A FERROS...E A TRUBIN

O Benfica confirmou no Minho os sinais de clara retoma - que havia dado em Salzburgo e, de certa forma, também frente ao Farense, embora com resultados distintos. A equipa entrou extremamente concentrada, e soube aproveitar a ousadia do SC Braga para criar perigo, marcar logo a abrir, voltar a marcar (desta vez em fora-de-jogo) e acertar por duas vezes nos ferros. Ao intervalo o resultado era justíssimo, e talvez até pecasse por escassez.
A segunda parte começou com uma ocasião flagrante falhada incrivelmente por João Mário diante de Matheus, após lance genial de Rafa. A tónica do jogo parecia ir manter-se. Pura ilusão.
Daí em diante o Braga pegou na partida, e em largos momentos asfixiou o Benfica dentro da sua área. A equipa de Schmidt deixou de conseguir sair em contra-ataque, e a bola manteve-se nas imediações da baliza de Trubin. Mérito do Braga em tentar tudo para marcar, encostando o Benfica às cordas. Mérito do Benfica em saber defender, sem nunca perder o foco, sem perder os posicionamentos, sem pestanejar nem franzir o sobrolho.
O tempo foi passando, e já nos descontos, quando o vigor bracarense parecia murchar, foi o guarda-redes ucraniano a salvar os encarnados  com uma intervenção divinal, daquelas que vale (como valeu) pontos.
Digamos que no balanço final, o Benfica criou as melhores oportunidades e mereceu vencer. Para se ser campeão também é preciso saber sofrer, e a equipa soube fazê-lo diante de um adversário fortíssimo.
O Braga pagou pelo erro cometido logo no início. Jogou muito futebol, proporcionou uma partida electrizante, e enfrentou o Benfica olhos nos olhos como nenhuma outra equipa o fez em Portugal nesta temporada. Nem FC Porto ou Sporting foram tão audazes e afirmativos diante da equipa de Schmidt. Artur Jorge está de parabéns por isso.
Para o Benfica fica uma vitória importantíssima, a segunda da semana, a segunda fora de casa e em terrenos de equipas de Champions. Em ambas com momentos de perfume ofensivo e também de rigor defensivo, sendo capaz de tocar violino e bombo conforme cada momento da partida o foi pedindo. Aconteça o que acontecer no Sporting-FC Porto, podemos passar o Natal descansados.
O melhor em campo? Claramente Trubin, a mostrar que é de facto aquilo que se dizia dele. Outros reforços mostrassem o mesmo rendimento...

5 comentários:

Brytto disse...

O Trubin tem uma margem de progressão enorme, mas para mim, apesar de algumas defesas de exceção, ainda não é um guarda-redes que me inspire confiança. Tecnicamente tem ainda imensas debilidades.

Anónimo disse...

debilidades ahahah

Mark Trencher disse...

O Benfica deu o estoiro físico devido ao jogo até ao último segundo em Salzburgo, o Braga ao contrário de nós foi a Nápoles fazer um "treino activo" para cumprir calendário, logo estavam mais frescos; e deu igualmente o estoiro psicológico devido ao falhanço do João Mário, que para além de alguma falta de confiança, talvez tenha sido apanhado em contrapé nesse lance. Valeu pelos três pontos, pela excelente primeira parte, e pelas defesas fabulosas do Trubin.

Anónimo disse...

Luís ,

Muito boa análise ao jogo de ontem.
Siga! Como dizia o grande Mário Wilson.

Trubin: mais um que não me enganou. Aliás, raramente me engano nas apreciações a qualidade dos jogadores, basta ver os 2 primeiros jogos.

Benfiquista a sério

joão carlos disse...

mas o jogo mudou no inicio da segunda parte porque eles alteraram por um lado começamos a acusar desgaste e eles tinham um jogador mais fresco no meio campo que começou a fazer a diferença e por outro retificaram na defesa passaram a ter um defesa central fresco e sem estar condicionado acabando a vantagem que estávamos a ter no ataque.

quando entrou o musa deveria de ter entrado também o florentino e o guedes equilibrávamos o meio campo e continuávamos a atacar, coisa que só voltamos a fazer depois das substituições.

nota mais uma vez para o desperdício que continua, desta vez não tanto em grandes quantidades mas flagrantes.