BALDE DE ÁGUA FRIA

PSG, Real Madrid, Ajax, Bayern, Barcelona, Liverpool, M.City, M.United, Sevilha, Atalanta, Zenit, Malmo, D.Kiev, Shakhtar e Brugge. Tal como o Benfica, nenhuma destas equipas, todas elas presentes na fase de grupos da Liga dos Campeões, ganhou os jogos para os seus campeonatos. Algumas delas perderam surpreendentemente em casa contra adversários muito mais fracos (Bayern e Ajax, por exemplo). Outras perderam pela primeira vez (R.Madrid e PSG, por exemplo), havendo também alguns empates.
É o que se chama o vírus-champions, e que se traduz numa humana descompressão após momentos de altíssima intensidade. Não é falta de vontade, mas sim fadiga, física e, sobretudo, mental.
Quando vi o onze escalado por Jorge Jesus, quase igual ao de quarta-feira (só Lázaro, lesionado, não jogou), pensei nisso. Pensei também, por outro lado, nos altos índices de confiança que aqueles jogadores sentiriam, e que poderiam bater aquele desgaste. Qual seria o deve? Qual seria o haver?
Agora é fácil dizer que Rafa ou Darwin, por exemplo, podiam ter sido preservados, entrando eventualmente na segunda parte. Que também Grimaldo podia ter ficado de fora. Ou mesmo Vertonghen. Ou Yaremchuk. E porque não ter jogado com apenas dois centrais?
Mas se em equipa que ganha não se mexe, também terei de compreender as opções do técnico encarnado. Não correram bem, mas ninguém adivinhava. Como ninguém suporia que o Benfica falhasse tanto na concretização, ou que o guarda-redes do Portimonense fizesse, muito provavelmente, o jogo da vida dele.
O que é certo é que o Benfica perdeu o jogo, a invencibilidade, grande parte da vantagem classificativa, e, quem sabe (os próximos jogos dirão), parte da confiança que havia conquistado.
Foi um balde de água fria, cujas consequências ainda não conseguimos prever.
O aplauso final foi justo, pois não houve facilitismos: todos lutaram como podiam. Houve sim, erros, que devem servir de aprendizagem para o futuro próximo.

6 comentários:

José Rama disse...

O pior é que o Bazófias já mostrou que não aprende com os erros.

JP disse...

Nem os próprios benfiquistas...
Vejam a BTV....
Apressam-se a arranjar desculpas e paralelismos com outros campeonatos...
No nosso não dá para perdoar.
Muito menos em casa!

joão carlos disse...

primeiro não são adepto desses clubes todos por isso nada interessa, depois alguns dos clubes mencionados jogaram com outros nas mesmas condições por isso até é uma falácia aparecerem na lista.

mas continuamos a não olhar para os verdadeiros problemas.

incapacidade de criar oportunidades, como aconteceu na segunda parte, contra equipas que recuam muito e com muitos.
hoje o nosso jogo são arrancadas e jogadas individuais e só porque a maioria dos nossos avançados só sabem jogar no ataque é profundidade.

depois nem uma nota para a brilhante estratégia para fazer duas substituições uma aos 87 minutos e outra aos 89.
mas ainda bem que temos o melhor treinador português de todos os tempos e um dos melhores treinadores da atualidade senão nem sei como é que seria.

LF disse...

Um bom treinador também comete erros. Não há treinadores perfeitos. A menos que tomassem todas as decisões depois de saber os resultados, mas assim ninguém falhava em coisa nenhuma na vida.
Também não concordei com a estratégia para este jogo. Mas há que perceber que se metade das oportunidades claras tivessem sido concretizadas, estávamos a falar de uma vitória confortável.

joão carlos disse...

mas este passa a vida a cometer erros, mas pelos visto para alguns basta fazer duas ou tres coisas boas e passa logo a bom.
quantas vezes já ele fez este tipo de substituições? e com que resultados em todas elas?
bons treinadores são os que erram menos, verdade, mas sobretudo são os que aprendem com os erros coisa que este nunca fez e não é agora burro velho que vai aprender línguas.

José Rama disse...

Nunca o vi reconhecer que errou, a culpa é-lhe sempre alheia!