TUDO PELO TÍTULO

Decorridas onze jornadas da Liga, estamos finalmente no topo da classificação. A época iniciou-se aos soluços, mas, com o decorrer das semanas, e resistindo às contrariedades que nos surgiram por diante (de arbitragens altamente penalizadoras, a uma série interminável de lesões), lá chegámos ao lugar onde gostamos de estar. Independentemente da questão formal sobre quem lidera efectivamente a tabela, a verdade é que nenhum clube tem mais pontos que o Benfica, sendo que já defrontámos, fora de casa (empatando), aquele que figura a nosso lado. Não é preciso puxar muito pela memória para nos recordarmos quão precário pode ser um primeiro lugar antes do final da prova. Porém, para quem até há pouco mais de um mês andava por uma tristonha terceira posição, a cinco pontos da liderança e a três do segundo colocado, tomar a dianteira não pode deixar de constituir factor de motivação acrescida – até pelo simbolismo que tal representa, depois das especulações e desconfianças que acompanharam a equipa desde o inglório final da temporada anterior. Esse dossier, de resto, parece - agora sim - finalmente fechado. O que se passou por lá ficou, e o momento manda que nos unamos em torno dos objectivos que queremos, e podemos, alcançar. O principal de todos é precisamente este Campeonato, que tem, até ao Natal, três jogos fundamentais. Arouca, Olhanense e V.Setúbal são o tipo de partida em que é rigorosamente proibido vacilar, e onde o grande desafio se coloca no âmbito dos índices de concentração competitiva. Neste momento, nada - nem mesmo o sonho de um dificílimo apuramento europeu -, nos pode afastar da rota das vitórias domésticas. Os próximos nove pontos têm de ser nossos, de forma a entrarmos em Janeiro com a moral em alta, e recebermos, de peito feito, aquele que ainda considero tratar-se do principal opositor nesta luta. O Campeonato parece querer pôr-se a nosso jeito. Não podemos voltar a desperdiçá-lo. A hora é de união, e não permite hesitações: todos por um, e tudo pelo título!

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