EM DEFESA DE LAGE
Agora é fácil: depois de ter espetado quatro no FC Porto, ninguém se lembra de Munique, nem das críticas que alguns então fizeram ao treinador do Benfica.
Nisso estou de consciência tranquila. Como aqui escrevi, a única forma de sair vivo do Allianz Arena era meter um autocarro em frente da baliza. Foi o que o Benfica fez, e com um bocadinho de sorte tinha conseguido o desejado zero a zero. Perdeu 1-0. Diga-se que nunca na história os encarnados lá fizeram melhor do que isso.
Agora percebo também que, para entrar a 200% com o rival nortenho, num jogo que, em caso de derrota, podia objectivamente significar o adeus ao título, era preciso acautelar a equipa na Alemanha, numa partida em que perder não seria (como não foi) dramático. Por exemplo, Di Maria não entrou de início frente ao Bayern e foi o melhor em campo no "Clássico". Outros houve que pouparam esforços durante a semana, e entraram prego a fundo no domingo, com o resultado que se viu.
É bonito dizer-se que o Benfica entra em todos os jogos para ganhar, blá blá blá, blá blá blá. Mas os jogadores não são máquinas, e a história recente dos confrontos com o FC Porto diz que, para os vencer, é mesmo preciso sê-lo. A vitória de domingo começou pois a ser preparada na quarta-feira.
Bruno Lage fez uma recuperação épica em 2018-19. Em 2019-20 foi traído por circunstâncias que não conheço, mas desconfio nada tenham a ver com o trabalho do treinador. No Brasil diz-se que foi vítima da máfia das apostas. Em Wolverhampton realizou genericamente um bom trabalho. É um homem humilde, inteligente e que sabe muito bem onde está. Não podendo ter Guardiola ou Ancelotti, Lage é o treinador ideal para o Benfica.
Agora percebo também que, para entrar a 200% com o rival nortenho, num jogo que, em caso de derrota, podia objectivamente significar o adeus ao título, era preciso acautelar a equipa na Alemanha, numa partida em que perder não seria (como não foi) dramático. Por exemplo, Di Maria não entrou de início frente ao Bayern e foi o melhor em campo no "Clássico". Outros houve que pouparam esforços durante a semana, e entraram prego a fundo no domingo, com o resultado que se viu.
É bonito dizer-se que o Benfica entra em todos os jogos para ganhar, blá blá blá, blá blá blá. Mas os jogadores não são máquinas, e a história recente dos confrontos com o FC Porto diz que, para os vencer, é mesmo preciso sê-lo. A vitória de domingo começou pois a ser preparada na quarta-feira.
Bruno Lage fez uma recuperação épica em 2018-19. Em 2019-20 foi traído por circunstâncias que não conheço, mas desconfio nada tenham a ver com o trabalho do treinador. No Brasil diz-se que foi vítima da máfia das apostas. Em Wolverhampton realizou genericamente um bom trabalho. É um homem humilde, inteligente e que sabe muito bem onde está. Não podendo ter Guardiola ou Ancelotti, Lage é o treinador ideal para o Benfica.
7 comentários:
Elementar! Haja pachorra para os líricos - que seriam os primeiros a atacar lage se jogasse aberto e viesse de lá com meia dúzia como o porto e sete como o Sporting...
100% de acordo.
Confirmo que a saida forçada de Lage, assim como de TODOS os outros treinadores nos últimos anos, foram TODAS manobradas por forças externas ao clube. O Benfica quase sempre com melhores equipas e jogadores.
Como disse o JJ, o Benfica é o Benfica. Ele sabe, foi uma das vítimas.
Penso que não será novidade para ninguém que esteja atento.
sobre o jogo na alemanha não tenho nada a acrescentar ao que disse na altura nunca critiquei as mudanças, que nem achei que fossem assim tantas como alguns apregoaram, nem a escolha tática mas sim a estratégia, não o jogar para o empate mas sim jogar para o nulo.
pois já vimos que é o treinador ideal, quando as coisas correm bem é um génio quando correm mal como com o farense, com os holandeses e em vários exemplo na sua primeira passagem a culpa é de tudo menos do treinador, já sei na primeira passagem os jogadores também deviam de andar nas noitadas e eram maus profissionais.
off topic, ou não.
realmente os especialistas da bola é que tem razão gente como o joão alves só diz o que diz para manter o tacho.
E ao contrário da sua primeira passagem, que foi sua primeira experiência como treinador principal, Bruno Lage chega agora bem mais experiente, depois de ter provado alguns maus momentos. Espero que lhe tenham ensinado a pensar da sua própria cabeça e não se deixar influênciar por forças, campanhas ou comentários externos (vide António Simões). Tenha as suas ideia, lute e caia por elas. Não se deixe ludibriar (como deixou da última vez em que introduziu weigl numa equipa vencedora e com isso destruiu tudo e todos à volta). Pense pela própria cabeça, pois como treinador é excelente. Conduzir homens tem muitas armadilhas, ele que as saiba contornar. E que saiba dar a volta nos maus momentos.
Em 19-20 quem estragou tudo foi a contratação na janela de janeiro dum jogador por 20 M, jogador esse que tinha que ser titular, isso lixou todo o balneário .
Em Munique Bruno Lage tentou rodar a equipa e escalar um onze que garantisse um resultado equilibrado, foi talvez trapalhão pela quantidade de mudanças e pela escolha de uma táctica demasiado defensiva com jogadores fora de forma ou mesmo sem capacidade para jogarem no Benfica actualmente. Basicamente Bruno Lage tentou jogar dois jogos (Porto e Bayern) no mesmo jogo, e felizmente as coisas saíram-nos bem.
Penso que em defesa de Bruno Lage poderemos considerar que ele está ainda numa espécie de pré-época e um dos poucos jogos em que poderia tentar "inventar" era o de Munique pois nenhum benfiquista lhe exigia muito mais que uma derrota digna, e tudo o que viesse melhor que isso seria um ganho.
Apenas um àparte, não percebo porque nos comentários dos benfiquistas, apenas se pede segundo cartão amarelo no lance do penálti, quando claramente é vermelho direto. Em qualquer parte do mundo, seja propositado ou por negligência, um pontapé na cara é cartão vermelho direto.
A nós expulsam por pisões a meio campo (algo que não acontece com lances similares ou até mais agressivos dos nossos adversários) e aos outros perdoam expulsões assim. Tanto se normaliza a dualidade de critérios que passámos a achar que contra nós, um pontapé na cara apenas vale um amarelo, que nem foi dado.
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