ATAQUE DE NEUERVOS
O Estádio do Dragão viveu ontem seguramente os momentos mais dramáticos da sua ainda curta história. Uma derrota por penáltis numa competição como esta, diante de um adversário aparentemente acessível, e numa temporada europeia em que o F.C.Porto tanto apostava, será com certeza muito dura de engolir por toda a família portista. Mas o futebol é mesmo assim: um negócio de emoções que por vezes sai furado.
Um homem emerge como o grande responsável por este desenlace: Manuel Neuer, jovem guarda-redes alemão. Este até agora anónimo no futebol europeu realizou uma exibição portentosa, defendeu o possível e o impossível durante 120 minutos, e não satisfeito com isso, ainda foi nas suas mãos que se decidiu o desempate final, com mais duas brilhantes defesas a garantirem para a sua equipa uma inédita presença nos quartos-de-final da prova rainha do futebol internacional.
Mas, para além de Neuer e de alguma falta de sorte, o F.C.Porto tem também de se queixar de si mesmo, quer pelo que (não) fez no jogo da primeira mão, deixando então a eliminatória bastante periclitante – veja-se como um resultado de 1-0 pode ser, a este nível, absolutamente decisivo -, quer pela forma inacreditável como falhou algumas das ocasiões que teve nesta partida, designadamente um lance em que Quaresma, completamente sozinho, com espaço e tempo para tudo, não foi capaz de dar vantagem à sua equipa. De resto, importa dizer também que este F.C.Porto de Jesualdo, ao contrário do que os seus adeptos gostariam, e do que uma certa imprensa foi proclamando, não é nenhum colosso do futebol europeu como era, por exemplo, a equipa que, com José Mourinho ao leme, venceu sucessivamente a Taça Uefa e a Champions League em apenas duas épocas. Aliás, a superioridade dos portistas no campeonato nacional - onde ainda assim nos últimos cinco meses apenas ganhou dois jogos fora de casa - tem sido pouco mais que um disfarce para as enormes e profundas carências que Benfica e Sporting têm apresentado, e para uma baixa generalizada do nível das equipas portuguesas que vão perdendo, a cada abertura de mercado, alguns dos seus melhores jogadores para campeonatos como o romeno, o cipriota, o russo ou o ucraniano, hoje com maior poder de compra que a classe média/média baixa do futebol luso.
É claro que Lucho, Bosingwa, Lisandro e Quaresma são jogadores de elevadíssimo nível. Mas para além de qualquer falta de um deles se reflectir de imediato no desempenho colectivo, o restante plantel portista – e também o seu treinador, diga-se – está muito longe do nível dos principais candidatos às finais das Ligas dos Campeões, bastando ver o que fez o Arsenal em Milão para se perceber cabalmente essas distintas realidades.
Veremos o que conseguem hoje Sporting e Benfica, agora que são eles os únicos representantes do futebol português além fronteiras.
Um homem emerge como o grande responsável por este desenlace: Manuel Neuer, jovem guarda-redes alemão. Este até agora anónimo no futebol europeu realizou uma exibição portentosa, defendeu o possível e o impossível durante 120 minutos, e não satisfeito com isso, ainda foi nas suas mãos que se decidiu o desempate final, com mais duas brilhantes defesas a garantirem para a sua equipa uma inédita presença nos quartos-de-final da prova rainha do futebol internacional.
Mas, para além de Neuer e de alguma falta de sorte, o F.C.Porto tem também de se queixar de si mesmo, quer pelo que (não) fez no jogo da primeira mão, deixando então a eliminatória bastante periclitante – veja-se como um resultado de 1-0 pode ser, a este nível, absolutamente decisivo -, quer pela forma inacreditável como falhou algumas das ocasiões que teve nesta partida, designadamente um lance em que Quaresma, completamente sozinho, com espaço e tempo para tudo, não foi capaz de dar vantagem à sua equipa. De resto, importa dizer também que este F.C.Porto de Jesualdo, ao contrário do que os seus adeptos gostariam, e do que uma certa imprensa foi proclamando, não é nenhum colosso do futebol europeu como era, por exemplo, a equipa que, com José Mourinho ao leme, venceu sucessivamente a Taça Uefa e a Champions League em apenas duas épocas. Aliás, a superioridade dos portistas no campeonato nacional - onde ainda assim nos últimos cinco meses apenas ganhou dois jogos fora de casa - tem sido pouco mais que um disfarce para as enormes e profundas carências que Benfica e Sporting têm apresentado, e para uma baixa generalizada do nível das equipas portuguesas que vão perdendo, a cada abertura de mercado, alguns dos seus melhores jogadores para campeonatos como o romeno, o cipriota, o russo ou o ucraniano, hoje com maior poder de compra que a classe média/média baixa do futebol luso.
É claro que Lucho, Bosingwa, Lisandro e Quaresma são jogadores de elevadíssimo nível. Mas para além de qualquer falta de um deles se reflectir de imediato no desempenho colectivo, o restante plantel portista – e também o seu treinador, diga-se – está muito longe do nível dos principais candidatos às finais das Ligas dos Campeões, bastando ver o que fez o Arsenal em Milão para se perceber cabalmente essas distintas realidades.
Veremos o que conseguem hoje Sporting e Benfica, agora que são eles os únicos representantes do futebol português além fronteiras.
1 comentário:
LF
Não esquecer a grande defesa de Helton, era um golo certo, mas o Guarda Redes do fcp defendeu muito bem... só que foi fora da area e o resultado disso era cartão encarnado
A equipa alemã não tem culpa dos avançados do fcp falharem os golos, o Guarda Redes fez o seu trabalho e muito bem
O fcp não pode criticar a forma de jogar da equipa alemã, o porto já foi vencedor da Champions a jogar assim, marcava um golito e defendia até ao fim
Fiquei contente com o resultado do jogo, mais 3 pontos para Portugal, depois dos penaltys, foi-me indiferente... ;)
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