PROENÇA-O-VELHO

Independentemente daquilo que a Justiça venha a apurar sobre Vieira, independentemente da opinião que tenhamos sobre ele, independentemente de quem apoiemos no processo eleitoral, a verdade é que gostei de o ver encostar Pedro Proença às cordas.
Proença é uma mentira mal contada do futebol português. E o que fez como árbitro, a sua, digamos, habilidade (que lhe permitiu também lograr uma carreira internacional de sucesso, seguindo as três regras de ouro para tal: boa forma física, falar bem inglês e manipular resultados sem dar demasiado nas vistas) chegaria para formar um perfil definitivo do personagem.
Muitos têm criticado Rui Costa por ter de alguma forma apoiado a sua eleição na FPF. Admito que possa haver razões que desconheço (o futebol assemelha-se por vezes à realpolitik internacional, e todos vimos os sorrisos de Von der Leyen para Trump depois de...), mas com os dados que tenho sou obrigado a juntar-me a essas vozes.
Continuo a apoiar Rui Costa no Benfica, mas jamais apoiaria Proença fosse no que fosse. E acho que, nesse ponto, o presidente do Benfica cometeu um erro crasso.
Se a candidatura de Vieira não servia para nada, pois pelo menos para isto já foi útil. 
Benfica e Proença, depois do que vimos nas primeiras décadas deste século, e do que temos visto nesta, não podem partilhar nada. Proença é o antibenfiquismo em pessoa, disfarçado com a habilidade de um arrivists espertalhão. 

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