O EVANGELHO SEGUNDO PEDRO
Pedro Proença foi o árbitro do Boavista-Benfica de 2002, que ditou a
demissão de Toni, após uma actuação que o deu a conhecer ao grande público.
Foi o árbitro do penálti de Silva, em 2004, no primeiro dérbi que
apitou, e onde também fez questão de deixar a sua marca.
Foi o árbitro do caso-Penafiel (penso que não será exagero chamar-lhe
assim), em Maio de 2005, que por pouco não nos subtraiu o título dessa
temporada.
Foi o árbitro que não viu um penálti tamanho do estádio, sobre Nuno
Assis, em jogo com o Belenenses que terminou a zeros.
Foi o árbitro do penálti de Yebda, no Dragão, que então nos retirou da
liderança do campeonato 2008-09.
Foi o árbitro que não viu a mão na área do bracarense Rodriguez, no
jogo do título de 2010, que nos poderia ter custado caro.
Foi o árbitro do penálti de Emerson (…de costas) em Braga, que na
altura nos impediu de vencer importante partida.
Foi o árbitro do golo de Maicon na Luz, que nos retirou o campeonato
de 2011-12.
Foi o árbitro que expulsou Siqueira na última meia-final da Taça (com
um primeiro cartão amarelo absurdo), obrigando o Benfica a um esforço épico
para vencer o FC Porto.
Foi o árbitro do mais recente FC Porto-SC Braga, onde deixou um
penálti por marcar aos 93 minutos na área portista.
Há mais de uma década que este indivíduo nos persegue, com uma
panóplia variada de atropelos à verdade desportiva. Até na Taça da Liga nos
prejudicou - na final com o Paços de Ferreira -, entre muitos outros jogos que
seria fastidioso trazer para aqui.
Com a bênção da A.F.Porto, os abraços de Fernando Madureira, as festas
na cabeça de Vítor Pereira ou Domingos Paciência, e as cunhas na UEFA, este
homem foi escrevendo a história do futebol português pelo seu próprio sopro.
Diz agora que a arbitragem está um caos. Tem razão. Enquanto ele,
Benquerença e outros “internacionais” cozinhados nos tempos do Apito Dourado
por lá andarem, a regeneração é impossível.
Diz também que se vai embora. Ficamos a rezar para que assim seja. Dos
relvados, e do futebol.