BENFIQUISMOS

Quando aprendi a ser benfiquista, nem sabia quem era o presidente do clube. Sabia, sim, tudo sobre o Chalana (nome completo, data e local de nascimento), sobre o Nené, o Shéu, o Humberto Coelho, o Bento. Lia, relia e decorava os números e nomes que constavam dos “Cadernos d’A Bola” – publicação que permanecia durante meses na minha mesa de cabeceira. Conhecia também o glorioso passado do clube através das fascinantes histórias que o meu pai me contava, vividas, quer ainda no Campo Grande, quer mais tarde no Estádio da Luz, com intérpretes heroicos como Rogério Pipi, Arsénio, José Águas, e depois, o grande Eusébio.

Só havia um canal de televisão, sem tempo para futebol, muito menos para discussões sobre ele. Não havia internet, e muito menos as redes sociais que trouxeram a taberna para o espaço público -infelizmente não só no desporto.

O que me interessava eram as fintas de Chalana, os cortes de Humberto, os passes de Shéu, os golos de Nené, as defesas de Bento, e, sobretudo, as vitórias do Benfica – que ainda assim nunca deixou de ser um clube democrático, e em que a democracia precedeu, no tempo, a do próprio país.

É algo perturbador constatar que hoje, para uma parcela de benfiquistas, muitos deles ainda bastante jovens, seja mais aliciante polarizar opiniões em torno de temas como os estatutos, as eleições ou os candidatos. Talvez sinal dos tempos, dos algoritmos e da histeria colectiva que tomou conta das sociedades ditas “modernas”, com consequências ainda imprevisíveis.

Obviamente também irei votar, e farei a minha escolha na altura própria, mas, caramba, o Benfica que me interessa não é o das burocracias. É o dos jogos e o das vitórias. No Benfica que eu amo, os protagonistas são os jogadores e os treinadores. E faço questão de vivê-lo assim até ao acto eleitoral.

1 comentário:

Anónimo disse...

100% de acordo.
Excepto que as redes sociais trouxeram mais bem do que mal.
O problema está em SABER separar o trio do joio. Não é de facto para todos.
Muito do que se sabe hoje, ou melhor, quase tudo, está nas redes sociais (em sentido lato). Algumas foram criadas pela DARPA para nos espiar (Google, Twitter, FakeBook). Essas são de evitar a todo o custo (não o X).

São as redes sociais, através de informação que nos é escondida e manipulada todos os dias pelos media tradicionais, que estão a contribuir em grande parte para a libertação da Humanidade da matrix em que o Anunnaki Enki nos meteu há 10.000 anos, desde o tempo de Atlantis, quando nos retiraram 10 "fitas" ("strands") do nosso ADN, ficando apenas com duas "fitas",, estupidificando-nos para nos escravizar. O que conseguiram.

Desde então a Humanidade nunca mais foi a mesma, assaltada e governada desde então pelas "forças do mal/trevas".
Todos os desastres e catátrofes, sem excepção, que aconteceram à Humanidade desde essa altura, vieram desse facto.
A libertação será um facto, anunciada em profecias da Bìblia e de outras fontes, dos Hopi, Shamans do Peru, Vedas da India, Essenes, Gnosticos, etc.
Pesquisem que encontram.