UM A UM

1-Um erro individual impediu o Benfica de alcançar a sétima vitória consecutiva em Dérbis para o Campeonato disputados em casa, permitindo ao Sporting voltar a marcar na Luz – algo que não sucedia desde 2006-07.
O espectáculo foi grandioso (dentro e fora das quatro linhas), e a nossa equipa mostrou fulgor. Mas em jogos desta natureza, um simples detalhe pode fazer a diferença. Não adianta crucificar Artur, que noutras ocasiões já foi herói. É manifesto o seu défice de confiança, e cabe-nos também a nós, adeptos, ajudá-lo a readquirir a tranquilidade necessária para superar este momento menos bom, e regressar aos níveis revelados em 2011 e 2012.
Em Alvalade, na segunda volta, com Artur ou sem Artur, recuperaremos os pontos agora perdidos.
2-Finalmente encerrou o “mercado”.
Dos últimos dias, uma nota de tranquilidade, e um motivo de preocupação.
A nota de tranquilidade prende-se com as permanências de Enzo Perez e Nico Gaitán, tão somente os dois melhores jogadores do último Campeonato. O Presidente prometeu que só sairiam pela cláusula de rescisão, e cumpriu a palavra dada. Como ninguém bateu as cláusulas, eles aí estão, incorporando a espinha dorsal do Campeão Nacional, e desmentindo as teses mais catastrofistas. Juntamente com Sálvio, formarão o núcleo duro do nosso futebol criativo. Continuaremos a ouvir Tango na Luz.
O motivo de preocupação reside no centro do ataque, onde me parece que as saídas de Cardozo e Rodrigo não ficaram devidamente colmatadas, e para onde se esperava um reforço de peso. É de realçar que nos quatro jogos oficiais já realizados (seis, se contarmos com a Taça de Honra), nenhum avançado benfiquista marcou qualquer golo. O futebol faz-se de golos, e sem eles não adianta jogar bonito ou empolgar plateias. Lima é um excelente ponta-de-lança, mas atinge normalmente os seus picos de forma em fases mais adiantadas das épocas (já foi assim no ano passado), e as alternativas não parecem à altura das exigências. Oxalá a realidade venha a dissipar este meu receio.

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