ONZE PARA VILA DO CONDE

Bah, Otamendi e Aursnes, sacrificados nas selecções, necessitam de repouso. Além de que Morato precisa de se entrosar com António Silva, preparando desde já a partida com o Inter. Florentino devia também ser poupado (4 amarelos), mas não encontro ninguém para o lugar.

VALE O QUE VALE

Ganhar 4-0 ao Liechtenstein em casa vale pouco (a Islândia pregou 0-7 fora). Ganhar 0-6 no Luxemburgo já vale qualquer coisita. Todavia, pouco para avaliar um novo seleccionador - que nas escolhas deu logo preocupantes sinais de algum conservadorismo.
Roberto Martinez ganhou tantos troféus na carreira como José Mota (uma taça com o Wigan, uma taça com o Aves). É simpático. Mas tem muito que provar.
O grupo é facílimo. Dos mais fáceis, senão o mais fácil, de sempre. O primeiro lugar é, claro, obrigatório. Falta, pois, mais de um ano para formar opinião definitiva sobre este "novo" Portugal. Até lá, concedo benefício da dúvida.
Ronaldo? Esse vai aproveitando estes adversários para colorir as estatísticas. Tal como Martinez, quero ver o que fará na fase final...se ainda jogar. Na última, não só fez pouco, como contaminou todo o ambiente em redor da equipa.




BILHETES? PARA QUEM? COMO? ONDE?

Gostava mesmo que os responsáveis da bilhética do Benfica se vissem na necessidade de comprar bilhetes para um destes jogos de enchente, como o do Inter. O que me parece é que não fazem a menor ideia de como as coisas (não) funcionam. Andam pelos camarotes, pavoneando-se entre convidados e gente Vip, e o povo que se lixe.
As Apps ganham prémios, são destacadas nas galas, mas na hora da verdade...
Tenho Red Pass, e para mim, pessoalmente, não tenho problemas, a não ser pagar. Tentei comprar bilhete para uns amigos, ambos sócios, através da aplicação. Depois de três horas e meia em fila de espera virtual, chegada a minha vez, já não aparecem lugares disponíveis. Faço refresh durante mais meia-hora, e lá aparece um lugarzinho a verde em cima duma árvore. Clico e a maravilhosa App diz que, afinal, não está disponível. Repito o processo. Ao fim de dezenas de tentativas lá aparece um outro lugar que está mesmo disponível. Eram dois bilhetes, só aparece um lugar. Enfim, do mal o menos, só vai um. Paciência, pelo menos consigo alguma coisa. 
Nada disso. Introduzo os dados, e ao fazer checkout, a App, por motivos que desconheço, não permite concluir. Tenho dez minutos para completar o processo. O tempo vai passando, volto a introduzir todos os dados, tento com diferentes meios de pagamento, e nada. Ao fim dos dez minutos a App cai. Volto a entrar, e vou para o fim da fila, com estimativa de mais uma hora de espera. Obviamente, desisto.
Louva-se a tentativa de modernizar a bilhética e torná-la igualmente acessível a todos os pontos do país. Mas as coisas na verdade, não funcionam. Roçam o ridículo.
Gostava de saber como, e quem, comprou bilhetes de sócio normal durante o dia de hoje. Talvez só especialistas em informática, e em manipular aplicações. Pela via normal, parece-me impossível.
Talvez os preços sejam demasiado baixos. Dir-me-ão que seria injusto apenas poderem ir pessoas com maior poder de compra. Tão injusto como só poder ir quem tem disponibilidade para estar o dia inteiro parado numa fila, ou em frente a um computador sem fazer mais nada. Tal como injusto antes era, quando só podia comprar bilhetes quem vivia em Lisboa.
Enfim. Tenho dúvidas, e não sei qual a melhor solução. Talvez um rateio, com inscrição prévia. Assim, francamente, não.

DE QUE ESTAVAM À ESPERA?

João Mário foi assobiado no jogo da Selecção em Alvalade.
Logo caiu o Carmo e a Trindade, e até já houve comunicados da FPF. 
Mas, agendando jogos de Selecção a meio da fase mais quente das competições clubistas, espera-se o quê? Um grande fervor nacionalista? Um "vamos parar tudo, e já voltamos"? Um "temos grande paixão pelo futebol, mas agora isso não interessa, o que interessa é Portugal"?
Não. A mim, pessoalmente, não me é possível vibrar muito com a Selecção numa altura destas - para mais numa partida frente a um semi-país, que não joga nada, e que Portugal nem sequer devia defrontar. E aceito perfeitamente que aos adeptos do Sporting também não seja oportuno despir a camisola. Há que ser honestos: ponha-se o Otávio a jogar na Luz neste momento e o que acontece? Ora.
Queira-se ou não, quem paga o futebol em Portugal são os adeptos ferrenhos de Benfica, Sporting e Porto. São esses que permitem receitas, audiências, patrocínios, e com isso, bons resultados internacionais dos clubes. São esses que pagam Sportvs, Elevens, bilhetes caríssimos e lugares cativos. São esses que compram jornais desportivos. São esses que fazem girar a manjedoura, de onde muita gente se alimenta. Não os que, circunstancialmente, e por conta de descontos no Continente, vão de vez em quando, em família, ver o Ronaldo ao vivo. Nem os jornalistas ou comentadores politicamente correctos que mal fingem isenção, e devem os seus ordenados aos tais fanáticos que tanto criticam.
O mundo mudou, e o futebol também. Há que lidar com ele como ele é, e não esperar que seja aquilo que um dia possa ter sido, ou que alguém gostaria que ainda fosse. Isto vale para os calendários FIFA, e vale também, aqui no burgo, para legislação absurda como a que obriga à centralização dos direitos televisivos.
Se um dia os tais fanáticos de Benfica, Sporting e Porto se fartarem, e o futebol português voltar então, à força, a ser o que esta gente pretende que seja, acaba-se o mediatismo, acaba-se o dinheiro, e acabam-se os tachos.  Se é isso que querem...

NOTA FINAL: Já que entrou a dois minutos do fim, depois do Ruben Neves, depois do Vitinha, e apenas para ser vaiado, deixo um conselho ao João Mário: faça o mesmo que Rafa, e deixe-se de ronaldices.

PAUSA ESTÚPIDA

O futebol de selecções está a tornar-se embirrante. E a culpa é da FIFA.
As pausas a meio da temporada de clubes são todas estúpidas - os meses de Junho e Julho seriam os indicados para as competições de selecção, quer apuramentos, quer fases finais, como sucede com algumas modalidades. Mas à excepção do último Mundial em Dezembro no Catar (que, espero, nunca se repita), esta pausa primaveril, numa altura em que os campeonatos nacionais e as provas europeias estão a ferver, é a mais estúpida de todas.
Não conheço um único adepto de futebol que aprecie isto. No calor das competições, stop! Parem lá com a festa, e vamos aqui jogar uns joguitos entre países (por vezes até amigáveis). Vamos levar os jogadores, devolvê-los lesionados ou cansados, em nome de...nada. Alguns clubes ficam sem os seus craques, outros sem o plantel inteiro, outros simplesmente metem férias. Um absurdo total, num fenómeno altamente profissionalizado e mediatizado. Um anti-climax na paixão dos adeptos. 
Até no interesse da própria FIFA, condensar estes jogos num único momento do ano dar-lhes-ia muito maior visibilidade e interesse. Todos ganhavam: clubes, adeptos, patrocinadores, televisões, e, creio, a própria FIFA.
A quem interessa isto assim? Francamente não sei. Deve haver uma explicação, mas desconheço-a.
Como outras barbaridades, tais como a própria existência do mercado de Inverno, e o mercado de Verão com as competições já a decorrerem: em 2013 o Benfica perdeu o campeonato por um ponto, depois de Lima, jogador do Benfica durante quase toda a temporada, ter marcado o golo do empate do Braga na Luz na primeira jornada. Parece anedota. Aconteceu mesmo.
O futebol tem muita coisa estranha. Algumas, as que têm a ver com circuitos financeiros, embora não concordemos, conseguimos percebê-las. Outras, simplesmente não se entendem. 
Dito isto, e agradecendo desde já ao novo seleccionador nacional ter deixado Florentino em repouso, olho para a convocatória e parece-me que nada mudou: a selecção FPF continua a ser a equipa de Ronaldo e seus amigos. Estes jogos não vão servir para avaliar nada, mas enquanto houver uma prima donna que, com quase 40 anos quer ser sempre titular, não quer nunca ser substituído, quer que lhe passem a bola em todas as situações, quer que os golos sejam todos dele e de mais ninguém, quer marcar todas as bolas paradas, não quer correr muito, e quer que joguem apenas os seus amigos, os resultados continuarão a ser decepcionantes. E assim se perde uma geração de excepcional talento.

PRIMEIRA PARTE DE LUXO

Como dá gosto ver jogar este Benfica. A primeira parte foi um verdadeiro regalo para a vista, e para a alma. Futebol envolvente, recuperações rápidas, trocas de bola com critério, muita confiança, muita arte. Como diz a claque: a jogar assim serás o campeão.
Faltam muitas jornadas, a Champions vai exigir desgaste e foco, o plantel ficou subitamente curto (com as saídas de Janeiro, com as lesões de Draxler e Guedes, e com a demorada afirmação dos nórdicos, não sobram muitas alternativas em alguma posições), e as pausas FIFA trazem más recordações. Porém, a vantagem começa a ser de algum modo confortável para pôr os encarnados a salvo de contrariedades. Pelo menos, é nisso que acredito. É nisso que todos os benfiquistas acreditam.
Destaque para João Mário. É impressionante a época que está a fazer. Melhor marcador da Liga, um dos melhores da Champions, peça chave da equipa. Aliás, há vários jogadores do Benfica em máximos de carreira: de Vlachodimos a Grimaldo, de Florentino a Rafa, de Chiquinho a Gonçalo Ramos, sem falar de António Silva.
Agora, a estúpida pausa – qual o adepto de futebol que gosta disto? -, e depois um jogo, a meu ver, determinante. Ganhando em Vila do Conde, dificilmente o título fugirá.

ONZE PARA O VITÓRIA


UM ADVERSÁRIO COM HISTÓRIA

A EQUIPA:

Um plantel fortíssimo, caríssimo, mas, como se viu frente ao FC Porto, não inultrapassável. As laterais são permeáveis (pouco apoio dos médios), e os avançados estão longe do seu melhor. O próprio guarda-redes, tem dias. Pontos fortes: dão pouco espaço dentro da área, e partem bem para o contra-ataque, com três médios muito criativos.

A HISTÓRIA:
Em 1965, uma final azarada para o Benfica - que havia vencido o Real Madrid por 5-1. No estádio do adversário, sob chuva intensa, um frango de Costa Pereira ditou o resultado. Depois, o mesmo acabou por se lesionar e ter de sair, numa altura em que não havia substituições. Germano foi para a baliza, e o Benfica, mesmo com dez, ameaçou o Inter, e diz quem viu que merecia ganhar. Estes eram, também para muitos, o melhor Inter e o melhor Benfica das respectivas histórias.
Em 2004, numa altura em que o Benfica (de Luisão, Petit, Simão e Nuno Gomes) procurava recuperar a sua identidade depois do chamado "vietname", e numa temporada em que regressava às competições europeias depois de dois anos de ausência, o Inter (de Zanetti, Materazzi, Recoba, Adriano e Vieir) foi rival demasiado forte para as aspirações encarnadas na Taça UEFA. Nos oitavos, 0-0 na Luz, e um vibrante 3-4 em San Siro, num jogo em que o Benfica chegou a estar em vantagem, e vendeu cara a derrota.
Em 2008, na primeira edição da Eusébio Cup, o Inter de José Mourinho onde brilhavam Júlio César, Maicon, Zanetti, Figo e Ibrahimovic, campeão europeu na temporada seguinte, venceu o Benfica no desempate por grandes penalidades.
Ou seja, o Benfica nunca ganhou nada ao Inter. Será desta?

ESPAÇO PARA SONHAR

Foi um sorteio à Fernando Santos 2016. Melhor era quase impossível (único detalhe contra: a alteração da ordem dos jogos no San Siro, obrigando a jogar na Luz a primeira mão com o Inter).
Nestas situações, entre sorrisos de orelha a orelha, entre a apreensão dos rivais, há sempre lugar a algum deslumbramento. Calhou-nos de facto um dos adversários teoricamente menos difíceis do pote. Mas isso não significa que seja fácil. Longe disso, pois estamos a falar das oito melhores equipas do mundo.
Será muito difícil bater o Inter. E ainda mais um super-Nápoles, numas eventuais meias-finais. 
O caminho para a final é, pois, sinuoso. Seria sempre, mesmo na melhor das hipóteses (que é esta). Também Nápoles, Inter e Milan estão a soltar garrafas de champanhe, e isso tem de nos fazer pensar. Muito difícil, muitíssimo difícil, mas desta vez, pela primeira vez desde 1992, não totalmente impossível. Não é totalmente impossível ao Benfica estar em Istambul. E há que fazer tudo para aproveitar a oportunidade histórica que este sorteio está a colocar, e que dificilmente voltará a acontecer no futuro próximo.

A MINHA CONVOCATÓRIA PARA A SELECÇÃO

DIOGO COSTA (sem frangos)
CLÁUDIO RAMOS
RODRIGO CONCEIÇÃO
PEPE
FÁBIO CARDOSO
DAVID CARMO
MANAFÁ
GONÇALO INÁCIO
RICARDO ESGAIO
NUNO SANTOS
OTÁVIO
ANDRÉ FRANCO
ANDRÉ HORTA
ANDRÉ CASTRO
PIZZI
TRINCÃO
POTE
PAULINHO
RICARDO HORTA
EVANILSON
IURI MEDEIROS
BRUMA
GALENO

Deve dar para ganhar ao Liechtenstein, salvando os jogadores do Benfica desta estúpida paragem - cujas calendarizações começam a fazer do futebol de selecções uma coisa extremamente antipática. 


GRANDES, ASSIM-ASSIM E PEQUENOS

Registo Taça/Liga dos Campeões

ORDEM DE PREFERÊNCIAS


Hesito na preferência entre Milan e Inter. Por um lado, gostava de eliminar a equipa que eliminou o FC Porto (enfim, patriotismo 😁). Por outro, o Milan parece-me ligeiramente mais fraco (está abaixo no ranking, perdeu 3-0 com o rival na Supertaça, está atrás na Liga, perdeu o último dérbi, foi eliminado na Taça, e tem um plantel porventura menos cintilante), além de que seria um jogo interessante para Rui Costa, e um grande clássico da prova (já com duas finais a vingar).
O Nápoles tem sido uma máquina trituradora em Itália e na Europa. Tem o campeonato ganho, pelo que pode apostar as fichas todas na Champions. Mas não sei se na hora da verdade a falta de tarimba internacional não pesará. Enfim, na dúvida fica com o lugar 3.
Chelsea não está a fazer uma grande época, mas tem um super-plantel - que se vai agigantar nesta competição. Preferia apanhá-los mais à frente. Seria justiça poética, depois de lhes sacar 126 milhões, eliminá-los. Com um golo de Chiquinho...
Quanto aos três "tubarões", o critério é que com o Bayern estou farto de jogar...e perder. Bayern? longe! Com o City nunca jogámos, e até seria engraçado defrontar Ederson, Ruben e Bernardo, embora a eliminação estivesse mais ou menos garantida. Com o Real, além da maior facilidade de ver o jogo em Madrid, temos boas recordações (nos três jogos oficiais, em dois deles demos uma "manita", e até na Eusébio Cup foi outra "manita"), há muito tempo que não jogamos (nunca vi, a nível oficial), é também um grande clássico, e dado o perfil da equipa espanhola, se a possibilidade de eliminação é equivalente a City ou Bayern, a possibilidade de goleada humilhante parece-me menor.
Como o bom é inimigo do óptimo, diria que se calhar Milan, Inter, Nápoles ou Chelsea, ficarei feliz. Caso contrário, de monco caído. Na primeira hipótese o Benfica poderá sonhar com umas históricas meias-finais. Na segunda, restará tentar cair de pé, e a consolação de ter estado pela segunda vez consecutiva nos quartos, sendo a única equipa portuguesa a fazê-lo.

ORGULHOSAMENTE SÓS

Tal como na época passada, o Benfica volta a ser a única equipa portuguesa nos quartos de final da Champions. E na verdade é a única que tem classe para lá estar.
Agora, venha de lá o Inter para tirar teimas. 

FALTAM 10 FINAIS...OU TALVEZ MENOS

Sem Rafa, sem Guedes, nas ilhas, atrasos nos voos, pós Champions, pós vitória do rival, adversário aflito. O jogo com o Marítimo tinha vários ingredientes capazes de causar apreensão.
A verdade é que o Benfica deitou para o lixo todas essas condicionantes, e jogou como se não houvesse amanhã. Quando chegou ao golo, já havia criado pelo menos três ocasiões flagrantes para marcar - inclusivamente uma grande penalidade desperdiçada. E nem tanto desacerto na hora de finalizar perturbou a equipa, que se manteve serena, sabendo que, assim, mais tarde ou mais cedo acabaria por ser feliz.
A diferença na segunda parte é que, nesta, marcou rapidamente, acabando com as dúvidas. A vitória ficou desde logo garantida, e até final deu para passear e desperdiçar mais algumas chances de golo. 
João Mário esteve no melhor (assistência e golo), mas também no pior (desperdícios na primeira parte). Neres - que, com Rafa, provavelmente nem seria titular - acabou por ser o homem do jogo.
Schjelderup e Tengstedt jogaram uns minutos, o suficiente para se perceber porque motivo ainda não se haviam estreado. Convém que acelerem o ritmo, pois o plantel é curto, e precisa da afirmação destas duas contratações.
Quanto ao árbitro, pouco ou nada a dizer. Terá sido das arbitragens mais tranquilas de Fábio Veríssimo  - que, ao contrário de outras ocasiões, desta vez não fez questão de ser protagonista.
Faltam dez jogos. Mas se o Benfica ganhar os próximos sete, será matematicamente campeão. Ainda assim são muitas e difíceis finais.

ONZE PARA O FUNCHAL

 


O MUNDO PERFEITO

QUARTOS-DE-FINAL
Bayern-Real
City-Chelsea
Napoli-Inter
Milan-Benfica

MEIAS-FINAIS
Real-Chelsea
Inter-Benfica

FINAL
Benfica-Chelsea (1-0 golo de Chiquinho aos 90+2)

Como dizia José Torres, deixem-me sonhar...


QUARTO NOS QUARTOS

Presenças nos Quartos-de-Final da Taça/Liga dos Campeões:
NOTA: Inclui grupos, quando eram apenas dois, e davam acesso à final - exemplo 1991-92.

POUCA SORTE

No novo formato da prova, sempre que o Benfica chegou aos Quartos-de-Final da Champions, teve pouca sorte no respectivo sorteio. No quadro abaixo podemos verificar que lhe calhou invariavelmente uma das duas melhores equipas em prova - isto atendendo ao ranking da UEFA da altura. E nas cinco ocasiões, quatro dos adversários viriam a ser finalistas (dois deles vencedores).
Em 94-95 havia Goteborg e Hajduk, calhou o campeão europeu, primeiro do ranking e futuro finalista Milan. Em 05-06 havia Lyon e Villarreal, calhou o poderoso e futuro campeão Barcelona, de Ronaldinho Gaúcho, Eto'o e Messi. Em 11-12 havia Marselha e Apoel, calhou o futuro campeão Chelsea. Em 15-16, havendo Wolfsburgo, saiu o Bayern de Guardiola, então tido como principal favorito ao título . E na temporada passada, com Villarreal em prova, calhou o finalista Liverpool de Klopp.
 

Nos Oitavos, pelo contrário, Ajax, Zenit duas vezes, e agora Brugge, marcam uma tendência de alguma fortuna. Só em 2006 o adversário era de topo (o campeão em título Liverpool de Rafa Benitez). Passados os belgas, esperemos que desta vez o ciclo se inverta. 
Venha então de lá o Milan.

UM NOME PARA A HISTÓRIA

Goleadores do Benfica em jogos internacionais:

 Apenas na Taça/Liga dos Campeões:

Se descontarmos o King, só um não ponta-de-lança bate o nosso 27: José Augusto.

UMA EQUIPA PARA A HISTÓRIA

Número de vitórias em jogos internacionais por temporada:

TEMOS HOMEM

Fui fã desde a primeira hora, e chegará o dia em que alguns benfiquistas irão perceber, enfim, que Odysseas é um grande guarda-redes...para a realidade do clube. E então, o grego será consensual.
A mesma incompreensão aconteceu com Cardozo, Nené, Vítor Paneira e outros, mal-amados pelo Terceiro Anel, e a quem só mais tarde foi feita justiça.
Odysseas não é Ederson. Não é Oblak. Esses estão no lote dos melhores do mundo. Rafa também não é Mbappé. E Gonçalo Ramos não é Haaland. É preciso perceber que no futebol actual, o Benfica, só circunstancialmente, e por pouco tempo, pode ter os melhores do mundo. Para a realidade portuguesa, Odysseas Vlachodimos é guarda-redes de equipa campeã, e espero que continue no Benfica por muito mais tempo. A renovação é, pois, uma excelente notícia.

NO TOPO

Ranking da temporada - UEFA

 

(MAIS UMA) NOITE DE GALA

Pode ser que um dia mais tarde nos lembremos desta temporada como uma das mais belas da história recente do Benfica. Ainda não o sabemos. Faltam os títulos - ou melhor, o título -, e falta também saber até onde pode ir o conjunto de Roger Schmidt nesta Liga dos Campeões, em que tem brilhado desde início, em que já está nos oito melhores, e onde ainda há um ou outro possível adversário, digamos, não inultrapassável.
Aliás, as belas noites europeias já vêm da época passada, e começaram ainda com Jorge Jesus e o triunfo por 3-0 sobre um Barcelona que, percebe-se agora, não era assim tão fraco como certos comentadores televisivos na altura diziam. Prosseguiram com Nélson Veríssimo, e uma inesquecível vitória em Amesterdão diante de um Ajax que, percebemos então, não era assim tão forte como certos comentadores televisivos disseram após uma goleada aplicada ao Sporting em Alvalade. E têm agora, com Roger Schmidt, todo o esplendor do futebol de ataque e dos golos maravilhosos, mandando às malvas todos os comentadores televisivos.
Frente ao Brugge - equipa, que, recordemos, deu 0-4 no Dragão, e eliminou o Atlético de Madrid -, o Benfica marcou golos maravilhosos. Jogou muito e bem. E não precisou de puxar demasiado pelas pernas para golear e acabar com qualquer dúvida que ainda persistisse nas almas mais pessimistas.
Durante a primeira parte, e até ao golo de Rafa, a equipa belga tentou remar contra as evidências. Ainda assustou num ou noutro lance, um deles valendo penalizador cartão amarelo a Otamendi. Depois, com dois golos de rajada perto do intervalo, veio ao de cima a classe do Benfica, e também o período de pouca ou nenhuma confiança que o Club Brugge atravessa. Foram cinco, podiam ter sido mais. 
E eis o Benfica, novamente, entre a elite europeia. Entre os oito maiores. Pelo segundo ano consecutivo, algo que não acontecia desde a gloriosa década de sessenta. Com outro recorde: o número de vitórias europeias numa temporada já vai em dez!!!
Destaques individuais vão para Rafa, Ramos e Chiquinho (que se tornou no óbvio substituto de Enzo Fernandez, encontrando enfim a sua posição natural, e o espaço onde mostra grande utilidade para a equipa). Por outro lado, continuo a não perceber o que Bah tem a mais do que Gilberto.
Ah, já me esquecia que também há árbitros na Liga dos Campeões. Por vezes nem parece, pois mal se dá por eles. É que já é a terceira, quarta ou quinta grande arbitragem que vejo nesta prova, o que mostra que, com VAR, só erra mesmo quer quer. 
Agora venha de lá o Milan ou o Tottenham. Sobretudo, que o diabo afaste de nós os cálices de Real, City e Bayern (ou PSG). Se assim for, haverá espaço para sonhar com as meias-finais, algo que, desde 2005, só uma vez tocou a alguém fora dos chamados "Big Five": o Ajax em 2019. Seria histórico, mas ainda falta um longo e sinuoso caminho.

ONZE PARA A CHAMPIONS

Entrada forte, para não dar grandes esperanças aos belgas. Não esquecer que esta equipa ganhou 4-0 no Dragão, e eliminou o Atlético de Madrid. Os jogadores são os mesmos, e a qualquer momento podem lembrar-se de fazer o jogo do ano.
O Benfica tem tudo na mão, mas não a pode abrir.

MAIS TRÊS PONTOS

Missão cumprida. Vitória e três pontos, vantagem de 11 à condição.
Se em Vizela o resultado foi melhor do que a exibição, neste jogo quase se pode dizer que sucedeu o contrário. Pelo menos tendo em conta que até aos 92 minutos a dúvida persistia no marcador, mesmo após um jogo completamente controlado pelo Benfica. 
É preciso dizer que este Famalicão mostrou um futebol penoso. Vinha de autocarro, e após sofrer o primeiro golo deu ideia de não saber mais o que fazer. Não tinha plano B. Quase não passou do meio campo. Ainda assim dispôs de um canto já perto do fim da partida, que fez arrepiar a Luz. 
A exibição do Benfica valeu pela intensidade que colocou na recuperação rápida da bola, ainda que a primeira parte não tenha oferecido grandes ocasiões de golo. 
Na segunda, então sim, criou um par de oportunidades flagrantes, que podiam, e deviam, ter matado a partida mais cedo. Mas... tudo está bem quando acaba bem, e neste caso a noite acabou com mais um golo de Gonçalo Ramos - evidentemente, o homem do jogo.
Falta falar da arbitragem, que ignorou uma grande penalidade clara. Culpa sobretudo de Vasco Santos, que estava a comer pipocas na cidade do futebol. Se é assim, então concordo com Pinto da Costa: mais vale acabar com o VAR. 

TUDO EM FAMÍLIA

BENFICA-FAMALICÃO
Árbitro: Soares Dias (AF Porto)
VAR: Vasco Santos (AF Porto)

CHAVES-FC PORTO
Árbitro: Manuel Oliveira (AF Porto)
VAR: Rui Oliveira (AF Porto)

Mais palavras para quê?

MUITO BARULHO. POUCA SUBSTÂNCIA.

- Pagar dois milhões por um penálti com o campeonato perdido, e a depender de terceiros para o 2ª lugar?
- Suspeitar de um jogo no Bessa que não contava para nada, que só serviu para festejar de cabeças pintadas, tendo até terminado num empate?
- Suspeitar de goleadas como se essa fosse a forma de favorecimento mais discreta? 
- Investigar por favorecimento ao Benfica um árbitro que deu um campeonato ao FC Porto com um penálti fora da área em Paços de Ferreira?
- Investigar contas bancárias por suposta corrupção, como se pagamentos ilegais fossem normalmente  feitos por transferência? Afinal é transferência ou saco azul? Afinal é comprando o passe dos jogadores ou pagando por baixo da mesa?
- E ninguém se lembrou do Portimonense?
Das duas, uma: ou os investigadores são absurdamente incompetentes, ou tudo isto não passa de uma campanha difamatória e persecutória, que de uns ramos caídos pretende construir uma floresta, e que visa condicionar e perturbar o Benfica num momento em que segue destacado na frente e ameaça tornar-se campeão (e já agora, muito obrigado José Eduardo Moniz).
É preciso também lembrar a toda a gente que: suspeito é diferente de investigado, que por sua vez é diferente de arguido, que também é diferente de acusado, que é diferente de julgado após debate instrutório, que é diferente de uma condenação, que é diferente de uma sentença transitada em julgado. É que nos jornais parece tudo a mesma coisa.
Por agora, apenas temos condenações individuais no E-Toupeira (Paulo Gonçalves e um funcionário judicial) sujeitas a recurso, e temos acusações (SAD, Vieira, DSO e Miguel Moreira) no Saco Azul, sem se saber se vão sequer a julgamento, e sem que num despacho ou noutro se vislumbre qualquer referência a corrupção desportiva. Em concreto, é isto que há. A partir daí, cada um cria as suas fantasias, mais ou menos molhadas. 
Quanto à situação de Domingos Soares de Oliveira na SAD, confio em Rui Costa para tomar a melhor decisão. Acusado de fraude fiscal parece mais confortável demiti-lo e afastar um foco de contestação. Mas não sei o que se passou, se tem culpa nalguma coisa, e também não seria boa ideia ir atrás de todo este foguetório. 

NADA DE POUPANÇAS

O Brugge é muito importante. Mas o Famalicão também, e vem de duas vitórias consecutivas. Ao contrário do jogo com os belgas, diante dos minhotos o Benfica não entrará em campo a ganhar 2-0, mas sim com um desagradável 0-0.
Há que entrar com tudo, como se fosse uma final. Como digo há várias semanas, este conjunto de jogos do campeonato até à recepção ao FC Porto são determinantes. São os quatro mais importantes da temporada (Famalicão, Marítimo, Guimarães e Rio Ave). Se o Benfica os vencer, acho que o título não fugirá.
PS: Guedes (lesionado) por Neres.

O INIMPUTÁVEL



Este senhor viu, em toda a Liga, metade dos cartões amarelos do...Rafa !?!? Agressões em quase todos os jogos, normalmente seguidas de simulações, entradas assassinas e intimidação de adversários, sempre toleradas ou ignoradas pelos árbitros. A culpa não é dele, mas sim de quem não tem coragem para aplicar as leis do jogo. Haja coragem para, ao menos uma vez, mostrar um cartão vermelho a Pepe. Só uma vez.

A CENTRALIZAÇÃO DE DIREITOS TELEVISIVOS É...

 ...roubar dinheiro dos bolsos dos benfiquistas (clube mais popular e com maiores audiências) para entregá-lo a contas offshore de administradores vigaristas de SAD's sinistras.
Centralização? Sim, mas só com uma drástica redução de clubes na Liga. Por mim, seriam oito, e mais do que doze é um exagero.
Clubes a sério: Benfica, Sporting, Porto, Braga, Guimarães, Boavista e Marítimo. O resto? Segunda divisão, sem ligas, nem direitos, nem transmissões televisivas - que não interessam a ninguém.
O futebol profissional é para clubes com sócios, com adeptos, com estádios e com história. Não para SAD's fantasma, que só andam à procura de obter e fazer rodar dinheiro fácil, ou alimentar egos de caciques locais endinheirados, à conta dos adeptos de terceiros.

TUDO A VER

O meu ídolo de infância era Chalana. Já não tenho idade para ídolos, nem para grandes ilusões, mas quem hoje mais se assemelha ao "Pequeno Genial" é Rafa. Muitas vezes penso nisso quando o vejo a arrancar, com a bola controlada quase colada ao pé, driblando em velocidade este mundo e o outro.
Foi bonito ver a homenagem ao ídolo do passado, e o reconhecimento ao craque do presente. Um e outro, até na fisionomia, bem parecidos. Ambos nascidos no Barreiro. Uma lenda. Outro a escrever ainda a sua história. Daqueles que vale a pena pagar o bilhete só para os ver. 
E agora venha de lá, pelo menos, o 38!