PARA A ETERNIDADE!
Se, depois de uma fase
de grupos insípida, e de uma qualificação sofrida, alguém me dissesse que
Portugal ia ser Campeão da Europa, diante da anfitriã, sem Cristiano Ronaldo, e
com Eder a marcar o golo da vitória, provavelmente teria soltado uma
gargalhada.
Sim. Era um dos que
não acreditava. Era um dos que duvidava das capacidades da equipa, e das
possibilidades de êxito num Europeu onde França, Alemanha, Itália, Espanha,
Bélgica e Inglaterra se apresentavam com grandes ambições. Era um dos que
pensava que o optimismo do seleccionador era excessivo, ou até romântico.
Mas o futebol é assim
mesmo, e é por ser imprevisível, irracional e caprichoso que o seguimos com
tanta paixão.
Há que reconhecer que
a sorte bafejou Portugal. Quer na final, quer no trajecto até lá chegar. Mas tem
de se dizer também que a equipa nacional soube aproveitar essa dose de fortuna
com humildade e com competência. Soube interpretar muito bem as suas forças e
fraquezas, potenciando as primeiras, e disfarçando as segundas. Cresceu ao
longo da prova, mudando quando tinha de mudar. Demonstrou união, solidez e uma
confiança à prova de bala. Mereceu entrar para a história.
Num país pequeno e
periférico como o nosso, este triunfo é algo de extraordinário, e,
provavelmente, irrepetível. E prova que o nosso futebol – tantas vezes
vilipendiado e mal-tratado por cá – é um dos grandes agentes do orgulho
português no exterior. Que felizes devem estar os nossos emigrantes,
particularmente os que vivem em França! Eles, mais do que ninguém, mereceram este
triunfo.
Obrigado Fernando
Santos!
Obrigado Selecção
Nacional!
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