais do que Ferreyra ou Castillo.
Neste contexto, e por tudo o que atrás ficou dito, parece aceitável que Jonas exija mais qualquer coisa – nem que seja a título de reconhecimento – e a única alternativa que o Benfica tem é corresponder às suas aspirações.
Estão em causa 800 mil euros por época, o que, para um contrato de, vá lá, dois anos, dará pouco mais que um milhão e meio de euros. Uma bagatela se falarmos do melhor jogador da equipa, do mais regular, do mais decisivo, e de um dos melhores da história recente do futebol português.

Manter Jonas, e mantê-lo satisfeito, deve ser a prioridade imediata do Benfica, e se, além disso, mais nada acontecer, já o mercado de pré-temporada se pode considerar positivo.

UM PRIVILÉGIO

Atente-se no lote de participantes desta competição de pré-época, e veja-se o quão significativo é, para um clube português, figurar junto de tão prestigiado conjunto de emblemas.
Não falta ninguém. Estão lá os maiores clubes do futebol dos big-five, e também o...Benfica.
Uma autêntica Champions de verão.
Segue um calendário para que o leitor possa acompanhar os jogos e os resultados. Mas neste caso, o mais importante mesmo é ter sido convidado.


PACHECO? NÃO É DA MINHA FAMÍLIA!

Uma das melhores facetas da liderança de Luís Filipe Vieira é a forma como tem tratado os ex atletas, que ao longo de anos prestaram serviços ao clube. É bonito ver na tribuna presidencial figuras como José Augusto, António Simões, Artur Santos, Bastos e outros, pois são esses (tal como Chalana, Nené, Humberto, Shéu, Veloso ou mais recentemente, Mozer. Rui Costa ou Schwarz) os verdadeiros VIP no Benfica, no Estádio da Luz, ou em qualquer evento a que o Clube esteja associado.
Acontece que neste vasto lote de nomes não cabem, obviamente diria eu, aqueles que, de algum modo, ou em algum momento, lesaram gravemente o Benfica e a sua imagem. É o caso de Pacheco, como seria o caso de Paulo Sousa, mas também Dito, e até do próprio Rui Águas, sem esquecer Edgar, Hugo Leal, Miguel etc. De todos, os casos mais graves são, é claro, Paulo Sousa e Pacheco, e para estes não há perdão possível.
Entendo que Pacheco, como Paulo Sousa, possam ser amigos pessoais de dirigentes, ex-dirigentes, funcionários ou jogadores do Benfica. Eu próprio poderia ser amigo de um deles ou de ambos. Não sei, nem me interessa, se são benfiquistas ou não. Nada disso releva para o caso. Institucionalmente, o Benfica não pode ter qualquer tipo de relacionamento com quem tanto o prejudicou.
No limite, se ainda jogassem, até poderia admitir que, enquanto profissionais, em em determinadas condições, pudessem voltar. Como símbolos, jamais!
Entendo pois que o anúncio agora apresentado belisca os mais elementares princípios do benfiquismo, e é uma provocação a todos os que tanto sofreram com o "verão quente" de 1993.
Pacheco e Paulo Sousa não podem ter portas abertas no Clube que desprezaram. Vão bater ao outro lado da rua! Quem os levou na altura, que os leve agora também.

BOAS RECORDAÇÕES


PONTO DE SITUAÇÃO

O que falta?

ONDE ANDAS TU?

Por onde andas Saraiva? Desconfio que te li, em fóruns benfiquistas, com perfil falso, a criticar Vieira. Mas não te vejo há muito tempo. Como estás de saúde? Já arranjaste emprego? Quem te deu trabalho depois das figuras que andaste a fazer? E os blogues que criaste, patrocinaste ou alimentaste? Ainda dão audiência, ou já têm de inventar mails que não existem para alguém lhes dar atenção?
Estou francamente preocupado contigo, Saraiva. O teu protector anda pelas ruas da amargura, abandonado por todos, e agora até pela sua fiel Maga Patalógica. O que as pessoas fazem para ter protagonismo, já viste? E o Proença? Não o árbitro, mas o outro. Aquilo é que é aparecer na televisão, heim... É o que os advogados normalmente querem, não é? Nunca percebi porquê, pois se é para fazerem figuras tão tristes, só serve para perdem clientela...Não achas?
Será que a Holdimo te dá a mão? Ou o amigo Oliveira? Ou o amigo Tavares?
Olha, tenta um deles, pede com muita submissão, e vais ver que ainda te safas.
A menos que estejas metidos nas patranhas do teu amigo Marques. Aí, já não digo nada. O homem está em maus lençóis, e aquilo vai acabar mal, pois a justiça tarda mas não falha. Nem que seja a divina, embora nem tu nem ele acreditem nela.
Mas, francamente, não me parece que tivesses inteligência para tanto. Tu és mais básico. Apenas vais atrás. Como uma Maria que vai com as outras. Não te vejo como um criminoso, mas apenas como um simples palerma. Ou uma espécie de idiota útil. Útil a uma estratégia tenebrosa e obscura para tentar destruir uma grande instituição portuguesa.
Agora talvez queiras passar pelos pingos da chuva, e fazer com que as pessoas se esqueçam de ti.
Mas este teu amigo não te esquece, nem te abandona.
Atentamente.

NOJENTO

O que alguém anda a fazer com o Benfica é nojento.
E prova, acima de qualquer outra coisa, a doença mental profunda de quem dedica o seu tempo a publicar dados internos de um clube de futebol, só para o tentar prejudicar fora do campo.
Acredito que isto não vai ficar impune, e um destes dias o hacker, ou os hackers, bem como quem lhes paga, serão desmascarados e punidos. E aí até pode haver surpresas.
Mas de algo pode esta gente estar certa: divertem muita gente (se calhar cada vez menos pessoas...), perturbam administrativamente o clube (pelo tempo que tem de gastar a tratar destas questões laterais), mas apenas contribuem para unir mais o Benfica e os benfiquistas.
Interessa também reflectir sobre o assunto numa óptica mais ampla, e pensar naquilo que sentiríamos se a nossa correspondência privada, das nossas famílias ou locais de trabalho, ficasse nas mãos de delinquentes como estes.

UM CAMPEÃO JUSTO

Um dos melhores Mundiais das últimas décadas teve campeão à altura.
Já no Euro 2016 esta equipa francesa tinha mostrado potencial. Na altura foi infeliz, e ainda bem. Mas agora, reforçada com Mbappé, não deixou fugir a oportunidade de juntar mais um troféu ao seu palmarés.
Foi a melhor e mais completa equipa em prova. Bélgica e Croácia terão sido, a espaços, mais empolgantes. Mas tanto uma como outra não tiveram o rigor defensivo dos gauleses. Por isso, o título fica muito bem entregue.
Num Mundial com grandes jogos e grandes golos, as estrelas foram nomes de segunda linha. Modric, Hazard, De Bruyne, Mbappé, Griezmann ou Kane brilharam no lugar de Messi, Ronaldo ou Neymar.Sinal dos tempos, ou de que nem tudo o que parece é. Quem não engana é Mbappé, cujo nome escrevo pela terceira vez neste pequeno texto. Como diria um ex-primeiro ministro português, sei que um dia será Bola de Ouro, só não sei quando.

PALMARÉS:

ONZE IDEAL 2018: Courtois, Pavard, Varane, Vida, Maguire, Pogba, Modric, De Bruyne, Kane, Mbappé e Griezmann.

ME NOT

Este blogue não alinha em parvoíces politicamente correctas. E em compensação pelas imagens televisivas que deixaremos de poder ver, pelo menos ficamos com uma foto do que se passa nas bancadas do Mundial.
É também uma homenagem aos dois finalistas, França e Croácia, e a todas as mulheres, bonitas e feias (se é que as há), desses dois países.


UMA FINAL ATÍPICA

Um grande Mundial merecia uma final com outro grau de classicismo. Por exemplo, um Inglaterra-França, a evocar tempos de Napoleão e Nelson.
A Croácia intrometeu-se. Estará em Moscovo, no próximo domingo. E até pode ganhar.
Por mim, prefiro uma vitória francesa: um povo bem mais simpático, uma equipa mais completa, e uma nação à altura da história do Campeonato do Mundo. Além de que, depois do desaire caseiro no Euro, bem mereciam uma dose de felicidade.
Vive la France!

QUEM GANHA COM ISTO?

O Real Madrid perde o seu melhor jogador de sempre.
Cristiano Ronaldo perde a hipótese de ficar ligado para sempre ao clube onde mais brilhou, e vai para um campeonato onde dificilmente conseguirá os mesmos feitos.
A Juventus gasta mais de 100 milhões num jogador de 33 anos, cria problemas na Fiat - e, quem sabe, no balneário.
O mundo do futebol não percebe.
À excepção de Jorge Mendes, não se vê quem mais beneficie com uma tão estranha transferência.

UM SENHOR


DAQUI HÁ DE SAIR ALGUMA COISA...

65 nomes, mais 5 aquisições a realizar. De 70 haverá a retirar 45 (alguns, na verdade, já retirados, mas ainda sem destino), entre vendas, empréstimos e equipa B.
Sobrarão então os 25 para atacar a temporada 2018-19.

Como aquisições a realizar faltam, na minha opinião:
- GUARDA-REDES para ser titular indiscutível
- LATERAL DIREITO para discutir titularidade com André Almeida
- LATERAL ESQUERDO se Grimaldo for vendido
- MÉDIO OFENSIVO para ser titular indiscutível
- EXTREMO DIREITO se Salvio e Carrillo forem vendidos.

RELEXÕES

Com o fim do campeonato de Futsal, pode dizer-se que a época desportiva terminou. E o balanço para o Benfica é deveras negativo.
Falhando nas principais modalidades, importa perceber o que se passou, e corrigir os erros, de modo a que o futuro nos traga de volta os êxitos a que durante anos nos fomos habituando.
Olhando para os vários campeonatos, identificamos desde logo um certo padrão: perdemos a maioria deles em casa, em partidas decisivas. À semelhança do Futebol, foi assim no Hóquei, no Futsal e no Basquete (aqui, na meia-final). Podendo decidir tudo na Luz, entrámos muito mal nesses jogos, vimo-nos perante desvantagens expressivas, e a tentativa de recuperação revelou-se insuficiente. Perante a pressão de vencer e ser felizes, vacilámos no plano mental - ideia reforçada pelo duplo fracasso nos penáltis do Futsal, ou pelo match-point desperdiçado no Vólei.
Outra conclusão há que retirar, para a maioria das modalidades, e extensível a épocas anteriores: o nosso principal problema táctico reside na forma como defendemos. Isto levar-nos-ia a uma análise mais profunda, onde entraria uma cultura de clube muito voltada para o espectáculo, excessivamente valorizadora dos artistas, e um tanto negligente quanto a aspectos tácticos, atléticos ou outros importantes parâmetros de jogo. E aqui, meus amigos, a culpa começa nas bancadas, onde os Miccolis são idolatrados, e os Felipes Augustos são enxovalhados.
Há pois que reflectir, mas sem dramas, nem fantasmas. Estivemos muito perto, e não será preciso alterar muita coisa para que em 2018-19 o Benfica esteja de regresso aos títulos.


VALE E BRUNO

Quando, em Abril de 2017, após um Sporting-Benfica em Alvalade, e na sequência de uma proposta tão despropositada quanto cínica e ofensiva, Luís Filipe Vieira comparou Bruno de Carvalho a Vale e Azevedo, um exército de sportinguistas reagiu em rebanho, clamando a indecência da comparação, e acusando o nosso presidente de atentado à virtude e honra do ocupante da cadeira local. Passado mais de um ano, é interessante recordar esse episódio.
De facto, durou tempo demais o equívoco (?) dos adeptos do clube rival face a uma figurinha que, desde cedo, mostrara o que era e ao que vinha. Populismo e demagogia, depois provocações e instigações ao ódio, por fim insultos a tudo e todos, e o mais que ainda poderá vir à tona – os próximos tempos prometem. O resultado está já à vista: um clube feito em cacos, que não sabe muito bem como se reerguer do buraco para onde aquele aventureiro mitómano e desequilibrado o empurrou.
Enquanto o alvo foi o Benfica, e o clima de hostilidade e provocação era virado para o exterior, todos lhe batiam palmas e achavam graça. Foi preciso a criatura virar as suas cóleras para dentro, para então perceberem quem ele era e do que era capaz.
Está ainda por perceber a verdadeira dimensão do mal que Bruno de Carvalho fez ao Sporting. E do mal que fez ao desporto português, cujo clima irrespirável nos mais variados quadrantes muito deve à sua postura arruaceira.
No passado, alguns benfiquistas também se enganaram. Mas apenas uma vez. Em Alvalade só à quarta perceberam que, afinal, neste grotesco “dérbi” entre um Vale e um Bruno não se sabe quem mais fica a perder.

SOUBE A POUCO

Em jogos do Mundial, sobretudo na fase eliminatória, tudo pode acontecer. Qualquer equipa pode ser eliminada a qualquer momento, ficando fora da carruagem da história por um pequeno detalhe.
Neste caso, o detalhe foi Cavani, que marcou nas duas oportunidades de golo que teve, ao passo que os jogadores portugueses não tiveram a mesma eficácia.
Falar de justiça ou injustiça é irrelevante nesta situação. Portugal podia ter chegado mais longe, e confesso que esperava, pelo menos, os quartos-de-final (onde França poderia ser, aí sim, obstáculo inultrapassável). Ficamos pelos oitavos, o que não envergonha ninguém, mas também não entusiasma.
É preciso lembrar que o Europeu foi conquistado com uma dose inusitada e certamente irrepetível de sorte. E que a selecção portuguesa tem carências óbvias, como a ausência de um grande ponta-de-lança, ou a idade avançada dos centrais.
O que é certo é que Ronaldo vai para casa, tal como Messi. Os Mundiais já não fazem heróis como antigamente, nem permitem grandes brilhantismos individuais às principais estrelas do futebol. E não se compadecem com quem não é eficaz diante das balizas.