À MODA DA FIFA
As nomeações da FIFA valem o que valem. Estão, aliás, ao nível da
própria instituição, presidida por uma personagem típica dos filmes série B, que
por sua vez está ao nível da UEFA de Platini (outro que tal), o que expressa bem
o panorama futebolístico internacional – aparentemente ainda mais desprezível
do que aquele que vemos no nosso país, para mal dos pecados de uma modalidade
que não tem culpa de ser tão sedutora para milhões de adeptos em todo o mundo.
Ainda assim, as injustiças cometidas não podem deixar de ser
denunciadas. E a ausência de Jorge Jesus da lista de dez treinadores escolhidos
para a eleição anual é uma delas.
Relembremos os nomeados: Ancelotti, Conte, Guardiola, Klinsmann, Low,
Pellegrini, Sabella, Simeone, Mourinho e Van Gaal.
Não há dúvida de se tratar de um lote de elevado nível. Mas se as
presenças de Ancelotti (campeão europeu), Low (campeão mundial), Simeone
(campeão espanhol), Pellegrini (campeão inglês), Guardiola (campeão alemão) e
Conte (campeão italiano) parecem pacíficas, já os restantes nomes não mostraram
nada de relevo em 2014. Van Gaal, enfim, ainda chegou às meias-finais de um
Mundial com a sua Holanda. Sabella foi levado até à final da mesma prova pelo
talento individual que tinha à disposição. Mas Mourinho, nas várias competições
em que a sua equipa esteve envolvida, nem a uma final chegou. E Klinsmann (o
maior dos mistérios,) só alguns saberão tratar-se do seleccionador dos EUA -
que passaram com honra, mas sem glória, pelo Mundial do Brasil.
Jorge Jesus, vencedor do Campeonato, da Taça de Portugal, da Taça da
Liga, da Supertaça, e finalista da Liga Europa (onde foi derrotado por um
árbitro alemão, e pela infelicidade nos penáltis), ficou esquecido.
Este tipo de prémio poderia até ser interessante. Peca, porém, pela
obscuridade dos critérios. Serão os títulos? Seguramente não. Será a qualidade
do futebol? Não parece. Será o mediatismo? Talvez. Questões relacionadas com
patrocinadores? Provavelmente. A ser assim, é melhor não haver nada.
2 comentários:
Essa do Klinsmann parece mesmo provocação a Portugal, porque por essa ordem de ideias até o seleccionador da Costa Rica fez mais que o Klinsmann... Será que foi nomeado só porque afastou Portugal? Patético.
O Jesus devia estar e o Unai Emery também. O Conte levou uma ensaboadela do Jesus. O Klinsmann é porque agora o futebol nos EUA esta na moda e devem querer alavancar isso em termos de marketing. O Mourinho não se percebe. Além da ausência de resultados, o Chelsea do ano passado tinha um futebol muito negativo.
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