O FUTEBOL "MODERNO"
Por outro lado, vemos uma primeira divisão carregada de inexistências, como AFS, Casas Pias, Aroucas ou Moreirenses. SAD's sem gente, sem identidade, algumas sem sequer estádio.
É a lei dos investidores, que não são mais do que parasitas que usam o futebol para lucrar com as múltiplas transferências de jogadores (negócios de milhões, transcontinentais e nada escrutinados) e direitos televisivos (tudo isto numa perspectiva optimista), ou simplesmente para lavar dinheiro (se quisermos ser mais cáusticos). O associativismo? Morreu - ou foi assassinado!
Publicada por LF à(s) 20.11.24 0 comentários
FARTINHO DE MARTINEZ
Dito isto, não deixo de ir espreitando os jogos de Portugal. E cada vez percebo menos o seleccionador Roberto Martinez.
A sensação que me dá é que um qualquer Professor Neca faria o mesmo. A ganhar muito menos dinheiro.
Publicada por LF à(s) 20.11.24 4 comentários
TENHO DE DIZER ISTO
Publicada por LF à(s) 16.11.24 9 comentários
O MELHOR CENTRAL DA LIGA PORTUGUESA
Quando teve as primeiras oportunidades, tremeu um pouco, depois lesionou-se. Foi emprestado. António Silva, com uma mentalidade de ferro, agarrou o lugar assim que pôde. Agora lutam pela mesma posição - pelo menos enquanto Otamendi não regressa ao seu país.
António é muito bom, mas Tomás é, a meu ver, mais completo: são ambos rápidos, Tomás ganha no jogo aéreo e na capacidade de passe. Não sei quando regressará António ao onze titular (por mim já lá estava de novo, no lugar de Otamendi), mas sei que Tomás já de lá não sai. Aliás, ou me engano muito, ou sai é do clube no fim da época, a troco de muitos milhões.
Publicada por LF à(s) 14.11.24 13 comentários
EM DEFESA DE LAGE
Agora percebo também que, para entrar a 200% com o rival nortenho, num jogo que, em caso de derrota, podia objectivamente significar o adeus ao título, era preciso acautelar a equipa na Alemanha, numa partida em que perder não seria (como não foi) dramático. Por exemplo, Di Maria não entrou de início frente ao Bayern e foi o melhor em campo no "Clássico". Outros houve que pouparam esforços durante a semana, e entraram prego a fundo no domingo, com o resultado que se viu.
É bonito dizer-se que o Benfica entra em todos os jogos para ganhar, blá blá blá, blá blá blá. Mas os jogadores não são máquinas, e a história recente dos confrontos com o FC Porto diz que, para os vencer, é mesmo preciso sê-lo. A vitória de domingo começou pois a ser preparada na quarta-feira.
Bruno Lage fez uma recuperação épica em 2018-19. Em 2019-20 foi traído por circunstâncias que não conheço, mas desconfio nada tenham a ver com o trabalho do treinador. No Brasil diz-se que foi vítima da máfia das apostas. Em Wolverhampton realizou genericamente um bom trabalho. É um homem humilde, inteligente e que sabe muito bem onde está. Não podendo ter Guardiola ou Ancelotti, Lage é o treinador ideal para o Benfica.
Publicada por LF à(s) 13.11.24 9 comentários
MAIORES GOLEADAS SLB-FCP
Publicada por LF à(s) 12.11.24 1 comentários
INVERSÃO DE TENDÊNCIA?
No Dragão, com três vitórias e três empates nos últimos dez anos, já se vinha estabelecendo uma certa normalidade. Na Luz, com estas duas vitórias consecutivas, as coisas também começam a ficar diferentes.
Pode ser que, finalmente, o Benfica tenha aprendido a jogar com o FC Porto. A raça, a energia, a capacidade de pressão e o entusiasmo colocado neste último jogo, parecem indicar que sim.
Publicada por LF à(s) 11.11.24 11 comentários
ASSUME A RESPONSABILIDADE, PÁ!
O Benfica repetiu a exibição realizada diante do Atlético de Madrid, e reduziu o FC Porto a cacos. A sensação que fica é a de que o resultado poderia ter sido ainda mais volumoso (cinco, seis, sete?). Isso revela bem o que foi este "Clássico".
Ao contrário do que disse Vítor Bruno, a primeira parte só foi equilibrada no resultado. Os encarnados podiam ter ido para intervalo a vencer 3-0, não fosse a falta de sorte na finalização, e o erro colossal de Otamendi - que ofereceu o golo do empate a Samu.
Publicada por LF à(s) 11.11.24 10 comentários
ONZE PARA O CLÁSSICO
Publicada por LF à(s) 9.11.24 8 comentários
O FUTEBOL DE ATAQUE QUE SE LIXE
Enquanto o Benfica tinha Aimares, o Porto tinha Guarins - e era campeão. Aliás, os melhores e mais dominantes FC Portos que me lembro, tinham sempre uma defesa de ferro, um meio-campo de combate, e um ou dois jogadores mais tecnicistas para fazer a diferença. Não ganhavam 6-1 ao Rio Ave (ganhavam 1-0), mas nos "Clássicos" e na Europa apresentavam muito mais solidez e consistência. E normalmente, melhores resultados. O Sporting de Amorim tem Gyokeres (também ele, antes de mais, um poço de força) mas foi construído a partir de trás.
Gosto de ver futebol de ataque, com as equipas bem abertas, quando assisto...à Premier League. No Benfica? Quero "apenas" GANHAR! Repito, por ser essa a única palavra que me interessa: G A N H A R!
É um erro pensar-se que a matriz cultural do clube assenta no futebol ofensivo. O Benfica foi campeão europeu em 1961, sem Eusébio nem Simões, mas com Mário João, Neto, Cruz e outros homens de coragem. Ganhou a Taça Latina na raça, no tempo em que, do outro lado, se ouviam "Violinos". É um clube do povo, de gente pobre, que veste as cores do sangue e da luta.
Os anos de Eusébio - irrepetíveis em qualquer clube português no contexto do futebol moderno - foram uma excepção. Aí, de facto, o Benfica, com um dos melhores jogadores do mundo de todos os tempos (outra força da natureza, que não perdia tempo em toques de calcanhar, verónicas ou chicuelinas), tornou-se dominador e imperativo. Eram também os anos do futebol bonito, que morreu no Brasil-Itália de 1982.
Depois disso, o que vi foi o Benfica gastar rios de dinheiro em artistas, e perder para "pedreiros" de sangue nos olhos e faca nos dentes. E insistir nesse erro até aos limites do absurdo.
Publicada por LF à(s) 8.11.24 9 comentários
INGLÓRIO
Publicada por LF à(s) 7.11.24 17 comentários
OS FACTOS
Publicada por LF à(s) 6.11.24 22 comentários
ONZE PARA MUNIQUE
Publicada por LF à(s) 6.11.24 2 comentários
CÂMARA DAS TORTURAS
Ou seja, é daqueles jogos em que quase dá vontade de oferecer os três pontos e pedir em troca que os alemães nos poupem à goleada - que foi o que quase sempre aconteceu. Primeiro com Gerd Muller, mais tarde com Rummenigge, Klinsmann e Lewandowski. Temo que seja a vez de Harry Kane vestir a capa de verdugo...
Publicada por LF à(s) 5.11.24 2 comentários
SERVIÇOS MÍNIMOS
Publicada por LF à(s) 3.11.24 7 comentários
ONZE PARA O ALGARVE
Trubin; Bah, T. Araújo, A. Silva e Carreras; Aursnes, Kokçu, Di Maria e Beste; Pavlidis e Akturkoglu.
Publicada por LF à(s) 2.11.24 0 comentários
OURO NO BANCO
Publicada por LF à(s) 31.10.24 2 comentários
ONZE PARA A TAÇA DA LIGA
Samu; Bah, T. Araújo, A. Silva e Beste; Florentino, Renato e Rolheiser; Amdouni, Pavlidis e Schjelderup.
Publicada por LF à(s) 30.10.24 0 comentários
VOU TORCER POR ELE
Publicada por LF à(s) 30.10.24 10 comentários
COMO SE DIZ MANITA EM TURCO?
Publicada por LF à(s) 28.10.24 6 comentários
BALDE DE GELO
Fosse o Sporting a perder, e já se dizia nas televisões que o Feyenoord era uma super equipa, capaz de ombrear com o Real Madrid e o City na luta pelo título europeu. Quem me conhece saberá que não entro por aí. O conjunto de Roterdão apareceu, de facto, muito bem organizado e fisicamente bastante fresco, tem um ou outro jogador que se destaca, mas estava claramente ao alcance do melhor Benfica - por exemplo, daquele que venceu categoricamente os "Colchoneros" por 4-0. E este era mesmo um dos jogos a ganhar nesta fase da prova, teoricamente o mais "fácil" dos oito.
Acontece que o melhor Benfica não apareceu em campo.
Publicada por LF à(s) 24.10.24 15 comentários
HOLANDESES NA LUZ
Publicada por LF à(s) 23.10.24 4 comentários
A "PUREZA" DO SPORTING
Publicada por LF à(s) 22.10.24 4 comentários
DAVID SILVA, um artista a não esquecer
Publicada por LF à(s) 20.10.24 8 comentários
BESTIAL, MAS POUCO
Publicada por LF à(s) 20.10.24 10 comentários
CRAQUE, DENTRO E FORA DO CAMPO
Um craque, em todas as dimensões do jogo e da vida.
Publicada por LF à(s) 17.10.24 3 comentários
MAIS DO MESMO
Publicada por LF à(s) 15.10.24 13 comentários
AS MODALIDADES
TÍTULOS MODALIDADES COLECTIVAS DE PAVILHÃO- últimos dez anos:
INVESTIMENTO POR SECÇÃO - 2023-24:
Ponto prévio: não admito, e jamais admitirei, acabar com qualquer das secções em causa, ou seja, Hóquei, Basquete, Volei, Andebol e Futsal, nas vertentes masculina e feminina. Já em modalidades como Ténis de Mesa, Polo Aquático, Bilhar ou Rugby, e mesmo Atletismo, Canoagem, Triatlo ou Natação, não conhecendo os custos, não poderei emitir uma opinião sustentada, sendo que gosto de as ter, mas confesso que não daria muito pela falta. Relativamente ao chamado Projecto Olímpico, tenho grandes dúvidas sobre a relação custo-benefício. Não sei quanto paga o Benfica a Pablo Pichardo, Fernando Pimenta ou Diogo Ribeiro, nem como funcionam os patrocínios, mas verifico que as suas grandes vitórias raramente são associadas ao clube. Para além dos Jogos Olímpicos se disputarem apenas de quatro em quatro anos, e nesse contexto os atletas representarem sobretudo (ou somente) o país. Justifica-se tê-los apenas como bandeiras? Francamente não sei.
Voltando às modalidades de Pavilhão, dando as femininas como claramente hegemónicas (falta o Volei, mas acredito que vá a caminho), vamos então às cinco masculinas.
Publicada por LF à(s) 11.10.24 13 comentários
É GOLEADOR!
Publicada por LF à(s) 11.10.24 5 comentários
ATÉ QUANDO?
Publicada por LF à(s) 7.10.24 8 comentários
I N O L V I D Á V E L !
Quem viu, não esquecerá. Quem não viu deve lamentar-se, pois tratou-se, porventura, do melhor jogo do Benfica nos últimos anos.
É claro que há sempre quem procure desvalorizar as vitórias do clube. Naturalmente os rivais, mas, ultimamente, também alguns que se autointitulam benfiquistas. Neste caso concreto, vão ter muita dificuldade em fazê-lo.
O Atlético de Madrid, que veio na máxima força (enfim, faltou apenas o lesionado Le Normand), é das equipas que melhor defende no mundo. Gastou cerca de duzentos milhões de euros em reforços, e é candidato a tudo. Já com oito jornadas do seu campeonato, ainda não tinha perdido qualquer jogo na temporada. De resto, sofreu na Luz quase tantos golos como havia sofrido nos restantes nove jogos que disputou - nos quais só por uma vez não tinha marcado. Acabou a partida de rastos, suplicando pelo apito final do árbitro, esmagado pela força impiedosa do adversário.
Vamos ao Benfica, e desde logo a Bruno Lage. Ao contrário do que parecia acontecer com Roger Schmidt (e também a ele voltarei mais adiante), com o setubalense a equipa adapta-se estrategicamente ao adversário. Esperava-se um Benfica no mesmo 4-3-3 que se havia cimentado nas últimas partidas, mas, quase sem mexidas no onze, viu-se uma maleabilidade táctica notável: quer com um 4-4-2 em que Di Maria surgia solto como segundo avançado, e Aursnes (este homem vale ouro) e Akturkoglu como alas a reforçarem os flancos, quer com um 4-1-4-1, com Florentino atrás de um quarteto que, tanto povoava o meio-campo em processo defensivo, como se expandia assim que a equipa recuperava a bola. Além dessa dimensão táctica, percebe-se que os jogadores estão com o seu treinador, sentem-se confortáveis com o que têm de fazer em campo, e por tudo isso respiram confiança.
O efeito foi uma exibição esplendorosa, perante a qual o resultado final acabou por ser simpático para os madrilenos. O Benfica criou cerca de uma dezena de oportunidades de golo, enviou duas bolas aos ferros, obrigou Oblak a duas ou três intervenções de grande categoria e o central Gimenez a alguns cortes providenciais dentro da área – sendo estes os dois melhores elementos entre os “colchoneros”.
Do lado dos encarnados, individualmente destacaria Carreras, que fez o seu melhor jogo com a camisola do Benfica. Também Florentino, Aursnes e Kokçu estiveram em nível elevadíssimo, num colectivo que brilhou pelo todo e como um todo.
À saída do estádio muita gente falava de Roger Schmidt e do contraste (óbvio, inegável) desta equipa com a que iniciou a época. Ora como eu não tenho memória curta, e as coisas são o que são, terei de dizer que a exibição europeia do Benfica que, nos últimos anos, me recordo de mais se ter parecido com esta, ocorreu numa partida com a Juventus, quando no banco estava…Roger Schmidt. Também esse foi um jogo maravilhoso. É justo dizê-lo neste momento, até para provar que o mundo não é a preto e branco.
Com uma eventual vitória sobre o Feyenoord no dia 23 (e agora há que evitar qualquer tipo de triunfalismo), o Benfica colocar-se-á numa posição bastante favorável face ao apuramento. Não nos oito primeiros – isso parece-me utópico -, mas nos 24 que seguirão para o playoff.
Quanto ao campeonato, creio que ainda haverá tempo. E a jogar assim, o Sporting que se cuide e que se assuste- tem fortes razões para isso.
Publicada por LF à(s) 3.10.24 7 comentários
ESPANHÓIS NA LUZ
Publicada por LF à(s) 2.10.24 10 comentários
ONZE PARA A CHAMPIONS
O Atlético é uma equipa extremamente difícil. Naturalmente pelo valor dos seus jogadores, mas também porque joga o tipo de futebol com o qual o Benfica tem normalmente grandes dificuldades. Um empate seria ouro.
Publicada por LF à(s) 2.10.24 0 comentários
TODOS DO MESMO CLUBE
Publicada por LF à(s) 1.10.24 4 comentários
A REPRESENTATIVIDADE DAS ASSEMBLEIAS GERAIS
Talvez se aplique a máxima de Churchill, quando falava da democracia. Talvez as AG sejam o pior sistema para tomar decisões...à excepção de todos os outros. Mas há que fazer uma reflexão profunda sobre elas, a sua morfologia face a um contexto muito diferente daquele em que foram idealizadas, e a sua representatividade num clube que tem 326 mil associados, 325 mil dos quais não vão às AG's, deixando que estas se resumam ao número dos presentes numa qualquer partida de Voleibol - o que acontece pelos mais diversos motivos, um dos quais a distância para Lisboa e o facto de se prolongarem invariavelmente muito para além do horário aceitável para o comum cidadão trabalhador e/ou de família.
Os benfiquistas não têm todos de ser "ultras" - embora estes achem que o clube é só deles. Há muitas formas de viver o clube, e todas são respeitáveis. A maioria dos sócios gosta de ver futebol, quer que o Benfica ganhe, mas não se interessa muito pelos jogos de poder que se disputam fora do relvado. Muitos dos sócios vivem longe de Lisboa, espalhados pelo país e pelo mundo. Fazem sacrifícios enormes para poder ir a alguns jogos. Querem futebol, vitórias e títulos. Dispensam converseta e discussões, muitas vezes estéreis e quase sempre divisionistas - quando não arruaceiras.
Publicada por LF à(s) 1.10.24 0 comentários
SE ISTO É UM DÉRBI...
Às razões comerciais sobrepõe-se, creio eu, a necessidade de preservar símbolos. Um clube é um emblema e as suas cores. Se mexemos nesses parâmetros, corremos o risco de deixar ficar pouca coisa. As marcas desportivas estão-se nas tintas para isso. Os dirigentes não podem estar.
Ah... o Benfica ganhou em Alvalade. E num campeonato corrido a 22 jornadas, e em que existe uma clivagem enorme entre os principais clubes e os outros, esta vitória foi extremamente importante - limpando também a imagem deixada pelas encarnadas (às vezes vestidas de preto) na qualificação para a Champions.
Publicada por LF à(s) 1.10.24 1 comentários
FESTA DO GOLO
Publicada por LF à(s) 29.9.24 4 comentários
A LIGUINHA DO PROENÇA
Por essa via sinuosa chegou ao dirigismo, onde tem mostrado, de novo, a sua total incompetência em termos de substância. Na forma, continua a falar bem, a dar abraços a toda a gente, e a fingir que sabe o que diz.
Ora, segundo ele, nenhum clube vale mais do que a sua liguinha pindérica. Vale sim, camarada! E não só o Benfica vale mais do que a liga portuguesa, como o Sporting, o FC Porto, e até talvez o Braga e o Guimarães. O país tem excelentes jogadores, tem excelentes treinadores, tem clubes que fazem milagres na Europa. Qual é o maior problema? O que é que puxa o futebol português para baixo? A fraca arbitragem (onde estava Proença), e a miserável liga (onde está Proença), que procura nivelar tudo por baixo e colocar grandes clubes ao nível de sad's fantasma, sem identidade, sem história, sem massa crítica, com capital sabe Deus de onde, com propósitos sabe Deus quais, e que intoxicam o campeonato nacional até se tornar totalmente irrelevante à escala internacional.
Um idiota qualquer lembrou-se de legislar sobre a centralização dos direitos televisivos. E agora estamos nisto, a menos que alguém de bom senso intervenha - necessariamente a nível político - para, ou revogar essa legislação, ou fazê-la acompanhar por uma redução drástica do número de clubes capaz de, em sentido oposto, nivelar por cima, congregar patrocinadores, aumentar o número de jogos interessantes (sejamos honestos: quem vê, e a quem interessa, um Casa Pia-Moreirense?), e não penalizar os verdadeiros clubes portugueses - aqueles que competem nas provas internacionais, que formam e vendem grandes jogadores, que suscitam a atenção de 99,9% dos adeptos, e que não têm nada que partilhar o dinheiro que geram com investidores abutres que dominam o desfile fúnebre que é o campeonato português. A solidariedade deve existir para com pessoas. Não para com entidades pseudo-desportivas.
Acredito que a Liga podia até valer bastante se alterasse os seus quadros competitivos, promovesse uma primeira divisão adequada à dimensão social, cultural, económica e demográfica do país, com oito clubes a quatro voltas (multiplicando os "Clássicos"), e atirasse para os escalões secundários todo o lixo que a conspurca. Aí sim, talvez tivéssemos um campeonato interessante, vendável para outros países, e clubes competitivos a todos os níveis.
Acontece que os perus não votam a favor do Natal. E Proença é, naturalmente, o chefe da capoeira.
Deste modo, o Benfica (mas também Sporting, Porto, Braga e Guimarães), devem manter-se totalmente à margem deste caminho, que será o caminho da ruína. E se necessário, com mais um ou outro, numa posição de força, criarem a sua própria Super-Liga, deixando Proença a contar as moedas dos Casas Pias-Moreirenses, e dos Avs's-Aroucas.
Publicada por LF à(s) 27.9.24 5 comentários
SAI MAIS UM LUÍS
Tal como Luís Filipe Vieira na CMTV, também Luís Mendes (e há tantos luíses nesta terra...) se prestou a uma espécie de ajuste de contas no Record (do mesmo grupo), que não sendo directamente com Rui Costa, acaba inevitavelmente por atingir em cheio as ditas do dito.
Pobre Rui Costa. Não há quem não lhe atire pedras. E o pior é a sensação de que alguns dos que estão hoje com ele, também o farão assim que, por qualquer motivo, venham a sair dali.
Publicada por LF à(s) 26.9.24 23 comentários
RUI COSTA E A ANÁLISE AO MERCADO
Prometeu uma auditoria, cumpriu, e o resultado foi contestação. Prometeu rever os estatutos, está a cumprir, e o resultado é mais contestação. Prometeu abordar o mercado com transparência, tem cumprido, e cada palavra que diz é alvo de ainda maior contestação. Como bem sabemos, contestação em 2024 significa insultos, quando não agressões ou tentativas de tal. E ninguém já quer saber de ter sido campeão nacional em Maio de 2023 (ou seja, há apenas 16 meses!), ou de ter ido a três Quartos-de-Final europeus consecutivos (dois deles na Champions). Enfim, o mundo está assim, e não sei onde vai parar.
Fosse eu, e não tinha feito auditoria nenhuma (um autêntico strip-tease aos negócios do Benfica, para gáudio dos media e dos rivais), não revia estatutos nenhuns (não são, nem alguma vez foram, os estatutos a ganhar ou a perder campeonatos), nem dava satisfações públicas sobre a contratação de A ou B, nem sobre a venda de C ou D, até porque em muitos desses casos não é possível dizer a verdade toda (como, por exemplo, que João Mário tinha talvez o salário mais alto do plantel, ou que Neres, Leonardo e Morato, diz-se por aí, encontravam-se depois dos treinos para beber copos num bar da margem sul). Abrem-se várias caixas de Pandora, que depois se torna impossível fechar. Fica sempre a esperança, como na mitologia grega.
Talvez o próprio Rui Costa aprenda com os erros, e um dia entenda que não se pode agradar a toda a gente, sob pena de não se agradar a ninguém. E se queriam, da minha parte, críticas ao presidente do Benfica, aqui estão elas. Posso ainda acrescentar ao ramalhete a renovação extemporânea com Roger Schmidt e as demasiadas mexidas no plantel no pós-título de 2023 (para as quais aqui chamei a atenção em devido tempo), tudo situações naturais na história do Benfica - erros, tais como quando Ferreira Queimado deixou fugir Jordão, ficou só com um ponta-de-lança e perdeu dois campeonatos para o FC Porto (que não ganhava havia 19 anos), ou quando Fernando Martins vendeu Chalana e Stromberg para fechar o Terceiro Anel que passado poucos anos (com o início das transmissões televisivas) estava às moscas, quando Borges Coutinho deixou sair Jimmy Hagan, hipotecando porventura a afirmação europeia de uma equipa que a merecia, quando Jorge de Brito ignorou um colapso financeiro que levou ao "Verão Quente" de 1993, quando Damásio permitiu que Artur Jorge despedisse meio plantel e depois despediu-o a ele, quando Vilarinho recusou renovar com José Mourinho o que originou a sua saída e tudo o que se viu depois, isto para não ir mais longe, nem mais perto. Todos os presidentes, de todas as instituições, cometem erros, que constam de um balanço final ao lada das realizações. Eu tenho a mania de querer esperar pelos balanços finais.
Sobre o que Rui Costa disse em concreto não há muito a acrescentar.
Como em todos os anos, e em todos os clubes, há contratações boas e contratações más. Há sempre um Fresnada por cada Gyokeres, um Bruno Cortez por cada Jonas e um Kabore por cada Akturkoglu. De resto, creio que muito do mercado de 2024 foi para corrigir erros de 2023 - e só no fim da época poderemos saber se com sucesso ou não. Algumas das contratações tiveram o óbvio crivo do ex-técnico (Beste e Barreiro, pelo menos), mas nem sequer foram as mais caras, e talvez não sejam más de todo.
Quanto a vendas, só por ignorância ou má fé se pode achar baixo o valor pago por João Neves - que, por muito que gostemos dele, e eu gosto muito dele, nem sequer foi titular da Selecção no Europeu. O outro titular indiscutível do Benfica que saiu, Rafa, creio não ter mesmo sido possível manter - e, diga-se, também não era consensual entre uma franja de benfiquistas.
Publicada por LF à(s) 25.9.24 18 comentários
CONTRA VENTOS E MARÉS
Publicada por LF à(s) 24.9.24 11 comentários