PONTO DE SITUAÇÃO (actualizado)

Confesso que gostava de, neste momento, já ver as coisas mais definidas. Mas o mercado é o que se sabe, só fecha no fim de agosto, e muitas das indefinições, como pedras de dominó, dependem de terceiros - nomeadamente os jogadores a vender (Weigl, eventualmente Odysseas, eventualmente Grimaldo, eventualmente Gonçalo Ramos).
Terminada a pré-temporada, vistos os jogadores, vou dizer novamente aquilo que eu queria:
- Manter Odysseas, pois acho que é um guarda-redes ao nível do Benfica. Não é Ederson nem Oblak, assim como Rafa não é Mbappé e Gonçalo Ramos não é Lewandowski. Infelizmente o Benfica não pode ter os melhores do mundo em cada posição, e o guardião grego está entre aqueles que podemos ter. Dificilmente se encontrará melhor pelo mesmo salário;
- Se Morato continuar, com João Victor, a esperada recuperação de Lucas Veríssimo, e o potencial de António Silva, parece-me que Vertonghen torna-se demasiado caro para ficar no banco. Gostava que se encontrasse uma solução para o belga, de forma a sair dignamente de um clube que representou dignamente;
- Grimaldo tem virtudes e defeitos. Acontece que os defeitos permanecem patentes, e no contexto táctico do Benfica (alas pouco dados a marcação, trincos suaves, etc) tornam-se demasiado penalizadores para a solidez defensiva da equipa. Acaba contrato no fim da temporada, talvez tenha algum mercado, e por mim resolvia-se o problema contratando um outro lateral - forte, robusto, sólido e rigoroso tacticamente;
- Weigl é claramente para vender. Tem um salário elevadíssimo, tem mercado na Alemanha, e não é o jogador de que o Benfica precisa para a posição (demasiado suave, pouco móvel, errante nas coberturas, fraco no jogo aéreo etc). Venha de lá esse Aursnes (não sei o que vale, mas não será pior, e fica certamente mais em conta na folha salarial);
- André Almeida e Meité estão a mais no plantel. Um porque já passou o seu tempo, o outro porque não se afirmou e duvido que venha a fazê-lo. Quanto a Chiquinho, Diogo Gonçalves e Gil Dias, as suas presenças dependem de outras saídas ou entradas (Ricardo Horta? Lateral-Esquerdo?);
- Martim Neto, Paulo Bernardo e Diego Moreira são todos para agarrar. Mas talvez seja melhor para algum ou alguns deles, no imediato, rodar noutra equipa. O espaço no plantel também depende daquilo que acontecer no mercado (atenção que Martim termina o contrato no fim da época, e o seu empresário não é de fiar);
- Perante uma boa proposta (sempre acima de 40M) não me chocava vender Gonçalo Ramos. Schmidt quer jogar preferencialmente com um ponta-de-lança, e neste momento tem cinco. Acredito mais em Henrique Araújo do que no jovem algarvio - do qual, francamente, não sou super-fã;
- Entre Musa e Rodrigo Pinho emprestava um. Um ou outro será terceira (ou quarta...) opção. Não desgosto deles, mas não há espaço para todos.
Em suma, saíam mais 12 jogadores: André Almeida, Vertonghen, Grimaldo, Gil Dias, Weigl, Meité, Chiquinho, Diogo Gonçalves, Gonçalo Ramos, Rodrigo Pinho, e ainda Taarabt e Gabriel que já estão separados da equipa. E entrava um lateral-esquerdo forte e sólido, Aursnes e Ricardo Horta.

O plantel definitivo, com 25 elementos, seria: Vlachodimos, Helton e Samuel Soares / Bah, Otamendi, João Victor, (lateral-esquerdo), Gilberto, Morato, Lucas Veríssimo, António Silva e Ristic / (Aursnes), Enzo, João Mário, Florentino, Paulo Bernardo e Martim Neto / Henrique, Yaremchuk, Musa, Rafa, Neres, (Ricardo Horta) e Moreira.

OS AMIGÁVEIS DESTE SÉCULO


GOLEADORES:

NADA COMO VENCER

Em primeiro lugar queria saudar o regresso da Eusébio Cup.
Foi uma excelente ideia replicar no Benfica a tradição de grandes clubes como Real Madrid, Barcelona ou Bayern, criando um troféu de pré-época e convidando nomes sonantes do futebol internacional para o abrilhantar. Infelizmente, por motivos que me escapam, perdeu-se durante alguns anos. Depois veio a pandemia. Em boa hora regressa, com a dignidade que o seu nome merece. Espero que seja para ficar.
Desportivamente, valha o troféu o que valer, era importante que o Benfica mantivesse a rota triunfante desta pré-temporada. As vitórias, mesmo a feijões, dão confiança e estabilidade ao grupo de trabalho, estimulam o entusiasmo dos adeptos - o que faz encher o estádio, vender cativos e merchandising, chamar novos sócios etc - e,...silenciam críticas destrutivas da comunicação social hostil e dos pseudo-adeptos mais barulhentos.
Em caso de derrota, começava já o folclore de devastação, dos anti-benfiquistas, e daqueles que se dizem benfiquistas mas querem não sei bem o quê que já não existe e não mais existirá. Porque o plantel é muito grande, porque não se dispensa este, aquele e o outro, porque não se contrata aqui, ali e acolá, porque Grimaldo isto, porque Vlachodimos aquilo, etc, etc, prova da grande dimensão, para o bem e para o mal, do clube, mas também dos novos tempos em que um discurso de taberna, via redes sociais e afins, se torna preocupantemente dominante -  no futebol e não só. 
Dito isto, não acrescentaria muito mais ao que o próprio Roger Schmidt referiu no fim do jogo: houve coisas boas, mas também algumas a melhorar.
A minha maior preocupação é que as coisas que carecem de melhoria (e neste caso ofereceram dois golos ao adversário) são as mesmas de anos anteriores, com os resultados que se conhecem: défice na transição defensiva, e permeabilidade no eixo central-trinco-lateral esquerdo.
Acredito que o Midtjylland não as consiga aproveitar devidamente, e que o Benfica passe com alguma tranquilidade aos playoffs. E acredito que, então, com mais tempo de trabalho, já se possa ver outra solidez defensiva na equipa. 
Individualmente destacaria Rafa (parece firmemente apostado em estar no Mundial), Enzo (com classe e ritmo acima dos companheiros), Gilberto (a querer agarrar o lugar com os dentes) e Henrique Araújo (no qual deposito esperanças de vir a ser, em breve, o grande goleador do Benfica). Gostei do golo de Grimaldo, o que não me faz mudar de ideias quanto à necessidade de um lateral mais forte, sólido e rigoroso no plano defensivo. Quanto a Florentino, embora mais rápido e móvel do que Weigl, demonstra a mesma suavidade numa posição onde se precisava de um gorila. Gostei de ver Gonçalo Ramos marcar, apesar de não ser o seu maior fã, e continuar a preferir Henrique Araújo para o lugar (mais incisivo, mais matador).
Acabaram os testes. Vai começar a época a sério, e então veremos o que vale afinal o novo Benfica de Roger Schmidt.
HISTÓRICO DA EUSÉBIO CUP:


O QUE FALTA FAZER

DISPENSAS (16):
- Concluir a venda de Pizzi para o Dubai;
- Acordar rescisão de André Almeida, Vertonghen, Meité, Taarabt, Gabriel, Chiquinho e Rodrigo Pinho;
- Vender Grimaldo, Weigl e Yaremchuk;
- Emprestar Kokubo, Gil Dias, Diogo Gonçalves e Musa;
- Colocar André Gomes na equipa B.

CONTRATAÇÕES (4):
- Lateral esquerdo forte e sólido (?);
- Trinco robusto (Sangaré? Aursnes?);
- Avançado móvel capaz de jogar pelas alas (Ricardo Horta?);
- Ponta-de-lança matador (?).

PLANTEL (27):
GR - Vlachodimos, Helton Leite e Samuel Soares;
DF- Bah, Otamendi, João Victor, (contratação), Gilberto, Morato, António Silva, Tomás Araújo, Ristic e Lucas Veríssimo;
MD- (contratação), Enzo Fernandez, João Mário, Florentino, Martim Neto, Tiago Gouveia e Paulo Bernardo;
AV- Rafa, (contratação), Neres, (Ricardo Horta), Gonçalo Ramos, Henrique Araújo e Diego Moreira.


MUITO OBRIGADO A AMBOS!

Por motivos que desconheço, Pizzi , sensivelmente desde a fase final do período-Lage, tornou-se um mal-amado no Benfica. Terá tido culpas próprias, mas também alguma incompreensão dos adeptos.
Por mim, prefiro ficar com os números. O médio transmontano marcou mais golos de águia ao peito do que João Pinto, Magnusson, Diamantino, Simões, Isaías, Mitroglou, Chalana, Paneira, Gaitán, Saviola, Filipovic, Mantorras, Valdo ou Rui Costa, só para dar alguns exemplos de grandes ídolos do benfiquismo. Ganhou também mais títulos do que alguns dos mencionados. Foi capitão inúmeras vezes. E pedra angular nas últimas conquistas do clube.
Do pouco que o conheci, pareceu-me também uma pessoa afável e educada (aparentemente até dos mais simpáticos e acessíveis jogadores do plantel). Não o imagino como terrorista de balneário.
A mim, deixa saudades, embora entenda o fim de ciclo - ao qual nem Eusébio escapou.
Desejo-lhe a melhor sorte do mundo como pessoa e como profissional. A história não irá mentir.

Seferovic foi um jogador de altos e baixos. Altos muito altos, como na temporada em que se sagrou melhor marcador do campeonato e foi um dos pilares do último título encarnado, com golos extraordinários de verdadeiro ponta-de-lança; ou como no último Europeu em que foi um dos avançados em maior destaque. Baixos muito baixos, com falhanços inacreditáveis em frente das balizas, e, sobretudo, eclipsando-se por completo, quer na segunda metade da primeira época na Luz (ainda com Rui Vitória), quer em quase toda a última (com Jesus e Veríssimo).
Ficou sempre a ideia de que tinha condições físicas e técnicas para mostrar maior regularidade e maior preponderância. Mas, se fosse o caso, talvez há muito que já não estivesse em Portugal. 
Gosto de goleadores, e apreciava bastante o modo de jogar do suíço. As suas movimentações, a sua elegância em campo, e sobretudo os golos. Não sei se treinava bem, se treinava mal, pelo que não faço ideia dos motivos das profundas oscilações de rendimento. E compreendo que um dos mais elevados salários do plantel não pode ser desperdiçado no banco de suplentes.
Na hora do adeus, fico com os altos. Com 2019. Com os fantásticos golos que foi capaz de marcar (inclusivamente a Sporting e FC Porto), e que o colocam, em números, à frente de  Mitroglou, Saviola, Filipovic, Lima, Rodrigo, Darwin, César Brito, Vata, Yuran, Jimenez ou Mantorras, para falar apenas de pontas-de-lança.
Obrigado e Boa Sorte!

O PLANTEL (QUASE) DEFINITIVO

GUARDA-REDES (3): Valchodimos, Helton Leite e Samuel Soares
LATERAIS-DIREITOS (2): Bah e Gilberto
CENTRAIS (5+1): Otamendi, João Victor, Vertonghen, Morato, António Silva e Lucas Veríssimo
LATERAIS-ESQUERDOS (2): Grimaldo (ou contratação) e Ristic
MÉDIOS (6): Florentino, Enzo Fernandez, João Mário, Weigl (ou contratação), Martim Neto e Paulo Bernardo
ALAS (4): Rafa, Neres, Diego Moreira e Tiago Gouveia
AVANÇADOS (4): Gonçalo Ramos, Henrique Araújo, Yaremchuk e Musa

Equipa B: André Gomes
Emprestar: Kokubo, Tomás Araújo, Gil Dias, Chiquinho e Diogo Gonçalves
Vender/dispensar: André Almeida, Meité, Taarabt, Pizzi, Gabriel e Rodrigo Pinho; eventualmente Grimaldo e Weigl
Saídas confirmadas: Svilar, Lazaro, Ferro, Everton, Radonjc, Darwin e, quase, Seferovic 

NÃO FOI MAU

...penso que o pior vem a seguir, no Playoff (Monaco? PSV? Fenerbahce de Jesus?). Mas há que pensar numa coisa de cada vez.
 

A FESTA DO GOLO

A pré-temporada vale o que vale. Lembro-me de algumas muito boas que antecederam épocas sofríveis (desde logo as três últimas), e também do contrário (por exemplo, em 2014 com seis derrotas em oito jogos, e em 2015, com três derrotas e dois empates em cinco partidas). Ainda assim, continuo a acreditar que é melhor ganhar do que perder, mesmo nos jogos a feijões. 
O Torneio do Algarve mostrou um Benfica solto, confiante, pressionante e goleador. Deu boas indicações sobre alguns dos reforços (Bah, Enzo e Neres). E permitiu erguer uma taça, que é sempre uma excelente forma de começar.
O modelo de Roger Schmidt parece mais ou menos definido. Linha de quatro defesas, duplo-pivot, dois extremos, e um segundo avançado no apoio ao ponta-de-lança. Uma espécie de 4-2-3-1, bastante flexível.
Tendo em conta esse modelo, destaco desde já alguns pontos que me parecem carecer de definição:
1- Creio que Grimaldo acabará por sair, Ristic não se mostrou (não sei o que vale), pelo que a posição de lateral-esquerdo permanece, até ver, em aberto, sendo que Gil Dias, pelo esforço, pelo dinamismo, deu boas indicações quanto à possibilidade de se manter no plantel como alternativa de segundo plano. 
2- Ainda não estou convencido de que Florentino seja o de 2019, com Lage, e não o que se eclipsou nos sucessivos empréstimos desde então. De qualquer modo, tanto ele como Weigl são atletas macios, e o Benfica necessita, a meu ver, de músculo naquela posição. Ainda mais se utilizar Enzo como número oito, tal como aconteceu neste torneio.
3- Gonçalo Ramos marcou dois golos, e foi considerado MVP (para mim seria Rafa). Mas nem ele, nem Yaremchuk, por motivos diferentes (o primeiro porque rende mais atrás do ponta-de-lança, o segundo porque é tecnicamente limitado), são o matador de que o Benfica necessita. Recordo que saiu Darwin, o melhor jogador da equipa, e um dos melhores avançados do Benfica deste século. O uruguaio, sozinho, assegurava o ataque e disfarçava muita coisa. Seferovic, melhor marcador em 2019 e 2021 também está de saída. Tenho fé em Henrique Araújo, mas não sei até que ponto está maduro para tamanha responsabilidade. Acho, pois, que falta ali qualquer coisa.
Dito de outra forma, creio que com um lateral-esquerdo sólido, um trinco robusto e um ponta-de-lança eficaz, este Benfica poderia, de facto, tornar-se numa grande equipa. Assim...vamos ver.
Longe da possibilidade de integrarem o plantel definitivo parecem estar André Gomes e Kokubo (Samuel Soares será, ao que parece, terceiro guarda-redes), André Almeida, Tomás Araújo (António Silva ganhou-lhe a dianteira), Meité, Taarabt, Pizzi, Gabriel, Diogo Gonçalves, Tiago Gouveia, Paulo Bernardo (algo lento para este modelo), Diego Moreira (talentoso, mas muito verde) e Rodrigo Pinho. Com estas saídas, com as desejáveis vendas de Weigl e Grimaldo, com a contratação de trinco e ponta-de-lança (lateral esquerdo depende de Ristic ser ou não solução clara para a titularidade), fecharia o plantel.
Ricardo Horta? Nem me lembrava. Lamento por ele, pois sei que era o cumprir de um sonho de criança. Mas o Benfica tem outras prioridades que não encher o bolso de António Salvador. 12 milhões mais dois dos jogadores dispensáveis acima referidos (alguns deles, eventualmente em definitivo), e não dava nem mais um cêntimo. Se quiserem, muito bem, senão, boa tarde.

PONTO DE SITUAÇÃO


 

A LIGA DELE

Os comentários patéticos da tal Sofia Oliveira dão apenas para rir. Já aquilo que disse Pedro Proença, quando questionado sobre o protesto do Benfica na cerimónia do sorteio, é grave, preocupante, e não tem graça nenhuma.
Atribuir um prémio fair-play ao Benfica foi uma anedota de mau gosto. Mas dizer depois que as parcas palavras dos benfiquistas presentes se deviam a falta de capacidade de expressão (não sei se pensava no jovem Henrique Araújo ou no grego Odysseas) é um insulto à inteligência de quem ouviu, e à dignidade do Benfica e dos benfiquistas.
Pedro Proença foi um árbitro miserável, que condicionou campeonatos no país, e que fez carreira na UEFA seguindo os três princípios necessários para tal: falar bem inglês, aparentar boa forma física e saber manipular jogos sem dar muito nas vistas.
Como presidente da Liga é ainda pior, deixando as competições em queda livre, com arbitragens manipuladoras como não se via desde o século passado, calendarizações e horários estapafúrdios, e com um desfile de equipas fantasma sem qualidade, sem adeptos, sem história e sem nada, que não pagam salários e apenas enchem o calendário e se prestam a suspeitas de jogos de mala e afins. Não me lembro de campeonatos tão fracos como estes últimos, e o responsável máximo tem nome.
Proença, que é todo ele uma piada de mau gosto, vem agora gozar com os benfiquistas, que não podem, nem devem esquecer tudo aquilo que se passou na última temporada - nem, já agora, tudo aquilo em que assentou a carreira deste personagem. 
Com gente desta no poder do futebol, temo que contratar bons treinadores e bons jogadores não venha a ser mais do que deitar dinheiro ao lixo.



A ESCOLHA DE SOFIA

O que algumas pessoas fazem para se tornar populares (ou virais, como é moda), seja por que razão for, é triste de se ver.
E quando se trata de uma das poucas mulheres que aparecem na comunicação social a falar sobre futebol, mais triste se torna. Acontece que a estupidez não tem sexo.
A comentadora da CNN Sofia Oliveira manifestou há pouco tempo atrás, em directo, uma opinião estapafúrdia, quando disse que Jurgen Klopp (que, obviamente, não percebe nada do assunto) deveria ter preferido Evanilson (?!?) a Darwin Nuñez. Como era expectável, o mundo caiu-lhe em cima. Com toda a razão.
Um momento de menor lucidez tolera-se. Carlos Daniel, que é um grande jornalista, pelo qual tenho estima profissional e até pessoal, e que não precisa de popularidade para nada, também disse um dia que Óscar Cardozo "só sabia marcar golos", argumento fantástico para se criticar um jogador de futebol. Eu certamente também digo alguns disparates, com a sublime diferença de que ninguém me paga por isso.
O problema maior é que, agora, a dita senhora parece querer aproveitar a onda para fazer render o peixe. Perante a óbvia nomeação (de capitães de equipa e treinadores) de Darwin Nuñez como melhor jogador da Liga, disse algo como: "Não faz qualquer sentido, Darwin fez algumas exibições penosas. Deveria ser Otávio, e depois Taremi ou Vitinha".
Perante estas palavras, nem me apetecia dizer mais nada. Apenas lamentar que não haja mais mulheres a comentar futebol na TV, mas mulheres que percebam do jogo, e que não aproveitem a antena simplesmente para fazer barulho - como é o caso. Esta senhora que continue a sua cruzada, e com isso encha as caixas de comentários pela net fora (...eu estou aqui a dar o meu modesto contributo), ganhando os minutos de fama a que Andy Wahrol dizia todos termos direito. Nem que seja a fazer figura de urso (ou de ursa, neste caso). 
Quanto a Darwin, não foi apenas o melhor jogador da Liga. Será já um dos melhores do mundo, e na última década, talvez com excepção de Jonas (bem mais velho), não vi ninguém em Portugal que me impressionasse tanto. Fosse antes da pandemia e teria valido os 150 milhões da cláusula. Se, por absurdo, ouviu o comentário da dita senhora, certamente se fartou de rir.

ESPERANÇA

Os milhares que se deslocaram à Luz para um simples treino mostraram que o nível de expectativa está elevadíssimo. O mercado está a correr bem (falta o necessário emagrecimento do plantel) e a pré-época promete. Falta tudo o resto, mas a hora é de esperança.