VIDEO JOGOS
Se
a aplicação de vídeo-tecnologias no Mundial de Clubes era um teste para aferir
a eficácia das mesmas, há que dizer que tal redundou num absoluto fracasso.
Poderia
destacar dois momentos: um árbitro parar o jogo e correr para a linha lateral
para confirmar um lance nos ecrãs, e um golo festejado, depois retido na
dúvida, e finalmente re-festejado como válido. Eis duas situações caricatas,
que mostram, enfim, aquilo que, quem pensasse um pouco no assunto, já há muito tempo
havia concluído: esta ideia corta ritmo ao Futebol, retirando-lhe
espontaneidade e beleza, dando-lhe pouca coisa em troca.
Há
quem argumente com a redução do erro. Há quem apresente exemplos de modalidades
como o Râguebi, o Basquetebol ou o Ténis.
Pois
quando assisto a uma partida de uma liga estrangeira, a última coisa com que me
preocupo é com a arbitragem. Pelo contrário, o que pretendo - e pago para ver -
é um espectáculo corrido, sem paragens, nem cortes.
Já
nas modalidades referidas, as pausas fazem parte da respectiva identidade. Não é
comparável a fluência de um jogo de Futebol a um de Râguebi (com tanto tempo
parado como a jogar-se), a um de Basquetebol (com mais tempo parado do que a
jogar-se, também por via dos estupidamente excessivos tempos técnicos), ou a um
de Ténis (disputado lance a lance). Talvez por isso o Futebol seja mais popular
do que qualquer dessas modalidades.
Já
chegam as faltas, as substituições e o intervalo. Por mim, enquanto adepto,
dispenso mais pausas. Até porque, como se viu na própria final da competição
mencionada, nada disto porá fim ao erro, ou às discussões em torno dele.
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