SALVARAM-SE OS PONTOS

O jogo desta noite não foi muito diferente dos do Santa Clara, do Qarabag, do Rio Ave, como também da Reboleira ou de Alverca. Uns o Benfica ganhou de aflitos, outros não.  Desta vez os três pontos ficaram em casa, com muita sorte e demasiado Trubin.
É preciso dizer também que o Gil Vicente foi a melhor equipa que os encarnados até agora defrontaram no campeonato. Tanto e tão justificadamente aqui critico a liga portuguesa e o seu desfile de miseráveis exemplos de mediocridade,  como sou obrigado a reconhecer que esta equipa de César Peixoto é das poucas que veio à Luz verdadeiramente jogar futebol.
Juntando a isso um Benfica cansado e animicamente perturbado com os últimos resultados, e tivemos uma partida esquisita, em que os minhotos (enfim, o clube minhoto) dominaram em largos espaços, e mereciam ter obtido outro resultado - bem ao contrário de Santa Clara e Rio Ave, sobretudo os açorianos (enfim, o clube açoriano), que nada fizeram para lhes cair um pontinho do céu. 
É assim o futebol. 
Mais uma vez a arbitragem foi protagonista (e isso já não devia ser o futebol), empurrando habilidosamente o Benfica para o chão. Critérios obtusos, uma decisão incompreensível no lance que origina o golo do Gil, amarelos por mostrar de um lado, amarelos em excesso do outro, e por fim sete minutos de compensação que ninguém percebeu.
O Benfica não ficou calado, nem podia ficar. São já demasiadas interferências de jovens árbitros que não parecem trazer nada de novo face ao que estávamos habituados.
Sobra a vitória,  que era extremamente importante. E no fim da partida, muita gente na bancada hesitava entre assobiar mais uma exibição cinzento escuro, ou dar largas ao alívio por poder celebrar os pontos, depois de três traumas seguidos no Estádio da Luz.
Individualmente destacaria Pavlidis e Trubin, o primeiro pelos golos que marcou, o segundo pelos que evitou. Tudo o resto foi muito fraquinho, até mesmo elementos que já haviam mostrado qualidades, como Dedic e Sudakov. Dahl começa a ser um problema, e Schjelderup outro. Que saudades de Carreras e Di Maria...
Agora segue-se Stanford Bridge. O primeiro jogo da temporada em que o Benfica não é favorito e parte como outsider. Uma oportunidade excelente para virar a página. Será que há pernas e cabeça para isso?

1 comentário:

Anónimo disse...

De facto foi mais uma exibição fraquíssima justificada por
Mourinho por falta de frescura física.
É aceitável a justificação, contudo, Mourinho foi contratado para ganhar, cabe-lhe sabedoria e inteligência para resolver esses problemas físicos.
Eu cá vou tentar ajudá-lo apontando uma solução:
- o principal objetivo é o campeonato, por isso, guardar as máximas forças para o campeonato e utilizar um 11 alternativo para as taças e para a liga dos campeões, uma vez que as taças são troféus menores e a vitória na liga dos campeões uma miragem.
Como é sempre melhor 1 pássaro na mão do que 2 a voar e quem tudo quer, tudo perde.
Posto isto, a minha solução é utilizar dois 11 completamente diferentes, 1 para o campeonato, outro para o resto.

11 para o campeonato:
Samu
Dedic, António, Tomás, dahl
Rios, Enzo, sudakov
Lukebakio, Pavlidis, prestianni

11 para o resto:
Trubin,
Leandro, Ota, Gonçalo, obrador
Aursnes, prioste, j. Veloso
Rego, ivanovic, schjelderup

Anti Amélias