OS ENCARNADOS UM A UM

QUIM (4) Não fosse uma má reposição de bola ainda na primeira parte, e teria sido uma exibição perfeita. Esteve onde e quando era preciso, com a segurança e o brilhantismo a que já habituou os benfiquistas.
MAXI PEREIRA (3) Exibição positiva do uruguaio. Muito cauteloso na primeira parte, soltou-se mais no segundo período, e contribuiu assim para o crescimento da equipa.
LUISÃO (3) Sóbrio e seguro, embora sem deslumbrar. O Celtic pouco atacou, não lhe dando grandes oportunidades de brilhar. Na próxima jornada, em Glasgow, certamente que será diferente.
KATSOURANIS (3) Viveu no constante dilema de cumprir o papel que Camacho lhe destinou ao lado de Luisão, ou por outro lado, aproveitar o espaço que o quase inexistente ataque escocês lhe proporcionou para integrar as acções ofensivas. Correu muito, e quase marcou ainda na primeira parte, num cabeceamento de grande categoria salvo por Boruc com uma palmada providencial.
LÉO (3) Já se sabe que Cristian Rodriguez, sendo um jogador predominantemente de bola no pé, não lhe deixa o espaço de manobra que tinha com Simão para participar no processo ofensivo da equipa. Ontem porém, fruto também da insipiência ofensiva britânica, foi a atacar que mais se destacou, conseguindo por diversas vezes causar desequilíbrios pelo seu corredor, dos quais resultaram alguns dos mais perigosos lances de ataque do Benfica.
BINYA (4) Correu quilómetros, recuperou uma imensidão de bolas – algumas em situação limite -, e foi um verdadeiro pivot para o lançamento das acções de ataque. Mais uma excelente exibição deste surpreendente camaronês, que era para estar a jogar no…Estrela da Amadora.
RUI COSTA (4) Embora não tenha estado feliz nas tentativas de remate que, vendo a incapacidade da equipa para chegar ao golo, se sentiu obrigado a fazer, Rui Costa foi uma vez mais o maestro do futebol encarnado. Na segunda parte, viu que era pelo flanco esquerdo que podia estar o mapa para o êxito, e por ai apareceu para juntamente com Rodriguez pintar alguns dos melhores momentos da partida. Terminou esgotado, em natural quebra depois de tanta correria.
NUNO ASSIS (2) Depois de uma exibição muito conseguida para a Taça da Liga, teve o justo prémio da titularidade. Todavia não se pode dizer que o tenha aproveitado para se impor na equipa titular. Foi sempre muito pouco incisivo, e nalguns momentos a sua fragilidade física fê-lo perder lances em que a equipa podia ter ficado desequilibrada. Foi naturalmente substituído. Sabe fazer muito mais e melhor.
CRISTIAN RODRIGUEZ (4) Enquanto teve pilhas foi o melhor do Benfica. Apesar de pouco dado a tarefas defensivas, é impressionante a forma como, com a bola colada ao pé, resiste ao choque e progride no terreno, sempre com a baliza como ponto de mira. Fez o cruzamento para o cabeceamento mais perigoso de Cardozo, e desferiu o potente remate que Boruc defendeu para a frente proporcionando ao paraguaio a recarga à barra. Grande exibição, até sair completamente extenuado.
BERGESSIO (2) Estava com vontade de lhe dar nota positiva, tal o arreganho com que disputou cada lance em que interveio. Mas a inoperância atacante do Benfica em toda a primeira parte deveu-se em grande parte à sua incapacidade para furar, com critério, a teia defensiva do Celtic. E não podemos esquecer que Cardozo esteve bem melhor depois do argentino ser substituído.
DI MARIA (3) Nota positiva pelo magistral passe para o golo. Deu alguma alegria à equipa, numa fase em que a descrença já dela começava a tomar conta, mas por vezes perde-se em rodriguinhos inconsequentes, e dá mostras de uma incapacidade gritante para definir o momento de soltar a bola. Tem muito a aprender - e se o quiser fazer será seguramente um craque - mas transmite amiúde a sensação de pensar já saber tudo, o que me irrita particularmente.
FREDDY ADU (2) Não foi muito solicitado, pois o Benfica escolheu o lado esquerdo como caminho preferencial para a baliza escocesa. Nas poucas intervenções que teve, não esteve mal. Não teve tempo, nem ocasiões para brilhar.
LUÍS FILIPE (-) Substituiu Rodrgiguez por desgaste deste, numa fase já de algum desespero. Acabou por entrar a tempo de festejar o grande golo de Cardozo.

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