PASSADO E PRESENTE: dois símbolos
1. A chegada de
Fernando Chalana à equipa principal do Benfica coincidiu, no tempo, com o meu
despertar para o futebol. Ainda muito jovem, já o “pequeno genial” era a
estrela que fazia a diferença. Com barbas grandes e um pé esquerdo divinal,
trocava os olhos a qualquer defesa. Sempre com um toque de magia, driblava,
cruzava e marcava. Todos na escola queríamos ser como ele. Era um ídolo. Era o ídolo.
Para a minha geração – que
já não chegou a tempo de Eusébio – Chalana lia-se Benfica. Havia outros (Bento,
Humberto, Toni, Shéu, Nené…), mas Chalana era o melhor. Foi ele o “meu”
Eusébio.
Na semana passada,
Chalana completou mais um aniversário. Para os mais novos, que nunca o viram
jogar, é preciso dizer que se tratou de um craque, que facilmente entraria num
top-5 dos melhores de sempre do futebol português. Se têm dúvidas, vejam ou
revejam o Europeu de 1984.
Devo-lhe muito do meu
benfiquismo.
2.Luisão completou esta
semana a impressionante soma de quinhentos jogos de águia ao peito. Nessa
estatística, só é suplantado por Nené, Veloso e Coluna, figurando à frente de
nomes como Eusébio, Simões, Humberto, Shéu e Bento. Anderson Luís da Silva veio
para o Benfica em tempos difíceis, quando nada ganhávamos. Quando começávamos a
recuperar do período mais negro do nosso historial. Daí para cá fomos
crescendo, até atingir o nível gigantesco e ganhador que ostentamos hoje.
Luisão foi, dentro do campo, o principal rosto desse processo. Capitão com
letra grande, tem o seu lugar assegurado na história do Benfica.
Chalana e Luisão, dois
símbolos maiores do Glorioso. Os meus parabéns a ambos!
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