COM HONRA MAS SEM SORTE

O bom é inimigo do óptimo. E se sonhar com um categórico triunfo sobre o Liverpool era grátis, perder por 1-2 seria digno, até prestigiante, e deixaria alguma expectativa para uma segunda mão heroica.
Infelizmente, aquele golo aos 87 minutos deitou por terra as esperanças benfiquistas, deixando a eliminatória quase arrumada. Digo quase porque em futebol já vi muita coisa, e apesar de tudo, 1-3 não é 0-5, sendo que o Liverpool é…o Liverpool.
O Benfica fez os possíveis para enfrentar o touro.
Na primeira parte notou-se alguma intranquilidade, que originou perdas de bola comprometedoras. Os golos surgiram de falhas que poderiam, e deviam, ter sido evitadas. Lá na frente uns fogachos de Darwin eram insuficientes para perigar a baliza de Alisson. Ao intervalo, confesso que temia a anunciada goleada.
À semelhança do que acontecera com o Ajax, o Benfica entrou na segunda parte decidido a mostrar a sua coragem. E desde o regresso dos balneários, até ao minuto 87, pode dizer-se que dominou o jogo, evidenciando a sua melhor cara desta temporada. Marcou um, podia ter marcado outro, empolgando as bancadas com ataques acutilantes (quase sempre tendo Darwin como protagonista) que iam pondo a equipa de Klopp em sentido. Com uma pequena dose de sorte, o resultado poderia ter tomado outro rumo.
Como quase sempre acontece nestas fases da prova, as arbitragens ajudam os nomes mais sonantes e que comercialmente mais convêm à UEFA. Sempre que, neste século, chegou aos Quartos-de-Final, o Benfica foi prejudicado, vendo penáltis por assinalar a seu favor. Diga-se, porque é verdade, que o FC Porto também tem sido vítima dessa dualidade, bem como qualquer equipa que não faça parte do lote de tubarões que a UEFA e os seus patrocinadores querem ver nas fases decisivas.  Os “bons” árbitros para a UEFA, são precisamente aqueles que conseguem inclinar o tabuleiro sem dar muito nas vistas. Este espanhol parece ser um desses, pelo que tem futuro.
Com ou sem penalti, há que reconhecer que o mais certo era o Benfica perder na mesma. Evitar a eliminação por uma das duas melhores equipas do mundo da actualidade era, à partida, tarefa hercúlea. Mas independentemente do que vier a acontecer em Anfield, ninguém tira ao Benfica a excelente campanha europeia que realizou até agora, e que, recordemos, começou nas pré-eliminatórias, passou por um grupo onde estavam Bayern e Barcelona, e tudo indica terminará dignamente, nos oito melhores, frente ao poderosíssimo Liverpool.
A mim, ninguém me tira as alegrias que tive, sobretudo com os jogos de Eindhoven, na Luz com o Barcelona e de Amesterdão. E também o reviver do ambiente das grandes noites europeias como foi mais esta, com um espectáculo de gala no relvado e nas bancadas.
Agora é esperar um milagre, que seria estrondoso e absolutamente histórico. Como comecei por dizer, sonhar é grátis. Temos uma semana para o fazer.
Depois, depois sim, será o tempo de fazer o balanço da época, identificar pecados e apurar virtudes de forma a que, no futuro imediato (leia-se, próxima época), o Benfica possa jogar semanalmente, no campeonato, com a intensidade que tem colocado (apenas) nas partidas internacionais. Se o vier a fazer, como a temporada europeia também demonstrou, tem equipa e individualidades para se superiorizar aos principais rivais domésticos – sem falar em Portimonenses, Moreirenses ou Giles Vicentes desta vida.

4 comentários:

Anónimo disse...

Uma equipa de meninos temerosos, sem chama e cansados contra uma EQUIPA!!
Este é o SLB de Rui Costa e sua muchachos...quo vadis, Benfica?

PS: cansados de quê?? e porquê??

LF disse...

O SLB sem ser de Rui Costa trucidava o Liverpool, era campeão europeu a brincar, e esmagava este mundo e o outro...

Cansados?!?? Viu que jogo?

Anónimo disse...

Vi o SLBenfica - Liverpool FC (1-3)!
E o m/caro que jogo "viu"?!?!?!

joão carlos disse...

mais uma vez sofrer um golo de canto

jogar contra esta equipa e com este jogadores com um elemento como o taarabt que desequilibra completamente a equipa, para mais com a defesa que temos que pelas suas características é incapaz de controlar a profundidade não lembraria a ninguém e depois o treinador ainda veio dizer que tínhamos de ter sido consistentes na defesa, a serio e meteu o taarabt de inicio.

temos esta equipa e os jogadores que tem e jogam com tres medios centros mas nós que somos especiais de corrida temos de jogar só com dois.
mais eles jogaram com um medio defensivo e dois box to box nós com um medio defensivo um dez e um segundo avançado.
enquanto esta ideia peregrina, entre adeptos e dirigentes que depois se reflete na escolha do treinador, de que temos de jogar sempre com dois avançados e tudo o que seja mais do que um medio defensivo é de equipa pequena nunca vamos passar daquilo que somos agora e não é na europa é em tudo.

mas se o balanço for o mesmo que foi feito nas ultimas quatro épocas então a coisa promete.