SHOW DE BOLA
Se era necessário demonstrar que a "crise" tinha ficado definitivamente para trás, a goleada aplicada ao Famalicão (que vencera o Benfica na primeira jornada) deixou isso bem claro. O herói foi Leandro Barreiro - jogador que se tem afirmado a pulso na equipa, não é de encantar as bancadas, mas revela uma utilidade crescente, sendo hoje uma espécie de Aursnes, com menos perfume mas, pelos vistos, mais golo.
Se o luxemburguês foi o homem da noite, a verdade é que toda a equipa esteve bem, impondo desde cedo um ritmo que a pôs a coberto de qualquer contrariedade - como por exemplo uma arbitragem tendenciosa, que irritou o estádio e só não inclinou mais o campo porque não conseguiu.
A quem apontar a ausência de Di Maria como razão para o brilhantismo, recordo que nos melhores jogos da temporada (creio ser consensual terem sido contra Atlético e Porto), o argentino não só estava, como foi o melhor em campo.
Aliás, se as observações valem o que valem, também é altura de dizer que, as derrotas contra Braga e Sporting, vistas a frio, foram de alguma forma injustas - pois em qualquer das duas partidas, mesmo sem jogar bem, o Benfica merecia, pelo menos, o empate.
Ou seja, a "crise", ou lá o que foi que aconteceu, terá sido episódica, exponenciada pela doentia voragem dos tempos que vivemos, mas longe de determinar fosse o que fosse - como a Taça da Liga, a segunda parte de Faro, e todo o jogo desta noite vieram demonstrar. E se alguns jogadores desceram de forma, outros apareceram em grande. Para o Barcelona fica desde já uma nota: serão Barreiro, Schjelderup e mais nove.
Palavra final para Pavlidis. Em crise de confiança quase penosa, continuo a acreditar no potencial do grego. Também precisa de alguma sorte para fazer sair o ketchup. Não é um Van Basten, mas é o mais completo avançado do plantel, e sobretudo tem capacidade para muito mais do que aquilo que tem mostrado.
Sem comentários:
Enviar um comentário