VALE E BRUNO
Quando, em Abril de 2017, após um Sporting-Benfica em Alvalade, e na
sequência de uma proposta tão despropositada quanto cínica e ofensiva, Luís
Filipe Vieira comparou Bruno de Carvalho a Vale e Azevedo, um exército de
sportinguistas reagiu em rebanho, clamando a indecência da comparação, e
acusando o nosso presidente de atentado à virtude e honra do ocupante da
cadeira local. Passado mais de um ano, é interessante recordar esse episódio.
De facto, durou tempo demais o equívoco (?) dos adeptos do clube rival
face a uma figurinha que, desde cedo, mostrara o que era e ao que vinha.
Populismo e demagogia, depois provocações e instigações ao ódio, por fim
insultos a tudo e todos, e o mais que ainda poderá vir à tona – os próximos
tempos prometem. O resultado está já à vista: um clube feito em cacos, que não
sabe muito bem como se reerguer do buraco para onde aquele aventureiro mitómano
e desequilibrado o empurrou.
Enquanto o alvo foi o Benfica, e o clima de hostilidade e provocação
era virado para o exterior, todos lhe batiam palmas e achavam graça. Foi
preciso a criatura virar as suas cóleras para dentro, para então perceberem
quem ele era e do que era capaz.
Está ainda por perceber a verdadeira dimensão do mal que Bruno de
Carvalho fez ao Sporting. E do mal que fez ao desporto português, cujo clima
irrespirável nos mais variados quadrantes muito deve à sua postura arruaceira.
No passado, alguns benfiquistas também se enganaram.
Mas apenas uma vez. Em Alvalade só à quarta perceberam que, afinal, neste
grotesco “dérbi” entre um Vale e um Bruno não se sabe quem mais fica a perder.
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