PLANTEL GLORIOSO
Em boa hora, o meu caro João Tomaz e o Fernando Arrobas levaram a cabo
a iniciativa de promover a escolha dos melhores jogadores da história do
Benfica.
O resultado é um livro – que aconselho vivamente -, onde 100 pessoas,
de alguma forma ligadas ao benfiquismo, elegem 26 jogadores e 3 treinadores da
sua preferência.
Tive a honra de ser um dos votantes, e devo dizer que as minhas opções
pouco diferiram do plantel vencedor. Como se calcula, o exercício não foi
fácil, pois, para nossa felicidade, da história centenária do Benfica constam
muito mais do que 26 nomes merecedores de uma distinção como esta. Dos que
escolhi, apenas Pietra, Vítor Paneira, Simão Sabrosa e Di Maria, não figuram na
lista final. De entre estes, confesso que foi a ausência do extremo argentino a
que maior estranheza me causou, por estar convencido de se tratar de um dos
melhores - senão o melhor… - estrangeiros de sempre a vestir o Manto Sagrado. Democracia
é democracia, e os escolhidos são também, todos eles, craques de primeiríssimo
plano. Todos nos orgulham, e alimentam a nossa memória colectiva. E nem me
atrevo a dizer, neste momento, quem deixaria de fora para colocar Di Maria, ou
qualquer outra das minhas preferências pessoais.
Quanto a treinadores, tive menos dúvidas. Optei por Béla Guttman, pelo
impressionante palmarés, por Eriksson, por ter revolucionado o futebol do
Benfica na minha adolescência (nunca esquecerei a equipa de 82-83…), e por
Jorge Jesus, por tê-lo feito nos anos mais recentes. Foi, de resto, este trio
que venceu a votação, se bem que Otto Gloria, Jimmy Hagan e Toni também
merecessem uma menção honrosa. Nem percebo a relativa polémica que a escolha de
Jesus causou nalguns meios (mais externos do que internos): quem fere uma
hegemonia de décadas do FC Porto, quem alcança todos os títulos nacionais numa
temporada, quem chega a duas finais europeias consecutivas e coloca o clube no
top 5 do ranking europeu, tudo com um futebol bonito e empolgante, entra
claramente para a eternidade.
2 comentários:
Eu até nem votei no Jorge Jesus (optei pelo Otto Glória), mas também não entendo a polémica.
Obrigado!
Não compreendo a ausência de Cardozo...
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