NADA COMO VENCER

Em primeiro lugar queria saudar o regresso da Eusébio Cup.
Foi uma excelente ideia replicar no Benfica a tradição de grandes clubes como Real Madrid, Barcelona ou Bayern, criando um troféu de pré-época e convidando nomes sonantes do futebol internacional para o abrilhantar. Infelizmente, por motivos que me escapam, perdeu-se durante alguns anos. Depois veio a pandemia. Em boa hora regressa, com a dignidade que o seu nome merece. Espero que seja para ficar.
Desportivamente, valha o troféu o que valer, era importante que o Benfica mantivesse a rota triunfante desta pré-temporada. As vitórias, mesmo a feijões, dão confiança e estabilidade ao grupo de trabalho, estimulam o entusiasmo dos adeptos - o que faz encher o estádio, vender cativos e merchandising, chamar novos sócios etc - e,...silenciam críticas destrutivas da comunicação social hostil e dos pseudo-adeptos mais barulhentos.
Em caso de derrota, começava já o folclore de devastação, dos anti-benfiquistas, e daqueles que se dizem benfiquistas mas querem não sei bem o quê que já não existe e não mais existirá. Porque o plantel é muito grande, porque não se dispensa este, aquele e o outro, porque não se contrata aqui, ali e acolá, porque Grimaldo isto, porque Vlachodimos aquilo, etc, etc, prova da grande dimensão, para o bem e para o mal, do clube, mas também dos novos tempos em que um discurso de taberna, via redes sociais e afins, se torna preocupantemente dominante -  no futebol e não só. 
Dito isto, não acrescentaria muito mais ao que o próprio Roger Schmidt referiu no fim do jogo: houve coisas boas, mas também algumas a melhorar.
A minha maior preocupação é que as coisas que carecem de melhoria (e neste caso ofereceram dois golos ao adversário) são as mesmas de anos anteriores, com os resultados que se conhecem: défice na transição defensiva, e permeabilidade no eixo central-trinco-lateral esquerdo.
Acredito que o Midtjylland não as consiga aproveitar devidamente, e que o Benfica passe com alguma tranquilidade aos playoffs. E acredito que, então, com mais tempo de trabalho, já se possa ver outra solidez defensiva na equipa. 
Individualmente destacaria Rafa (parece firmemente apostado em estar no Mundial), Enzo (com classe e ritmo acima dos companheiros), Gilberto (a querer agarrar o lugar com os dentes) e Henrique Araújo (no qual deposito esperanças de vir a ser, em breve, o grande goleador do Benfica). Gostei do golo de Grimaldo, o que não me faz mudar de ideias quanto à necessidade de um lateral mais forte, sólido e rigoroso no plano defensivo. Quanto a Florentino, embora mais rápido e móvel do que Weigl, demonstra a mesma suavidade numa posição onde se precisava de um gorila. Gostei de ver Gonçalo Ramos marcar, apesar de não ser o seu maior fã, e continuar a preferir Henrique Araújo para o lugar (mais incisivo, mais matador).
Acabaram os testes. Vai começar a época a sério, e então veremos o que vale afinal o novo Benfica de Roger Schmidt.
HISTÓRICO DA EUSÉBIO CUP:


3 comentários:

Anónimo disse...

Caro LF,

para sermos campeões falta-nos um Sobrinho, um BCP e um Fontelas......assim, nem as taças escapavam!

#UmSLBnaInvicta

Mark Trencher disse...

Bom comentário #UmSLBnaInvicta, e acrescentava também termos um bom "homem-rã" para assegurar o desbloquear de alguns resultados.

joão carlos disse...

muito gosta esta gente de continuar a lavar mais branco.
não foi a pandemia que levou à interrupção da eusebio cup, em 2019 não existia pandemia, em 2017 também não, em 2015 e 2018 foi encaixada noutra competição o que até foi uma falta de consideração da memoria de quem se queria homenagear.

a cratera na esquerda é enorme.
tudo à volta de grimaldo muda e os problemas continuam os mesmo a solução era adiantar grimaldo para o lugar de falso extremo esquerdo, que não temos, e contratar um defesa esquerdo.

entretanto se o primeiro golo que sofremos tivesse acontecido com weigl em campo os especialista da bola a serio diziam que a culpa era dele e que era a prova provada que não servia como os medios defensivos foram outros nem piam.

já agora o florentino foi ultrapassado na primeira parte em velocidade não conseguindo acompanhar não intersetando nem fazendo falta fosse outro e os tais especialistas da bola a serio vinham logo apelidar de bailarina assim como não é escapa.