EM NOME DA JUSTIÇA
Para o Benfica, perder é sempre mau. Perder com o Sporting, pior ainda.
Perder três vezes com o Sporting, deixa-nos profundamente frustrados e
magoados.
Na hora de fazer uma análise, a frustração e a mágoa não são boas
conselheiras. E, a frio, há muita matéria a ter em conta antes de avançar com
qualquer acusação extemporânea e injusta.
Centremo-nos no jogo de sábado. O Benfica perdeu em Alvalade, após
prolongamento, com o líder do campeonato, frente a um treinador que conhece muito
bem as nossas forças e fraquezas, com uma arbitragem infeliz (para ser brando),
tendo os jogadores lutado até à exaustão por um resultado diferente. Pergunto
eu: será uma derrota desta natureza, e nestas circunstâncias, motivo para, de
um momento para outro, colocar tudo em causa? Não creio.
Há que reconhecer que o plantel encarnado revela hoje carências que só
o mercado pode solucionar. Rui Vitória tem feito os possíveis, mas perante um
adversário que tão bem as conhece, torna-se muito difícil disfarçá-las.
O meio-campo e as faixas laterais da nossa equipa têm pouco a ver com
os tempos de Maxi Pereira, Fábio Coentrão, Matic ou Enzo Perez. A verdade é
que, por vários motivos, ainda não foi possível dar ao novo treinador as
condições de que dispôs o anterior. Acredito que isso venha a acontecer, e
ainda a tempo de alcançar o principal objectivo da temporada: o tri-campeonato.
Em Janeiro teremos Nélson Semedo e Sálvio. E talvez mais alguém.
Para já, há que apoiar incondicionalmente estes jogadores, e este
técnico, que estão a trabalhar seriamente para que os resultados apareçam. O
balanço far-se-á no fim.
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