A HISTÓRIA COMO ELA É
A patética ideia do
presidente do Sporting de reivindicar mais uns quantos títulos para o seu clube
é fantasiosa, e nem mereceria, sequer, estas linhas de texto.
A história foi o que
foi. Os factos são conhecidos. Chame-se Campeonato Nacional, Liga, 1ª Liga, 1ª
Divisão, Superliga, ou a marca de qualquer patrocinador passado, presente ou
futuro, títulos nacionais são títulos nacionais, e contam-se desde 1934-35 -
altura em que foi criada a prova que encaixa nas características daquela que, até
hoje, determina o campeão nacional. O Benfica venceu 35 vezes, o FC Porto 27, o
Sporting 18, o Boavista e o Belenenses uma cada. Não constam da lista
Olhanense, Carcavelinhos ou Marítimo. Mas vivemos num país livre, e cada um
pode dizer as baboseiras que quiser. Gritem então que têm 22, 44 ou 88… É
indiferente. O que conta é a verdade. Ponto final quanto a isto.
Este revisitar da
história das competições lusas levanta, porém, uma outra questão, essa sim
pertinente. Não entendo o motivo de nunca terem sido agregados os Campeonatos
de Portugal às Taças de Portugal, prova que, com todas as evidências, lhes
sucedeu no tempo, no formato, e até no desenho do troféu. Face à relação directa
com os nossos rivais ficaríamos com menos um troféu? Paciência. Factos são
factos, e no próximo mês de Maio podíamos acertar a conta.
Cabe à FPF acabar de
vez com este equívoco, o qual abre espaço a confusões desnecessárias, e
alimenta devaneios absurdos. Mas também devemos fazer a nossa parte: chegar à
final do Jamor, e, ao erguermos a Taça de 2016-17, inscrever um gordo número 29
nos adereços da festividade.
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