SEM POUPANÇAS
Nos últimos 26 anos o Benfica apenas ganhou três Taças de Portugal (2004, 2014 e 2017). Significa isso que perdeu 23, o que é manifestamente pesado para o maior clube português, sobretudo se tivermos em conta que, nesse mesmo período, o FC Porto venceu dez troféus e o Sporting cinco.
A Taça de Portugal tem vindo a tornar-se, pois, a competição maldita para os encarnados - à semelhança do que sucedeu, durante décadas, com a Supertaça (nas primeiras 35 edições, apenas quatro triunfos). Só que esta, a meu ver, tem muito menos relevância, história e magia (trata-se de apenas um jogo a encerrar a pré-época), pelo que me preocupa muito mais o registo na segunda prova nacional.
Notável é que, das 23 eliminações, apenas oito ocorreram diante de FC Porto ou Sporting. Ou seja, nos últimos 26 anos o Benfica foi 15 vezes eliminado da Taça de Portugal por equipas que não os dois maiores rivais. Concretamente: três vezes por Braga e Guimarães (a maioria delas em Lisboa), duas por Setúbal e Marítimo e uma por Boavista, Rio Ave, Leixões, Gondomar e...Varzim. E se o Leixões estava na altura na primeira divisão, o Varzim estava na segunda e o Gondomar na terceira.
Tendo tudo isto em consideração, mais o empate já nesta época em Caldas, e ainda as vitórias tangenciais que valeram passagens sofridas diante de Cinfães, Penafiel, Covilhã, Vianense, 1º Dezembro, Olhanense, Montalegre, Paredes e Trofense (cingindo-nos apenas à última década), concluímos que talvez o Benfica nem sempre tenha abordado os jogos da Taça da forma exigida.
Acho que não é preciso dizer mais nada para justificar o onze que proponho para defrontar a equipa orientada pelo ex-treinador do Canelas:
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