VITÓRIA SEGURA


A notícia da noite foi o regresso dos adeptos às bancadas da Luz. Não como todos gostaríamos (estádio cheio), mas nas circunstâncias actuais é o que se pode arranjar. E é melhor do que nada.
A equipa encarnada brindou as bancadas com uma vitória clara, e uma exibição consistente (bastante melhor o sector defensivo...), dando passo de gigante rumo ao apuramento. Com seis ponto de avanço só uma hecatombe tirará o Benfica da segunda fase.
Destaque para Pizzi, com dois golos. O transmontano entrou no top-15 de goleadores europeus da história do Benfica, superando nomes como Jordão, Simões, Rui Águas, Diamantino, Filipovic, Lima, Rui Costa, Saviola, Chalana, Carlos Manuel, Di Maria, Magnusson, Jonas e Valdo. A história escreve-se assim, e com maior ou menor simpatia dos adeptos, a verdade é que Pizzi tem números extraordinários - sobretudo tratando-se de um médio.
Nota final para a arbitragem. Tantas vezes o Benfica foi prejudicado na Europa, nomeadamente sempre que chegou a fases mais adiantadas da Liga dos Campeões (Barcelona, Chelsea, Bayern...), que manda a honestidade reconhecer que desta vez foi beneficiado. O primeiro penálti aceita-se, mas no segundo a falta é fora da área, havendo um lance posterior na área encarnada que foi assinalado fora (sendo Diogo Gonçalves poupado à expulsão). 

GANHOU O BENFICA!


Eleições mais participadas de sempre, e sem quaisquer incidentes.

Resultado clarificador.

Campanha conduzida com elevação (enfim, descontando uma ou outra declaração compreensível em momentos eleitorais).

Grande vitória do Benfica!

O resultado legitima amplamente a continuidade do projecto mais empreendedor e ganhador da história do clube.

Uma palavra para os derrotados. Sobretudo para João Noronha Lopes, que realizou uma campanha interessante, congregou apoios de benfiquismo insuspeito, e pode vir a colocar-se como alternativa válida ao pós-Vieira. O Benfica também precisa dessa consciência crítica, sobretudo se exercida com a elevação manifestada pelo candidato alentejano.

Agora a eleição terminou, os sócios escolheram, e todos os benfiquistas devem estar unidos no apoio à sua equipa. Venham os títulos!

NINGUÉM GANHOU TANTO







E VÃO CINCO


Já nesta temporada houve notas artísticas mais elevadas. Porém, o que conta é que o Benfica leva cinco vitórias em cinco jogos, e continua a dar mostras de não vacilar.
Com alguma rotação no onze, os encarnados estiveram sempre por cima do jogo e do resultado. E podiam até ter marcado mais um ou dois golos.
Nota de preocupação para a lesão de Grimaldo. As laterais da defesa já eram o ponto fraco da equipa, com os dois titulares de fora a coisa fica francamente assustadora.

DARWINISMO

A fantástica e prometedora exibição de Darwin Nuñez (21 anos!) foi a nota dominante de uma saborosa vitória europeia do Benfica.
Começar a ganhar fora é passo de gigante para uma fase de grupos que se quer, tanto quanto possível, tranquila. E com a vitória benfiquista na Polónia, e o triunfo do Rangers na Bélgica, os dois favoritos  ao apuramento parecem desde já encontrados e bem lançados.
O jogo foi bom, animado, aberto, tendo-se destacado, como comecei por dizer, o jovem avançado uruguaio - que já havia mostrado pormenores de classe noutras partidas, mas agora juntou-lhes uma eficácia concretizadora que deixa água na boca dos adeptos.
Mas a estrondosa exibição de Darwin não pode esconder alguns problemas que a equipa de Jesus apresenta, sobretudo na defesa e na forma de defender.
Laterais permeáveis, centrais lentos, médios macios e extremos exclusivamente ofensivos, são quatro realidades que não podem conviver numa mesma equipa. E no Benfica têm permanecido evidentes desde há vários anos atrás, sem aparente solução. Se no contexto interno a maioria das equipas não os põe à prova, basta um qualquer Lech ou PAOK para os tornar bastante claros. E se fosse na Champions estaria aberto o caminho para uma qualquer humilhação dramática.
O Benfica ataca muito e bem. Com Jesus, recupera a bola depressa. Mas quando deixa o adversário dar dois toques seguidos, torna-se demasiado permeável. Grimaldo, como Gilberto ou Nuno Tavares atacam bem, cruzam bem, integram-se bem na manobra da equipa quando esta tem posse de bola. Mas são, todos eles, bastante débeis na hora de defender a profundidade nas suas costas. Também é verdade que nenhum deles tem apoio, quer de Pizzi, quer de Everton, quer de Rafa. E esse é outro problema. Com centrais trintões, que dificilmente fazem compensações profundas junto das linhas laterais, e com Gabriel a assegurar o meio-campo defensivo, a equipa torna-se assustadoramente frágil quando perde a bola.
Não sei se com o plantel actual será possível corrigir estes problemas, ou pelo menos alguns deles. Se Jesus não o conseguir, mais ninguém consegue - só uma abordagem ao mercado que olhe para o rigor defensivo com olhos de ver.
Enfim, o Benfica ganhou, ganhou bem, deu espectáculo. Fiquemos por agora com o "darwinismo" brilhante que esta partida nos trouxe.

SHOW DE BOLA

Cinco três golos, e outros tantos por marcar, ilustraram uma enorme demonstração de força do Benfica de Jesus.
Frente a uma das melhores equipas da Liga, os encarnados dominaram, pressionaram, criaram perigo, e reduziram o seu adversário à desorientação.
Quatro jogos, quatro vitórias, cinco pontos de vantagem para o FC Porto. A coisa promete.
Destaque individual para Waldschmidt e Darwin - que embora não tenha ainda marcado, já demonstra porque motivo tanto se espera dele. Também os centrais mostraram um bom entendimento.
Nota negativa para a lesão de André Almeida, embora Gilberto também tenha entrado bem na equipa. Se a lesão for grave - como infelizmente parece ser - creio que o brasileiro poderá discutir o lugar com Diogo Gonçalves, que o próprio Jorge Jesus já apontou à posição.

O QUE TÊM ESTES HOMENS EM COMUM?

Tirando os falecidos (Eusébio, Coluna, etc), esta poderia ser a lista dos melhores jogadores da história do Benfica de sempre, vivos.
Além disso, têm em comum o facto de estarem com Luís Filipe Vieira nas eleições de dia 30.

LINHAS VERMELHAS

Há linhas vermelhas que não quero ver ultrapassadas por nenhum presidente do Benfica, quem quer que seja que ganhe as eleições (e, como sabem, espero que ganhe LFV, que merece fazer mais um mandato, e sair do Benfica em 2024 como campeão):

- Jamais acabar com modalidades, admitindo, quando muito, e em circunstâncias específicas, uma diminuição de investimento numa ou noutra;

- Jamais ponderar, sequer, a tomada da maioria do capital da SAD por qualquer outra entidade que não o clube;

- Não alterar os estatutos: estes permitem democracia, e garantem segurança.  O perigo de grupos organizados hostis tentarem sabotar o Benfica é grave, e vai recrudescer, havendo que estar a salvo de demagogias populistas. E a limitação de mandatos não faz sentido num clube desportivo (porque motivo há de sair um bom dirigente, apenas porque passou determinado período de tempo?);


O MEU PLANTEL SERIA:


Poupava o dinheiro de Helton, Gilberto, Todibo, Pedrinho e Darwin (48M), e gastava num lateral-direito (10M), num número oito (15M), em Lucas Veríssimo (6M). E ainda sobravam 12M...

O MERCADO: análise final

 

ENTRADAS

HELTON LEITE: Não sei se será melhor do que Zlobin. Enfim, aceita-se.

GILBERTO: Preferia ficar com Tomás Tavares. Acho que Gilberto é o tipo de contratação que nada acrescenta. Num clube que investiu quase 100M, exigia-se um lateral-direito de qualidade.

OTAMENDI: Tendo em conta os contornos do negócio, e o valor pago por Ruben Dias, penso que foi uma boa solução.

VERTONGHEN: Tendo em conta que chegou a custo zero, também me parece uma boa solução, tendo porém alguns receios quanto à sua condição física. Para Jardel, basta um.

TODIBO: Preferia claramente Lucas Veríssimo ou mesmo Ruben Semedo. Este jovem destacou-se em França, mas no Barcelona nada fez, e depois, emprestado ao Schalke, também quase não jogou. Não me entusiasma nada, e acho que se tratou apenas de uma forma de tentar calar Jesus – ao que parece, sem êxito. Espero enganar-me.

EVERTON: Penso que foi a melhor aquisição do Benfica. Não engana. É craque. E 20M até foi saldo. Duvido que permaneça por cá muito tempo.

PEDRINHO: Não me parece mau de todo, mas não fazia falta nenhuma. Havia Rafa, Pizzi, Everton, Cervi, Diogo Gonçalves, e também Jota, Zivkovic etc. Não sei onde se enquadra Pedrinho. Mas não teria dado 18M por ele. Nem metade.

WALDSCHMIDT: Segunda melhor contratação a seguir a Everton. Nos últimos dois jogos não esteve tão bem, mas o que mostrou em Famalicão dá garantias. Jogador de selecção alemã. Bom preço.

DARWIN: Soube a pouco para quem esperava Cavani. Tem futuro, mas por 24M talvez preferisse manter Vinigol e apostar num lateral e num médio de transição. É possível que o futuro me faça mudar de opinião, sendo que os pontas-de-lança têm um valor de mercado elevadíssimo, e, se for o caso, rapidamente se recuperará o investimento (veja-se RDT).

 

SAÍDAS 

RUBEN DIAS: Por 68M nada haveria a fazer, nem com ele, nem com outro.

CARLOS VINICIUS: Compreenderia se fosse vendido acima de 40M. Por empréstimo, não percebo. Até porque ainda não tenho a certeza de Darwin ser melhor do que ele.

FLORENTINO: Digo quase o mesmo do que para Vinicius. Ficou Weigl, ficou Samaris, Gabriel está a ser adaptado à posição. Acho que de todas estas, Florentino não seria a pior das opções.

TOMÁS TAVARES: Gosto dele, acho que tem grande futuro, e não o trocava por Gilberto. Penso que o Benfica precisava de um lateral-direito para titular indiscutível. Não o tendo contratado, acho que TT era, ainda assim, a melhor alternativa a André Almeida.

JOTA: Com o número de alas do plantel, e tendo em conta que desaproveitou grande parte das muitas oportunidades que teve (pareceu sentir o fantasma Félix, tentando sempre mostrar-se mais do que jogar para a equipa), acho que é bem emprestado.

ZIVKOVIC: Só teria acautelado a hipótese de jogar contra o Benfica.

ZLOBIN: Não sei se é pior do que Helton Leite.

INSÍPIDO, PREOCUPANTE

Mesmo garantindo a terceira vitória em três jogos do campeonato, na partida frente ao Farense o Benfica esteve longe, muito longe, de convencer.
A dada altura, quase pensei estar a ver um jogo da temporada passada, tal a forma desorganizada e desorientada como a equipa se apresentava. Quando o Farense fez o 1-2 (bem anulado por fora-de-jogo), temi um resultado humilhante. Felizmente Seferovic salvou os encarnados. Antes tinha sido Vlachodimos, uma vez mais, a evitar dissabores. Fica a preocupação.

À beira do fecho do mercado, há problemas que estão por resolver. Com médios ala pouco dados a tarefas defensivas, penso que seria necessário outro tipo de laterais. Quanto a centrais, Todibo não entusiasma, Otamendi não entrou bem, e Vertonghen já está lesionado. Jardel acabou. Ferro é Ferro. Morato não conta para Jesus. Veremos.
No meio-campo, Gabriel e Pizzi não oferecem garantias para jogos em que haja que defender e correr atrás da bola. Weigl não se afirma. Florentino saiu (porquê?). Samaris continua a ser um mistério.
E no ataque, nos dias em que Seferovic não se revele tão eficaz (coisa que acontece com frequência), fica a faltar uma solução que poderia ser dada por Vinicius (porque saiu?). Até porque já vamos em quatro jogos sem que Darwin marque - e o fantasma de RDT começa a fazer-se sentir entre os adeptos.
Enfim, curto para quem começou a abordagem ao mercado por Cavanis e Brunos Henriques. E para quem esperava uma equipa do Benfica muito mais forte do que a da triste época anterior, para quem esperava um Benfica para a Europa. Até agora parece, apenas, um bocadinho melhor, o que pode não chegar para nada. E se jogar assim, não chegará mesmo.

ENFIM...MAIS OU MENOS

Standard Liege de Carcela, Lech Poznan de Pedro Tiba, e Glasgow Rangers de Steven Gerrard.
Podia ter sido melhor (o grupo do Arsenal é de desenhos animados). Podia ter sido pior (evitou-se Leicester, Milan e Lille, por exemplo).
Enfim, foi assim-assim. Correu bem no pote 2, correu mal no pote 3, correu mais ou menos no pote 4.
Obviamente o Benfica é favorito a passar, como seria em praticamente todos os grupos da Liga Europa onde calhasse. Mas este não permitirá grandes poupanças.

SEMÁFORO EUROPEU

Portanto, venham de lá Rapid, Molde e Dundalk.
Casa dos horrores: Leicester, Milan e Lille.

 

OBVIAMENTE, O MEU PRESIDENTE


7 CAMPEONATOS

3 TAÇAS DE PORTUGAL

7 TAÇAS DA LIGA

5 SUPERTAÇAS

2 FINAIS EUROPEIAS (+ 1 meias e 6 quartos)

+

(2 ligas dos campeões, 2 títulos mundiais, 1 taça cers, 3 supertaças europeias, 3 campeonatos, 3 taças e 3 supertaças de Hóquei em Patins)

(1 liga dos campeões + 1 final europeia,  8 campeonatos, 7 taças, 9 supertaças, 3 taças da liga e 1 taça de honra de Futsal)

(7 campeonatos, 4 taças, 7 supertaças, 6 taças da liga, 4 t.a.pratas de Basquetebol)

(1 final europeia, 6 campeonatos, 9 taças e 8 supertaças de Voleibol)

(2 finais europeias, 1 campeonato, 3 taças e 6 supertaças de Andebol)

(34 títulos colectivos de Atletismo)

(vários títulos em judo, triatlo, bilhar e outras modalidades)

(95 títulos nacionais e 1 europeu nas modalidades femininas)

(3 medalhas olímpicas)

+

(3 finais europeias, 3 campeonatos de juniores, 6 de juvenis e 6 de iniciados no Futebol Formação)

+

estádio, 2 pavilhões, centro de estágio, museu, fundação, televisão

mais de mil milhões de euros em vendas de jogadores, recordes de receitas e de lucros em anos sucessivos

...

tudo isto partindo, não do zero, mas de muito abaixo de zero (sem dinheiro, sem credibilidade, sem títulos, sem instalações, sem equipa, sem modalidades, sem nada...eu ainda me lembro)