FACILIDADE: ZERO!
Em 13 jogos realizados contra equipas portuguesas, o Zenit venceu 8,
empatou 3 e perdeu apenas 2. Com o Benfica, ganhou 3 das 4 partidas que disputou.
Quem espera facilidades de uma equipa cujo orçamento é astronomicamente
superior ao nosso, cujo principal patrocinador é também um dos grandes parceiros
da UEFA (valha isso o que valer), e cujo treinador tão bem conhece o futebol
luso, desengane-se: nos Oitavos-de-Final da Liga dos Campeões, o adversário que
nos calhou em sorte é favorito a passar a eliminatória.
Podia ser pior? Sim, muito pior. Se o Zenit ainda nos permite acreditar
numa surpresa (sim, numa surpresa), face a equipas como Barcelona, Real Madrid
ou Bayern, nem mesmo sonhar nos seria consentido. Há que reconhecer que o Benfica,
apesar do peso histórico que detém, é hoje um outsider nesta prova, e, um alvo
apetecível para a maioria dos emblemas presentes em qualquer sorteio. Por isso,
todo o optimismo deverá ser contido. A Liga dos Campeões é isto mesmo: a partir
de determinada fase (sobretudo não se sendo cabeça-de-série), as hipóteses
variam entre o extremamente difícil e o quase impossível. Saiu-nos a primeira
versão.
É claro que alguma comunicação social, de forma pouco inocente, vai
empurrar o Benfica para a pressão de ter de vencer. Não nos deixemos embarcar
na cantiga. Vamos jogar, tentar ganhar, mas, no presente contexto do futebol
europeu, nenhuma equipa portuguesa está obrigada a ultrapassar este Zenit. Se o
conseguirmos, se chegarmos aos Quartos-de-Final, isso sim, será um feito digno
de realce. Até porque a obrigação (chegar até aqui) já foi cumprida.
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