DIA DA MULHER

Votos de um grande dia para todas as mulheres. Antes de mais para as corajosas ucranianas (pelo menos com muita força para enfrentar as adversidades), depois para as benfiquistas, mas também para todas as outras.
Ficam as equipas do Benfica, de várias modalidades, como forma de homenagem ao desporto feminino, cada vez mais importante, cada vez mais entusiasmante, e com muito ainda para crescer.

FUTEBOL

HÓQUEI EM PATINS

BASQUETEBOL

FUTSAL

ANDEBOL

VOLEIBOL

POLO AQUÁTICO

RUGBY

ATLETISMO

JUDO

TRIATLO

NATAÇÃO

Classificação dos campeonatos:

A LUTA CONTINUA


Faltam nove jogos. Nos últimos nove o Sporting perdeu dez pontos. O Benfica está a quatro e ainda há um "dérbi". O título já vai longe, mas o segundo lugar é bem possível.
O triunfo em Portimão mostrou que o Benfica está melhor e que pode fazer uma boa ponta final de campeonato.
Seguem-se dois jogos em casa (Vizela e Estoril). Será fundamental ganhá-los, para manter a luta viva.

BOAS SENSAÇÕES

Após um jogo europeu com a intensidade que se viu, podia temer-se uma equipa cansada e expectante. Nada disso: o Benfica jogou, correu, e venceu com naturalidade, mostrando francos sinais de recuperação.
Mas o ponto alto foi a entrega da braçadeira a Yaremchuk. Bonita homenagem da equipa, dos colegas, e do estádio, com o enorme e demorado aplauso.

CONTIGO!

 


POR ONDE ANDAVAS TU, BENFICA?

Não me enganava quando previa que alguns jogadores do Benfica, mais indolentes em jogos domésticos, puxassem pelo corpo e pela alma nesta partida de Champions. Tecnicamente são bons, e quando se entregam, quando se juntam, podem fazer isto.
Também não me enganava quando disse desconfiar do Ajax enquanto potência esmagadora e inexpugnável, qual Bayern, qual City, qual Liverpool. É uma bela equipa, bem organizada, que tem em Antony e Tadic dois craques de altíssimo nível, mas que daí para trás não passa da classe média-alta do futebol europeu – muito longe dos exemplos acima referidos.
Estava igualmente certo ao prever grandes dificuldades para Ten Haag perceber uma equipa como a do Benfica, complicadíssima de estudar, que por vezes nem a si própria se entende, que já alterou de sistema e de modelo de jogo mais do que uma vez, que não tem o mesmo treinador da fase de grupos nem dos “clássicos”, e para a qual qualquer observação, em vez de esclarecer, ainda aumenta as dúvidas. Na segunda parte, o Ajax manifestamente não percebeu o Benfica, nem como o ferir de morte.
O único factor que eu talvez tenha subestimado foi a falta de confiança que a equipa encarnada tem nela própria, que se fez sentir sobretudo na primeira parte (tantas perdas de bola, tantas hesitações), com consequências directas nos golos sofridos e no resultado final. Quando perdeu o medo, mostrou que podia perfeitamente ganhar este jogo, e que pode perfeitamente eliminar os holandeses.
O bom é inimigo do óptimo. Este resultado, não sendo bom, nem óptimo, garante pelo menos os mínimos necessários nesta partida: levar a decisão para a segunda mão. E tem também o condão de transmitir alguma confiança à equipa e aos adeptos, dada aquela luxuosa segunda parte, seguramente o melhor momento da era-Veríssimo.
De resto, o espectáculo foi todo ele magnífico. Verdadeiro jogo de Champions League, com futebol de altíssimo ritmo e intensidade, oportunidades de parte a parte, e um estádio cheio e vibrante como há muito não se via.
Destaque individual para Taarabt, Darwin e sobretudo Rafa – verdadeiramente endiabrado, num jogo que até lhe pode valer uma transferência milionária no final da época (a de Darwin é dinheiro em caixa).
O árbitro esteve quase sempre bem. Ainda assim, aquele lance com Gonçalo Ramos na área holandesa podia ter tido outra interpretação. Aí, a culpa foi do VAR.
Agora, resta-nos sonhar durante três semanas. O jogo de Amesterdão, sim, vai ser “o” jogo. Não há nada para além dele. Será de vida ou de morte, ou…como dizia Shankly, ainda mais do que isso.

OITAVOS NA LUZ = ZERO DERROTAS

Sempre que disputou os oitavos-de-final da Taça ou Liga dos Campeões, o Benfica nunca perdeu o jogo da Luz. E empates só tem quatro, para vinte vitórias.
Um bom prenúncio?

VENHA MAIS UMA!

São já 47 as vitórias internacionais do universo Benfica nesta temporada, contando com futebol (masculino, feminino e formação) e principais modalidades de pavilhão.
A última foi esta terça-feira, na Rússia, em Andebol. Espero que a próxima possa ser já com o Ajax.
Recordo que o Benfica ainda disputa, neste momento, as seguintes provas europeias:
LIGA DOS CAMPEÕES (futebol - oitavos de final)
YOUTH LEAGUE (futebol formação - oitavos de final)
LIGA DOS CAMPEÕES (futsal - meias finais)
LIGA EUROPEIA (andebol - já apurado para os oitavos de final)
LIGA DOS CAMPEÕES (hóquei feminino - fase de grupos)
No hóquei masculino, devido à dissidência dos principais clubes portugueses e espanhóis da federação europeia, vai ser disputado apenas um torneio entre eles, na Corunha, em Abril.
Acho que vamos chegar às 50, sendo que já estamos perante um recorde absoluto de qualquer clube português numa só temporada.

UM DE CADA PAÍS E MUITA FÉ

Grécia, Áustria, Argentina, Bélgica, Espanha, Alemanha, França, Marrocos, Portugal, Uruguai e Brasil. Assim mesmo. Podíamos acrescentar ucranianos, suíços e sérvios. É um caso a rever no plantel do Benfica para a próxima temporada. Agora é o que há. E para contexto internacional até faz sentido...
É este o meu onze para defrontar o Ajax, esperando que alguns destes homens façam esta quarta-feira o seu melhor jogo com a camisola do Benfica.

DEZ MOTIVOS PARA ACREDITAR

 - Alguns jogadores do Benfica não são tecnicamente tão maus como parecem, tendo, sim, um perfil competitivo instável. Ora mesmo esses vão querer mostrar-se no palco europeu, sendo provável que vejamos nesta partida força, velocidade e vigor, onde temos visto muitas vezes apenas conformismo e lassidão;

- O Benfica tem um plantel experiente, que psicologicamente não vai tremer perante uma noite de gala. Odysseas, Lazaro, Otamendi, Vertonghen, Weigl, Taarabt, Yaremchuk, Darwin, João Mário, Rafa, Seferovic, Everton etc, são todos internacionais, e alguns deles com vastíssima experiência de jogos europeus. Medo é coisa que certamente não vão sentir;

- Posso estar enganado, e ter de engolir o que vou dizer, mas ainda não tenho a certeza de que este Ajax seja o papão que alguns pintam. A Liga Holandesa é o que é, e muitos daqueles adversários (Sittard, Willem, Waalkwijk, etc) até este Benfica goleava. O Ajax foi endeusado quando ganhou 1-5 em Alvalade, em parte como forma do lobby leonino dos media explicar uma inesperada derrocada do Sporting  - causada, em parte, por uma deficiente abordagem táctica. Ganharam em Dortmund, virando o jogo nos últimos quinze minutos, perante uma equipa cedo reduzida a dez e desfalcada dos seus melhores elementos (e diga-se que também o Sporting, naquela derrota, não teve Coates nem Pote). Têm discutido o campeonato com o PSV, que o Benfica eliminou. Não há dúvida que é uma excelente equipa, é melhor do que o Benfica, é favorito na eliminatória (70%-30% talvez), mas não creio que seja nenhum Bayern, City ou mesmo Real. O próprio Barça, a quem o Benfica ganhou, tem, julgo eu, substancialmente melhor plantel que os holandeses (vou continuar a chamar-lhes o que sempre chamei). 

- Depois de Alvalade, talvez a equipa holandesa encare esta eliminatória com alguma sobranceria. O Benfica, pelo contrário, está mais do que avisado para todos os perigos. Tem, digamos, as vantagens de não ser favorito - que são todas excepto ...a de não ser melhor equipa;

- Enquanto a forma de jogar do Ajax é sobejamente conhecida, o Benfica mudou de sistema e até de modelo de jogo mais do que uma vez ao longo da época. Vai ser difícil para Ten Haag perceber como vai jogar este Benfica, pois tem poucas (e más) referências. Não lhe adianta muito rever os jogos com o PSV e com o Barcelona, pois nada têm a ver com o Benfica de Fevereiro de 2022. Isto pode ser um dado a favor de Veríssimo;

- Uma boa prestação europeia é a única via do Benfica para salvar uma época decepcionante. Eliminar o Ajax e ascender ao lote dos oito melhores do mundo (sendo o único clube português a entrar nessa elite) seria um factor a considerar no balanço da temporada. Este não é, pois, apenas um jogo. Para o Benfica 2021/22 este é "o" jogo;

- O Benfica, e de uma forma geral as equipas portuguesas, incluindo a Selecção Nacional, têm um histórico favorável com holandeses. Trata-se de um futebol aberto, ofensivo, que dá espaços, e com o qual os portugueses lidam bem; 

- A estatística histórica vale o que vale, e dá para todos os lados, mas na Europa, com representantes do país das tulipas, o Benfica tem 11 vitórias, 10 empates e apenas 6 derrotas. Se não me falham as contas, desde os penáltis de Estugarda (há quase 34 anos) que os encarnados não são eliminados por holandeses em eliminatórias directas;

- Nos últimos confrontos com o grande Ajax de 2018/19, com plantel bem superior ao deste (De Ligt, De Jong, Van de Beek, Ziyech etc) que venceu categoricamente em Madrid e Turim, ficando à beira da final da Champions, o Benfica (ainda de Rui Vitória) só não ganhou por mera infelicidade, sendo superior nos dois jogos que disputou no grupo;

- Finalmente, acredito porque sou do Benfica. E quem é verdadeiramente do Benfica acredita sempre até ao fim. Até morrer!

VÍRUS CHAMPIONS?

Como se vê no onze proposto, não punha grandes expectativas neste jogo. O campeonato está perdido, o segundo lugar é muito difícil e consolidar uma boa prestação europeia é o que resta para o Benfica ainda aproveitar alguma coisa da temporada.

A verdade é que na primeira parte se viu, porventura, o melhor Benfica da era Veríssimo. Rapidez e boas movimentações ofensivas valeram dois golos, outros tantos anulados, e ainda mais algumas oportunidades.

Ao não matar o jogo, os encarnados puseram-se a jeito de um dissabor. E aos 74 minutos, até pelas substituições se percebeu que toda a gente já tinha a cabeça no Ajax.

O Boavista, com uma ponta final alucinante (o que se estranha depois de 70 minutos de desgaste) aproveitou, empatou, e depois era demasiado tarde para reagir.

Na quarta-feira se vai ver se aquela primeira parte tem ou não algum significado. 

ONZE PARA O BESSA

...a pensar no Ajax (o jogo do ano para este Benfica).
 

NEM TUDO VAI MAL...

A equipa de Andebol do Benfica conseguiu esta terça-feira a 43ª vitória europeia da temporada para o clube. Isto contando com futebol profissional, futebol feminino, futebol formação e com as cinco principais modalidades de pavilhão (hóquei, basquete, futsal, andebol e vólei).
Creio tratar-se de um recorde absoluto, do Benfica ou de qualquer clube português.
Só para efeitos de comparação, poderei dizer que, no mesmo período, o Sporting alcançou 27 vitórias e o FC Porto apenas 12. 
O futebol profissional ainda está na Champions, os sub-19 na Youth League, o andebol já selou o apuramento para os oitavos-de-final da European League, o futsal está na final-four da Champions, o voleibol ainda tem dois jogos de Champions para disputar em casa, e o hóquei feminino está na fase de grupos. Portanto, os números ainda podem aumentar.

CHAPEAU ADEPTOS DO SPORTING!

Como português, sinto orgulho. Como benfiquista, sinto inveja.
Quando os jogadores dão o máximo em campo, a "exigência" que se coloca é transmitir-lhes confiança para os próximos jogos.
Mesmo depois de perderem 0-5 em casa (e não foram mais porque o City levantou o pé), os adeptos em Alvalade despediram-se da equipa com fortes e intensos aplausos.
É verdade que já vi o mesmo na Luz: em tempos, quando o Benfica ganhava "Tetras"...
Talvez uma coisa tenha a ver com a outra. O que é certo é que hoje existe um cada vez mais vasto leque de "benfiquistas", que acham que vivem no tempo do Eusébio, que criticam os jogadores por festejar uma passagem à final da Taça da Liga, que assobiam tudo e todos durante os jogos, e que, por alguma razão que me escapa, acham que assim é que ajudam o clube.

O PORTO DE PINTO DA COSTA

 

Na sexta-feira foi apenas mais um episódio, desta vez com o Sporting (quem agora lhe tem feito frente).
É isto que os Júlios Magalhães, os Ruis Cerqueiras, os Manuéis Tavares, os Josés Manuéis Ribeiros e os Franciscos Marques querem iludir com o terrorismo comunicacional que, sazonalmente, lançam e alimentam.
Agora precisavam urgentemente de qualquer coisa para esconder o clima de terror que prepararam no Dragão para aquele que era considerado o jogo do título. Foram buscá-la. E os seus exércitos na comunicação social, juntamente com alguns patetas úteis do Sporting (que parecem precisar de mais uma ou duas demonstrações para perceberem o que está em causa), encarregaram-se do resto.
Tudo isto mete nojo.

JORNALISMO DE ESGOTO

O processo é antigo e a notícia requentada.
No momento em que é preciso abafar o que se passou no clássico do Dragão (em que até balas houve no relvado), eis que alguém a recupera e lança ao ar. Depois é o esperado efeito bola de neve a tratar do resto. 
Se um dia se provar que o Benfica tenha pago a árbitros ou jogadores adversários, serei o primeiro a defender uma condenação rápida. Mas vai acontecer precisamente o contrário: nunca se irá provar nada, e o caso vai arrastar-se nas páginas dos jornais e em programas televisivos até à náusea. Objectivos: aumentar audiências, desgastar o Benfica, condicionar arbitragens ou iludir assuntos incómodos quando conveniente.
Bruno Paixão apitou uma ou duas partidas do Benfica, por ano, até 2018. Lembro-me de, com ele, o Benfica perder um importantíssimo jogo em Paços de Ferreira, com um penálti contra assinalado aos 95 minutos, e de ser prejudicado várias vezes (embora nada comparado com o registo de Soares Dias, por exemplo).  O seu último jogo dos encarnados foi um empate no Restelo. Em jeito de brincadeira diria que, se gastou 1,9 milhões com este senhor, foi certamente dinheiro mal gasto.

VALEU DARWIN

Com mais uma exibição descolorida, em que à falta de velocidade se juntou uma total desorientação táctica, a equipa do Benfica mereceu ao intervalo um sonoro assobio de descontentamento dos adeptos.
Na segunda parte a coisa melhorou um pouco. Mas foi Darwin Nuñez quem resolveu uma vez mais aquilo de que colectivamente a equipa não foi capaz. Infelizmente o uruguaio não jogou no Dragão, nem na Taça da Liga. E o resto da equipa parece não se orientar sem ele.
Valeram mais três pontos, na luta não se sabe ainda bem pelo quê. A superioridade colectiva dos rivais é tão grande, que a esperança de alguma coisa para lá do terceiro lugar é meramente aritmética.

DO GUARDA ABEL A MACACO

Apedrejamentos a autocarros, bolas de golfe, foguetórios no hotel, produtos tóxicos no balneário, agressões ao banco de suplentes, ameaças de morte, intimidações, provocações e violência. Tudo isto aconteceu em Portos-Benficas, durante décadas.
Foi preciso o Sporting disputar o título para merecer o mesmo tratamento tantas vezes ali dado aos encarnados.
40 anos depois, a impunidade continua.
Saúde-se quem teve a coragem de o dizer. Fico à espera de ver as consequências.
Sempre que foi com o Benfica, toda a gente assobiou para o lado. Pode ser que tratando-se do Sporting, alguém faça alguma coisa. Duvido, mas, enquanto há vida há esperança. 


 

ONZE PARA SÁBADO

 

LEONARDO JARDIM PARA JÁ!

Ia sendo campeão nacional no Braga. Foi mesmo campeão no Mónaco contra o todo-poderoso PSG. Foi campeão na Grécia. Venceu a Champions da Ásia. E fez no Sporting aquilo de que o Benfica agora precisava - encostou "pseudo-estrelas" e lançou jovens.
Era este o treinador ideal para o Benfica. E para o imediato, pensando já no Ajax.
Por mim, era já apresentado no Domingo. Com 47 anos, muito a tempo de escrever história.

 

EXERCÍCIO 2023


Sim. Eu sei que o futebol real não é o Football Manager. Mas ainda assim deixo aqui um exercício para construção do plantel do Benfica 2022-23. Algumas opções serão difíceis, outras mesmo impossíveis. Mas esta seria, creio, uma boa base de partida, mesmo que terminasse com algumas diferenças face ao que aqui se apresenta. Ou seja, devia procurar-se algo parecido com isto, mesmo que não pudesse ser igual.
O treinador seria Leonardo Jardim. Os valores são, na maioria dos casos, os que constam do site Transfermarkt. O número (1,2 ou 3) que aparece antes do valor do passe é o do nível salarial  - aspecto que importa considerar quando se pretende um grupo coeso.
O primeiro quadro é o do plantel proposto. O segundo de jogadores a vender.
O Benfica ficaria com apenas 6 jogadores estrangeiros, 17 formados no Seixal, e uma equipa seguramente muito mais forte do que a actual.

RESPEITO E LAMENTO




Lamento, mesmo muito, que Pizzi, por culpas talvez próprias, talvez alheias, talvez ambas, acabe por sair do Benfica pela porta dos fundos.
Não foi um super-jogador, mas foi um excelente jogador, que no seu melhor nível mexeu com as dinâmicas da equipa, e marcou golos como poucos. Mesmo jogando no meio-campo chegou a anotar 30 golos numa temporada. E acaba com números impressionantes, que os quadros acima reflectem.
Foi trave mestra do onze no Bi, e sobretudo no Tri, no Tetra e na Reconquista.
A partir de Fevereiro de 2020, a ele, como a outros, picou-lhe uma mosca que desconheço, e cujos efeitos ainda hoje se sentem no clube.
Com formação universitária e personalidade forte, Pizzi não foi apenas mais um jogador. Foi elemento influente nas dinâmicas de balneário, muitas vezes capitão de equipa, mas também alvo de especulações (?) jornalísticas já nos tempos de Bruno Lage, e mais recentemente de notícias, não desmentidas, nos tempos de Jorge Jesus.
Talvez um dia Pizzi (como Lage) escreva um livro a contar tudo o que se passou com ele e com a equipa. Seria certamente muito interessante para se perceber, enfim, o que tem corrido mal neste Benfica. E talvez para limpar a imagem de profissional honesto que ainda tenho dele.
A verdade é que, com o que veio a público recentemente, a margem de Pizzi na equipa estreitou-se. E a saída tornou-se inevitável. É pena.

MELHORZINHO

Não se sabe o que Rui Costa terá dito no balneário na semana passada. A verdade é que os jogadores que entraram em campo, em Tondela, pareciam acusar o toque.
Alguma alegria, alguma vivacidade, e sobretudo entrega aos lances e ao jogo.
O adversário vale o que vale, e os erros defensivos clamorosos continuaram a verificar-se, o que perante um FC Porto, Sporting ou...Ajax seria trágico.
Mas tem de se começar por algum lado, e haver disponibilidade dos atletas para tentar reagir já é um bom princípio.
Destaque para o fantástico golo de Darwin. 
Confesso que na época passada cheguei a desconfiar do seu valor. Está mais do que visto que é craque. Pena que tenha de sair no fim da época, mas, para reconstruir o plantel será preciso dinheiro, e dinheiro a sério, nesta equipa, só pode vir do uruguaio.

ONZE PARA TONDELA


 

O MEU PLANO PARA O FUTEBOL DO BENFICA EM DEZ PASSOS

1º PASSO: Contratar Leonardo Jardim imediatamente, e preparar desde já a próxima temporada, sem esquecer a eliminatória com o Ajax;
2º PASSO: Dispensar Svilar, Kokubo, André Almeida, Kalaica, Lazaro, Meité, Pizzi, Taarabt, Radonjic, Rodrigo Pinho e Yoni Gonzalez. Deste lote, devolver uns, rescindir amigavelmente com outros, e quem não quiser que  treine à parte. Até pode ser já, preenchendo os seus lugares com elementos da equipa B;
3º PASSO: Vender no fim da época Grimaldo, Vertonghen, Weigl, Everton, Yaremchuk, Seferovic (60M no total deste lote) e Darwin Nuñez (60M só ele), conseguindo encaixar um total de 120M;
4º PASSO: Manter Vlachodimos, Helton, Gilberto, Lucas Veríssimo, Otamendi, Morato, Diogo Gonçalves, Gil Dias, Tomás Araújo, João Mário, Paulo Bernardo, Rafa, Gonçalo Ramos e Henrique Araújo;
5º PASSO: Promover (para a pré-temporada) Samuel Soares, Pedro Álvaro, Rafael Rodrigues, Tiago Gouveia e Umaro Embaló;
6º PASSO: Tentar recuperar (para a pré-temporada) Tomás Tavares, Ferro, Florentino, Tiago Dantas, Nuno Santos e Jota;
7º PASSO: Pegar nos 120M e contratar cirurgicamente (excepcionalmente por empréstimo), para titulares indiscutíveis, um defesa-esquerdo (Raphael Guerreiro seria fantástico), um trinco estrangeiro, um médio-ala estrangeiro, um médio-centro (Renato Sanches... estarei a sonhar?), um extremo (seria possível tentar Gonçalo Guedes? ou Trincão?) e um ponta-de-lança estrangeiro. Todos eles robustos fisicamente, ambiciosos, profissionais acima de suspeita e preferencialmente jovens;
8º PASSO: Após a pré-temporada, dos 31 jogadores identificados nos passos 4º,5º,6º e 7º, dispensar/emprestar 8, ficando com um plantel curto e equilibrado de 23 elementos, cheio de juventude, de carisma e de tanto benfiquismo quanto possível;
9º PASSO: Retirar pressão na próxima temporada, considerando-a uma espécie de ano zero.
10º PASSO: Em dois anos, recuperar a hegemonia do futebol português.

...E TAMBÉM HÁ DIAS

Neste campeonato o Benfica:
- sofreu um golo irregular no Estoril, que lhe custou 2 pontos;
- sofreu um golo irregular com o Moreirense, que lhe custou outros 2 pontos;
- marcou um golo limpo ao Gil Vicente, que foi anulado, e lhe pode ter custado, pelo menos, 1 ponto;
Ou seja: 
O Benfica está a doze pontos do FC Porto e a seis do Sporting. A diferença devia ser, no máximo, sete e um respectivamente.
Não é pelas arbitragens que os encarnados estão no terceiro lugar. Mas é pelas arbitragens que estão fora da luta pelo título, e já longe do segundo lugar.
Aliás, já na época passada acontecera algo semelhante.
A cão mordido e homem batido, todos molham a sopa. A este Benfica está a ser demasiado fácil bater.

PESADELO SEM FIM

Francamente já não sei o que dizer.
A minha dúvida é se este Benfica já terá batido no fundo, ou se ainda há mais fundo para bater.
Mudou o treinador, e joga-se ainda pior. 
Queixam-se de Rui Costa, mas houve eleições e não apareceu mais ninguém.
O plantel é caro e não rende. Uns jogadores dão raiva, outros dão pena.
Já se desperdiçou o mercado de Janeiro e não se arrumou a casa. 
No imediato algo tem de ser feito: encontrar um treinador que prepare desde já a próxima época, e comece a elaborar uma longa lista de dispensas.
Se não há coragem para mudar de treinador e jogadores, então é altura para Rui Costa reflectir, é ponderar se se sente realmente capacitado para, nestas circunstâncias, dar a volta a uma situação que é extremamente complexa.
Não se tomam decisões a quente. Mas tem de haver decisões, caso contrário o fundo pode vir a ser ainda mais fundo.
Algo tem de mudar. De treinador também. Mas a verdade é que de treinador já se mudou várias vezes. Ou seja, não chega. 

ONZE PARA O GIL


LAGE, JOGADORES, PRÉMIOS E RESULTADOS

A revelação de escutas é crime, e infelizmente não vejo a mesma fúria e o mesmo alarme social contra o grupo "Cofina" que vi contra a Benfica SAD aquando do caso E-Toupeira. 
Era importante saber, e punir, quem, no Ministério Público, fornece matéria confidencial a este grupo de comunicação social, e qual a contrapartida. Se ninguém está acima da lei, não se percebe como estes crimes são cometidos à frente do país inteiro e ninguém parece interessado em investigar os seus autores.
Dito isto, não há como ignorar algumas das conversas que têm vindo a público. E se a maior parte delas é completamente inócua e não passa de bisbilhotice, outras são interessantes para montar o puzzle da vida do Benfica nos últimos cinco anos.
Cansei-me de escrever, aqui e também no jornal, que enquanto não se percebesse o que aconteceu em Fevereiro de 2020, não se entenderia o problema do clube, e muito menos como o resolver. E que as probabilidades de voltar a acontecer eram grandes. Infelizmente tinha razão quanto a isso.
A pouco e pouco, as cortinas vão-se abrindo.
Atente-se, uma vez mais, à estranhíssima sequência de resultados do Benfica com Bruno Lage. Entre Janeiro de 2019 e Fevereiro de 2020 os encarnados disputaram 38 jogos para o campeonato, e venceram 36. Isso valeu um título, e valeu uma vantagem de 7 pontos já na segunda-volta da temporada subsequente. Pelo meio, uma Supertaça ganha com 5-0 ao Sporting. De resto, a carreira do técnico setubalense em Inglaterra está a provar o seu valor.
Chegados a Fevereiro de 2020, subitamente o Benfica começa a perder pontos em catadupa. Perderá 22 nos 12 jogos seguintes, dizendo adeus a um título anunciado, a Bruno Lage, e depois também à Final da Taça e posterior Supertaça. 
Disse várias vezes que em quarenta anos a ver futebol, não me recordava de nada assim. Que certamente havia motivos extra-desportivos para tal. E que tinham de ser debatidos internamente.
Ora afinal parece que há uma explicação simples: segundo o "Correio da Manhã", em Fevereiro de 2020 o clube começou a falhar com pagamentos de prémios aos seus profissionais, à equipa campeã, ao mesmo tempo (lembro eu) que investia 20 milhões em Julian Weigl, com salário provavelmente muito mais elevado que a maioria dos jogadores campeões. Tendo João Félix sido vendido por 120 milhões poucos meses antes, é fácil adivinhar como terá o plantel reagido a tudo isso. Os resultados em campo foram a resposta - à qual não faltaram penáltis rematados ao lado, e recuperações a passo desde o meio-campo adversário. 
Isto levanta o pano sobre uma questão, mas deixa no ar outras: serão afinal os jogadores do Benfica assim tão maus profissionais? Será o balneário assim tão desunido? Ou simplesmente reagiram à falta de compromisso da direcção do clube - que ainda veio a público gabar-se de manter os salários na altura do confinamento, ao contrário dos rivais?
Será que os Pizzis (três penáltis falhados em quatro naquele período) e os Andrés Almeidas (exibições fantasmagóricas com Santa Clara e Marítimo) são mesmo culpados de alguma coisa? Ou terão sido vítimas da errância do último mandato de Vieira?
Recordemos que a seguir houve um investimento de cerca de cem milhões, imediatamente antes das eleições de Outubro de 2020. E, a acreditar no que se diz, os prémios terão permanecido por pagar. 
Quem me conhece sabe que sou extremamente compreensivo com os jogadores, tolerante com os seus falhanços, e por vezes até com a sua falta de qualidade. Há algo que jamais desculpo: falta de entrega ou profissionalismo. Mas coloco uma única excepção: justamente quando não recebem o que lhes é devido.
Se estivermos perante um desses casos, se calhar as notícias de uma limpeza de balneário são manifestamente exageradas.

MAIS DO MESMO

Mesmo tendo a sorte do jogo, ao marcar contra a corrente, chegando ao intervalo em vantagem, nem assim o Benfica conseguiu alguma coisa de diferente nesta Final face aos tempos mais recentes.
A diferença de intensidade, de pressão, frescura e confiança entre as duas equipas é gritante.  É sem os seus três melhores jogadores ainda mais difícil se torna compensar todo esse universo de diferenças. Que se viram uma vez mais com o Sporting, como se tinham visto também, em dose dupla, com o FC Porto. 
Aconteceu o que se esperava. É não me parece haver remédio que não passe por uma reestruturação profunda do plantel, para, eventualmente, num espaço de dois anos o Benfica poder voltar a um nível normal. 
Até tal acontecer, resta disputar com dignidade o resto do campeonato, e evitar ser humilhado na Champions.
Por mim, já não tenho grande vontade de seguir esta equipa, pois cada vez sinto-me menos representado em campo por ela.
Desportivamente, este clube está a níveis de finais da década de noventa. É obviamente os rivais não irão ficar à espera. 

ONZE PARA A FINAL

 

ANTES GANHAR COMO BENFICA, DO QUE COMO O SPORTING


O Benfica chegou à final graças ao seu guarda-redes - que faz parte da equipa.
O Sporting, graças a um auto-golo fantasmagórico e um penalti inexistente, temperado com uma expulsão ainda mais escandalosa. Ou seja, completamente levado ao colo. 
Se é para fabricar finais mediáticas à força , então, de facto, mais vale acabar com a Taça da Liga. 

ODYSSEAS LIMPA TUDO

Graças ao seu Guarda-Redes, o Benfica está na Champions League.
Graças ao seu Guarda-Redes, acaba de se apurar para a Final da Taça da Liga.
Graças ao seu Guarda-Redes, evitou na sexta-feira passada mais um desaire em Arouca.
Um pouco como Preud'Homme, nos anos noventa, Odysseas Vlachodimos tem sido, sozinho, uma barreira que vai impedindo (ainda mais) dissabores e (ainda mais) humilhações, atrás de um colectivo medíocre e desorganizado.
Em boa hora Nélson Veríssimo esqueceu a rotatividade, e deu a baliza ao grego nesta meia-final. Foi o que valeu a um Benfica que até nem começou mal, mas depois se foi deixando uma vez mais arrastar pelo jogo e pelo adversário até quase ao abismo.
É verdade que jogou sem três dos seus melhores jogadores. Mas tinha de ter feito mais, perante um Boavista também ele desfalcado (embora apenas no eixo da defesa, ao contrário do que o narrador televisivo foi repetindo).
Enquanto há vida há esperança. Pode ser que esta equipa consiga aguentar um empatezinho na final, e volte a triunfar nos penáltis. Afinal de contas, muitas Taças da Liga têm sido decididas assim.

JÁ TARDA...


Se o Benfica conquistar esta Taça da Liga, porá fim àquele que é já o quinto maior jejum de títulos da sua história (908 dias sem troféus). Se não a conquistar, na melhor das hipóteses não deixará de passar pelo terceiro maior jejum de sempre, caso o interrompa vencendo esta mesma prova no próximo ano, sendo apenas ultrapassado pelo negro período do "Vietname" (que, quero acreditar, seja inigualável).
Já é tempo de levantar um troféuzito. Até porque nem as modalidades têm ajudado: desde 2017, apenas um campeonato de Futsal e dois de Vólei.

ONZE PARA A MEIA-FINAL

PS: Terei de substituir Rafa por Pizzi.

BENFICA NA TAÇA DA LIGA

 

Palmarés excepcional até 2016. Palmarés medíocre a partir de 2017.
Totais:
7 TÍTULOS
60 JOGOS
44 VITÓRIAS (apenas 4 nos últimos 15 jogos)
11 EMPATES
5 DERROTAS
DESEMPATES POR PENÁLTIS: 3 v 1 d
GOLEADORES: Jonas 10, Cardozo 7 e Rodrigo 6
MAIOR ASSISTÊNCIA: Benfica-Sporting 2010/11 -  49652 espectadores
MENOR ASSISTÊNCIA: Benfica-Leixões 2013/14 -   9524 espectadores (o jogo com o V.Guimarães, de 2020-21, foi à porta fechada)

SEM CONVENCER


Sem convencer mesmo nada. Exibição miserável, da qual apenas se retiram os pontos e as defesas de Vlachodimos que os garantiram.
Sem Otamendi nem Darwin, temo o pior para a Taça da Liga.


ONZE PARA AROUCA


LIMPEZA (2)

Segue-se a lista de estrangeiros das cinco principais modalidades do Benfica (para além do Futebol, já aqui "limpo" também).
Não se trata de qualquer tipo de xenofobia (longe de mim...). Apenas de perceber que investimentos, na maioria dos casos bastante caros, não trazem as mais-valias esperadas.
Nem todos os aqui considerados "dispensáveis" são maus jogadores. Simplesmente, ou não fazem muita falta, ou não acrescentam tanto como deles se esperava , ou, simplificando ainda mais, para ficar em terceiro lugar não eram necessários, estando, assim, a tapar lugar a jovens da formação que poderiam aparecer com outro vigor.
Se olharmos modalidade a modalidade, talvez não fosse possível dispensá-los todos. Alguns sim, seguramente. Outros, noutro contexto, com outro enquadramento, talvez tivessem também outro rendimento. É preciso dizer ainda que no Voleibol, por exemplo, há individualidades teoricamente dispensáveis, que colectivamente têm tido rendimento, muito graças ao excelente trabalho do treinador.
Não exijo do Benfica que tenha orçamentos sumptuosos para vencer categoricamente todos os campeonatos de todas as modalidades. Exijo sim que, não os tendo, ou quando não os têm, não gaste dinheiro desnecessário para ficar em terceiro lugar, sabendo quase à partida que é aí que fica.
Nunca me passará pela cabeça, nem aceitarei, acabar com qualquer modalidade. Mas, das duas uma: ou se tem equipa para vencer (pelo menos, disputando de igual para igual com os rivais), ou então, se é apenas para competir, se é apenas para ficar sempre em terceiro, que se aposte em jovens da formação, com um ou outro jogador com cultura de clube para os integrar. A meio da ponte é que o clube não pode ficar.
Já agora, dos treinadores, apenas Marcel Matz me parece intocável.

PREOCUPANTE, MUITO PREOCUPANTE

O quadro abaixo mostra os resultados de todos os "clássicos" disputados pelo Benfica contra FC Porto e Sporting na presente temporada, em Futebol, e nas outras cinco principais modalidades:


O panorama é desastroso, e merece profunda reflexão. 
Acresce que a estes desaires ainda poderíamos somar derrotas da Equipa B no Seixal ante os "Dragões", e até no Futebol Feminino o Benfica perdeu os dois "dérbis" disputados até agora, um deles por 5-1, o outro na Supertaça.
No Basquetebol, por exemplo, o Benfica soma 9 (!!!) derrotas consecutivas com o Sporting, sequência que já vem da temporada passada.
Não me venham com "vieirismos", nem com "costismos". Foi com Vieira que o Benfica alcançou os seus melhores resultados nas modalidades, e chegou a ser campeão de todas, no mesmo ano, à excepção do Andebol. Não é preciso recordar que foi Tetra-Campeão de Futebol.
As modalidades não têm todas a mesma história. O Futebol é um caso específico, e já tem sido amplamente debatido. Em algumas das outras vertentes há traços comuns, como o investimento fortíssimo nos anos de Bruno de Carvalho, que então foi apelidado por muitos de "loucura". O facto é que elevou o Sporting a orçamentos e competitividades nunca antes vistos. Os títulos europeus de Futsal e Hóquei (dois em cada) mostram-no, e dizem-nos que lhes compensou. 
O FC Porto, centrando o investimento em poucas modalidades, aparece fortíssimo em todas elas. E o Benfica vai ficando bastante para trás de ambos os rivais, não mostrando a mínima competitividade, à excepção do Voleibol, pese embora múltiplas contratações de estrangeiros de renome.
Hoje, o Benfica é somente, e de forma clara, a terceira força no Futebol, no Hóquei, no Basquete e no Andebol. No Futsal, sem FC Porto, é a segunda. E só no Voleibol se pode dizer que é verdadeiramente candidato ao título (embora esteja em segundo no campeonato - diga-se, aliás, que não lidera nenhum campeonato neste momento, e apenas em Futsal encontramos outro segundo lugar).
Na maioria dos casos a diferença é gritante. E os amassos futebolísticos sofridos durante o mês de dezembro são apenas o espelho daquilo que vemos, neste momento, em todo o universo Benfica.
No Hóquei em Patins houve substituição de treinador, quando o plantel era claramente mais fraco que o dos rivais, e era esse o problema. No Futsal idem, quando o Sporting é a melhor equipa do Mundo, e o Benfica de Joel Rocha ainda lhe mordia os calcanhares, ao contrário do que parece ser a realidade desta temporada. No Basquetebol, idem, quando se vê o Sporting apostar em americanos familiarizados com a Liga portuguesa, e com muito maior rendimento do que os que o Benfica contrata.  Além disto nota-se um adormecimento e acomodamento comum a todas as modalidades.
Os adeptos não estão isentos de culpa. Olhamos para os pavilhões do Dragão e de Alvalade e estão frequentemente cheios. As claques estão lá em peso. No Benfica sobram meia-dúzia de carolas bem-intencionados, apesar de preços convidativos, e as claques não sei para que servem.
Não me perguntem qual é a solução. E não se chama certamente Francisco Benitez. Mas que é óbvio que o problema existe, lá isso é.

LISTA DE DISPENSAS

Volto a recordar, e a insistir, na minha lista de dispensas para um novo Benfica.
Alguns podem, e devem, ser vendidos, aproveitando o pouco que ainda valem. Outros apenas libertados (finais de contrato ou empréstimos). Outros, sumariamente despedidos.
Não estaria a ser prudente, nem honesto, se não admitisse, nos próximos tempos, vir a rever um ou outro caso. Mas por agora é isto que me parece ter de se fazer. 

NOTA ZERO


Nota zero para a equipa do Benfica, que apenas se dignou jogar nos últimos dez minutos, e mal.
Nota zero para os seus jogadores, que mostraram uma vez mais porque é que Rui Vitória, Bruno Lage, Nélson Veríssimo, Jorge Jesus, e agora novamente Nélson Veríssimo nada conseguem fazer deles.
Nota zero para este seu novo treinador que, desde a colocação das peças no início da partida, até às substituições, também se perdeu num mar de equívocos que só ele saberá explicar.
Nota zero para o Moreirense, que passou o tempo a fazer anti-jogo, daquele que já não se vê em nenhum campeonato normal. Uma coisa é defender com onze dentro da área (isso também fez, mas não condeno), outra é simular constantemente lesões, faltas, demorar propositadamente reposições de bola, etc, etc, num festival de negação do futebol, proporcionado por um daqueles clubes fantasmas que deveria disputar, nunca uma primeira Liga, mas sim o Campeonato de Portugal.
Nota zero para o árbitro, que permitiu e patrocinou todo esse anti-jogo, apitando por tudo e por nada, interrompendo a partida sempre que pôde, culminando a sua linda actuação com míseros seis minutos de compensação.
Nota zero para o VAR, que, com um ecrã à frente, mas provavelmente sem óculos, não viu a flagrante irregularidade que originou o golo da equipa de Moreira de Cónegos.
Pobre futebol, pobre Benfica, pobres de todos nós que teimosamente (estupidamente?) sofremos com isto.
Por motivos pessoais não pude ir ao estádio. Ainda bem...

ONZE PARA SÁBADO


 

RUI COSTA MOSTROU:


TRANSPARÊNCIA

CARÁCTER

HONESTIDADE

RESPEITABILIDADE

LUCIDEZ

CLARIVIDÊNCIA

AMBIÇÃO

DETERMINAÇÃO

BENFIQUISMO

Obviamente é um jovem presidente, ainda sem experiência em campos para além do desportivo, ainda a apalpar terreno em áreas que antes não dominava, e que também obviamente não poderia, no imediato, prescindir da colaboração daqueles com quem delas se pode inteirar (e sim, falo por exemplo de Domingos Soares de Oliveira, e dos aspectos financeiros). Tem ainda muito a crescer e aprender, muitos erros a cometer, até ser o grande Presidente que esperamos dele. É preciso dar-lhe tempo para poder dominar todas essas outras matérias, e então sim, poder começar a tomar decisões relevantes para o futuro.
Não esquecer que herdou uma casa em chamas.
Há que aproveitar o que foi bem feito, nomeadamente no plano financeiro, estrutural, infraestrutural ou comercial, para poder crescer em vitórias desportivas.
Deitar tudo abaixo seria o pior dos remédios. Não haveria gente, nem força, nem tempo, nem espaço para a reconstrução. Os rivais não iriam ficar à nossa espera.
É preciso que os benfiquistas se unam em torno de Rui Costa, ignorem o ruído à volta (escandalosa a forma como as escutas chegam aos jornais, a maior parte delas nada tendo a ver com crimes, e neste caso ninguém fala em toupeiras), e apoiem as equipas nesta espécie de ano zero.
A partir do próximo ano exigem-se títulos (se puderem vir já, tanto melhor). E no fim dos quatro anos será, então sim, altura de analisar e cobrar.
Só assim os benfiquistas serão verdadeiros benfiquistas. Criar desestabilização (para mais sem haver, sequer, uma alternativa) é coisa que deve ser deixada para os muitíssimos perfis falsos infiltrados nas redes sociais e nos fóruns ditos benfiquistas.
Isto não significa que não possa haver espaço para a crítica construtiva. E aqui mesmo não deixarei de apontar falhas ou erros que possam ser reparados, no futebol e não só. Mas sempre para melhora, nunca para destruir.

RECUPERAÇÃO - 1ª etapa

Há poucos dias atrás o Benfica estava a sete pontos de dois rivais, e dizia-se que tal era praticamente impossível de recuperar. Neste momento está a sete de um e a quatro de outro (não está a quatro de ambos porque alguém no Estoril não deixou). Se ganhar todos os jogos até final (sim, sei que é uma hipótese académica, como todas as outras previsões que se façam neste momento), precisaria apenas que FC Porto perdesse mais quatro pontos (dois empates), e Sporting mais um (um empate). Atendendo a que têm de jogar entre si, metade do caminho estaria feito (ou ficariam os dois a um ponto, ou apenas o Porto acima, com dois ou quatro pontos de vantagem).
Isto para dizer que tudo ainda é possível, não deixando de ter em conta que nas próximas dez jornadas o Benfica apenas tem quatro deslocações (Arouca, Tondela, Bessa e Portimão), sendo verosímil que possa encetar uma sequência de triunfos capaz de, no início de Abril, quando se deslocar a Braga, tornar a tabela classificativa bastante mais simpática. E entretanto o mercado de Janeiro pode ainda alterar algumas coisas, cá e lá.
O jogo com o Paços pode ter sido, assim, o primeiro dia do resto deste campeonato. Vitória sólida, boa exibição, à qual faltaram mais golos. Esse tem sido, aliás, um dos principais problemas do Benfica nesta temporada. Até mesmo no "Dérbi" com o Sporting, as oportunidades desperdiçadas poderiam, aí, ter escrito outra história.
Muito se falou da arbitragem depois do jogo. Quando o Benfica ganha, há muitos comentadores a mostrar-se nervosos. Na CNN (canal que desaponta de dia para dia, e onde a isenção não tem lugar) foi um regalo.
Para mim a expulsão do jogador do Paços é clara. E é verdade que Otamendi podia ter visto o cartão vermelho, tal como Paulinho do Sporting na jornada anterior, tal como tantos jogadores em tantos jogos. O grande erro da jornada aconteceu no Estoril, onde o possível 3-1 foi escamoteado pelo árbitro, e esse sim é um lance objectivo de golo, com influência directa no resultado.
Segue-se mais uma etapa: Benfica-Moreirense.

O MEU BENFICA

CONTRATAÇÕES (5): lateral-esquerdo, trinco, médio-ala, extremo e ponta-de-lança, todos para a titularidade, todos fortes fisicamente.

REGRESSOS (3): Florentino, Nuno Santos e Jota.

SAÍDAS (14): Svilar (fim de contrato), André Almeida (dispensar), Vertonghen (acordo para rescisão), Grimaldo (vender), Weigl (vender), Pizzi (dispensar), Everton (vender), Meité (dispensar), Taarabt (dispensar), Seferovic (vender), Yaremchuk (vender), Rodrigo Pinho (dispensar), Lázaro (não exercer opção) e Radonjic (não exercer opção).

NOVO PLANTEL (26): Vlachodimos, Helton e (guarda-redes da equipa B) / Gilberto, Lucas Veríssimo, Otamendi, (lateral-esquerdo), Diogo Gonçalves, Ferro, Morato, Tomás Araújo e Gil Dias / (trinco), (médio-ala), João Mário, Paulo Bernardo, Gedson, Florentino e Nuno Santos / Rafa, (ponta-de-lança), Darwin, (extremo), Jota, Gonçalo Ramos e Henrique Araújo.

14 portugueses/12 da formação.

TREINADOR: Leonardo Jardim.

NOTAS NATALÍCIAS

Tentarei ser sucinto.

JOGO DA TAÇA (3-0): Absolutamente miserável. Uma vergonha que, não fosse a expulsão, certamente teria contornos ainda mais humilhantes. Os primeiros dez minutos foram indignos do Benfica. Isto não me impede de dizer que as linhas do VAR não me convencem, e que o golo de Darwin era limpo. Mas o Benfica perderia na mesma, até porque os seus jogadores não mostraram vontade de outra coisa.

DESEPEDIMENTO DE JESUS: Quando um líder perde a confiança de todos os liderados, pouco ou nada há a fazer. O estilo de Jorge Jesus nunca terá entrado bem nas características deste plantel, e os sinais de contestação de jogadores multiplicavam-se, com o consequente desgaste acumulado. Não se pode despedir um plantel inteiro, e assim há que cortar pelo lado mais fácil. Apesar de tudo, continuo a achá-lo um grande treinador, e não me esqueço que esta indigência futebolística já havia sido evidenciada nos tempos de Rui Vitória e depois de Bruno Lage, todos anteriormente campeões e com momentos de brilhantismo atrás de si. Quando saiu Lage, disse várias vezes que a abrupta quebra competitiva então verificada tinha de ser explicada, sob pena de voltar a ocorrer com outro treinador. Aí está ela.

VERÍSSIMO: Parece-me a opção correcta para o curto prazo. Conhece a casa, conhece o balneário, viveu por dentro da derrocada do tempo de Lage. 

JOGO DO CAMPEONATO (3-1): O contexto era terrível, e não se esperava nada de nada. O resultado acabou por ser o normal, embora se tenha de dizer que a equipa mostrou outra atitude. Se na Taça não houve capacidade nem vontade, no Campeonato houve pelo menos vontade. Faltou tudo o resto, onde incluo Darwin, Grimaldo e Otamendi.

FUTURO: Gostava que o mês de Janeiro fosse desde já aproveitado para começar a limpar o plantel e o balneário. Este plantel é um cemitério de treinadores e não promete nada de bom. Espera-se coragem de Rui Costa, homem que sabe de futebol e conhece melhor do que ninguém o que se passa naquela casa.