À VITÓRIA
Amanhã há Taça, e talvez estejamos perante o primeiro dérbi lisboeta da
última década em que o favoritismo pende para o lado de lá.
Três ordens de razões concorrem para tal. Em primeiro lugar (com menor
grau de importância) o factor “casa” sempre confere a quem dele beneficia uma
certa vantagem relativa - basta consultar as estatísticas históricas. Em
segundo lugar, há que dizer que teremos pela frente o líder do Campeonato, com
toda a confiança que esse estatuto lhe confere, enquanto nós, com muita
juventude na equipa, ainda andamos à procura de um ritmo cruzeiro que se
enquadre na identidade competitiva que recentemente adoptámos. Por último, e
com grande relevo num “tête-à-tête” desta natureza, teremos de admitir que vai
estar do lado oposto um técnico que conhece as forças e fraquezas da nossa
equipa como a palma das suas mãos, aspecto que, a meu ver, pesou decisivamente,
quer no jogo da Supertaça, quer na partida da Luz para o Campeonato, com os
resultados que conhecemos.
Partir com menos favoritismo pode influenciar as casas de apostas, mas
não deve inibir o Benfica de jogar para ganhar. Um dérbi é um dérbi, e o
Benfica é o Benfica.
A quem já venceu no Vicente Calderón (onde o favoritismo do adversário
era muito mais acentuado), tudo é possível. Recorde-se também a excelente
primeira parte feita no Dragão, à qual só faltaram os golos. Jogando com a
intensidade evidenciada nessas ocasiões, contando com a inspiração dos principais
artistas (falo de Gaitán e Jonas), e tendo do nosso lado a pontinha de sorte
que protege os campeões, creio que ultrapassaremos esta eliminatória.
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