OBVIAMENTE, SILÊNCIO!
Acredito, honestamente, que nem os portistas, ou pelo menos alguns deles, percebam inteiramente o que representou Pinto da Costa para o Benfica. Só por isso (ou por má fé) alguém poderá estranhar o silêncio do clube da Luz para com a morte de um cidadão - que já nem sequer era o presidente do FC Porto.
Não é por ter ganhado muitas vezes. Sim pelos métodos com que o fez (todos os imagináveis), e, talvez ainda mais, pela atitude ostensivamente provocatória e cínica que sempre manifestou para com aqueles que, ele próprio, considerava seus inimigos - e que nunca se cansou de tentar humilhar e espezinhar.
Quando morreu Manuel Fernandes, escrevi um texto de saudade no jornal do Benfica. Era um adversário. Marcou golos e golos ao meu clube. Fez-me sofrer, mas era um homem digno. Um rival, jamais um inimigo. O mesmo poderia dizer do "Bibota" Fernando Gomes. Outro que, em campo, fez a vida negra ao Benfica. Foi um adversário temível, mas sempre respeitável.
Não é a instituição centenária FC Porto que está em causa. Pinto da Costa podia ter vencido ainda mais vezes. Fosse uma pessoa cordata, digna, elevada, respeitadora, honesta e desportivista, e não haveria vitórias nem títulos (do meu lado, derrotas) que me impedissem agora de me curvar perante a sua memória.
Como todos sabemos, não foi o caso. E nem é preciso ir ao Apito Dourado e a todo um sistema podre e corrupto que ele arquitectou ao longo de quarenta anos, e que depois fez escola no futebol português. Nem à conflitualidade, violência e intimidação que ele trouxe para o desporto. Basta lembrar os e-mails, que ele patrocinou, e que foram um acto de terrorismo comunicacional como não há memória. E estaria aqui o dia inteiro a recordar episódios de provocação insultuosa e insidiosa de quem, verdadeiramente, nunca soube ganhar.
Como é óbvio, os benfiquistas não admitiriam outra coisa a Rui Costa que não fosse ignorar a morte deste indivíduo - que, para mais, chega num momento em que já é completamente insignificante.
Não é por ter ganhado muitas vezes. Sim pelos métodos com que o fez (todos os imagináveis), e, talvez ainda mais, pela atitude ostensivamente provocatória e cínica que sempre manifestou para com aqueles que, ele próprio, considerava seus inimigos - e que nunca se cansou de tentar humilhar e espezinhar.
Quando morreu Manuel Fernandes, escrevi um texto de saudade no jornal do Benfica. Era um adversário. Marcou golos e golos ao meu clube. Fez-me sofrer, mas era um homem digno. Um rival, jamais um inimigo. O mesmo poderia dizer do "Bibota" Fernando Gomes. Outro que, em campo, fez a vida negra ao Benfica. Foi um adversário temível, mas sempre respeitável.
Não é a instituição centenária FC Porto que está em causa. Pinto da Costa podia ter vencido ainda mais vezes. Fosse uma pessoa cordata, digna, elevada, respeitadora, honesta e desportivista, e não haveria vitórias nem títulos (do meu lado, derrotas) que me impedissem agora de me curvar perante a sua memória.
Como todos sabemos, não foi o caso. E nem é preciso ir ao Apito Dourado e a todo um sistema podre e corrupto que ele arquitectou ao longo de quarenta anos, e que depois fez escola no futebol português. Nem à conflitualidade, violência e intimidação que ele trouxe para o desporto. Basta lembrar os e-mails, que ele patrocinou, e que foram um acto de terrorismo comunicacional como não há memória. E estaria aqui o dia inteiro a recordar episódios de provocação insultuosa e insidiosa de quem, verdadeiramente, nunca soube ganhar.
Como é óbvio, os benfiquistas não admitiriam outra coisa a Rui Costa que não fosse ignorar a morte deste indivíduo - que, para mais, chega num momento em que já é completamente insignificante.
5 comentários:
O "golo" de ontem do fcp foi a melhor "homenagem" ao defunto.que se poderia imaginar.
mlm
Para o Mark Trencher, ou melhor, talvez Troncho.
Ou és muito novinho e tenrinho nestas andanças, ou tens uma amnésia severa, incurável, ou mais ainda, és um "penetra" azul e bronco.
Esse canalha mais a sua "entourage" mafiosa - há alguns que ainda por cá andam que devem anos e anos à cova - ao longo de quatro décadas quiseram destruir o Benfica. Ponto!
Resta a ratazana arbitral, mais conhecido pela "Múmia do apito", uma figura tão sinistra como o recente defunto. Também já não faltará muito tempo para ir jogar a "sueca" com os seus parceiros de antanho na antecâmara do Inferno, pois o Chifrudo vedou-lhes a entrada e antecipadamente, confiscou-lhes os "passaportes" não vão eles tecer alguma "macacada" e deixá-lo pendurado e na falência como deixaram o "grémio das putas", vulgo fcp. Como diz o anão vinhateiro da cremalheira nova, vocês sabem de quem eu estou a falar?
Pois eu lembro-vos. Lembram-se daquela frase dirigida à Carol dos Broches? "Então menina, mas ele ainda ficou a falar...". Esta é a parte do diálogo "bexigoso" sobre a ocorrência criminosa no parque de estacionamento da Alfândega do Porto, eh, eh, eh...
Saudações Gloriosas.]
Caro LF: a estratégia dos emails, que muito bem apelidas de terrorismo comunicacional, e que em tribunal se provou tratar-se de crime, foi gizada pela aliança do Altis, Porto e Sporting. E é bom que não nos esqueçamos disso.
Como Benfiquista, durante anos vi muitos de nós (inclusive eu) ansiar pelo dia em que esse senhor, conhecido pelas iniciais PC (Porco Corrupto) deixasse o clube que presidia e o desporto, fosse pela merecida cadeia, por suspensão ou questões de saúde. A dada altura, parecia evidente que só ia deixar a presidência quando deixasse este mundo e vi muita gente desejar que ele fosse desta para melhor o quanto antes (pessoalmente, a esse ponto nunca cheguei). A verdade é que, pelo menos eu, não imaginava que ele acabasse assim: escorraçado da presidência do clube pelos próprios sócios e traído por um ex-treinador que sempre lhe pareceu ser fiel. Ou seja, o tal "presidente dos presidentes" acabou com uma saída humilhante pela porta pequena. No espaço de menos de um ano, alguns dos rufias que o suportavam foram para a cadeia e ele morre, sendo que a pessoa que escolheu para dar a última entrevista e fazer revelações foi uma adepta do Benfica.
Apesar de não ter visto o tema ser explorado na imprensa, algumas fontes ligadas ao tipo, dizem que a saúde dele deteriorou-se ainda mais com a derrota nas presidenciais e a perda de poder, que no fundo foi a única coisa que teve durante a vida. A morte dele terá sido acelerada por isso, o que não deixa de ser irónico: não foi Lisboa, foram os sócios do clube do Porto que contribuíram para a decadência e irrelevância institucional desse indivíduo. Ele bem tentou gozar com a própria morte, mas o estado a que chegou, isolado, sem importância, odiado pelos rivais e desprezado pelos aliados, mostrou que a justiça acaba por chegar para todos, incluindo para esse sujeito que parecia inimputável.
É curioso ver que um tipo que sempre hostilizou a imprensa com insultos, agressões, branqueamento de agressões, provocações, gozo, coacção... etc, mesmo na morte continua a ter a imprensa ajoelhada a ele. Não estou ligado à política, mas podia ser interessante os políticos hostilizados pela imprensa (Ventura, Trump...) verem este caso. Parece-me que acima de tudo é preciso ser temido e ter um bando de arruaceiros fanáticos e criminosos ao lado. O Porco Corrupto sempre teve imensos podres e foi hostil com a imprensa, mas nem uma palavra, nem um confronto, nem uma tentativa de o denegrir. Sempre muito respeitinho e subserviência. Em 40 e tal anos esse sujeito só deu maus exemplos e trouxe a corrupção e o provincianismo para o futebol português, portanto o que fez é para ser esquecido. Agora, esta aura intocável que ele criou perante a imprensa, que tanto odiava, é um excelente caso de estudo de Maquiavelismo no século XXI.
Anónimo
Os meus parabéns.
Talvez o comentário mais eloquente que li a propósito da morte do velho corruptor.
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