MOMENTO CHAVE
Júlio César, André
Almeida, Jardel, Samaris, Carrillo, Rafa e Mitroglou. A espinha dorsal de um
onze de topo? Não, o sumptuoso banco de suplentes do Benfica na última jornada,
mesmo com os lesionados Grimaldo, Horta e Jonas (todos eles, também, possíveis
titulares) fora do leque de opções.
Por este banco, e por
estes nomes, percebe-se a qualidade que existe, hoje, no nosso plantel. Dispomos,
de facto, de uma equipa de luxo, e só assim tem sido possível resistir aos
azares que têm atirado para o departamento médico vários jogadores nucleares,
mantendo um nível competitivo muito elevado, e uma pontuação a condizer.
Diga-se, igualmente,
que só uma grande equipa pratica um futebol do nível daquele que pudemos ver,
durante mais de uma hora, em Istambul, na passada semana. O resultado foi
amargo, e foi-o precisamente por não fazer justiça a uma exibição de gala que,
aos 80 minutos, se aprestava para entrar na história europeia do Benfica das
últimas décadas, ao lado de célebres recitais, que todos recordamos, no
Olímpico de Roma em 1983, em Highbury Park em 1991, em Leverkusen em 1994, ou
em Anfield Road em 2006.
O que passou, passou.
E as próximas partidas requerem essa melhor roupagem. Terça-feira ficará
decidido o futuro na Champions, enquanto Funchal e Sporting, podem dizer muito acerca
da caminhada para o “Tetra” – cuja prioridade se sobrepõe a todas as outras.
Três grandes jogos em
apenas 10 dias, constituem um tríptico de respeito, que é também um desafio à
resistência física e mental dos atletas.
Estamos com eles,
confiamos neles e em quem os dirige.
Comecemos então pelo
Marítimo.
NOTA: Este texto foi remetido ao Jornal O Benfica antes de conhecer a tragédia da Chapecoense. Já não houve tempo de lhe fazer qualquer referência. Porém, a minha consternação é enorme, como será a de todos aqueles que amam o desporto, e o futebol em particular. Não podia deixar de aproveitar este meio para a expressar.