UMA TAÇA A LIGAR

A Taça da Liga terminou em apoteose esta sua primeira edição mas, olhando ao que ela foi desde o início, só com muito boa vontade se pode dizer ter-se tratado de um êxito.
Os estádios estiveram quase sempre vazios, Benfica e F.C.Porto praticamente abdicaram de a disputar, o regulamento falhou a toda a linha, e até o 0-0 da final foi um parco contributo para o que se desejava ser uma noite de festa. Salvou-se o Vitória de Setúbal que, pelo que fez na prova, pela sua época, e pela qualidade do trabalho desenvolvido pelos seus jogadores, técnicos e dirigentes, bem mereceu levantar o troféu, devolvendo o orgulho a uma cidade onde se gosta muito de futebol, e o mesmo se vive com grande intensidade e paixão.
Mas, deixando por agora as defesas de Eduardo (será que não merecia ser o ele o terceiro guarda-redes da selecção ?), importa perceber como poderá funcionar esta competição no futuro, de modo a que não se perca uma boa ideia devido a uma má experiência.
Ficou claro que a Taça da Liga, sendo eventualmente interessante para os clubes mais modestos – designadamente os da Liga de Honra – interessa pouco ou nada a quem, por exemplo, disputa as competições europeias. Sem partir deste pressuposto não se chegará a lado algum.
Importa portanto preservar os principais clubes de um número elevado de jogos, e garantir para os mais pequenos o maior número possível de receitas. Como se poderá fazer isto ?
É simples:
- A fase de grupos terá de ser prévia e não poderá englobar os grandes, sendo constituída por seis grupos de quatro equipas (todos os dezasseis da Honra, e os oito piores classificados da Bwin na época anterior) a disputar duas voltas e a apurar os dois primeiros (doze ao todo).
- Estas doze equipas juntar-se-iam aos 5º, 6º, 7º e 8º classificados da liga principal, fazendo uma eliminatória a duas mãos que apuraria oito equipas.
- Estes oito, por sua vez, fariam nova eliminatória a duas mãos, apurando as quatro que disputariam os quartos-de-final, a uma mão (no seu estádio), diante dos quatro primeiros classificados da liga principal.
- Depois jogar-se-iam as meias-finais, também a uma mão mas em campo neutro, e por fim a final.
Simples, não é ? Muitos jogos para os pequenos (equipa que chegasse à final faria 13 jogos !), como se pretende, e poucos (apenas três, em caso de final) para os grandes.
Assim, mantendo o forte patrocínio, incrementando os prémios monetários, e cuidando da calendarização (grandes só em Janeiro), acredito firmemente que a Taça da Liga conquiste o seu espaço. Caso contrário, creio que tenderemos a ver nelas uma reedição das extintas Taças de Honra.

3 comentários:

Anónimo disse...

Não concordo. Esta taça também serve para rodar os jogadores menos utilizados dos grandes (se assim o entenderem, o Sporting pelos vistos não adoptou essa abordagem), que é precisamente o que acontece lá fora, se porventura, estiverem perto da final, aí sim, lá colocam as suas principais vedetas...

LF disse...

O problema é que assim, com os jogadores menos utilizados, ninguém vai ver os jogos.
Em Inglaterra os plantéis não se comparam aos nossos, e permitem grandes espectáculos mesmo com as "reservas".

Anónimo disse...

Viva! LF por acaso tambem n concordo com esse modelo que propões.
Acho como disse o brytto, que esta competição, deve permitir aos grandes o rodar de alguns jogadores menos utilizados e dar competição senior aos juniores promissores. Pois sabemos bem q jogar no campeonato de juniores é uma coisa, jogar com homens de barba rija é outra.

Por outro lado tambem srevirá para jogadores a recuperar o ritmo de competição após paragens mais ou menos longas.

Agora n se pode usar a desculpa do mau futebol pratricado por estas ditas segundas equipas, pois o mal não está em ter "seguundas equipas" está em sim nos responsaveis dos clubes q não apostam na formação e numa boa prospecção de mercado de jogadores promissores.

Cumprimentos.