O 1ºDIA DO RESTO DA VIDA DE LAGE
Cumprir-se-á na próxima sexta-feira um ano civíl certinho desde que Bruno Lage regressou ao Benfica.
Na altura, a equipa encarnada estava já a cinco pontos do Sporting, fruto de uma derrota em Famalicão e um empate em Moreira de Cónegos. O treinador setubalense não fizera a pré-época, não escolhera o plantel, chegara com o mercado de transferências já encerrado, mas mesmo assim deitou mãos à obra e conseguiu levar o futebol da equipa até níveis bastante elevados. Alcançou seis triunfos consecutivos (entre os eles uma vitória em Belgrado e uma goleada 4-0 ao Atlético de Madrid, com uma exibição deslumbrante), e só no final de Dezembro perderia o primeiro jogo em contexto nacional, em Alvalade por 1-0, tendo pelo meio goleado o FC Porto na Luz por 4-1.
Em Janeiro venceu a Taça da Liga, o primeiro troféu que disputou. Atingiu os oitavos-de-final da Champions, discutindo taco a taco com o Barcelona (depois de quatro vitórias fora de portas). Em Abril venceria no Dragão, novamente por 4-1 (algo que não sucedia há mais de cinquenta anos), e com esse triunfo atingiu a liderança da classificação. Sem esquecer a onda gigante de lesões que dizimou o plantel por essa altura.
Depois veio o jogo com o Arouca, em que a rasteira com o ombro de Otamendi, naturalmente revertida pelo VAR, mas objecto de igóbil insistência do árbitro António Nobre, custou dois pontos, e com eles o primeiro lugar. Chegou-se ao dérbi de todas as decisões com o Benfica a necessitar de ganhar. Infelizmente o remate de Pavlidis bateu no poste, e o título foi para Alvalade.
Na final da Taça aconteceu o escândalo que ninguém poderá esquecer. Um pisão na cabeça, já em tempo de descontos, foi ignorado pelo VAR, e permitiu ao Sporting uma reviravolta quando muitos dos seus adeptos já haviam abandonado o Jamor.
Na altura, a equipa encarnada estava já a cinco pontos do Sporting, fruto de uma derrota em Famalicão e um empate em Moreira de Cónegos. O treinador setubalense não fizera a pré-época, não escolhera o plantel, chegara com o mercado de transferências já encerrado, mas mesmo assim deitou mãos à obra e conseguiu levar o futebol da equipa até níveis bastante elevados. Alcançou seis triunfos consecutivos (entre os eles uma vitória em Belgrado e uma goleada 4-0 ao Atlético de Madrid, com uma exibição deslumbrante), e só no final de Dezembro perderia o primeiro jogo em contexto nacional, em Alvalade por 1-0, tendo pelo meio goleado o FC Porto na Luz por 4-1.
Em Janeiro venceu a Taça da Liga, o primeiro troféu que disputou. Atingiu os oitavos-de-final da Champions, discutindo taco a taco com o Barcelona (depois de quatro vitórias fora de portas). Em Abril venceria no Dragão, novamente por 4-1 (algo que não sucedia há mais de cinquenta anos), e com esse triunfo atingiu a liderança da classificação. Sem esquecer a onda gigante de lesões que dizimou o plantel por essa altura.
Depois veio o jogo com o Arouca, em que a rasteira com o ombro de Otamendi, naturalmente revertida pelo VAR, mas objecto de igóbil insistência do árbitro António Nobre, custou dois pontos, e com eles o primeiro lugar. Chegou-se ao dérbi de todas as decisões com o Benfica a necessitar de ganhar. Infelizmente o remate de Pavlidis bateu no poste, e o título foi para Alvalade.
Na final da Taça aconteceu o escândalo que ninguém poderá esquecer. Um pisão na cabeça, já em tempo de descontos, foi ignorado pelo VAR, e permitiu ao Sporting uma reviravolta quando muitos dos seus adeptos já haviam abandonado o Jamor.
Apesar de Lage ter feito mais pontos que o Sporting, o Benfica perdeu o Campeonato. Apesar de ter jogado melhor e merecido vencer no Jamor, o Benfica também perdeu a Taça. Os resultados não fizeram justiça ao treinador e ao seu trabalho. O destino foi cruel, demasiado cruel.
A honrosa participação no Mundial de clubes quase não deixou espaço para férias e/ou pré-temporada, antes da Supertaça e das pré-eliminatórias da Champions. Mesmo nessas circunstâncias extremamente difíceis, o Benfica venceu o Sporting no Algarve, e, batendo sucessivamente Nice e Fenerbahce, qualificou-se para a Champions. Além disso, não perdeu qualquer ponto nas três primeiras jornadas da Liga.
Defendi ardentemente o treinador até este momento, em contramão com muitos benfiquistas que não lhe perdoaram a perda (digo eu, injusta) de Campeonato e Taça na época passada. Como acabei de escrever, houve imensas atenuantes para tal, como as haveria também para a eventualidade de não ter ganho, por exemplo, a Supertaça, ou ter cedido, por exemplo, um empatezeco nestas primeiras jornadas. Fellizmente isso não aconteceu, e o registo em 2025-26 é para já perfeito.
E aqui estamos, na primeira pausa para selecções.
O mercado de Verão trouxe aquilo que Bruno Lage pediu (enfim, não veio Mbappé, mas vieram jogadores com as características e para as posições escolhidas pelo técnico). Agora, todo um novo mundo se abre. Um mundo de exigência.
Com um plantel desenhado por Lage, daqui em diante não haverá mais atenuantes.para um eventual fracasso. Estou e estarei com ele até ao fim, mas, meus amigos, exijo-lhe o Campeonato. A Champions é para ganhar dinheiro e chegar o mais longe possível, a Taça de Portugal é por vezes aleatória, a Taça da Liga vale o que vale. Dou tudo isso de barato, mas quero o Campeonato. Esse, exijo-o ao treinador, aos jogadores e ao presidente.
Vamos a isso!
4 comentários:
Vá lá, alguém que concorde comigo.
Se compreendo o ataque cerrado que os rivais e da comunicação social a eles afecta faz a Lage, não entendo a forma como os nossos destratam Lage, que já nos deu várias provas de não ser um qualquer.
Daqui por mais uns 10, 15 anos, estaram os mesmos críticos a invocar os tempos em que dávamos 4 ao porto consecutivamente, goleávamos o atlético de madrid ou venciamos o bayern. Os mesmos que invocam, como justificação para atacar tudo e todos, uma suposta hegemonia que não me recordo de ver nos meus 50 anos de idade e 40 de adepto.
Tudo certo mas a minha dúvida, aqui não aflorada é se o plantel actual foi montado mais para a champions e menos para o campeonato.
Dois jogos para o campeonato mostraram muita dificuldade das aquisições em "entrar" no espírito mais guerreiro e menos técnico do torneio caseiro.
O que é que isso interessa? O plantel foi montado para o Benfica.
Chega essa dúvida ou há mais?
Viu os jogos? Acha que as circunstâncias externas ao jogo foram "normais"?
Vê as mesmas "circunstâncias" em jogos das outras ligas estrangeiras?
O Rios dá-me a mesma impressão. Como se estivesse a borrifar para as competições indígenas.
É o problema de ter plantéis só com estrangeiros que passam aqui 2 ou 3 anos a ver se dão o salto. E alguns treinadores é a mesma coisa, para a sua projeção vale mais uns quartos da Champions do que um campeonato nacional.
É em parte por isso é que prefiro Lage a um Farioli qualquer. E plantéis onde há Florentinos, Eliseus, Andrés Almeidas para enquadrar os outros.
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