PASSO EM FRENTE

Como disse Roger Schmidt, dois empates com o PSG provam a consistência deste Benfica.
Se dúvidas havia, de teste em teste os encarnados têm vindo a provar a qualidade da equipa. E se nada está ganho (nem mesmo o apuramento para os oitavos), já é seguro afirmar que estamos perante uma grande equipa, com uma ideia de jogo muito interessante, e, já agora, também perante um treinador inteligente e audacioso.
Pese embora o resultado ter sido igual, a partida de Paris nada teve a ver com a de Lisboa. Na Luz viu-se um grande espectáculo, com múltiplas ocasiões de golo numa e noutra baliza. No Parque dos Príncipes tivemos um jogo muito mais amarrado, onde escassearam remates, e em que a principal virtude dos encarnados foi precisamente a de conseguir neutralizar o seu fortíssimo opositor. Não estivesse o Benfica em campo, e o jogo teria sido aborrecido: houve intensidade, luta, mas pouco perigo dentro das áreas.
A colocação de Aursnes no flanco esquerdo surpreendeu até o próprio. Mas resultou. O norueguês já mostrou ser um excelente jogador, com alta voltagem, enorme capacidade de pressão (e de adaptação), e foi um elemento tacticamente decisivo para o ponto conquistado. No outro flanco, João Mário foi o melhor benfiquista em campo, vivendo o seu momento mais alto desde que chegou à Luz.
Faltou ao Benfica uma maior inspiração de Rafa (ainda assim foi sobre ele o penálti), e um ponta-de-lança rápido, forte e incisivo, capaz de dar sequência às muitas bolas conquistadas pelo meio-campo – e desperdiçadas logo que chegavam à zona de acção de Gonçalo Ramos.
Não quero bater mais no ceguinho. Gosto de Ramos, espero que ainda cresça como jogador, e possa fazer uma grande carreira no Benfica. Mas neste momento gostaria de ver esta equipa servida por um avançado mais consistente (um Cardozo, um Lima, um Raul Jimenez, um Mitroglou, para não falar do deus Jonas). Se ele existe no plantel? Se não for Henrique Araújo, talvez não exista, e isso pode vir a ser um problema.
O apuramento ficou mais perto, mas…uma derrota em casa com a Juventus obrigará a vencer em Israel – e pelo que se viu do Maccabi, isso não são favas contadas.

2 comentários:

Mark Trencher disse...

Nada está ganho como sabemos, também não me parece momento para entrar em grandes euforias, mas se me/(nos) tivessem "proposto" estar em primeiro "ex-aequo" com 8 pontos ao fim de 4 jornadas, e com 5 pontos de avanço sobre os dois terceiros a apenas 2 jornadas do fim, assinaria(mos) de cruz.

joão carlos disse...

fomos muito consistentes e como já tenho dito varias vezes temos conseguido ser uma verdadeira equipa.

continuo a achar que dadas as características dos dois jogadores enzo e aursnes deveriam de ter jogado trocados mesmo que não fosse durante o jogo todo pelo menos a espaço e talvez tivéssemos conseguido ser mais ofensivos e beneficiar do bom remate do enzo que o aursnes não tem.

o problema do gonçalo é que ele não é ponta de lança, ou ainda não é, não se lhe podem pedir coisas que ele não tem.
alias os referidos ou eram pontas de lança ou já o eram quando cá chegaram, o caso do lima e do jonas, que só conseguiram ser pontas de lança na maturidade das suas carreiras porque até lá eram segundos avançados como o gonçalo.
o henrique até pode ser o ponta de lança só que esta na sua segunda época de profissional e na primeira na equipa principal só alguém muito crédulo é que acharia que ele poderia ser o ponta de lança já esta época.

o único que tínhamos que era melhor que o gonçalo não descansaram enquanto não o mandaram embora, com o argumento que era caro, bom e barato não existe, quando nessa posição dificilmente se vai contratar alguém melhor, ou mesmo da mesma qualidade, mais barato do que ao jogador que tínhamos.

já sobre o joão mario, que tem estado estar numa forma que nunca tínhamos visto até aqui, realmente os especialista da bola é que percebem mesmo disto quando diziam que o joão mario não tinha qualidade para fazer parte do plantel.