O POSSÍVEL
Podia dividir-se este jogo em três partes distintas. E na maior delas, o Benfica foi claramente superior.
Os primeiros 25 minutos foram do Sporting. Mais fruto das trapalhadas dos jogadores encarnados (que infelizmente não são novidade) do que por qualquer superioridade estratégica da equipa de Rui Borges. O golo nasce de um erro monumental de Enzo, sucedido por um frango de Trubin - perante um remate bastante defensável. E já antes, Aursnes oferecera um brinde que podia ter aberto o marcador.
Depois do golo de Sudakov, o Benfica serenou, e partiu para um domínio absoluto da partida. Sobretudo na segunda parte, só se viu Benfica - que venceu quase todos os duelos, encostou o Sporting às cordas, e podia ter marcado mais de uma vez.
Quando se antevia um ataque final à baliza de Rui Silva, entrou em acção António Nobre. Ou eu não estou a par das regras, ou uma falta como aquela é para cartão amarelo. Não há entrada por trás, não há pitons. É um lance duro, mas leal. É, aliás, uma excelente intervenção de Prestianni, a anular um contra-ataque perigoso.
A expulsão impediu o Benfica, a partir daí, de procurar os três pontos. E deu uma última vida ao rival. Não haverá contra-prova, e nunca se saberá como acabaria o jogo com onze jogadores de cada lado. Eu até estava com um feeling para o tempo extra. Tive de me resignar a ver a equipa defender o empate.
O resultado é mau. Não em si mesmo (o Benfica continua sem perder em competições nacionais), mas fruto das circunstâncias em que se partia para esta jornada. Seis pontos perdidos com Santa Clara, Rio Ave e Casa Pia obrigavam a uma vitória nesta noite. Não aconteceu. Resta acreditar que seja o FC Porto a devolver a esperança.
São já vários os dérbis em que o Sporting entra na Luz a poder jogar para o empate. E consegue-o. Há que trabalhar para evitar uma coisa e outra.
Individualmente destacaria o incansável Barreiro, e a melhor versão de Richard Rios que vi na Luz. Pela negativa, já falei dos erros individuais. Espero que Manu Silva recupere rapidamente os índices fisicos, pois começo a estar um pouco saturado de Enzo Barrenechea. Até pode ser que me venha a surpreender no futuro. Agora precisa urgentemente de banco.
De António Nobre também já falei. É um árbitro medíocre, que jamais deveria ter sido nomeado para esta partida. Ao longo do jogo mostrou cartões que não devia, e deixou outros no bolso. Equivocou-se em faltas para ambos os lados. E concluiu a actuação com um vermelho mal mostrado, a meias com o VAR. Em todo o caso, não podemos afirmar que, com uma arbitragem certeira, o resultado tivesse sido outro.
PS: Hulmand é um grande jogador. É um atleta correcto (ao contrário de alguns dos seus colegas). Mas quando faz faltas, elas têm de ser assinaladas, e quando justificam cartões, eles têm de ser mostrados. Ora isso raramente acontece.
5 comentários:
Caro LF,
Com um Sporting acagaçado na segunda parte, mostrámos pouco. Muito pouco! Um SLB fraco e sem soluções. E um frango do Trubin.
Rendimento/Golos/Pontos inversamente proporcional ao investimento feito por um presidente fraco e resignado com a mediocridade.
#UmSLBnaInvicta
PS: em condições normais, João Pinheiro com meio apito é o melhor árbitro português. De longe......
«O resultado é mau. Não em si mesmo (o Benfica continua sem perder em competições nacionais)...»: eis a síntese do atual Benfica. Nem Alberto Caeiro era capaz de tal mansidão.
Olhem, para o ano é que é!
RF
Querem apostar que não existirá mais nenhum jogador expulso por uma falta igual à do Prestiani?
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