O MUNDO AO CONTRÁRIO
Supertaças nacionais e
europeia, jornadas de Campeonato, playoffs de competições da UEFA, tudo
disputado no meio de um vai e vem de jogadores, e de consequente diarreia de informação
e contra-informação corrosiva e desestabilizadora, por via do estapafúrdio
estender do mercado de transferências para além dos timings aceitáveis.
Encerrado o mercado,
quando os adeptos puderam, enfim, entusiasmar-se com os seus jogadores, e com
as suas equipas, eis que o futebol de clubes ficou parado, dando lugar a uma
jornada dupla de selecções – que poderia ter sido disputada uma ou duas semanas
antes.
Não conheço razões que
expliquem tamanho absurdo, perturbador para a generalidade dos adeptos que,
directa ou indirectamente, paga tudo isto.
Mais do que
vídeo-árbitros, ou seja o que for que destrua aquilo que o futebol tem de
melhor face a outras modalidades – a fluidez -, importava às instâncias
federativas nacionais e internacionais rever os calendários competitivos, e
ajustá-los a um qualquer assomo de lógica minimamente entendível.
Se as sacro-santas
janelas de mercado de transferências são intocáveis, se as datas FIFA são
impostas pelos seus tão credíveis e zelosos dirigentes, então que se altere o
calendário nacional, começando o Campeonato na segunda semana de Setembro, e
deixando o mês de Agosto, por exemplo, para eliminatórias da Taça da Liga e/ou
Taça de Portugal, e para todas as insuportáveis contingências do mercado de transferências.
Hoje jogamos em
Arouca, com os nossos jogadores, com o nosso plantel. Hoje começa, finalmente,
o futebol de que todos gostamos. Já não era sem tempo.
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