CONTRA VENTOS E MARÉS

Antes do jogo, ouvia-se e lia-se que o Boavista era um adversário difícil, e o Bessa um terreno complicado. Depois da vitória encarnada, e logo nos comentários televisivos, o discurso mudou radicalmente: o Boavista está agora na sua "maior crise de sempre" (lembremos que chegou a andar no terceiro escalão), e é uma equipa de juniores. Como tal, este triunfo do Benfica, o terceiro em três jogos com Lage (9-2 em golos), o segundo fora de casa, não vale nada, pelo que as notícias da retoma encarnada eram, ou são, exageradas. O Benfica está doente, e assim deve continuar. Assim tem de continuar para que essa gente seja feliz.
Enfim, estamos habituados a isto. O clube da Luz está em maioria social no país, mas está em minoria na comunicação social do país. Além disso (que já é antigo), há agora uma nova espécie de benfiquistas, sem memória nem juízo, que criticam, condenam, insultam e, em alguns casos, até agridem, não percebendo que com isso não estão a atingir a direcção ou o presidente, mas todo o clube e a sua estabilidade - tão necessária para fazer face aos compromissos da equipa no relvado, como à afirmação do benfiquismo no espaço mediático.
Percebe-se que um Benfica a apresentar um futebol indigente, e afastado do título, desse jeito a muitas dessas pessoas (os de fora, e também alguns de dentro). Daí que esta retoma traga bastante azia - que se percebeu, mal acabou a partida - em todos os que apostavam, e apostam, em mais uma época fracassada.
Como o mundo não vai mudar tão cedo, resta ao Benfica ganhar, ganhar e ganhar. É esta a única forma de aplacar as agressões que lhe vão fazendo, desde o exterior, e ultimamente também do interior.
Falando de futebol (coisa que já só interessa a alguns resistentes da velha guarda), a equipa de Lage realizou uma excelente primeira parte, em que construiu a sua vitória. Na segunda relaxou um pouco o ritmo, e como o técnico encarnado disse no fim, esse é um dos desafios imediatos: manter a mesma pressão durante os noventa minutos.
Individualmente há a destacar os turcos. Akturkoglu, no mínimo está em excelente forma, e se assim continuar será um caso sério no futebol português. Kokçu, depois de um ano a pastar, parece enfim mostrar valer o que o clube pagou por ele - foi o melhor em campo. Também estou a anotar o crescimento de Carreras, aguardando por um teste de fogo (por exemplo, o Atlético de Madrid) para confirmar a ideia.
Em sinal inverso, Aursnes e Di Maria ainda estão longe do seu melhor (um vem de lesão, o outro não fez pré-época), Otamendi só justifica a titularidade pela experiência e pelo estatuto (Tomás Araújo merecia actuar no eixo da defesa), e Kabore entrou uma vez mais em falso (não me precipito a lançá-lo para a fogueira, pois lembro-me de Luisão e David Luiz).
Por fim, há que falar da arbitragem. Se no lance entre o guarda-redes e Pavlidis até posso entender a falta anterior de Tomás Araújo, a carga sobre Di Maria perto da linha de fundo pareceu-me penálti evidente, não havendo como não responsabilizar o VAR Tiago Martins. Curiosamente, acho que foi o mesmo fulano que há dois anos descortinou um penáltizinho de António Silva sobre Paulinho num dérbi na Luz. Haja critério.

11 comentários:

Unknown disse...

Confirma-se. O bufadeiro de serviço ontem voi o aVARiado desse dérbi.

Anónimo disse...

O Benfica está em minoria na comunicação social, porque tem o seu canal de televisão fechado aos seus adeptos, obrigando-os a ver os outros canais. Abram a Benfica tv, que os outros canais perdem logo audiência e protagonismo

L. Rodrigues disse...

É evidente que há critério. Só que é um critério criteriosamente criterioso. Se der para prejudicar o Benfica, está preenchido o critério.

Lin disse...

O Critério é só um: o Tiago Martins é sportinguista fanático e é um dos Cinco Violinos a juntar ao Fábio Veríssimo, ao António Nobre, ao Godinho e ao Hugo Miguel. O Hugo Miguel retirou-se, pelo que existe uma vaga para um violino. Repararam que o Sporting foi arbitrado, nas primeiras 5 jornadas, pelos violinos, tendo o Godinho repetido a dose. Será o grupo privativo de árbitros do Sporting?

Anónimo disse...

Bom dia Luís tudo isso é verdade eu li o quão difícil era o estádio do Bessa para o Benfica um campo traiçoeiro muito complicado para p Benfica, depois de uma vitória categórica por 3-0 que podiam ter sido mais o Boavista é fraquinho está em crise.
Que verdade o Benfica representa junto do povo sozinho quase como todos os outros juntos mas que na comunicação social é fraquinho acaso os benfiquistas não gostam de jornalismo e já agora de arbitragem não conheço ninguém ligado ao Benfica representante nessas instâncias até o sporting está forte em todas as frentes domina tudo até os bancos desde o sobrinho para cá foge da frente que isto é tudo nosso.

Benfiquista disse...

Já nas épocas anteriores passou ao lado de muita gente que as arbitragens em jogos dos lagartos eram quase sempre os mesmos, alguns até faziam troca entre principal e VAR em algo como 3 em 3 jogos outra vez, a juntar a esses exemplos indicados. E ao benfica é tudo quanto sejam esses do scp ou os da AF Porto....numa liga normal tinham levado jarra há anos...

Anónimo disse...

Isso é tudo verdade, primeiro que o jogo no Bessa seria dificil para o Benfica, que era um campo dificil, etc.etc.. Como o glorioso ganhou com categoria, já o Boavista é uma equipa mediocre, etc.etc..É só rir, até porque um dos que diz que ainda não viu melhorias no Benfica é o sapo Fernando Mendes que aliás, vê-se que já anda acagassado, porque se lhe falta Gyo adeus minhas encomendas, lá se vão os 5 pontos porque ele sabe bem que o Benfica já está a entrar nos eixos e o plantel é muito superior ao da saparia. Aguardemos pois.Quanto à CS, pois aquele adepto creio ter razão, abram a BTV e logo se vê onde vai parar a CM...

Anónimo disse...

Caro LF,

mais que as arbitragens dos lagartos disfarçados de apito na boca, o que choca mais, enerva e é inaceitável é o silêncio do SLB. Inacreditável!
É mais que evidente o colinho aos maradas do altis. Assim não....

#UmSLBnaInvicta

joão carlos disse...

desculpe mas conversa da treta no estádio não faltou apoio à equipa e é ai que pode influenciar os jogadores, apoio dos mesmos que contestaram o anterior treinador e pelos vistos tinham razão e pelos vistos até lhes deu essa razão se fosse por si e por essa atitude de não se pode contestar porque prejudica o clube o roger ainda hoje era treinador.
e já agora essa conversa de não se pode criticar que é prejudicar o clube era a conversa dos que apoiavam o vale.

já agora tem imensa piada dizer que o futebol jogado só interessa à velha guarda mas depois os primeiros quatro, de seis, parágrafos são a falar de outra coisa que não o futebol muita coerência de facto.

acha mesmo que o tomas devia ser titular um jogador que tem a agressividade de uma amiba para juntar ao antonio silva que também já não é um jogador muito agressivo.
isto para não falar que mais uma vez não aguenta um jogo completo isto sendo um defesa que nem são os jogadores com mais desgaste.

sobre o ultimo paragrafo tem de falar com o presidente sobre o assunto.
apoiar este, e o anterior, presidente que sobre estes assuntos estão calados e caladinhos e apoiaram os órgãos vigentes, e vão continuar a apoiar, e depois ficar indignado com estas situaçes é apenas um ato de hipocrisia.

sinceramente ao contrario de muitos achei que o di maria fez um excelente jogo fez vários passes magistrais foi um verdadeiro maestro que nem sequer é a diferença é que os vários passes que fez não foram aproveitados mas não por culpa sua.
e que o aursnes até fez um jogo muito interessante com trocas muito inteligentes de posição com o di maria e só não foi melhor porque nunca existiu lateral direito mas ai a culpa nem é do tomas mas de quem acha que ele pode ser defesa direito.

O PAI NATAL DA FINLÂNDIA disse...

A GUERRA DOS 40 ANOS. (14). AS “BOLAS” DO GERALDÃO
Muito bem dito. Sem espinhas. Um Geraldão dava jeito.

Chega ao DRAG, acabado de ser campeão Europeu (com “chá”) em Viena, Geraldão de 1,92. Famoso pelos golos de longa distância. Perguntem aos LAGs.
1991 vai para o PSG, após Jorge Plácido ter ido para o Matra em 1989, num dos maiores BARRETES aos franceses. Vingança fria e tardia pelas invasões francesas.

Os gauleses entusiasmados queriam livres de 30m e 40m a entrar na baliza.
Mas, por estranho que parecesse, nada saía. Remates ao lado, por baixo, na relva, por cima, na baliza é que não, alguns juraram que morreram alguns pombos que esvoaçavam nos céus de Paris. Golos na baliza? Nada… Népia, RIEN DE RIEN!

Os gauleses perguntavam o que se passava. Geraldão, sem perceber a ausência da poção, queixava-se das bolas. As BOLAS NÃO ERAM IGUAIS ÀS DO DRAG!
Gauleses voluntariosos metem-se a penates, contactam todas as fábricas de bolas. Eles queriam era remates ”à Eusébio” dentro das balizas.
Bolas de todos os tamanhos e feitios colocadas à frente do canhão que o nosso Geraldão tinha ao fundo das pernas. Agora é que era! NAHHH!... RIEN DE RIEN! Ora, BOLAS!
Resignados com novo barrete, despacham-no para o Brasil. Nunca mais foi visto nas costas Europeias.

Anos depois, Geraldão dá entrevista. Ele e Branco ficaram conhecidos pelos livres de longa distância.
“Treinávamos muito, eu e o Branco, 20 livres por treino.”
Estão a ver como é fácil marcar golos à Eusébio? Basta treinar 20 livres por treino.

“Mas lá no PSG, não havia aquela OBCESSÃO, aquela VONTADE de GANHAR, GANHAR.”
Não era a mesma coisa. Faltava a mistela.

“No Japão, na final da Intercontinental, em cima de NEVE, JOGÁMOS TODOS DE MANGA CURTA PARA NÃO DAR PARTE DE FRACO!
AH!! Era por isso, para não dar parte de fraco! O Inácio já tinha dito que o “chá” que o druida lhes dera ao intervalo aquecia comó caraças. A nebe derretia, carago! Mangas compridas? Isso é pra meninas!

“O Porto MUDA as pessoas em todos os SENTIDOS”, continuava o Geras, “as pessoas ficam + ATENTAS, + AGUERRIDAS, para MELHOR. TODOS os atletas que passaram por lá têm essa IDEIA. Mudança do NADA PARA TUDO!”.

Nada para tudo. O GRANITO dos monumentos, a NATAÇÃO no Douro. Pessoas + aguerridas, com todos os sentidos + ATENTOS E ALERTA.
Nada que Deco, Jardel, Doriva (“não quero ficar careca!”), Casagrande e o “Grupo dos Cinco Carecas” não soubessem.

“No balneário INJECTAVAM-NOS RAIVA contra o SLB e SCP. Tínhamos de OS ODIAR. Sempre. Eu, desportivamente, ODIEI FACILMENTE o SLB e o SCP».

Raiva, ódio, não era difícil com a AMARELINHA DOS CELTAS.
Do Brasil, emocionado, Geraldão envia um abraço a PC, Reinaldo Teles, dr. DOMINGOS GOMES e ao roupeiro Moreno (que lhe dava o “chá”). Acima de tudo ao dr. Domingos Gomes, o druida português, o homem do “Ora, BOLAS!

O ÓDIO COMO FATOR DE LUTA
“Ódio intransigente ao inimigo, impulsiona o ser humano numa efectiva, violenta e fria máquina de matar. Um povo sem ódio não triunfa. Há que levar a guerra até onde está o inimigo... Há que impedi-lo ter tranquilidade, um minuto de sossego, atacá-lo onde quer que se encontre, fazê-lo sentir uma fera acossada.” (Comunista CHE GUEVARA, 1967)

Rui dos Santos disse...

E o Domingos GOSMA, deixou 1 descendente, o druida PÓVIX da celebre PETIT JAUNE...